Fiat já tem substituto para Marchionne. Mike Manley é o novo CEO

  • ECO
  • 21 Julho 2018

Vem da Jeep o sucessor de Sergio Marchione na liderança da Fiat Chryler. Chama-se Mike Manley e assume imediatamente funções devido a problemas de saúde do histórico CEO da marca italiana.

A Fiat Chrysler Automobiles nomeou o presidente da sua marca Jeep , Mike Manley, como novo presidente executivo do grupo, substituindo o histórico Sergio Marchionne, que foi forçado a abandonar o cargo que ocupa há 14 anos devido a complicações que surgiram da sua operação ao ombro direito.

A condição de saúde de Marchionne “agravou-se significativamente nas últimas horas” e já não será possível regressar ao trabalho, anunciou o fabricante automóvel este sábado.

Manley, 54 anos, vem da Jeep e vai iniciar funções imediatamente. Este inglês entrou na Chrysler em 2000, quando a empresa era detida pela Daimler, tendo sido nomeado presidente da Jeep aquando da aquisição da Fiat em 2009. Foi com Manley que a icónica marca americana ganhou projeção e vendas a nível mundial.

Segundo adiantaram várias fontes à Bloomberg, a saída abrupta de Marchionne (estava previsto para sair apenas em abril de 2019) vai obrigar à escolha de novas lideranças na Ferrari e na CNH Industrial (que fabrica equipamentos agrícolas e detém a marca de tratores New Holland).

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Guerra comercial de Trump prejudica trabalhadores e empresas norte-americanas

  • Lusa
  • 21 Julho 2018

A intensificação da guerra comercial de Donald Trump, que ameaça impor mais tarifas aos seus parceiros, não vai beneficiar os trabalhadores nem as empresas norte-americanos, estimam os analistas.

O presidente norte-americano, Donald Trump, continua a pressionar a China e outros parceiros comerciais com o potencial agravamento de tarifas sobre as importações, mas estes também deverão retaliar. O resultado poderá ser a subida dos preços para os norte-americanos, diminuição das exportações e uma economia mais débil no próximo ano, alertam vários economistas.

Os analistas estão convencidos de que os ataques de Trump não são uma estratégia negocial de curto prazo, mas que o presidente norte-americano está preparado para esperar o tempo que achar necessário para obrigar os outros países a adotar regras comerciais mais favoráveis aos EUA, segundo o antigo conselheiro económico de George W. Bush, Rod Hunter, e Adam Posen, presidente do Peterson Institute for International Economics.

“É preciso levar a sério que [impor tarifas] é o que ele realmente quer fazer”, disse este especialista.

A postura intransigente de Trump face ao comércio internacional já é antiga. O presidente tem denunciado as práticas comerciais de outros países e pedido retaliações desde a década de 1980, quando o Japão era considerado a principal ameaça económica aos EUA.

Numa entrevista à estação de televisão CNBC, na passada sexta-feira, Trump reafirmou que está “pronto” para taxar a totalidade das importações da China num total de mais de 500 mil milhões de dólares, o equivalente ao total de bens que Beijing envia anualmente aos Estados Unidos.

Trump disse também que o Departamento do Comércio vai investigar se as peças de automóveis e automóveis importados ameaçam a segurança nacional – a mesma justificação que deu para impor tarifas sobre o aço e o alumínio. Se a resposta for positiva, a administração diz que pode impor 20 a 25% de tarifas sobre 335 mil milhões de importações de automóveis, o que implicará subidas nos preços dos carros para os consumidores americanos.

A Moody’s Analytics estima que se os outros países retaliarem devido às tarifas impostas sobre as importações de automóveis europeus e a maioria dos produtos chineses, o crescimento da economia americana pode abrandar meio ponto percentual em meados de 2019 e podem perder-se 700.000 postos de trabalho.

Os investidores parecem aceitar os argumentos dos conselheiros económicos de Trump de que as ameaças do presidente irão obrigar a China, a União Europeia, o Canadá e o México a negociar melhores acordos comerciais com os EUA, mas os analistas não acreditam neste resultado.

Rufus Yerxa, presidente do Conselho Nacional de Comércio Exterior e ex-diretor geral da Organização Mundial do Comércio, duvida que os parceiros comerciais cedam à pressão sem negociar algo em troca e David Dollar sublinhou que o presidente chinês Xi Jingping “não pode perder a face perante o seu povo, cedendo aos EUA”.

A China parece estar confusa depois de várias tentativas de chegar a um acordo, pois Trump intensificou as ameaças, mesmo após os chineses ensaiarem uma aproximação.

