Preços subiram 1% em maio, confirma INE

  • Lusa
  • 12 Junho 2018

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor foi de 1% em maio, ou seja, 0,6 pontos percentuais acima do valor de abril, confirmou o Instituto Nacional de Estatística.

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 1% em maio, 0,6 pontos percentuais acima dos 0,4% apurados em abril, confirmou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). “A aceleração do IPC reflete a dissipação do efeito de base associado ao calendário da Páscoa em 2017 e também a evolução recente dos preços dos combustíveis”, explica o INE, recordando que, “com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 30 de maio”.

Em maio, a variação homóloga do indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) foi de 0,6%, situando-se 0,4 pontos percentuais acima do registado em abril. A variação mensal do IPC foi, por sua vez, de 0,4% (0,7% em abril e -0,2% em maio de 2017) e a variação média dos últimos 12 meses foi de 1,0% (que compara com os 1,1% registados no mês precedente).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma variação homóloga de 1,4%, taxa superior em 1,1 pontos percentuais à do mês anterior e inferior em 0,5 pontos percentuais à estimativa do Eurostat para a área do euro (em abril, esta diferença foi de 0,9 pontos percentuais).

O IHPC registou uma variação mensal de 0,8% (1% no mês anterior e -0,3% em maio de 2017) e uma variação média dos últimos doze meses de 1,2% (valor idêntico ao registado em abril).

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Crédito para a casa já vai em três mil milhões em quatro meses. É um máximo de 2010

A nova concessão de empréstimos para a compra de casa aumentou 27% entre janeiro e abril, para 2.969 milhões de euros. É um novo máximo de 2010.

A concessão de crédito para a compra de casa não para de aumentar. Nos primeiros quatro meses deste ano foram quase três mil milhões de euros, o montante disponibilizado pelos bancos nacionais em novos empréstimos à habitação. Trata-se de um máximo de 2010.

Os números foram disponibilizados pelo Banco de Portugal, nesta terça-feira, mostrando que o total do crédito à habitação concedido entre janeiro e abril deste ano cresceu 27% face ao período homólogo.

De acordo com os dados da entidade liderada por Carlos Costa, em abril, os bancos disponibilizaram 783 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa. Este valor representa um decréscimo face aos 879 milhões que se tinham registado em março, mas permite elevar para perto de três mil milhões de euros o total do crédito concedido com esse fim nos primeiros quatro meses do ano.

Crédito da casa nos primeiros quatro meses de cada ano

Fonte: Banco de Portugal

No total, a banca concedeu 2.969 milhões de euros em crédito à habitação até abril, valor que corresponde a um aumento de 27% face ao montante disponibilizado no mesmo período do ano passado. Significa ainda a quantia mais elevada de empréstimos com esse fim disponibilizada, em termos homólogos dos últimos oito anos. Seria necessário recuar até abril de 2010 para ver um valor superior. Nos primeiros meses daquele ano foram disponibilizados 3.283 milhões de euros em crédito à habitação.

Numa altura em que a economia dá sinais de recuperação e as famílias se sentem também mais motivadas a recorrer ao crédito para comprar casa, perante a melhoria do seu rendimento e a recuperação do emprego, sustentam essa recuperação dos níveis de recuperação. Mas a vontade dos bancos em disponibilizar crédito também é uma ferramenta determinante para sustentar esse crescimento.

A quebra dos spreads é um dos espelhos mais visíveis dessa vontade dos bancos em dar crédito. ainda há poucos dias, a CGD avançou com a segunda descida no spread mínimo que se dispõe a cobrar aos clientes que procuram contrata um crédito para a compra de casa. O banco estatal colocou essa margem mínima nos 1,3%, aproximando-se dos valores disponibilizado pelos concorrentes BCP, Santander Totta e Novo Banco (1,25%).

Apesar de em menor dimensão, a concessão de crédito ao consumo também registou uma subida acentuada. Nos primeiros quatro meses deste ano, os bancos concederam 1.493 milhões de euros em empréstimos com esse fim. Esse montante corresponde a um aumento de perto de 16% face ao período homólogo e é ainda o mais elevado desde 2004.

