Ações dos CTT derrapam após corte de avaliação do Barclays
Barclays esmagou avaliação dos CTT em 21% e as ações ressentem-se disso: estão a cair para o valor mais baixo desde novembro. Há dúvidas em relação ao plano de reestruturação do operador.
As ações dos CTT CTT 0,00% estão sob pressão vendedora depois de o Barclays ter cortado a avaliação do título do operador postal português em 21%. Analistas falam em incerteza quanto ao plano de reestruturação que visam poupanças de 45 milhões em 2020.
Os CTT cediam há momentos 1,66% para 3,076 euros. É o valor mais baixo desde novembro do ano passado. Mais de 700 mil papéis já tinham rodado de mãos nas primeiras duas horas de negociação em Lisboa, cerca de metade do volume diário normal dos últimos três meses, o que dá uma ideia da forte aversão ao risco da parte do mercado em relação à empresa liderada por Francisco Lacerda.
Esta evolução surge depois de o banco Barclays ter cortado esta manhã o preço-alvo dos CTT em 21% para 3,00 euros.
“Os CTT hoje estão a cair bastante, pressionados pelo corte da Barclays ao preço-alvo da empresa, uma vez que, diz o Barclays, existe muita incerteza à volta do plano de reestruturação”, disse Paulo Rosa, trader da GoBulling, citado pela Reuters.
"Os CTT hoje estão a cair bastante, pressionados pelo corte da Barclays ao preço-alvo da empresa, uma vez que, diz o Barclays, existe muita incerteza à volta do plano de reestruturação.”
No âmbito deste plano de reestruturação, os CTT vão rescindir com 800 trabalhadores até final de 2020 e reduzir ainda o número de estações de correio. O objetivo passa por alcançar poupanças anuais de 45 milhões de euros no horizonte deste plano que termina em 2020 e contempla ainda cortes nos salários da administração e nos dividendos. A remuneração aos acionistas deste ano será de 38 cêntimos por ação, menos 20% face ao ano passado. E é intenção de Francisco Lacerda continuar a ajustar o dividendo ao resultado líquido nos próximo anos, abrindo a porta a mais cortes.
Os CTT viram o lucro afundar mais de 50% para 27 milhões de euros em 2017, por causa da quebra do tráfego postal, dos encargos com a saída de pessoal e a integração da empresa Transporta no grupo CTT.
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