“Os chineses não sabem o que querem os EUA. Receberam mensagens contraditórias dependendo de quem fala”, comentou Scott Kennedy que estuda economia chinesa no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Na sua entrevista à CNBC, Trump ignorou a perspetiva de que uma guerra comercial com a China possa fazer cair os mercados globais. “Se acontecer, aconteceu”, desvalorizou.

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Esta é a nova lei do alojamento local. Saiba tudo o que vai mudar

Os donos de alojamento local vão passar a ser mais vigiados pelas câmaras, pela ASAE e até pelos vizinhos, enquanto os autarcas e os condomínios vão ganhar novos poderes. Conheça tudo o que vai mudar.

Os deputados da comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local deram luz verde, esta semana, a algumas das alterações à lei do alojamento local propostas pelos vários partidos. Com estas mudanças, tanto as câmaras municipais como os condomínios veem os seus poderes reforçados, sendo aplicadas, por outro lado, aos proprietários uma série de novas exigências: de um seguro multirriscos a um livro de informações em várias línguas.

Entre as alterações legislativas mais marcantes está a da criação de “áreas de contenção”, isto é, bairros ou zonas específicas onde as câmaras passam a poder impor limites relativos ao número de estabelecimentos de alojamento local. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e a Associação de Alojamento Local já reagiram à aprovação dessa medida, dizendo-se “chocadas” e confiantes de que a mudança significará “um retrocesso com impacto negativo para o turismo”.

A nova lei do alojamento local aprovada pelos deputados só entra em vigor 60 dias após o “sim” de Marcelo Rebelo de Sousa, mas até lá aproveite para passar a pente fino todas as alterações que implica. O ECO dá-lhe uma mãozinha, tendo colocado ponto por ponto tudo o que vai mudar.

O que muda para as câmaras municipais?

  • Áreas de contenção avançam

Para “preservar a realidade social dos bairros e lugares”, as câmaras municipais vão passar a poder estabelecer áreas de contenção para o alojamento local, isto é, poderão “impor limites relativos ao número de estabelecimentos” oferecidos em determinadas zonas geográficas.

As áreas identificadas por cada município como carentes deste tipo de limites deverão ser comunicadas ao Turismo de Portugal, que introduzirá, por sua vez, a referência à limitação de novos registos no Balcão Único Eletrónico. Estas áreas são reavaliadas, no mínimo, de dois em dois anos.

Além disso, nestas zonas o “mesmo proprietário apenas pode explorar um máximo de sete estabelecimentos de alojamento local”.

De acordo com a lei aprovada, as câmaras podem agora suspender a autorização dos novos registos nas zonas que à partida se prevê venham a ser rotuladas de “áreas de contenção”. Isto até que os regulamentos estejam prontos: os municípios têm um ano para os finalizarem.

  • Condições de fiscalização reforçadas

De acordo com as propostas aprovadas pela comissão em causa, passa a ser da competência da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e das câmaras municipais a fiscalização “do cumprimento do disposto no presente decreto-lei, bem como instruir os respetivos processos e aplicar as respetivas coimas e sanções acessórias”.

Neste sentido, estas entidades assumem a responsabilidade determinar o encerramento temporário e o valor das multas a aplicar, em caso de ilegalidades.

Compete à ASAE e à câmara municipal territorialmente competente fiscalizar o cumprimento do disposto no presente decreto-lei, bem como instruir os respetivos processos e aplicar as respetivas coimas e sanções acessórias”, lê-se no texto de substituição que procede à alteração da lei em causa.

Estas entidades ficam ainda capazes de determinar a “interdição temporária da exploração dos estabelecimentos de alojamento local, na totalidade ou em parte”, sempre que “a falta de cumprimento das disposições legais aplicáveis puser em causa a segurança dos utilizadores ou a saúde pública, sem prejuízo das competências atribuídas a outras entidades”.

  • Câmaras podem opor-se ao registo

Os proprietários de alojamentos locais continuam a ter de fazer apenas uma “mera comunicação prévia” para o registo de novos estabelecimentos, mas os autarcas passam a poder opor-se a essa comunicação, isto é, podem impedir a abertura de uma nova unidade.

Pode haver oposição à comunicação prévia se, num prazo de 10 dias contados a partir da sua apresentação ou num prazo de 20 dias no caso dos hostels, o presidente da câmara territorialmente competente com a faculdade de delegação nos vereadores ou dirigentes, se oponha ao registo com fundamentos”, sublinha o documento já referido.

O que muda para os proprietários?

  • Obrigatório seguro multirriscos

Os proprietários de alojamento local vão ser obrigados a ter um “seguro multirriscos para danos causados nas partes comuns” do prédio de habitação, ficando responsabilizados por qualquer estrago causado por um hóspede.

