Portugal está no pódio europeu do combate às alterações climáticas

  • Lusa
  • 18 Junho 2018

Portugal surge em segundo lugar num ranking dos países europeus que avalia a ambição em metas e medidas para cumprir o Acordo de Paris contra as alterações climáticas.

Portugal está em segundo lugar entre os países europeus num ranking sobre ambição em metas e medidas para cumprir o Acordo de Paris contra as alterações climáticas, sendo somente ultrapassado pela Suécia, segundo um estudo hoje divulgado. A grande maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE) “está a falhar o objetivo” de alcançar as metas do Acordo de Paris e Portugal está entre os poucos países que tem apelado para metas e políticas mais ambiciosas na área da energia e clima, como a redução das emissões de gases com efeito de estufa, conclui o estudo apresentado pela Rede Europeia de Ação Climática (CAN-Europe).

Intitulado Off target: Ranking of EU countries’ ambition and progress in fighting climate change, o estudo avalia o papel que os Estados-membros estão a desempenhar na definição de metas e políticas ambiciosas na área da energia e clima e o progresso que estão a fazer na redução das emissões de gases com efeito de estufa e na promoção das energias renováveis e eficiência energética. O trabalho foi divulgado em Portugal pela Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, que integra a CAN-Europe, e lista nos primeiros lugares a Suécia (77%), Portugal (66%), França (65%), Holanda (58%) e Luxemburgo (56%), considerando que não há qualquer país a preencher os requisitos para ocupar o primeiro lugar.

“Temos um segundo lugar que no fundo é um terceiro, na medida em que nenhum país da Europa atinge os 100%, somos o segundo país porque a Suécia nos consegue superar nesta seriação dos 28 países da União Europeia”, disse à agência Lusa o presidente da Zero, Francisco Ferreira. Para o ambientalista este resultado “muito simpático” para Portugal mostra que o país “tem um caminho que não pode perder em termos de oportunidade” para cumprir o Acordo de Paris. “Reflete acima de tudo o esforço que Portugal tem vindo a fazer, quer internamente, quer nas negociações à escala europeia e, nesse contexto, tem sido dos países que tem defendido metas mais ambiciosas” para a redução de gases com efeito de estufa, apontou.

Entre os aspetos positivos, que pesaram na classificação, estão questões na área da energia e do clima, “à escala europeia e em termos de defesa de políticas mais ambiciosas” e à escala nacional, com “vários compromissos nomeadamente a retirada do carvão até 2030 e a neutralidade carbónica em 2050”, explicou Francisco Ferreira. “Infelizmente, Portugal tem também aspetos negativos aqui ponderados, nomeadamente a possibilidade de vir a explorar petróleo e gás é, sem dúvida, visto à escala europeia, como um retrocesso potencial e relevante”, realçou, acrescentando que, em relação ao uso do carvão, o Governo fixou a data de 2030 para terminar, mas “era bom que acontecesse antes”.

Para o especialista em alterações climáticas, no trabalho da CAN-Europe “há algumas surpresas”, como a Finlândia, que está em nono lugar, o último lugar da Polónia “acaba por ser inevitável” porque o país continua a apostar muito no uso do carvão e “tem dificultado muitas das negociações à escala europeia”, além do penúltimo lugar para a Irlanda e o sexto para a Dinamarca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Cimpor, RTP e raspadinhas

  • ECO
  • 18 Junho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A capitalização da Cimpor e as receitas da RTP com a Contribuição Audiovisual são duas das notícias que fazem as manchetes dos jornais.

Cimpor prepara mega operação de capitalização

A Cimpor vai duplicar o seu capital social através da conversão de um crédito concedido pela InterCement Austria, o seu maior acionista. O empréstimo da acionista foi de 700 milhões de euros, que vai juntar-se assim ao valor social atual da empresa, que é de 672 milhões de euros. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Capa do Jornal de Negócios de 18 de junho de 2018.Jornal de Negócios

Santander pode usar 250 milhões do antigo Banif

O Ministério das Finanças deu luz verde ao Santander Totta para utilizar até 250 milhões de euros absorvidos com a compra do Banif, o que poderá significar uma futura folga fiscal para o banco. Este valor diz respeito a prejuízos fiscais reportáveis, cujo requerimento foi apresentado em 2015 e agora aceite. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

RTP recebe 438 mil por dia com taxa audiovisual

As receitas da RTP com a Contribuição Audiovisual aumentaram perto de 7,8 milhões de euros em 2017, para 176,4 milhões, um aumento justificado pela empresa com a subida do valor verificada em junho de 2016. O relatório de contas relativo a 2017, ao qual o Correio da Manhã teve acesso, mostra uma diminuição nos lucros, que ficaram pelos 130 mil euros. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso livre).