A contrariar essa tendência estiveram os créditos a particulares com outros fins, sendo observada uma diminuição de perto de 4%, para os 599 milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano. Ou seja, mais 4% face ao verificado em 2017.

Crédito às empresas em máximos de três anos

O ano de 2018 está a ser também de recuperação dos níveis de concessão de empréstimos às empresas. Nos primeiros quatro meses do ano a banca disponibilizou 9.933 milhões de euros em crédito a esse segmento. Ou seja, mais 15,5% face ao período homólogo e um máximo de 2015.

Esse movimento resulta sobretudo do crédito concedido às empresas de maior dimensão. Até abril, a banca deu um total de 4.362 milhões de euros às grandes empresas. Trata-se de um crescimento de 34% face ao que se tinha verificado no ano passado.

Ainda assim, em termos de montantes disponibilizados, as pequenas e médias empresas ficaram com mais dinheiro dos bancos. Estes disponibilizaram-lhes 5.571 milhões e euros em crédito nos primeiros meses deste ano.

Em termos globais, as instituições financeiras já deram quase 15 mil milhões de euros em crédito às famílias e às empresas nos primeiros quatro meses do ano. Foram 14.994 milhões de euros, o valor mais elevado desde o mesmo período de 2014.

(Notícia atualizada às 11h55 com mais informação)

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Miranda e PPA promovem workshop sobre internacionalização em África

A Miranda & Associados e a PPA – Parceria Portuguesa para a Água vão promover, no dia 19 de junho o workshop "Água para todos – Oportunidades e desafios da internacionalização na África Subsariana".

A sociedade de advogados Miranda & Associados e a PPA — Parceria Portuguesa para a Água — vão promover, no dia 19 de junho, em Lisboa, o workshop “Água para todos – Oportunidades e desafios da internacionalização na África Subsariana”, que tem como principal objetivo dar a conhecer as oportunidades de investimento atualmente existentes na África Subsariana e revelar as tendências atuais do mercado, através dos testemunhos de especialistas e intervenientes no mercado.

O workshop terá início às 16h45 e contará com os seguintes oradores: Anabela Raposo, da Direção da Rede Externa e Institucionais do Aicep Portugal Global, que irá apresentar o tema “Perspetivas na África Subsariana ‘fora da zona de conforto’”; Rosa Caetano, subdiretora-Geral do GPEARI/ Ministério das Finanças, irá debruçar-se sobre “A Agenda do BAfD para a África Subsariana”; e Alberto Galhardo Simões, sócio da Miranda e responsável pela coordenação da Área de Prática de Comercial, Societário e Projetos, irá focar os “Aspetos jurídicos dos processos de internacionalização e tendências para o mercado angolano”.

A sessão de abertura será conduzida por Agostinho Pereira de Miranda (sócio fundador da Miranda) e Alexandra Cunha Serra (Presidente da PPA).

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Madeira quer resolver “problema dos reembolsos da ADSE”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 12 Junho 2018

Resolução reivindica a publicação de legislação nacional em falta, com efeitos retroativos. E nota que a região teve de assumir responsabilidades com custo trimestral acima de dois milhões de euros.

A Assembleia Legislativa da Madeira quer resolver “em definitivo” o “problema dos reembolsos” da ADSE dos beneficiários que vivem na região. Numa resolução publicada esta terça-feira em Diário da República, reivindica a publicação de legislação “em falta”, com “efeitos retroativos”, e a devolução de verbas entretanto adiantadas pela região “e que são da responsabilidade da ADSE”.

A resolução começa por explicar que, em 2015, foi criado um grupo de trabalho “no sentido de criar mecanismos operacionais para regularização de dívidas cruzadas existentes, bem como apresentar propostas para evitar novas dívidas cruzadas”. Entretanto foi assinado o Memorando de Entendimento e a “Carta de Compromisso”, que assumia, com efeitos a janeiro de 2016, a “entrega da totalidade dos descontos dos beneficiários da Administração Pública Regional à ADSE” e o “financiamento pela ADSE da comparticipação das despesas em regime livre e pagamento das comparticipações das despesas em regime convencionado dos beneficiários da RAM”.

