Novo Banco quer mais 726 milhões do Fundo de Resolução
Com base nos prejuízos registados nos primeiros seis meses do ano, o banco liderado por António Ramalho antecipa uma nova injeção do Fundo de Resolução.
O Novo Banco fechou o primeiro semestre com prejuízos. Um saldo negativo explicado pelo reconhecimento de perdas com ativos tóxicos, que leva o banco a antecipar uma nova injeção por parte do Fundo de Resolução. O valor, atualmente, chega aos 726 milhões de euros, mas pode ser diferente no final do ano.
“Em 30 de junho de 2018 está contabilizado, em outras reservas e resultados transitados, o valor apurado a essa data quanto ao montante a receber em 2019, ao abrigo do Mecanismo de Capital Contingente celebrado com o Fundo de Resolução, de 726.369 milhares de euros“, diz o banco. Este número, revelado pelo Jornal de Negócios, está inscrito no relatório e contas dos primeiros primeiros seis meses.
“Este valor depende, à data de cada balanço, das perdas ocorridas e dos rácios regulamentares em vigor no momento da sua determinação, podendo variar em função destes fatores ao longo do exercício“, acrescenta o banco que nasceu com a resolução do BES, em 2014.
O valor máximo que pode ser injetado pelo Fundo de Resolução (que é da responsabilidade dos bancos) a cada ano é de 850 milhões de euros — no ano passado o valor foi de 791,69 milhões –, sendo que existe um máximo global de 3,89 mil milhões de euros. Este é o chamado mecanismo de capital contingente foi acordado na venda de 75% do Novo Banco ao Lone Star.
“Em 30 de junho de 2018 estes ativos apresentavam um valor líquido de 4,9 mil milhões de euros, essencialmente em resultado do registo de perdas e da ocorrência de recebimentos e recuperações (31 de dezembro de 2017: valor líquido de 5,4 mil milhões de euros)”, refere o Novo Banco.
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