Os estabelecimentos de alojamento local devem ter obrigatoriamente seguros multirriscos de responsabilidade civil, que os proteja dos seus ativos e reclamações e que determine a responsabilidade do título da exploração do estabelecimento”, nota o texto que segue agora para Belém.

O proprietário fica assim obrigado a responder “independentemente da existência de culpa pela reparação dos danos causados aos destinatários dos serviços ou terceiros”.

  • Livro de Informações em várias línguas

Além de serem obrigados a ter o seguro referido, os proprietários deverão passar a disponibilizar aos seus clientes um documento com todas as regras de utilização do prédio, bem como com todas as normas referentes “à deposição de lixos e à produção de ruído”. Caso exista, o regulamento do condomínio onde o estabelecimento está inserido também deve ser entregue aos hóspedes.

O documento deve também ter o contacto telefónico do responsável pela exploração do estabelecimento e ser disponibilizado em português, inglês e “pelo menos em mais duas línguas estrangeiras”.

  • Obrigatório afixar placas identificativas

A partir de agora, todos os proprietários de moradias, apartamentos e quartos que funcionem como alojamento local têm de afixar junto à “entrada do estabelecimento uma placa identificativa”. No caso dos hostels, o sinal em causa deve ser afixado no exterior do edifício, junto à “entrada principal”.

  • Coimas aumentam

O Parlamento aprovou também a subida das coimas aplicadas aos proprietários de alojamento local que operam na ilegalidade, nomeadamente nos casos em que se verifica uma oferta de estabelecimentos de alojamento local não registados ou com registos desatualizados, a violação da obrigação de atualização de todos os dados no Balcão Único Eletrónico e o incumprimento da capacidade máxima dos estabelecimentos.

As contraordenações vão passar, deste modo, a ser punidas com multas de 2.500 a 4.000 euros (valores que se comparam com as multas até 3.740,98 euros atuais) e, no caso de pessoas coletivas, de 25 mil euros a 40 mil euros (que comparam com o limite máximo atual de 35 mil euros).

  • 10 dias para comunicar fim da atividade

O dono do alojamento local fica ainda obrigado a comunicar, num prazo de 10 dias, a cessação da exploração do estabelecimento através do Balcão Único Eletrónico. O mesmo prazo deve ser cumprido no que diz respeito à comunicação do encerramento às plataformas digitais de reservas como o Airbnb e o Booking.

  • Modalidade de “quarto” reconhecida

Outra novidade é o reconhecimento da modalidade de “quartos”, quando a exploração é feita na residência do dono do alojamento fiscal e que “corresponde ao seu domicílio fiscal”. “Nesta modalidade só é possível ter um máximo de três unidades”, fica determinado.

O que muda para os condomínios?

  • Estabelecimento de hostels depende de autorização prévia

À semelhança do que acontece com as câmaras, também os condomínios veem os seus poderes ser alargados. Nesse sentido, o funcionamento de novas unidades do tipo hostel passa a ficar dependente da sua autorização prévia. “Não pode haver lugar à instalação e exploração de hostels em edifícios em propriedade horizontal nos prédios em que coexista habitação sem autorização para o efeito”, está determinado.

  • Queixa pode levar ao encerramento do estabelecimento

Ainda no que diz respeito à extensão dos poderes dos condomínios, foi também aprovada a possibilidade de se encerrar um estabelecimento de alojamento local desde que estes apresentem uma queixa fundada à câmara.

“No caso da atividade de alojamento local ser exercida numa fração autónoma de edifício ou parte de prédio urbano suscetível de utilização independente, a assembleia de condóminos, por decisão de mais de metade da permilagem do edifício, em deliberação fundamentada, decorrente da prática reiterada e comprovada de atos, que perturbem a normal utilização do prédio, bem como causem incómodo e afetem o descanso dos condóminos, pode opor-se ao exercício da atividade de alojamento local da referida fração, dando, para o efeito, conhecimento da sua decisão ao presidente da câmara municipal territorialmente competente”, lê-se na proposta aprovada.

A última palavra fica sempre a cargo da autarquia, que é responsável por analisar a denúncia.

  • Contribuições para o condomínio

De acordo com o texto que deverá agora seguir para as mãos do Presidente da República, os condomínios passam a poder fixar o pagamento de uma contribuição adicional por parte dos proprietários de unidades de alojamento local “correspondente às despesas decorrentes da utilização acrescida das partes comuns, com um limite de 30% do valor anual da quota respetiva”.