Mas o Governo da República “continuou sem assumir o reembolso das despesas do regime livre, nomeadamente relativamente a consultas e a exames complementares de diagnóstico e terapêutica”, nota a resolução. De acordo com o documento, a RAM foi obrigada a “substituir -se à ADSE nacional e a assumir responsabilidades para evitar que os beneficiários regionais fossem penalizados, com um custo trimestral superior a dois milhões de euros”. E já a partir deste ano, tem também assumido o “pagamento dos fármacos dispensados aos beneficiários da ADSE residentes na RAM”.

A resolução assinala que o incumprimento dos compromissos assumidos por parte do Governo da República e da ADSE “prejudica de uma forma bastante grave” a Madeira e nota que, no caso dos Açores, é permitida a retenção dos descontos dos funcionários públicos, “em valores anuais que ultrapassam os dez milhões de euros, numa clara discriminação de tratamento entre as duas Regiões Autónomas”.

Por isso, a Assembleia Legislativa da RAM reivindica o cumprimento das obrigações acordadas. Entre elas, a publicação da legislação nacional em falta, “para resolver em definitivo o problema dos reembolsos da ADSE dos beneficiários residentes na Região Autónoma da Madeira”, e a salvaguarda de “efeitos retroativos” desta legislação, “que deveria ter produzido os seus efeitos a 1 de janeiro de 2016”. Defende ainda a devolução à região das “verbas entretanto adiantadas por esta e que são da responsabilidade da ADSE, I. P., que deveria efetuar o pagamento das despesas com o recurso às verbas que lhe estão a ser entregues na totalidade, desde janeiro de 2016” e o fim da “atual discriminação” entre Madeiras e Açores.

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Bancos querem agravar prestações de casas que passam a ser arrendadas

  • ECO
  • 12 Junho 2018

A APB contesta a medida que permite arrendar casas hipotecadas mas sem que haja agravamento do spread por parte das instituições financeiras.

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) defende um agravamento do spread nos novos créditos à habitação quando a casa é posta no mercado para arrendamento. A posição da instituição consta de um parecer que a instituição liderada por Fernando Faria de Oliveira enviou para o Parlamento e que o Diário de Notícias revela esta terça-feira.

“Nos contratos vigentes, as condições acordadas não tiveram obviamente em conta a possibilidade de o mutuário vir a arrendar, sem quaisquer limites, o bem hipotecado” refere o documento da APB, citado pelo Dinheiro Vivo e que aponta um “inegável agravamento do risco do contrato para os bancos”.

A proposta do Governo elimina as restrições que existem atualmente na lei ao arrendamento de casas adquiridas com recurso a crédito bancário.

A proposta do Executivo, que está em discussão na Assembleia, determina que os bancos não podem agravar os encargos com créditos para financiar habitação própria, em caso de renegociação motivada por “celebração entre o consumidor e um terceiro de contrato de arrendamento habitacional da totalidade ou parte do imóvel”. Se a proposta da APB for acolhida, os bancos poderão aumentar os spreads nestas situações.

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Pharol tem um mês para decidir se vai ao aumento de capital da Oi

O regulador do mercado de capitais brasileiro divulgou as condições para a conversão de créditos em capital da Oi, dando 30 dias para os acionistas decidirem se acompanham ou não a operação.

As condições para a conversão de créditos em capital da Oi já são conhecidas. A Pharol dispõe agora de um mês para decidir se acompanha ou não esta operação da sua participada brasileira, segundo informação relevante divulgada no site da CMVM nesta terça-feira.

“O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 30 dias, contados a partir do dia 15 de junho de 2018 (inclusive), ou seja, até o dia 16 de julho de 2018 (inclusive)” diz o documento que foi publicado inicialmente pelo regulador do mercado de capitais brasileiro, e agora disponibilizado também no site da CMVM.

Não acompanhar a operação significa para a Pharol ver a sua posição como maior acionista da telecom brasileira substancialmente diluída.

Em causa está o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores da Oi em dezembro do ano passado. Este plano prevê a troca de dívida por ações e um aumento de capital que, não sendo acompanhado pelos acionistas, levará a uma forte diluição da sua posição, sendo que mais de 70% do capital da brasileira pode ficar nas mãos dos credores.