FPF lança canal dirigido por Nuno Santos

A Federação Portuguesa de Futebol vai lançar uma nova plataforma de conteúdos em março de 2019, que incluirá um canal de televisão. Este novo projeto estará sob a alçada de Nuno Santos, antigo diretor de informação da RTP. A federação quer assim acompanhar a modalidade focando-se no futebol e não nas análises extensivas feitas pelos outros canais da área. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Capa do Público de 18 de junho de 2018.Público

Portugueses gastam quatro milhões por dia em raspadinhas

As raspadinhas são o jogo mais popular da Santa Casa da Misericórdia, ultrapassando em valor o Euromilhões. São gastos cerca de quatro milhões de euros por dia neste jogo, o que levanta preocupações dos psiquiatras em relação ao risco de adição. Os especialistas dizem ainda que as entidades competentes estão a ignorar o problema. Leia a notícia completa no i (acesso condicionado).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

É oficial: Prisa mantém a TVI. Oferta da Altice perde o efeito

A Prisa confirmou esta segunda-feira que vai ficar com a Media Capital, o grupo que detém a TVI. Oferta da Altice não teve luz verde do regulador da concorrência.

Já é oficial. A oferta de compra lançada pela Altice sobre o grupo Media Capital MCP 2,56% caiu por terra por falta de aprovação das autoridades regulatórias. Tanto a Altice como os espanhóis da Prisa comunicaram à CMVM o insucesso da operação, confirmando assim a notícia avançada pelo ECO na passada sexta-feira. Desta forma, a Media Capital, que detém a estação televisiva TVI, continua nas mãos da Prisa. E não é certo que a empresa espanhola mantenha interesse em vender este ativo.

Num comunicado enviado à CMVM, a Altice ATCB 0,00% garante “ter desenvolvido os melhores esforços no sentido de obter uma decisão final favorável das autoridades regulatórias, incluindo a apresentação de um conjunto alargado de compromissos, em consonância com a prática decisória europeia”. No entanto, “as autoridades regulatórias não emitiram as decisões necessárias à concretização da transação”, acusa o grupo liderado em Portugal por Alexandre Fonseca. “Face ao exposto, a Meo informou na presente data a AdC de que a aquisição pela Meo da Media Capital já não terá lugar, com a consequente extinção do processo de controlo de concentrações relativo àquela aquisição”, anunciou a dona da Meo.

Também os espanhóis da Prisa confirmaram a informação, noutra nota enviada ao regulador português dos mercados. A empresa dá conta do “término do contrato de compra e venda assinado entre a Prisa e a filial da Altice, Meo, relativo à transmissão da totalidade da participação que a Prisa tem” na dona da TVI.

Desta forma, cai por terra a tentativa da maior operadora de telecomunicações portuguesa ficar com o maior grupo de media português, uma operação que tinha sido anunciada em julho do ano passado, mas que não teve luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC). A entidade presidida por Margarida Matos Rosa tinha receio de que o negócio pudesse distorcer a concorrência nos dois setores (telecomunicações e media), e que a operação pudesse abrir margem a práticas anticoncorrenciais. A Altice foi instada a apresentar compromissos — e fê-lo. Contudo, as garantias foram consideradas insuficientes pela AdC, depois de forte contestação das operadoras concorrentes Nos e Vodafone.

A data limite traçada entre a Altice e a Prisa para a realização do negócio também foi sendo adiada. O prazo final acabou por ser fixado em 15 de junho, a última sexta-feira, 11 meses depois do anúncio da oferta da Altice num evento em Lisboa que contou com a presença do dono da Altice, o multimilionário Patrick Drahi. Nessa altura, a Altice era presidida por Michel Combes e a Altice Portugal (PT Portugal) tinha como presidente executivo o gestor português Paulo Neves.

(Notícia atualizada às 8h00 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Arranca a greve dos professores em dia de exame nacional

  • Lusa
  • 18 Junho 2018

Os professores estão em greve esta segunda-feira, reclamando a contagem integral dos anos de trabalho para efeitos de progressão nas carreiras. Reuniões de avaliação serão afetadas.

Os professores começam esta segunda-feira uma nova greve às avaliações com a contagem integral do tempo de serviço congelado como “questão central”, alertando o Governo que sem respostas esta não será uma paralisação só de um dia ou de uma semana.

A Fenprof é uma das dez estruturas sindicais que convocam a paralisação que se inicia esta segunda-feira, que já tem pré-avisos entregues até meio do próximo mês, e que se vai realizar de forma intermitente, ou seja, com pré-avisos diários, o que significa que os professores podem decidir fazer greve num dia e não noutro. Isto, porque a greve às avaliações tem por objetivo paralisar as reuniões de conselho de turma, que precisam da presença de todos os docentes para que se realizem e as notas dos alunos possam ser lançadas, bastando uma ausência para que o encontro tenha que ser reagendado.

