Greve deixou mais de 150 comboios parados até às 12:00
Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal estão em greve, dificultando a circulação de comboios da CP e da Fertagus. Exigem aumentos salariais de 4%.
Mais de 150 comboios foram suprimidos entre as 00:00 e as 12:00 de hoje devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) por aumentos salariais, disse à Lusa uma fonte da CP – Comboios de Portugal.
“Num dia normal teriam circulado, até entre as 00:00 e as 12:00, 584 comboios, mas devido à greve da IP realizaram-se 154”, segundo a mesma fonte. No que diz respeito aos serviços mínimos (25%), a fonte da CP adiantou que deveriam ter circulado 159, mas só se realizaram cinco.
Na Fertagus, que faz a ligação ferroviária na Ponte 25 de Abril, entre Lisboa e Almada, entre as 00:00 e as 09:39 circularam 16 dos 21 comboios habituais. O próximo comboio na ponte só vai circular às 14:58. Contactada pela agência Lusa, uma fonte da IP remeteu para mais tarde dados sobre a adesão à greve.
Por sua vez, o coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, estimou, cerca das 11:00, uma adesão à greve no setor ferroviário superior a 90%, referindo que no setor rodoviário deve estar próximo desse valor.
Os trabalhadores da IP estão hoje em greve para reclamar aumentos salariais de cerca de 4%, encontrando-se a circulação de comboios com “fortes perturbações e supressões”, estando salvaguardadas 25% das ligações em Lisboa e no Porto. Os serviços mínimos definidos preveem 25% da circulação em Lisboa e no Porto, em horário normal e nos serviços Alfa, Intercidades e Internacionais, bem como no comboio da Ponte 25 de Abril (Fertagus).
José Manuel Oliveira explicou anteriormente à agência Lusa que a paralisação foi convocada porque os trabalhadores das empresas do grupo IP não têm qualquer aumento desde 2009 e consideram que não podem esperar pelo final da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Os sindicatos reivindicam um aumento imediato na ordem dos 4%, que garanta um mínimo de 40 euros a cada trabalhador.
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