A Pharol mostrou a sua oposição este plano mas, entretanto, no final de maio já deu sinais de que poderia acompanhar o aumento de capital da Oi. Em causa está uma alteração nos estatutos que permite injetar até 40 milhões de euros na empresa, bem como emitir obrigações. O objetivo poderá, depois, passar por participar no aumento de capital da Oi, operadora brasileira da qual a Pharol é hoje a maior acionista.

De acordo com o documento da Oi tornado público nesta terça-feira, o aumento de capital mediante a capitalização de créditos será realizado através da emissão de novas ações ao preço unitário de 7 reais (cerca de 1,6 euros), de modo a que o montante total da capitalização de créditos seja de, no mínimo, 7.279 milhões de reais (1.666 milhões de euros) e de, no máximo, 12.292 milhões de reais (2.813 milhões de euros).

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Sporting afunda 6% após nova vaga de rescisões

O Sporting volta às quedas acentuadas na bolsa de Lisboa, depois da nova vaga de rescisões por justa causa ter incluído os principais jogadores dos leões, como Gelson Martins e William Carvalho.

O Sporting volta às quedas acentuadas na bolsa de Lisboa, depois da nova vaga de rescisões por justa causa ter incluído os principais jogadores dos leões, como Gelson Martins e William Carvalho.

As ações da SAD leonina, que negoceiam por chamada, afundaram esta terça-feira 6,15% para os 0,61 euros — depois de três sessões sem negociar. É a cotação mais desde 4 de abril, justamente o dia anterior à realização do jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa contra o Atlético Madrid, na capital espanhola, e quando começaram os problemas entre o presidente Bruno de Carvalho e os jogadores.

Como é habitual em torno das SADs nacionais, a negociação de ações do Sporting ficou marcada por uma liquidez foi reduzida. Cerca de 1.500 títulos trocaram de mãos, em linha com aquilo que tem sido a média diária dos últimos 12 meses.

Esta segunda-feira, mais quatro jogadores rescindiram com o clube de Alvalade de forma unilateral: além de Gelson e William, também Bruno Fernandes e Bas Dost anunciaram as rescisões do contrato por justa causa. São já seis os atletas que abandonam o Sporting, com um valor de mercado em torno de 115 milhões de euros, adensando a crise no clube.

Sporting em mínimos de dois meses

Fonte: Reuters

Face à nova onda de saídas, o presidente do Sporting anunciou na noite desta segunda-feira que a direção do clube se demitiria caso os jogadores voltassem atrás nas suas decisões e regressassem a Alvalade. Bastaria apresentar uma carta com estas condições para Bruno de Carvalho apresentar a sua saída e convocar eleições antecipadas.

Ainda assim, o líder leonino considerou que as rescisões apresentadas não têm fundamento legal. “Tenho aqui três cartas. Tenho de vos dizer que o que está aqui nestas rescisões não tem qualquer fundamento a nível de justa causa”, afirmou o dirigente numa conferência de imprensa realizada em Alvalade. “A argumentação é tão fraca nas cartas, tão fraca que já se percebeu que estes processos não vão ser levados ate ao fim”, disse ainda, frisando que isto “não vai dar em nada”.

Mais rescisões deverão ser apresentadas nos próximos dias. De acordo com a imprensa desportiva, Mathieu e Acuña também deverão rescindir com os leões. Termina esta quinta-feira o prazo legal para que os jogadores possam rescindir com o clube por justa causa, dado que passam 30 dias desde o ataque ao plantel na Academia de Alcochete.

Entretanto, enquanto a crise persistir, o empréstimo obrigacionista do Sporting vai continuar congelado e o clube arrisca-se a entrar em incumprimento no que toca ao pagamento de salários a funcionários e jogadores. O prospeto para a emissão de dívida no valor de 15 milhões de euros continua à espera de autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que quer garantir que o documento contenha todas as informações relevantes para a tomada de decisão dos investidores. Este dinheiro serviria para financiar a tesouraria do clube e responder a despesas mais imediatas.

(Notícia atualizada às 11h10)

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Estado obrigado a indemnizar Paulo Pedroso em 68 mil euros

  • Lusa
  • 12 Junho 2018

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou o Estado português a indemnizar Paulo Pedroso, após recurso do socialista relacionado com o processo Casa Pia.