“Esta greve, atenção, não é uma greve para hoje nem é uma greve para esta semana. Até 13 de julho já entraram no Ministério da Educação (ME) pré-avisos de greve, estamos a falar, portanto, de uma greve que já tem pré-avisos para um mês. Portanto, acho que a dureza desta forma de luta, mas também a convicção com os que professores entram nela e a determinação com que estão, vai levar a que o Governo tenha que, de facto – e é uma pena que seja assim – reconhecer que não pode apagar aos professores o tempo em que estiveram a trabalhar”, disse à Lusa o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.

O Ministério da Educação tentou, ainda na greve convocada isoladamente pelo Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), condicionar os efeitos práticos deste tipo de greve, distribuindo às escolas orientações que procuravam esvaziar a paralisação que decorreu entre 4 e 15 de junho, e que os sindicatos vieram contestar, inclusivamente pela via judicial, acusando a tutela de cometer uma ilegalidade e de violar o direito à greve.

Depois de várias declarações públicas – incluindo do secretário de Estado da Educação, a reafirmar a legalidade das orientações, e dos sindicatos, a alertar diretores para a possibilidade de incorrerem em processos disciplinares se as acatassem – a expectativa de Mário Nogueira em relação à greve que hoje se inicia é de que será “uma grande greve, com uma grande adesão dos professores”.

Apesar de esta segunda-feira ser dia de exame nacional para o ensino secundário, com a prova de Filosofia marcada para as 9h30, os sindicatos acreditam que sobretudo na parte da tarde “praticamente todas as reuniões de avaliação irão ser afetadas, porque a indignação dos professores é muito grande”.

“Depois do que se passou nestes últimos dias, ainda na passada sexta-feira as declarações do senhor ministro da Educação na Assembleia da República, muitos dos comentários que se foram ouvindo, gente com responsabilidade política sobre uma alegada situação de privilégio dos professores, acho, sinceramente, que os professores estão a ser desrespeitados, discriminados, que estão a ser tratados de uma forma que é injusta. A perspetiva que temos é de uma greve muito grande”, disse Mário Nogueira.

A criação de um regime especial de aposentação, horários de trabalho de 35 horas e a resolução do “problema grave” de precariedade que também afeta os professores estão na lista de reivindicações dos docentes, mas a “questão central” é a contagem integral do tempo de serviço congelado. “Sabemos que não será fácil que o Governo venha a compreender que o que pode negociar é apenas o prazo e o modo de recuperação, e não o tempo a recuperar, mas também não será fácil parar a luta dos professores, parar esta greve”, disse o dirigente da Fenprof.

A greve às avaliações decorre entre até 13 de julho, incidindo apenas sobre os conselhos de turma, as reuniões para atribuição de notas aos alunos e que permitem encerrar o ano letivo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Nesta segunda-feira arranca, em Sintra, o 5º Fórum anual do BCE. O dia será ainda marcado pela OPV da Raize, entrada em ex-dividendo da Semapa, greve dos professores e acordo de Concertação Social.

Os olhos dos investidores prometem estar virados para Sintra nesta segunda-feira, onde tem início o 5º Fórum anual do BCE. Estarão presentes, para além de Mário Draghi, Jerome Powell e Haruhiko Kuroda, presidentes dos bancos centrais da Zona Euro, EUA e Japão. O dia será ainda marcado pelo início da oferta pública de subscrição da Raize que pretende ser cotada na bolsa nacional em julho. É também dia de o rumo das ações da Semapa ser afetado pelo desconto do dividendo que será distribuído a 20 de junho. Também os professores dão início a um período de greve às avaliações que decorrerá até 29 de junho. Será ainda assinado o acordo de Concertação Social.

Responsáveis dos Bancos Centrais concentrados em Sintra

Entre esta segunda-feira e quarta-feira decorre o 5.º Fórum anual do BCE sobre bancos centrais. Para além de Mário Draghi, o evento organizado pelo Banco Central Europeu (BCE) levará a Sintra nomes como Jerome Powell, o novo Presidente da Reserva Federal dos EUA, ou Haruhiko Kuroda, Governador do Banco do Japão. A fixação de preços e salários nas economias avançada é o tema escolhido para o fórum deste ano. O evento arranca às 18h30 desta segunda-feira, com um jantar que contará com comentários de abertura do presidente do BCE e com o discurso de Lawrence H. Summers, professor e diretor do Centro Mossavar-Rahmani de Negócios e Governo da Universidade de Harvard.

Raize avança com OPA. Está quase na bolsa

A Raize, plataforma portuguesa de crowdfunding e a maior bolsa nacional de empréstimos a PME, vai dar o primeiro passo rumo à entrada em bolsa. Arranca esta segunda-feira a oferta pública de venda inicial dos títulos da empresa que têm um preço de 2,00 euros. A plataforma vai disponibilizar na OPV inicial um total de 750.000 ações, que representam 15% do capital da sociedade. O período a oferta prolonga-se até 12 de julho, seguindo-se a entrada em bolsa, no dia 18.

