Fed pressiona bolsas europeias. Lisboa não escapa à pressão
Jerome Powell estreou-se à frente do banco central norte-americano com uma subida dos juros. Decisões da Fed estão a ter um impacto negativo nos índices de ações na Europa e Lisboa não é exceção.
A bolsa de Lisboa não escapa à pressão vivida nas principais bolsas europeias, onde os investidores assumem pouco apetite pelo risco nas primeiras horas da manhã depois de a Reserva Federal norte-americana ter anunciado esta quarta-feira uma nova subida dos juros.
O PSI-20, o principal índice português, recua 0,34% para 5.412,25 pontos, na primeira queda em três sessões. Lá por fora, as perdas são mais pronunciadas: o DAX-30 alemão cede 0,97% e o índice de referência europeu Stoxx 600 cai 0,71%.
“A grande questão era saber qual seria o número previsível de aumentos das taxas diretoras durante este ano”, explicam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa desta quinta-feira. “No início do ano, os mercados financeiros antecipavam, no máximo, três subidas das taxas de juro pela Fed. Contudo, após a intervenção do novo presidente da Fed no Congresso, os investidores foram forçados a considerarem um cenário que envolvesse quatro incrementos das taxas de referência”.
Por Lisboa, são dez as cotadas que seguem sob sentimento negativo. Destaque sobretudo para um dos pesos pesados nacionais: a Jerónimo Martins perde 0,64% para 17,72 euros. Entretanto, o pior desempenho pertence ao rookie do índice, a F. Ramada, cujas ações derrapam 0,76%.
Do lado positivo, travam maiores perdas o BCP e a Galp, que se apresentam em alta de 0,11% e 0,29% para 0,2801 euros e 15,635 euros, respetivamente.
Ainda em Lisboa, mas fora do principal índice nacional, as ações da Luz Saúde ainda não mexeram dos três euros com que fecharam ontem. Espera-se uma sessão com algum sentimento comprador depois de a Fidelidade ter anunciado um prémio de 90% para comprar as ações que ainda não detém com o objetivo de retirar o grupo de saúde de bolsa.
Também a SAG Gest Soluções Automóveis anunciou ontem que pretende sair do mercado de ações. Os títulos da cotada estão em alta de 9,42% para 0,18 euros.
No mercado cambial, o euro valoriza 0,24% para 1,2365 dólares. Já o Brent, referência para as importações nacionais, desvaloriza 0,16% depois de se ter aproximado dos 70 dólares por barril. Está atualmente nos 69,365 dólares.
(Notícia atualizada às 8h30)
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