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Governo das Sociedades é arma para “regular” novas realidades

A auto-regulação foi o tema central na conferência dos 15 anos do Instituto Português de Corporate Governance, que reuniu reguladores da banca e do mercado de capitais e outros responsáveis.

Faz quase um ano desde que o Código do Governo das Sociedades em Portugal passou a ser assente no modelo da auto-regulação, com este a passar da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para a responsabilidade do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG). Na celebração dos seus 15 anos, o IPCG reuniu reguladores e outros responsáveis numa conferência que procurou avaliar a criação de valor para a sociedade resultante da aplicação do governo das sociedades. E um das conclusões que salta à vista é o papel facilitador que esta auto-regulação poderá ter na regulação de novas realidades.

Essa posição foi defendida por Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM. “A particular maleabilidade das regras de teor recomendatório tornam este um instrumento particularmente apto a ‘regular’ novas realidades e a moldar determinados comportamentos”, disse a responsável do regulador do mercado de capitais.

Uma expectativa para a qual considera que é também “fundamental que cada um dos intervenientes cumpra adequadamente o seu papel e, em particular, que a monitorização da adesão às recomendações existentes seja exigente e estruturada, promovendo o necessário acompanhamento do tema”, algo que considera ser “especialmente relevante em momentos disruptivos ou de transição de paradigma como o recente movimento de transição para a auto-regulação”.

Um dos focos principais da apresentação da presidente da CMVM, mas que também foi abordado por outros oradores, incidiu sobre a responsabilidade social. Gabriela Figueiredo Dias salienta que “é inegável a atualidade e relevância que o tema conhece nos nossos dias”. Mas não deixa de deixar uma crítica ao referir-se ao “risco de superficialidade” que a abordagem dos temas relacionados com a responsabilidade social pode ter nas empresas.

Gabriela Figueiredo Dias diz assim que a inclusão da responsabilidade social no figurino de investimento “é a resposta a um imperativo de sustentabilidade da economia através de instrumentos que simultaneamente remunerem o investidor”.

Retorno das ações em empresas com “governance forte” é superior

Do regulador para o mercado de capitais, a responsabilidade social também foi focada em especial pelo presidente da Euronext Lisboa. Paulo Rodrigues da Silva considera que a responsabilidade social das empresas é um dos elementos que ganha relevância crescente, considerando que “a Corporate Governance terá que refletir sobre esses aspetos e construir um conceito mais abrangente dos stakeholders”.

Mas o presidente da Bolsa de Lisboa focou o seu discurso sobretudo na avaliação do impacto que o Corporate Governance pode ter sobre a rentabilidade das empresas considerando diferentes contextos de mercado. Apesar de salientar os resultados por vezes discrepantes dos estudos que procuram fazer essa avaliação, Paulo Rodrigues da Silva tem uma opinião própria.

O presidente da bolsa começa por dizer que há uma correlação entre empresas com modelos de governo das sociedades fortes e retornos acionistas. “As minhas conclusões parecem indicar que no longo prazo, o return on equity em empresas com um governance forte parece ser superior“, disse Paulo Rodrigues da Silva. Contudo, alerta que quanto ao retorno acionista existem mais dúvidas. Diz ainda que “exceto em fases de queda de mercado, os investidores preferem empresas com Corporate Governance mais forte”, diz Paulo Rodrigues da Silva.

Crise? Uma clamorosa falha do modelo de governo dos bancos

Luís Máximo dos Santos, vice-Governador do Banco e Portugal centrou a sua apresentação na relação entre a banca e Corporate Governance, começando por referir a “clamorosa falha dos modelos de governo interno das instituições financeiras” como um dos principais fatores que conduziram à crise.

Mas destaca os passos que se seguiram no sentido de corrigir essas falhas. Começando pelos “incentivos desalinhados com uma gestão de risco sustentável e prudente”, referindo-se à “prática de esquemas regulatórios assentes em componentes variáveis indexadas a expansões rápidas do volume de transações que levou a uma cultura de risco excessivo“, e que entretanto são áreas em que já há intervenção. Mas seguiram-se outras.