Semapa desconta dividendo

As ações da Semapa estão em destaque no arranque da semana bolsista, já que entram em ex-dividendo nesta segunda-feira. A holding liderada por Pedro Queiroz Pereira irá descontar o dividendo de 45 cêntimos por ação relativo aos resultados alcançados no ano passado que será distribuído pelos acionistas da holding de Pedro Queiroz Pereira no próximo dia 20 de junho. O rumo dos títulos da Semapa deverá estar assim sob pressão nesta sessão.

Professores em greve às avaliações

Esta segunda-feira tem início um período que promete ser marcado por greves dos professores. A primeira paralisação arranca hoje e deverá decorrer até 29 de junho, tendo como alvo as avaliações marcadas para esse período. A greve foi agendada pelo recém-formado Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), bem como pela Federação Nacional de Professores (FENPROF) e a Federação Nacional da Educação (FNE).

Assinatura do acordo de Concertação Social

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, e os secretários de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e da Segurança Social, Cláudia Joaquim, participam na cerimónia de assinatura do acordo de Concertação Social “Combater a precariedade e reduzir a segmentação laboral e promover um maior dinamismo da negociação coletiva”. Entre as medidas abrangidas neste acordo estão restrições à contratação a prazo, sendo eliminado ainda o banco de horas individual, sendo possível porém que este instrumento seja instituído por acordo de grupo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quase 50% do PIB mundial vem a Sintra. Powell, da Fed, será uma estreia

Banqueiros centrais reúnem-se em Sintra esta segunda. Presidente da Fed pela primeira vez no Fórum do BCE. Encontro anual acontece quando EUA e zona euro retiram estímulos a velocidades diferentes.

Os presidentes do Banco Central Europeu (BCE), da Fed, Banco do Japão, Austrália e Irlanda juntam-se a partir desta segunda-feira e até quarta, em Sintra. O encontro anual do BCE conta com a presença de Mario Draghi, Jerome Powell, Haruhiko Kuronda, Philip Lowe e Philip Lane, banqueiros centrais que tomam decisões de política monetária que afetam economias que valem 48% do PIB mundial.

Desde 2014 que o Fórum do BCE se realiza no Hotel da Penha Longa, em Sintra. Este ano, o encontro conta com a presença do responsável máximo da Reserva Federal norte-americana (Fed). Powell faz parte da lista de oradores. Segundo as listas oficiais de oradores de anos anteriores esta é a primeira vez que o presidente em exercício da Fed participa da reunião em Sintra. Em 2016, o nome de Janet Yellen, a antecessora de Powell, chegou a fazer parte da lista de participantes mas a responsável máxima da Fed acabou por não vir a Portugal.

Fotomontagem: Lídia Leão

A presença de Jerome Powell e de Mario Draghi no Fórum do BCE garantem o frente-a-frente entre dois poderosos banqueiros centrais numa altura em que a condução da política monetária segue ritmos diferentes nos dois lados do Atlântico.

A 13 de junho, nos EUA, a Fed voltou a subir a taxa de juro para perto de 2% e admitiu que haja novos acréscimos no custo do dinheiro. A decisão resulta de um crescimento económico acelerado na maior economia mundial, ao mesmo tempo que o mercado de trabalho apresenta uma recuperação sólida.

Um dia depois, o BCE teve a reunião mensal de decisão sobre juros. Perante uma Zona Euro que atravessa um bom momento em termos económicos, Draghi também começa a reduzir os estímulos, mas de uma forma mais tímida. Na quinta-feira anunciou que em setembro o BCE vai começar a comprar metade da dívida que hoje adquire e que até ao final do ano vai deixar o programa de estímulos monetários dirigido ao bloco do euro. Porém, eventuais subidas da taxa de juro só serão ponderadas depois do verão de 2019.

Ou seja, enquanto a Fed vai na sétima subida do preço do dinheiro desde final de 2015, o BCE mantém desde março de 2016 os juros em 0%, o valor mais baixo desde que o euro foi criado, no final da década de 90.

Apesar de os banqueiros centrais da Fed e do BCE continuarem concentrados em vigiar a inflação e o crescimento dos blocos económicos para os quais tomam decisões, o tema escolhido para o Fórum de Sintra é outro. Banqueiros e académicos vão debater a “Fixação de preços e de salários nas economias avançadas”.

