FMI vai emprestar 50 mil milhões de dólares à Argentina
O empréstimo a três anos é mais avultado do que se previa. As críticas a Macri persistem, com os argentinos a recordarem más memórias da última intervenção do FMI no país, em 2001.
A Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a acordo para a criação de um programa de assistência à economia sul-americana no montante de 50 mil milhões de dólares. Este empréstimo a três anos acabou por ser bem maior do que aquilo que os argentinos estavam à espera. Apontava-se para que fossem apenas necessários 30 mil milhões de dólares.
Depois de uma forte desvalorização da moeda nacional e perante perspetivas económicas preocupantes, Mauricio Macri foi obrigado a pedir a intervenção do FMI. No entanto, para além do financiamento no âmbito da intervenção, o país vai também receber seis mil milhões de dólares de outras instituições financeiras no próximo ano.
O acordo foi amplamente criticado pela oposição de Macri, que afirma que este plano traz de volta más memórias para os argentinos, que responsabilizam as políticas do FMI pela pior crise económica do país, em 2001. Mas Macri disse que este acordo era necessário para evitar outra implosão económica, sendo “um ponto de partida muito importante”.
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Já Christine Lagarde afirmou-se “satisfeita” por o FMI poder contribuir para este “esforço” de recuperação do país. A instituição que lidera estabeleceu ainda metas económicas apertadas, como a redução da inflação para 17% em 2019, 13% em 2010 e 9% em 2021 — está agora nos 28% — e o ajustamento do défice fiscal para 1,3% no próximo ano.
Com pedido de ajuda de Macri a chegar ao FMI no principio de maio, as negociações desenrolaram-se mais depressa do que era previsto. Os oficiais do Fundo esperavam chegar a um acordo em seis semanas e este foi atingido em quatro.
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