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Pablo Casado é o novo líder do PP espanhol

Está encontrado o sucessor de Mariano Rajoy no Partido Popular espanhol. É Pablo Casado, que derrotou Soraya Sáenz de Santamaría nas primárias que se realizaram este sábado em Madrid.

Pablo Casado é o novo presidente do Partido Popular espanhol, substituindo o demissionário Mariano Rajoy. Casado chega à liderança do partido após derrotar Soraya Sáenz de Santamaría nas primárias que se realizaram este sábado no XIX congresso nacional extraordinário, em Madrid.

Foram mais de 3.000 delegados do PP que foram às urnas para eleger um novo líder do partido, isto após Rajoy ter apresentado a demissão no início de junho na sequência da queda do seu Governo com a moção de censura apresentada e aprovada pelo Parlamento em maio.

“Espanha perdeu um grandíssimo presidente de Governo, mas como me dizias ontem “aqui têm um amigo”. E eu te digo que precisamos de ti muito perto”, disse Pablo Casado, 37 anos, dirigindo-se a Mariano Rajoy, no primeiro discurso enquanto líder do partido.

"Espanha perdeu um grandíssimo presidente de Governo, mas como me dizias ontem “aqui têm um amigo”. E eu te digo que precisamos de ti muito perto.”

Pablo Casado

Presidente do PP

Sobre o trabalho que se avizinha, Casado apresentou “um contrato com Espanha”, “um contrato que é uma linha de ação, e que mostra que o partido está pronto para retornar às instituições”. E começou a enumerar algumas das suas prioridades: “É necessário reforçar a nossa Constituição. Reforçar o nosso Código Penal para evitar qualquer desafio secessionista“.

“Temos um compromisso com as políticas de família, com a natalidade, com a despovoação das nossas províncias”, prosseguiu. Antes, havia indicado que pretende baixar os impostos e atualizar a administração pública.

Pablo Casado venceu as primárias com 1.701 votos e vai ser o candidato do PP às próximas eleições para o Governo espanhol — atualmente liderado pelo socialista Pedro Sanchéz (PSOE). Já Soraya Sáenz de Santamaría recolheu 1250 votos.

Antes das legislativas previstas para se realizaram em 2020, Pablo Casado terá de preparar o partido para as eleições autárquicas e europeias, já no próximo ano.

(Notícia atualizada às 13h38)

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Google prepara sucessor do Android. Nome de código: Fuchsia

É um projeto secreto da Google: 100 engenheiros estão há dois anos a produzir um sistema operativo que vai substituir o Android. Mas ainda se esperam mais três anos de trabalho.

A Google está de olhos postos no futuro. Um futuro sem Android.Pixabay

Uma equipa de cem engenheiros está há dois anos a desenvolver aquele que será o sucessor do Android, o sistema operativo criado pela empresa e que está instalado em mais de dois mil milhões de dispositivos móveis. O projeto tem o nome de código Fuchsia e está a ser levado a cabo com grande sigilo na multinacional.

A ideia passou por criar um novo sistema operativo de raiz, que pudesse ao mesmo tempo suportar telemóveis, tablets, computadores, gadgets, sensores e outros equipamentos da nova era da internet das coisas (IoT). Ou seja, o Fuchsia não terá o Android como base. Será um sistema completamente novo e totalmente pensado para a próxima era da internet e da tecnologia. E a empresa tem vindo a publicar sorrateiramente pedaços de código aberto e a experimentar versões interativas de aplicações como o YouTube.

O projeto é ambicioso, na medida em que a Google espera que um mesmo sistema operativo seja capaz de suportar aparelhos tão diferentes como um telemóvel e uma coluna inteligente. Aliás, inteligente é a característica principal que a Google quer dar ao Fuchsia: um sistema repleto de inteligência artificial ao mais alto nível, como tem sido apanágio da multinacional. Machine learning, comandos de voz e outras buzzwords da atualidade não deverão faltar. Assim como a segurança, que estará no topo das prioridades da equipa.

A Bloomberg (acesso condicionado) cita três fontes que dão mais alguns detalhes sobre o atual plano estratégico da Google para o Fuchsia: numa primeira fase, o novo sistema operativo deverá ser lançado para os dispositivos de IoT e, noutra fase, chegará a aparelhos maiores, como os computadores portáteis. As mesmas fontes admitem que a chegada do Fuchsia ao mercado poderá acontecer já daqui a três anos. A meta final é que o Fuchsia substitua o Android por completo, algo que deverá acontecer durante a primeira metade da próxima década.

Acabar com o Android não será tarefa fácil para a multinacional norte-americana. Só no segmento mobile, são cerca de 1.300 as marcas que recorrem ao Android num total de 24.000 modelos diferentes. Existem também mais de um milhão de aplicações na loja Play Store, desenhadas especificamente a pensar no sistema operativo atual. E, como explica a agência financeira, a Google também gera milhares de milhões de dólares em receitas, graças ao Android, com vários segmentos de negócio.