Com as economias a crescer e a inflação mais próxima dos objetivos, o BCE promove no Fórum um debate que entra no território do mercado laboral. Em Sintra estarão por isso especialistas na área como Philippe Marcaden, o responsável na Organização Internacional do Trabalho (OIT) por Mercados de Trabalho Inclusivos, Relações Laborais e Condições de Trabalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grandes investidores do BES acusam Banco de Portugal de discriminação. Regulador vê lei de forma diferente

  • Rita Atalaia
  • 18 Junho 2018

Os grandes investidores lesados pela decisão do BdP de transferir dívida do Novo Banco para o BES "mau" acusam o regulador de discriminação pela nacionalidade. Mas Carlos Costa nega as acusações.

Os grandes investidores lesados pela decisão do Banco de Portugal (BdP) de transferir, em dezembro de 2015, dívida do Novo Banco para o BES “mau” acusam a entidade liderada por Carlos Costa de “discriminação em razão da nacionalidade”. Isto porque, dizem os fundos, os investidores nacionais não foram sujeitos a esta transferência realizada após a resolução da instituição financeira. Acusações que são totalmente rejeitadas pelo regulador por considerar que esta “discriminação” apenas se aplica a Estados-membros. Os fundos são norte-americanos.

“Os queixosos [os grandes fundos] afirmam que a decisão de retransferir dívida [tomada pelo Banco de Portugal] é considerada discriminação em razão da nacionalidade, o que é proibido pela lei da União Europeia, uma vez que visa sobretudo investidores institucionais estrangeiros”, referem os sete fundos numa nota sobre as implicações da decisão do BdP a que o ECO teve acesso, entre os quais está a Attestor Capital, BlackRock, CQS e Pimco.

"Os queixosos [os grandes fundos] afirmam que a decisão de retransferir dívida [tomada pelo Banco de Portugal] é considerada discriminação por nacionalidade, o que é proibido pela lei da União Europeia, uma vez que visa sobretudo investidores institucionais estrangeiros.”

Fundos lesados do BES

Estes investidores alegam que a decisão do banco central viola a liberdade de circulação de capital ao estar a discriminá-los com base na sua origem. Contudo, esta não é a opinião do regulador, que interpreta a legislação de outra forma. Para a entidade liderada por Carlos Costa, o que a lei da UE diz é que estes casos de “discriminação” apenas se aplicam a outros Estados-membros e não a países terceiros, como é o caso.

“Nenhum dos queixosos tem sede na União Europeia. Estão todos sediados nos EUA ou nas ilhas Cayman”, refere o BdP num documento enviado ao Tribunal Administrativo de Lisboa, a que o ECO teve acesso, no âmbito deste processo. O regulador do setor financeiro exclui assim um dos argumentos usado pelos fundos para tentarem recuperar as perdas sofridas pelos seus clientes no seguimento da decisão do banco central de transferir 2,2 mil milhões de euros em títulos de dívida sénior do Novo Banco para a massa insolvente do BES.

"Nenhum dos queixosos tem sede na União Europeia. Estão todos sediados nos EUA ou nas ilhas Cayman.”

Banco de Portugal

“O Tribunal Europeu de Justiça não usa a expressão ‘investidores estrangeiros’ como se estivesse a incluir investidores da Coreia do Norte, EUA ou das ilhas Cayman. Usa a expressão que delineia rigorosamente o âmbito subjetivo da proibição de discriminação: cidadãos ou empresas de “outro Estado-membro da UE”, relembra o BdP.

Para estes investidores, esta posição do regulador sinaliza que há um “membro do Eurossistema que está abertamente a reivindicar o direito de discriminar investidores de países fora da UE”. E, enquanto banco central da região, “tem a capacidade de influenciar a política monetária e um conjunto abrangente de questões de supervisão e regulação. É, por isso, relevante perceber se a posição adotada pelo BdP representa a política da UE quanto ao tratamento de investidores estrangeiros na UE”.

E deixam um alerta: “O resultado destas discussões poderá ter implicações profundas a nível financeiro e político na UE. Caso a posição do BdP sobre a lei da UE prevaleça, os investidores norte-americanos (ou seja, investidores de qualquer país fora da UE) poderão ver as suas reivindicações subordinadas ao capricho de qualquer legislador, tribunal ou autoridade de resolução bancária sem direito a compensação no âmbito da lei da UE”.

Os fundos têm vindo a exercer pressão sobre o BdP, contestando a decisão tomada em dezembro de 2015 e pedindo abertura do regulador para que se chegue a uma solução. Foi no final do ano passado que enviaram mais uma carta ao regulador alertando para os custos desta decisão para o país — algo que voltaram a reforçar nesta exposição. “Os bancos portugueses pagam juros significativamente mais elevados do que os seus pares.” E, até que seja alcançada uma solução, “as instituições financeiras vão continuar a suportar os custos desta decisão sem precedentes”, referiram então os investidores.

Além da carta, criaram um site onde disponibilizam vários documentos relativos a esta transferência. Entre estes, é possível aceder-se à cronologia dos eventos, às contas do Fundo de Resolução referentes a 2016, a decisão sobre a resolução do BES até à transferência de dívida que este grupo contesta.