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou o Estado português a indemnizar Paulo Pedroso no valor de 68.555 euros, após um recurso apresentado pelo socialista relacionado com o processo Casa Pia.

De acordo com uma decisão divulgada esta terça-feira, o Tribunal Europeu deu razão a Paulo Pedroso, que exigia uma indemnização por ter sido detido preventivamente em 2003 sem indícios suficientes.

Sob Paulo Pedroso recaíam suspeitas da prática de relações sexuais com rapazes da instituição pública de acolhimento de menores, Casa Pia.

De acordo com a sentença do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, o Estado tem três meses para indemnizar o socialista, que foi detido em 2003 quando era deputado e porta-voz do Partido Socialista, tendo o momento sido captado pelos canais de televisão.

Paulo Pedroso permaneceu em prisão preventiva entre maio e outubro de 2003, no âmbito do inquérito então em curso no Ministério Público que ficou conhecido como caso Casa Pia.

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“Sanções à Coreia do Norte só vão desaparecer quando tivermos certeza que a ameaça nuclear já não existe”, diz Trump

O Presidente Trump garante que Coreia do Norte vai começar a destruir, muito em breve, o local de lançamento de mísseis, algo que foi acordado depois de assinado o documento conjunto.

O Presidente Donald Trump garante que as sanções económicas contra a Coreia do Norte se mantêm até que a ameaça nuclear tenha desaparecido por completo. Numa conferência de imprensa depois da cimeira histórica com o líder norte-coreano, que resultou na assinatura de uma declaração conjunta na qual há o compromisso de desnuclearização da Península da Coreia, Trump revelou ainda que Pyongyang vai começar a destruir, muito em breve, o local de lançamento de mísseis.

Após uma reunião que o Presidente norte-americano classifica de “direta, honesta e produtiva”, Trump não admite sequer a possibilidade de que o acordo não seja cumprido porque ambas as partes apenas têm a ganhar. A desnuclearização total ficou acordada e vai ser verificada, garantiu Donald Trump, tanto por equipas norte-americanas como internacionais. O Presidente norte-americano reconheceu que “cientificamente, este processo de desnuclearização vai demorar muito tempo, mas assim que se iniciar vai ser feito tão depressa quanto for possível”.

Todos podem fazer a guerra, mas apenas os mais corajosos podem fazer a paz”, disse Trump numa longa conferência de imprensa onde explicou os detalhes do acordo firmado com a Coreia do Norte. Nas respostas aos jornalistas, Trump revelou ainda que vai pôr fim aos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e que pretende reduzir o número de militares mobilizados na região não só porque pretende cumprir essa promessa, mas também por razões orçamentais. “Quero trazer os nossos soldados para casa, reduzir o número de efetivos. Mas isso também não está no acordo”, explicou Trump.

Múltiplas vezes questionado sobre a fiabilidade do regime de Pyongyang em cumprir o acordado, Donald Trump frisou que “não há limite para o que a Coreia do norte pode alcançar” com este acordo. “O Presidente Kim tem perante si uma oportunidade única para ser recordado como alguém que abriu uma nova era de prosperidade e segurança”, sublinhou. Além disso, lembrou o Chefe de Estado norte-americano, esta é uma “Administração diferente” que “concretiza as coisas”. Numa crítica às anteriores Administrações, Trump disse: “Isto não é o passado, não é mais uma Administração que não conseguiu levar avante os seus desejos e nunca conseguiu nada”.

Da mesma forma também deu ferroada a Barack Obama por este ter pago, cerca de 400 milhões de dólares, pelo regresso de reféns do Irão. Trump garante que não vai pagar um único dólar neste acordo. Sublinhando mais uma vitória, Trump explicou que foi “discutida em detalhe” a questão dos restos mortais dos soldados que morreram ao longo destes 70 anos de guerra — cujo fim ainda não foi declarado — e que Kim acedeu neste ponto, “no último momento”.