Além disso, a administração da Google ainda não fechou em concreto as reais ambições para este projeto e as intenções poderão mudar com o tempo. Sabe-se apenas que Sundar Pichai, presidente executivo da multinacional, já expressou internamente o apoio ao projeto Fuchsia, segundo fontes da Bloomberg. O novo sistema operativo é uma oportunidade para a empresa corrigir eventuais problemas que existam com o sistema atualmente em vigor. Uma espécie de recomeçar do zero.

A notícia surge numa semana em que a empresa detida pela Alphabet GOOG 0,00% foi alvo da maior multa alguma vez imposta por Bruxelas em matéria concorrencial — e precisamente por causa do Android. A Comissão Europeia deu como provadas três práticas irregulares que terão ajudado a companhia a ganhar quota de mercado sobre a concorrência e a sagrar-se o motor de busca líder em toda a linha. Em causa, 4,3 mil milhões de euros, mais de metade do lucro da Google no primeiro trimestre do ano.

Certo é que a empresa vai recorrer. Mas quando se soube da condenação da Google, Sundar Pichai não esperou para responder. Num artigo publicado no blogue da empresa, o gestor foi firme na defesa do Android: “A inovação rápida, escolha alargada e queda dos preços são sinais clássicos de uma concorrência robusta, sendo que o Android permitiu tudo isso. A decisão [de Bruxelas] rejeita o modelo de negócio que o suporta. O Android criou mais escolhas para todos, não menos”, escreveu o líder da empresa. Face a tudo isto, esperam-se grandes mudanças na Google do futuro. Resta saber se esse futuro é cor-de-rosa. Ou rosa fúcsia.

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Bas Dost regressa. Sporting com contas penhoradas

  • ECO
  • 21 Julho 2018

Holandês foi um dos jogadores que rescindiu com justa causa na sequência do ataque à Academia de Alcochete. Dívidas ao Fisco e Segurança Social deixam contas do Sporting penhoradas.

Bas Dost foi um dos atletas que rescindiu unilateralmente com o Sporting mas está de regresso. O avançado holandês assinou contrato por três temporadas e fica protegido com uma cláusula de rescisão no valor de 60 milhões de euros.

O regresso do melhor marcador dos leões nas últimas temporadas foi confirmado este sábado através de um comunicado enviado pela SAD do Sporting à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. “A Sporting SAD vem (…) informar o mercado que a Sociedade e o jogador Bas Leon Dost acordaram em celebrar, na presente data, um novo contrato de trabalho desportivo, válido por três épocas desportivas, tendo sido fixada uma cláusula de rescisão no valor de 60 milhões de euros“, adianta o comunicado.

Trata-se do segundo atleta a regressar a Alvalade entre os nove atletas que decidiram por termo à ligação com o clube devido aos incidentes verificados na Academia de Alcochete em maio. Antes de Bas Dost, já Bruno Fernandes havia sido contratado novamente.

Contas penhoradas por dívidas ao Fisco

Entretanto, de acordo com o Expresso, o Sporting tem as suas contas bancárias no Novo Banco e na Caixa Geral de Depósitos penhoradas por dívidas ao Fisco e à Segurança Social, estando apenas disponíveis as contas dos leões no BCP.

Estas dívidas surgiram em abril e maio, coincidindo com o início da crise em Alvalade, estando em causa cerca de 4,4 milhões de euros devidos ao Fisco e 862 mil euros que não foram pagos à Segurança Social. Uma parte desta dívida já foi liquidada pela Comissão de Gestão.

O semanário cita um relatório da PwC para adiantar que a dívida a fornecedores ascende a 40 milhões de euros, dos quais 20 milhões são dívidas que já ultrapassaram os prazos de pagamento.

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Governo quer acordo com professores até setembro

  • ECO
  • 21 Julho 2018

Executivo quer fechar entendimento com os sindicatos antes de ultimar Orçamento do Estado para 2019 com os partidos da esquerda.

O Governo quer fechar até setembro as negociações sobre a contagem do tempo de carreira para efeitos de progressão salarial dos professores, num entendimento entre Executivo e sindicatos que será crucial para a aprovação do Orçamento do Estado para 2019, disse um ministro ao jornal Público.

“O Governo já disse que ia reconhecer dois anos, nove meses e 18 dias”, disse um ministro àquele diário (acesso pago). “Agora, é acertar as contas. O Governo diz que reconhecer tudo o que os professores pedem custa 600 milhões, os professores dizem que é um terço disso. Chegaremos a um consenso“, garantiu o mesmo responsável.