Apesar da pressão, o processo, que começou em março de 2016, ainda será longo. Esta exposição de ambos os lados é apenas um dos primeiros passos, ficando ainda a faltar toda a fase das alegações e, por fim, a decisão do tribunal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ISCTE dispara no ranking do FT. Nova continua a ter o melhor mestrado em Finanças

  • ECO
  • 18 Junho 2018

Depois de se ter posicionado em 40.º lugar no ranking de melhores mestrados em Finanças do Financial Times, o ISCTE sobe agora para o 27.º lugar, numa lista onde também entram a Nova e Católica.

O ISCTE Business School disparou no ranking dos melhores mestrados em Finanças do Financial Times. Subiu 13 lugares em comparação com o ano passado, ao alcançar a 27.ª posição neste top dos 65 melhores mestrados. Uma lista que também conta com a Católica Lisbon School of Business and Economics e a Nova School of Business, a melhor entre as escolas portuguesas.

Depois de ter entrado no ranking do jornal britânico no ano passado, quando estava na 40.ª posição, o ISCTE Business School deu mais um salto na tabela, aproximando-se das outras escolas portuguesas. “A construção de mestrados de nível europeu não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona que exige uma elevada preparação e perseverança”, diz José Paulo Esperança, reitor do ISCTE Business School.

"A construção de mestrados de nível europeu não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona que exige uma elevada preparação e perseverança.”

José Paulo Esperança

Reitor do ISCTE Business School.

“A posição do Mestrado em Finanças, entre os melhores da Europa, resulta tanto da qualidade da investigação e ensino como da cooperação com o setor financeiro e empresarial”, sublinha. Entre os vários indicadores avaliados, o mestrado em Finanças do ISCTE “destaca-se principalmente no indicador de progressão na carreira”.

Há uma outra escola que também ganhou terreno (apesar de a subir não ser tão expressiva como a do ISCTE) neste ranking. A Católica Lisbon School of Business ocupa agora o 23.º lugar depois de ter conquistado a 26.º posição no ano passado.

“A subida da Católica Lisbon no ranking global do Financial Times para os Mestrados em Finanças é, para nós, um motivo de grande orgulho, mas acima de tudo é um reconhecimento da qualidade dos nossos mestrados. Este resultado reflete igualmente a nossa forte aposta na internacionalização, cada vez mais um pilar crítico de afirmação da escola”, afirma Nuno Fernandes, reitor da Católica.

A Católica é a escola portuguesa há mais tempo nos rankings do FT, no qual entrou em 2006, ficando na segunda posição entre as escolas portuguesas, que tal como no ano anterior são três.

"A subida da Católica Lisbon no ranking global do Financial Times para os Mestrados em Finanças é, para nós, um motivo de grande orgulho, mas acima de tudo é um reconhecimento da qualidade dos nossos mestrados.”

Nuno Fernandes

Reitor da Católica Lisbon School

Tanto o ISCTE como a Católica conseguiram subir alguns lugares neste top, mas não é por isso que são as escolas melhor classificadas. Esse título é da Nova School of Business, ainda que tenha perdido algum terreno: passou de 19.º para 21.º lugar na classificação deste ano (depois de ter estado em 14.º há dois anos).

Baixou do top 20, num total de 65 escolas a nível mundial, ranking com três escolas espanholas, várias francesas, mas em que são as norte-americanas e as britânicas que brilham. Há 14 escolas dos EUA e 17 do Reino Unido.

Apesar de em menor número, são as francesas que estão no topo da lista. A HEC Paris é mesmo a melhor, este ano, tendo superado a Edhec Business School, também de França (que agora está na terceira posição). Skema e Essec Business School, igualmente gaulesas, ocupam a quarta e quinta posições, respetivamente. Em segundo lugar, depois de ter subido duas posições face a 2017, está a ESCP Europe, uma escola europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa vai a Angola na segunda quinzena de julho, diz Marques Mendes

  • ECO
  • 17 Junho 2018

Marques Mendes revela que o primeiro-ministro vai fazer um périplo por África. Começa por São Tomé e Príncipe, mas o ponto alto deverá ser na segunda quinzena de julho quando visitará Angola.

António Costa vai em breve a Angola. O primeiro-ministro está a preparar um périplo por África, que começará a 25 e 26 de junho em São Tomé e Príncipe, mas que terá o ponto alto no país liderado por João Lourenço, revelou Luís Marques Mendes. Sem avançar uma data específica, apontou a visita para a segunda quinzena de julho.

“Tanto quanto sei, a visita a Angola vai realizar-se na segunda quinzena de julho”, disse Marques Mendes, no habitual comentário semanal no Jornal da Noite da SIC.