E diz que “garantir que a estrutura organizativa do governo societário das instituições é sólida e a gestão e a fiscalização adequadas passou a ser, pois, uma preocupação central da regulação bancária”.

Mas também acrescentou que garantir a efetividade do bom governo societário não é apenas tarefa das empresas, dos reguladores e supervisores. “A efetividade do bom governo societário depende também da nossa capacidade coletiva para criarmos uma sociedade que valorize devidamente a ética“, concluiu.

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Instrução da Operação Marquês só em janeiro

A fase de instrução do processo da Operação Marquês - que envolve José Sócrates em suspeitas de corrupção - arranca na última semana de janeiro.

A fase de instrução do processo da Operação Marquês só deverá avançar na última semana de janeiro, segundo avança o Observador.

Esta quinta-feira o juiz Ivo Rosa recebeu no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, um representante do Ministério Público e os advogados dos arguidos para decidir o calendário das diligências a realizar no âmbito da fase de instrução da Operação Marquês. Em causa está o prazo estipulado para esta fase (quatro meses), e que o juiz diz não chegar para a concluir, tendo em conta a complexidade e a dimensão do processo.

Ivo Rosa enviou na altura um despacho às várias defesas dos arguidos deste processo a dar conta de que os quatro meses definidos por lei para finalizar esta fase não vão ser suficientes. O juiz justifica o atraso com o facto de ter em mãos outro processo, também de grande complexidade — o caso dos “Colégios GPS”.

O magistrado pediu, entretanto, a exclusividade nestes dois casos ao Conselho Superior de Magistratura, tendo perdido a instrução do processo dos CMEC, que envolve a EDP, e o do e-Toupeira, que envolve a SAD do Benfica.

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Presidente do Turismo do Porto e Norte fica em prisão preventiva

  • Lusa
  • 25 Outubro 2018

De acordo com um dos advogados do processo, Melchior Moreira vai permanecer em prisão preventiva, no âmbito da Operação Éter, que envolve mais quatro suspeitos.

O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, um dos cinco suspeitos na alegada viciação de procedimentos de contratação pública, vai ficar em prisão preventiva, disse esta quinta-feira um advogado do processo.

Dos restantes quatro arguidos, Isabel Castro, diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, ficou suspensa de funções e com proibição de contactos e Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, ficou sujeita a proibição de contactos. A Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana), foi aplicada proibição de contactos e uma caução económica de 40 mil euros, enquanto José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu, ficou sujeito a proibição de contacto e uma caução económica de 50 mil euros.

Os interrogatórios no TIC do Porto começaram na sexta-feira e prolongaram-se até segunda-feira. As cinco pessoas foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ) na quinta-feira, na operação com o nome de código Éter, que incluiu buscas em entidades públicas e sedes de empresas. Em causa estarão ajustes diretos realizados nos últimos dois a três anos que ultrapassam um total de cinco milhões de euros. Segundo fonte policial, os ajustes diretos eram concedidos por valores muito acima do mercado e, por vezes, sem que o serviço fosse prestado.

A investigação centrada no Turismo do Porto e Norte “determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto”, avançou a PJ na quinta-feira. Com esse esquema, pretendia-se “favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular“, referiu a polícia.

À Lusa, fonte policial disse que em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no norte do país.

Na operação policial realizaram-se 11 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas regiões de Porto, Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo, e estiveram envolvidos 50 elementos da PJ, incluindo inspetores e peritos informáticos, financeiros e contabilísticos.

(Notícia atualizada às 19h06 com mais informação)

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Amadeu Guerra fica no DCIAP

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu à saída do DCIAP que Amadeu Guerra vai manter-se à frente do departamento do Ministério Público. O seu mandato terminaria em março.