 

O jornal lembra que esta negociação com os sindicatos dos professores não integra diretamente as negociações sobre o Orçamento do Estado para 2019. Ainda assim, há despesa pública com salários e reformas dos professores que tem impacto nas contas públicas. E é por isso o Governo quer um entendimento sobre este assunto em setembro, abrindo caminho para que o último orçamento desta legislatura seja fechado no mês seguinte.

Enquanto o Governo pretende apenas contar uma parte do tempo congelado, os sindicatos não abdicam da recuperação da totalidade do tempo de serviço cumprido durante o período de congelamento das carreiras para efeitos de progressão.

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Novo Banco vende sede histórica do BES em Lisboa. Muda-se para as Amoreiras

  • ECO
  • 21 Julho 2018

Novo Banco vai vender 11 edifícios na zona da Grande Lisboa, incluindo a sede histórica do BES. E muda-se para megassede a construir na Amoreiras onde concentrará todos os serviços e departamentos.

Sede do Novo Banco, na Avenida da Liberdade.Paula Nunes/ECO

O Novo Banco vai vender a histórica sede do BES na Avenida da Liberdade, em Lisboa, num negócio que inclui a venda de 11 edifícios localizados na área da grande Lisboa para financiar a construção de uma mega projeto imobiliário nas Amoreiras, onde será construída a megassede do banco detido pelos americanos do Lone Star (75%) e Estado (25%).

Segundo avançam Público e Expresso, o conjunto de imóveis já está à venda. E entre eles está o edifício histórico do Grupo Espírito Santo, na Avenida da Liberdade, e onde há mais de 60 anos se instalou a sede do antigo BES — hoje em dia Novo Banco, após a resolução de agosto de 2014.

Com isto, o Novo Banco vai mudar-se para a zona das Amoreiras, onde já detém um terreno de 130 mil metros quadrados (que era da promotora imobiliária Temple, de Vasco Pereira Coutinho, que entrou em insolvência). Além da sede, que vai concentrar todos os serviços e departamentos (metade dos seus trabalhadores a nível nacional, diz o Expresso), está ainda prevista a construção de uma zona residencial e de comércio — que vai ocupar grande parte daquele terreno.

O projeto poderá custar entre 100 milhões de euros e 120 milhões de euros e será financiado pelo encaixe que o banco vai fazer com a venda dos 11 edifícios que estão à venda. Por exemplo, só a sede, situada na esquina da Avenida da Liberdade com a Rua Barata Salgueiro, poderá valer 50 milhões de euros, disseram fontes do mercado ao Expresso.

Com esta decisão de concentrar serviços e departamentos num só edifício, o Novo Banco espera vir a alcançar ganhos operacionais entre oito e dez milhões de euros. “O tema está em aberto e ainda em estudo, há várias hipóteses em cima da mesa”, afirmaram fontes do banco aos dois jornais.

Vários bancos estão também a vender edifícios nas zonas mais nobres da cidade. Ainda esta semana foi anunciado que o BPI encaixou 66 milhões de euros por um conjunto de imóveis na Baixa de Lisboa. Também o BCP vendeu recentemente o seu edifício na Rua do Ouro ao Sana Hotels.

Sede do Novo Banco muda-se para as Amoreiras

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Espanhóis da Merlin compram centro comercial Almada Forum por 406,7 milhões

  • Lusa
  • 21 Julho 2018

Merlin Properties anunciou aquisição do centro comercial por mais de 400 milhões de euros à gestora norte-americana Blackstone. Receitas anuais do Almada Forum atingem 24 milhões em rendas.

O centro comercial Almada Forum foi vendido à espanhola Merlin Properties por 406,7 milhões de euros, segundo a página na Internet desta empresa, que tem feito várias aquisições em Portugal.

A intenção de a empresa espanhola comprar este shopping à norte-americana Blackstone (gestora de fundos imobiliários) já tinha sido noticiada no início do ano e esta informação indica que foi agora concretizada.

Segundo a Merlin Properties, o Almada Forum, inaugurado em 2002, tem uma superfície bruta arrendável de cerca de 82 mil metros quadrados, dos quais 22 mil metros são um supermercado Jumbo, da Auchan, que inclui 5.500 lugares de estacionamento. Tem ainda centenas lojas e cinemas NOS.

O Almada Forum é um importante centro comercial da margem sul do rio Tejo, junto a Lisboa, e, segundo a Merlin Properties, recebe cerca 14,4 milhões de visitantes por ano e está próximo da ocupação total, com 98% da área alugada.