“O primeiro-ministro vai fazer um périplo por África. Vai estar a 25 e 26 em São Tomé e Príncipe. Depois vai para Moçambique e segue para a Ilha do Sal, em Cabo Verde, na Cimeira da CPLP”, onde será acompanhado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou. Depois terá então lugar a visita a Angola. “Costa não quer terminar o seu mandato sem visitar os vários PALOP”, rematou.

"Tanto quanto sei, a visita a Angola vai realizar-se na segunda semana de julho.”

Marques Mendes

Marques Mendes já tinha apontado o início de julho como a altura para a realização dessa visita. Num comentário no arranque deste mês, Marques Mendes afirmava que a visita só poderia acontecer “nos últimos dias deste mês, ou no princípio de julho”, isto porque antes de formalizar as datas da visita de António Costa a Angola, Luanda exigia que o processo de Manuel Vicente estivesse fisicamente no país.

“Para Angola não chega a decisão” das autoridades judiciais nacionais de transferir o processo para Angola, ele “tem de estar fisicamente em Angola”, salientava o comentador.

Recentemente, o chefe de Estado angolano, João Lourenço, disse que Luanda ainda aguardava o envio do processo judicial envolvendo o ex-vice-presidente Manuel Vicente por Portugal, mas assumia aguardar, ansiosamente, a visita do primeiro-ministro português.

A posição foi expressa pelo Presidente e pelo chefe do Governo angolano numa entrevista à Euronews, no âmbito da visita oficial de João Lourenço a França e à Bélgica.

“As relações com Portugal vão bem. Estamos ansiosos em receber o primeiro-ministro, António Costa, em Luanda. A nível dos ministros das Relações Exteriores, os dois países estão a acertar datas, e isso vai acontecer a todo o momento”, afirmou à data João Lourenço.

(Notícia corrigida às 23h00 com data sobre a visita a Angola. Não será na segunda semana de julho, mas na segunda quinzena de julho)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quinze estados-membros exigem mais verbas para a PAC

  • Lusa
  • 17 Junho 2018

“Tem que ser um processo, como acontece nas grandes decisões na Europa, em que todos ganhemos”, salientou Capoulas Santos.

Um conjunto de 15 Estados-membros, incluindo Portugal, apresentam na segunda-feira à Comissão Europeia um documento em que exigem maior financiamento para a política agrícola comum (PAC), disse o ministro da Agricultura em Bruxelas.

O memorando está incluído na ordem de trabalhos do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia (UE), que se reúne na segunda-feira no Luxemburgo, e prevê que seja corrigida a proposta de Bruxelas, que prevê cortes nas verbas para a PAC no período 2021-2027.

“Temos que encontrar um ponto de equilíbrio entre os países que são contribuintes líquidos e os beneficiários líquidos, que seja satisfatório para todos, porque deste processo não podem sair vencedores nem vencidos”, acrescentou Capoulas Santos.

“Tem que ser um processo, como acontece nas grandes decisões na Europa, em que todos ganhemos”, reiterou.

"Temos que encontrar um ponto de equilíbrio entre os países que são contribuintes líquidos e os beneficiários líquidos, que seja satisfatório para todos, porque deste processo não podem sair vencedores nem vencidos.”

Capoulas Santos

Ministro da Agricultura

Neste momento, esclareceu, uma maioria de 15 países concorda que o orçamento para a Agricultura “fica aquém das necessidades para a ambição que temos sobre a nova PAC”, mas para que possa ser alterada é necessária uma posição “tão ampla quanto possível” do Conselho da UE.

“Já não falta muito para chegarmos a 27”, adiantou o governante português, referindo que o memorando começou com três signatários e vai já em 15.

No dia 1, a Comissão Europeia propôs uma verba de cerca de 7,6 mil milhões de euros no quadro financeiro plurianual (QFP) 2021-2027, a preços correntes, abaixo dos 8,1 mil milhões do orçamento anterior, com uma ligeira subida nos pagamentos diretos e cortes no desenvolvimento rural.

A preços correntes, para o QFP 2021-2027, está prevista uma verba de 4,2 mil milhões de euros no primeiro pilar e de 3,4 mil milhões no segundo.

No arranque da PAC 2014-2020, Portugal recebeu 4,1 mil milhões de euros no âmbito do primeiro pilar e 4,082 mil milhões no segundo pilar.

Os cortes orçamentais devem-se à saída do Reino Unido, que deixa um ‘buraco’ de 12 mil milhões de euros nas receitas da UE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo vai ver a seleção. Encontra-se com Putin na Rússia

  • Lusa e ECO
  • 17 Junho 2018

O Presidente da República estará, na quarta-feira, na capital da Federação Russa para assistir ao jogo da seleção portuguesa no Mundial 2018. No mesmo dia, Marcelo reúne-se com Putin.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reúne-se na quarta-feira, em Moscovo, com o líder russo, Vladimir Putin, informou a Presidência.