“Sinto que ele [Kim Jong-un] quer mesmo levar a cabo este processo”, disse Trump e como sinal da boa vontade, o Chefe de Estado frisou que “nos últimos sete meses”, período durante o qual estava em preparação esta cimeira histórica, “não houve notícias de novos testes de mísseis balísticos”. “As pessoas pensavam que isto nunca ia acontecer, mas já está a acontecer”, concluiu.

(Notícia atualizada com mais informção)

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Marta Soares avança com duas providências cautelares para garantir AG do Sporting a 23 de junho

  • Lusa
  • 12 Junho 2018

Presidente demissionário da Mesa das Assembleia Geral do Sporting garante que vai avançar com duas novas providências cautelares para garantir “tudo o que é importante” para realizar Assembleia Geral.

O presidente demissionário da Mesa das Assembleia Geral do Sporting afirmou esta segunda-feira que vai avançar com duas novas providências cautelares para garantir “tudo o que é importante” para realizar a Assembleia Geral do dia 23 de junho.

“Vou avançar com duas providências cautelares para garantir tudo o que é importante e fundamental em todas as áreas, não só a segurança, para que a Assembleia Geral do dia 23 de junho se realize”, disse Jaime Martas Soares à agência Lusa.

O presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral (MAG) explicou que é o único que tem legitimidade para marcar Assembleias Gerais.

“Sou o presidente da MAG em exercício e cumpri sempre os estatutos”, frisou, reafirmando que as Assembleias Gerais anunciadas por Bruno de Carvalho, presidente da direção do clube, para 17 de junho e 21 de julho “terão resultados nulos e sem nenhum efeito”.

Marta Soares explicou ainda que vai também avançar com a marcação da Assembleia Geral sobre o Plano de Atividades e Orçamento.

“Vou marcar, nos próximos dias e dentro dos prazos, a Assembleia Geral para o Plano de Atividades e Orçamento. Segundo os estatutos, têm até ao dia 15 de junho para me entregar todos os documentos e até ao momento nada chegou às minhas mãos”, explicou.

Jaime Marta Soares, que recusou comentar a conferência de imprensa de hoje de Bruno de Carvalho, apenas apelou aos jogadores para que não rescindam os seus contratos, no dia em que Bruno Fernandes, William Carvalho, Gelson Martins e Bas Dost apresentaram a rescisão por justa causa.

Antes, já Rui Patrício e Daniel Podence tinham apresentado a rescisão, alegando justa causa.

“Eu desejo ardentemente que os jogadores não rescindam”, concluiu Marta Soares.

Estas rescisões surgem na sequência, entre outros casos, das agressões sofridas por vários elementos do plantel e da equipa técnica em 15 de maio, na Academia do Sporting, em Alcochete, por cerca de 40 pessoas encapuzadas. Destes atacantes foram detidos 27, que ficaram em prisão preventiva.

Depois destes acontecimentos, a maioria dos membros da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da Direção apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.

Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma Assembleia Geral para votar a destituição do Conselho Diretivo (CD), para 23 de junho – sobre a qual foi interposta uma providência cautelar para a sua realização pela MAG que foi indeferida liminarmente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa – e criou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.

O CD do Sporting decidiu substituir a MAG e respetivo presidente através da criação de uma Comissão Transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma Assembleia Geral Ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e para esclarecimento aos sócios e convocar uma Assembleia Geral Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.

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Frezite lança-se ao espaço com compra da HPS

  • ECO
  • 12 Junho 2018

Frezite comprou uma empresa do Porto que produz isolamentos térmicos de veículos espaciais e outra de Vila do Conde que fabrica máquinas inteligentes.

A Frezite comprou a High Performance Structures Gestão e Engenharia (HPS Lda), uma empresa que, entre outros projetos espaciais, concebeu os escudos térmicos da ExoMars, a sonda europeia destinada à exploração do planeta Marte.

A informação foi revelada pelo chairman da Frezite, José Manuel Fernandes, ao Jornal de Negócios. “Adquirimos a participação do grupo alemão na HPS Lda, ou seja, mais de 90% do capital desta empresa de engenharia para a produção de sistemas e tecnologias para o setor do espaço”, indicou.

A HPS Lda, empresa do Porto, foi fundada — e era controlada até há pouco tempo — pela alemã HPS GmbH. Além dos escudos térmicos da ExoMars, também concebeu o Sentinel, programa de observação da Terra, ambos liderados pela Agência Espacial Europeia (ESA).