As receitas anuais do shopping em rendas atingem 24 milhões de euros e a empresa vê possibilidade de crescimento.

Citado na informação disponível na Internet, o presidente executivo da Merlin Properties, Ismael Clemente, disse que o centro comercial é um ativo “excecional” e, apesar da concorrência com as vendas online, o formato dos centros comerciais continua a crescer na Península Ibérica.

A Merlin Properties já tem vindo a investir em Portugal, atraída pela rentabilidade do imobiliário. No ano passado comprou ao Novo Banco um edifício em Lisboa, no Marquês de Pombal, por 60,3 milhões de euros e já em abril deste ano adquiriu mais um edifício em Lisboa, na zona do Parque das Nações, por 33,3 milhões de euros.

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Ninguém sabe quantos despejos estão congelados

Até março estão proibidos os despejos de inquilinos em situação vulnerável, com mais de 65 anos ou elevado grau de invalidez. Mas Governo, PS e proprietários não sabem quantos há nesta situação.

Inquilinos em situação vulnerável, idosos a partir de 65 anos e cidadãos com elevado grau de deficiência que residam na mesma casa há mais de 15 anos não podem ser despejados a partir de terça-feira passada. A medida com cariz provisório, válida até março de 2019, visa proteger esse universo de cidadãos até que sejam aprovadas as alterações à lei do arrendamento que estão a ser discutidas no Parlamento. Contudo, ninguém sabe avançar quantas pessoas são abrangidas por esta suspensão.

O ECO falou com diferentes partes envolvidas neste processo e a reação foi sempre a mesma: não há dados disponíveis que permitam conhecer o número de contratos de arrendamento sobre os quais incide a medida. Essa resposta foi dada tanto pelo PS, que é responsável pelo projeto-lei que deu origem a essa suspensão, como também pelo Governo e pelos representantes dos proprietários.

Não sabemos. Não é possível saber porque nunca houve estatísticas fiáveis nem registos adequados nesta matéria.

Luís Menezes Leitão

Associação Lisbonense de Proprietários

“Não sabemos. Não é possível saber porque nunca houve estatísticas fiáveis nem registos adequados nesta matéria”. Foi desta forma que Luís Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietário, respondeu quando confrontado acerca da abrangência da suspensão que entrou hoje em vigor, antecipando, no entanto que, em causa, esteja um elevado número de contratos de arrendamento.

“O que sabemos relativamente a isso é que estão abrangidos praticamente, não só os contratos que tiveram alguma transição para o NRAU [Novo Regime do Arrendamento Urbano] como também contratos a prazo celebrados até 2003. Podemos estar a falar de um universo bastante grande“, defendeu.

Confrontado com a mesma questão, tanto o Ministério da Justiça como o Ministério do Ambiente que integra a secretaria de Estado da Habitação, também falaram na dificuldade que existe em apurar esses números. “A moratória é relativa a um universo de contratos em relação ao qual não dispomos de dados rigorosos para fornecer, já que se trata de uma iniciativa da Assembleia da República”, disse fonte oficial do Ministério do Ambiente, remetendo para a Assembleia da República o eventual conhecimento desse número.

Em causa está o regime extraordinário e transitório para proteção de inquilinos idosos ou com deficiência, que residam na mesma casa há mais de 15 anos, que foi apresentado pelo Partido Socialista e aprovado no Parlamento em maio. Esse período transitório, que decorre até março do próximo ano, tem como objetivo prevenir a não renovação ou denúncia de contratos por parte de proprietários que têm como inquilinos pessoas em situação vulnerável até à implementação do novo regime de arrendamento.

A proteção de inquilinos com mais de 65 anos ou com grau de deficiência superior a 60% estará acautelada na nova legislação do arrendamento se as propostas do Governo forem aceites, pelo que o PS tenciona acautelar que “a legislação ainda em vigor não concretiza ou agudiza situações de desproteção em relação a estas categorias de inquilinos”, tal como avançou o partido liderado por António Costa aquando da entrega da proposta de congelamento dos despejos no Parlamento.

Helena Roseta, deputada independente e uma das autoras do projeto de lei do PS, também diz desconhecer o número de contratos alvo da medida de suspensão de contratos, apesar dos esforços nesse sentido.

Não temos números nenhuns sobre isso. Ninguém sabe. Eu própria tentei saber esses números e não os conseguimos.

Helena Roseta

Partido Socialista

“Não temos números nenhuns sobre isso. Ninguém sabe. Eu própria tentei saber esses números e não os conseguimos“, afirmou Helena Roseta ao ECO. Apesar de alertar para o facto de se tratarem de dados “completamente ultrapassados”, os censos de 2011 são das poucas fontes que podem dar uma ideia da relevância desses contratos no universo total de arrendamento.