Marcelo Rebelo de Sousa estará, na quarta-feira, na capital da Federação Russa para assistir ao jogo da seleção portuguesa na fase final do Mundial de Futebol com a equipa de Marrocos, lê-se na nota publicada no site da Presidência da República.

O chefe de Estado “terá também um encontro com o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin”, lê-se na nota.

Depois do encontro com Putin, Marcelo Rebelo de Sousa irá reunir-se com o presidente norte-americano, Donald Trump, e encerrar o Mês de Portugal nos EUA. Além de “reforçar os sólidos laços de amizade e cooperação que unem Portugal e os EUA, este Mês de Portugal e esta reunião” com Trump são uma “oportunidade para sublinhar o sucesso e a boa integração da comunidade portuguesa e lusodescendente nos EUA, abordar o futuro e aprofundamento das relações bilaterais entre os dois países e debater temas relevantes da agenda internacional”, de acordo com uma nota da Presidência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD quer ver estudo que levou a Caixa a escolher balcões que vão fechar

  • Rita Atalaia
  • 17 Junho 2018

Os deputados do PSD querem perceber quais foram os critérios usados pelo banco liderado por Paulo Macedo que estiveram na base da escolha dos 70 balcões a encerrar este ano.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai avançar com mais uma vaga de encerramento de balcões. Se no ano passado foram 64, este ano são 70. O banco não revela a lista das agências, mas já se conhecem pelo menos 25 que vão ser afetadas. Já há manifestações populares, mas também muitos deputados a questionarem o porquê de fechar em determinadas localidades. O PSD vai mais longe. Num requerimento enviado ao Ministério das Finanças, o partido quer conhecer o estudo feito pelo banco estatal que explica os critérios que ditam as agências a fechar.

“Nem se conhecem os respetivos fundamentos, nem sequer a listagem completa das agências do banco público que irão encerrar”, afirmam os deputados do PSD no pedido enviado na sexta-feira ao ministro das Finanças para que tenham acesso ao estudo feito pela CGD e onde deverão estar explicados os critérios para os encerramentos. “Os deputados do PSD subscritores do presente requerimento defendem ser indispensável conhecerem-se as motivações que estão na origem desta decisão”, referem.

"Os deputados do PSD subscritores do presente requerimento defendem ser indispensável conhecerem-se as motivações que estão na origem desta decisão.”

PSD

Num comunicado enviado pela CGD, o banco estatal referiu que as “agências a encerrar foram objeto de análise e, além da sua atividade e resultado económico, foram tidas em consideração questões como as acessibilidades a outras agências da CGD e a mobilidade da população”.

É a este estudo que o PSD quer ter acesso, dando alguns exemplos de balcões que vão encerrar que consideram mais problemáticos para a população. “Olhando-se para algumas situações de encerramento de balcões já conhecidas, citamos os exemplos de S. Vicente da Beira, concelho de Castelo Branco ou de Darque, concelho de Viana do Castelo, quem conheça as suas realidades locais — do ponto de vista social, humano e acessibilidades — só poderá concluir que, ou aquelas afirmações são inverdadeiras, ou o estudo foi mal feito”.

"As agências a encerrar foram objeto de análise e, além da sua atividade e resultado económico, foram tidas em consideração questões como as acessibilidades a outras agências da CGD e a mobilidade da população.”

CGD

O banco não fez qualquer referência aos critérios usados para o encerramento de cada balcão, nem revelou a lista completa de agências a encerrar em todo o país, dizendo apenas que isto deverá acontecer sobretudo “na Grande Lisboa e Grande Porto.”

O PSD também já tinha exigido conhecer esta lista de agências a fechar (um pedido que foi agora reforçado neste novo requerimento). E a que ainda não teve resposta. “Esta vaga de encerramentos causou um forte sentimento de indignação e abandono junto das populações afetadas, muitas das quais localizadas em municípios do interior do país ou de pequena dimensão”, criticaram os sociais-democratas.

A administração do banco liderado por Paulo Macedo está a enviar cartas para os diretores dos balcões que vão encerrar, processo que deverá estar concluído até final deste mês. Dos 70 balcões que a CGD diz que vai encerrar no âmbito dos compromissos assumidos com Bruxelas — o que compara com os 64 em 2017 –, apenas se conhece a localização de 25 em resultado das manifestações populares. E também das críticas dos autarcas que pedem esclarecimentos ao banco.

Além de S. Vicente da Beira, em Castelo Branco ou de Darque, em Viana do Castelo, há muitos outros fora dos grandes centros urbanos. Casos da agência de Louriçal, em Alenquer, Colos, em Odemira, Abraveses, no concelho de Viseu, para nomear alguns.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.