O presidente da República admitiu, à saída do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que Amadeu Guerra vai ficar à frente deste departamento do Ministério Público. “Se a PGR disse claramente que entendia que Amadeu Guerra devia continuar com a obra em curso, é porque é para continuar”.

Já na tomada de posse da nova Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, a 12 de outubro, admitia que mantinha a confiança no diretor do DCIAP. Lucília Gago apelidou o trabalho do DCIAP no caso que envolve José Sócrates “bem ilustrativo dos níveis de exigência e qualidade do trabalho desenvolvido”, sendo plena “a confiança que deposito em Amadeu Guerra”. O mandato do líder do DCIAP terminaria em março de 2019 e falava-se na hipótese de não recondução dessa mandato, à semelhança do que aconteceu com Joana Marques Vidal.

Numa clara mensagem subliminar, a nova chefe do Ministério Público admite que “o perfil do Procurador-Geral da República suscita na sociedade uma enorme expectativa, que, não raras vezes, o encara como único responsável pelos sucessos e insucessos do Ministério Público e mesmo da própria Justiça”.

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DCIAP prefere não chamar já Azeredo Lopes a depor

  • ECO
  • 25 Outubro 2018

O DCIAP não tenciona ouvir tão cedo o ex-ministro Azeredo Lopes, no âmbito da investigação que apura em que circunstâncias se deu o reaparecimento do material militar furtado em Tancos.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) não tenciona chamar já o ex-ministro da Defesa Nacional a prestar depoimento no âmbito do caso da recuperação do material militar roubado em Tancos. Antes de ouvir Azeredo Lopes, os investigadores querem apurar de forma mais detalhada as circunstâncias do reaparecimento do armamento furtado, avançou o Público (acesso condicionado), sem indicar como obteve a informação.

Esta quinta-feira, soube-se que Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do antigo governante, assumiu em tribunal ter dado conhecimento a Azeredo Lopes do memorando onde estava descrita a operação clandestina da Polícia Judiciária Militar, que resultou na recuperação do armamento, mas à margem da lei. Enquanto ministro, Azeredo Lopes sempre negou ter conhecimento da operação consumada na Chamusca.

Na sequência da notícia, o ex-ministro disse, numa nota enviada à Lusa, ter contactado o DCIAP para manifestar “completa disponibilidade e interesse” em ser ouvido acerca do caso de Tancos. O ex-ministro também disse reiterar tudo o que afirmou “até à data” no âmbito deste caso. Mas a Procuradoria-Geral da República informou, depois, que não há “qualquer diligência agendada” no âmbito da Operação Húbris, como foi apelidada a investigação à alegada operação clandestina.

O Público reitera que já é certo que dois dos arguidos da GNR que tinham optado por não falar perante o juiz de instrução criminal mudaram recentemente de ideias. O advogado de defesa já terá requerido que possam voltar a ser ouvidos pelo juiz João Bártolo. Os depoimentos deverão fornecer mais detalhes aos investigadores acerca do que terá sucedido na noite em que o material foi recuperado, sendo que as autoridades ainda estão a tentar apurar a identidade de todos os responsáveis envolvidos no furto do material que estava depositado nos Paióis Nacionais de Tancos.

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Inapa vai emitir 15 milhões em dívida para comprar empresa alemã

Oferta de obrigações convertíveis em ações será dirigida à Papyrus, à qual a Inapa pretende adquirir a Papyrus Deutschland.

A Inapa vai emitir 15 milhões de euros em obrigações convertíveis em ações no âmbito da compra da Papyrus Deutschland, sendo esta uma das propostas que vai à assembleia geral de acionistas que está agendada para 15 de novembro. No final, a Papyrus pode ficar com quase um quarto do capital da empresa portuguesa.

Esta oferta particular de subscrição dirige-se à Papyrus, dona da Papyrus Deutschland que a Inapa está a comprar. Vão, neste âmbito, ser emitidos títulos que correspondem a 23% de todo o capital da Inapa em caso de conversão total. Ou seja, a empresa alemã poderá tornar num dos maiores acionistas da cotada nacional. A Parpública tem, atualmente, 32,7% do capital, mas esta posição será diluída com a conversão da dívida em capital.