A deputada refere que nesses censos foi identificada a existência de quase 787 mil contratos de arrendamento, 36,8% dos quais com titulares com mais de 60 anos de idade. Ou seja, um total de 289 mil. Contudo, Helena Roseta faz questão de frisar que este número não retrata a realidade atual nem o verdadeiro universo de contratos envolvidos.

Apesar da dificuldade em identificar o número de contratos alvo, a deputada salienta que tal não interfere naquele que foi o objetivo de avançar com a suspensão. “Fomos simplesmente pela circunstância das limitações sociais, que foi aliás o argumento usado pelo Presidente para promulgar a lei”, frisou.

Foi a 8 de julho que o Presidente da República decidiu promulgar a suspensão temporária de despejos de inquilinos em situação vulnerável, invocando precisamente “razões sociais”.

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Resultados da Microsoft não chegaram para animar Wall Street

  • Marta Santos Silva
  • 20 Julho 2018

As tendências protecionistas de Donald Trump e os seus comentários regulares sobre o tema continuam a deixar os investidores receosos, mesmo num dia em que a Microsoft bateu recordes.

Mais ameaças de tarifas sobre os produtos chineses vindas da boca do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mais receios protecionistas por parte dos investidores na bolsa norte-americana. Apesar dos resultados favoráveis da Microsoft, os principais indicadores em Nova Iorque mal se mexeram, acabando por terminar a semana um pouco abaixo da linha de água.

O índice de referência S&P 500 perdeu 0,1% para os 2.801,82 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perdeu 0,07% para os 7.820,20 pontos. Também o Dow Jones, o índice industrial, pouco se alterou: desvalorizou 0,03%, para os 25.058,06 pontos.

As ações da Microsoft alcançaram recordes durante o dia porém, subindo 2% após ótimos resultados do segundo trimestre que mostraram a empresa a dar-se melhor do que os analistas anteviam. Foi a tecnológica de Bill Gates que mais impulsionou os três índices ao longo do dia, mas não foi suficiente.

Além dos seus comentários sobre a China, Donald Trump também optou por voltar a criticar a intenção da Reserva Federal dos Estados Unidos, ou Fed, de aumentar as taxas de juro. “Um presidente que comenta a Fed é pouco convencional”, disse à agência Reuters o analista David Carter, da Lenox Wealth Advisors. “Um pouco de inconvencionalidade é bom, mas quando é demasiado pode fazer uma grande confusão. E é esta segunda fase que está a surgir, com os comentários sobre Putin, tarifas e a Fed”.

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CMVM extingue OPA da Altice sobre a Media Capital

  • Lusa
  • 20 Julho 2018

Já que foi extinto o processo de compra, a CMVM anunciou hoje o fim do processo administrativo referente à Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Meo, detida pela Altice, sobre a Media Capital

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou hoje a extinção do processo administrativo referente à Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Meo, detida pela Altice, sobre a Media Capital devido “à extinção” do processo de compra. “O Conselho de Administração da CMVM deliberou indeferir o pedido de registo da referida OPA, extinguindo-se consequentemente o procedimento administrativo em curso”, informa aquela entidade em comunicado hoje divulgado.

A Meo, detida pela Altice, anunciou no ano passado uma oferta pública geral e obrigatória de aquisição constituída pela totalidade das 84.513.180 ações representativas do capital social da Media Capital admitidas à negociação no mercado regulamentado.

De acordo com a CMVM, a decisão hoje comunicada deveu-se à “extinção daquele processo” para a compra da Media Capital pela Altice, tendo também por base “a realização de um conjunto de diligências” pela CMVM “por forma a aferir as condições do seu encerramento, bem como a inexistência de elementos reveladores de exercício efetivo de controlo ou influência dominante por parte da oferente sobre a visada”.

A CMVM concluiu, assim, “pela impossibilidade definitiva de verificação de requisito legal de que dependia o deferimento do pedido de registo” da OPA.

No final de maio deste ano, a AdC informou que tinha rejeitado os compromissos apresentados pela Altice para a compra da Media Capital por entender que “não protegem os interesses dos consumidores, nem garantem a concorrência no mercado”. Reagindo ao anúncio, em 29 de maio, a Altice Portugal manifestou discordância perante a posição do regulador, afirmando não estar disponível “para apresentar quaisquer outros” compromissos.

Há cerca um mês, em 19 de junho, a AdC declarou extinto o procedimento relativo à operação de concentração que previa a aquisição pela Altice da Media Capital, após o pedido de desistência da empresa compradora.

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