A par da HPS Lda, a Frezite também acaba de adquirir a SERI – Sociedade de Estudos e Realizações Industriais, sediada em Vila do Conde. Em causa está uma empresa de engenharia de metalomecânica que “tem como objeto a produção de bens de equipamento e máquinas inteligentes”. A Frezite adquiriu, “para já, 51% do capital da SERI, devendo chegar aos 100% dentro de quatro anos”, diz José Manuel Fernandes.

Com estas duas aquisições, “a Frezite segue uma estratégia clara de crescimento, mantendo o foco na diversificação de tecnologia de elevado valor acrescentado”, nota ainda.

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BE quer estudo de impacto orçamental sobre tempo de serviço dos professores

  • Lusa
  • 12 Junho 2018

Perante a guerra de números entre Governo e sindicatos, o Bloco de Esquerda quer saber o impacto orçamental das várias propostas de contagem do tempo de serviço dos professores.

O Bloco de Esquerda (BE) quer que o Governo apresente um estudo de impacto orçamental sobre o tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira dos professores, segundo um requerimento a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira.

Segundo o documento do grupo parlamentar bloquista, “têm sido avançados pelas partes [governo e sindicatos] diferentes números relativos ao impacto orçamental da recuperação integral do tempo de serviço congelado que importa conhecer e avaliar”.

No requerimento, o BE quer saber o impacto orçamental segundo a proposta apresentada pelos sindicatos dos professores “de recuperação integral faseada do tempo de serviço congelado, num total de nove anos, quatro meses e dois dias”. Mas quer também conhecer o impacto perante o “cenário apresentado pelo Governo de recuperação integral do tempo de serviço, incluindo impacto do faseamento previsto para o descongelamento das carreiras da Administração Pública”.

A 18 de novembro, o Governo e os sindicatos dos professores chegaram a um princípio de entendimento para o descongelamento e progressão nas carreiras, mas os termos e condições de concretização ficaram dependentes de negociações específicas, com início a 15 de dezembro, e que se arrastaram ao longo dos últimos meses, sem os resultados esperados pelos sindicatos e com uma inversão no discurso que gelou expectativas, mas descongelou a luta sindical.

O processo culminou com a declaração pública, a 4 de junho, do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que deu as negociações com os sindicatos sobre esta matéria por terminadas, sem que se tivesse chegado a acordo, e retirou de cima da mesa a proposta que o Executivo foi afirmando ao longo de meses ser o mais longe que poderia ir, mas que os sindicatos nunca estiveram dispostos a aceitar: recuperar apenas dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço.

Mas um dia depois, no debate quinzenal no parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, desdisse o seu ministro e voltou a abrir a porta às negociações, dizendo que se os sindicatos estivessem disponíveis para voltar à mesa negocial, a proposta do Executivo continuava em cima da mesa.

Nem greves regionais em março, nem uma grande manifestação nacional que em maio levou para a avenida da Liberdade, em Lisboa, mais de 50 mil professores, demoveu o Governo que recusa ir além da sua proposta, acusando os sindicatos de intransigência negocial. O custo do descongelamento das carreiras dos docentes é um dos maiores pontos de discórdia entre Governo e sindicatos.

Segundo números do Governo, um descongelamento total e imediato teria um custo de 650 milhões de euros (ME). Estes números foram várias vezes repetidos pelo Governo, mas desmentidos pelos sindicatos.

Em fevereiro passado, em resposta a valores apresentados aos jornalistas pelo Governo sobre o custo do descongelamento das carreiras dos professores, os sindicatos vieram contrapor outros.

Dando o exemplo do faseamento em vigor para a Função Pública, que só em dezembro de 2019 recebe o valor correspondente ao descongelamento na íntegra, o líder da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, apontou que nas contas da Fenprof, “feitas por alto”, partindo sempre do princípio que todos os professores em condições de progredir de escalão nesse ano progridem em janeiro, o que não acontece, a despesa em 2019 será de cerca de 22 milhões de euros, quase 60 milhões abaixo dos 80 milhões estimados pelo Governo.

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