Por causa da emissão, a administração da Inapa vai propor um “aumento de capital da sociedade no montante e nas condições que vierem a ser necessários para satisfazer os pedidos de conversão”. Ou seja, a proposta prevê um aumento de capital dos 180 milhões para os 195 milhões, realizado em várias fases, consoante a transformação da dívida em capital.

Por estas obrigações a Inapa pretende pagar uma taxa de juro de 5%, prevendo-se um plano de amortização anual desde o terceiro ano até ao sétimo ano.

A Inapa anunciou esta quarta-feira a aquisição da Papyrus Deutschland, “que teve um volume de negócios de 561 milhões de euros em 2017”. O objetivo passa por juntar o negócio da Papyrus Deutschland com o negócio da sua subsidiária alemã, a Papier Union, que “teve um volume de negócios de 389 milhões de euros no mesmo período”.

A operação encontra-se sujeita à aprovação da Concorrência alemã, devendo ficar concluída em dezembro.

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Portugal informa UE que quer manter mudança da hora

  • ECO
  • 25 Outubro 2018

O primeiro-ministro, António Costa, já tinha indicado a inclinação de Portugal para continuar com a mudança da hora. A decisão foi baseada no parecer da entidade competente, o Observatório Astronómico

Portugal já decidiu: quer continuar a mudar a hora. A escolha foi comunicada a Bruxelas, que apresentou em setembro uma proposta para acabar com as mudanças de hora sazonais na Europa em 2019.

O Governo também “manifestou discordância” para com a proposta da Comissão Europeia, segundo indica o Ministério do Planeamento ao Público (acesso condicionado). António Costa tinha já defendido que Portugal deve manter o atual regime bi-horário e ter uma hora de verão e uma hora de inverno, considerando que “o bom critério e único é o critério da ciência”, referindo-se ao parecer do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), a entidade competente na matéria.

O relatório, escrito pelo diretor do OAL, Rui Agostinho, aponta que “o cerne da escolha está na dependência humana no ciclo diário das ‘horas com luz’ para atividade, seguido do período das ‘horas escuras’ para o repouso”. Se o horário de verão se mantivesse sempre, ia amanhecer mais tarde, em alguns casos por volta das 9h.

“A melhor argumentação para não acabar com a mudança da hora é que já passámos por isto e as pessoas não gostaram”, disse Rui Agostinho ao Público. Entre 1992 e 1996 Portugal acertou os relógios com Bruxelas, com o objetivo de favorecer os negócios com os parceiros europeus. Nessa altura, as pessoas estranharam o desfasamento com a luz solar.

O diretor do OAL defende ainda que a mudança para o horário de inverno, que acontece no último domingo de outubro, devia ser antecipada para setembro.

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Governo isenta de IMI proprietários que façam cadastro de terrenos

  • Lusa
  • 25 Outubro 2018

Esta medida, de isenção de IMI por dez anos, tem como objetivo incentivar os donos dos terrenos que não estão cadastrados a tratar dos processos. O regime de cadastro simplificado é gratuito.

O Conselho de Ministros decidiu esta quinta-feira isentar do pagamento de IMI, durante dez anos, os proprietários de terrenos não cadastrados que tratem do processo e criou um novo processo para regularização de terrenos sem dono.

Estas são duas das novidades do pacote de medidas sobre a floresta e prevenção de incêndios que está a ser aprovado esta quinta-feira na reunião de Conselho de Ministros, a decorrer na Tapada de Mafra. O Governo quer que os donos dos terrenos que não estão cadastrados tratem dos processos, caso contrário, essas propriedades passam para o Estado, uma ação que está prevista na legislação desde 1967, mas precisava ser clarificada.

O ministro adjunto e da Economia, Siza Vieira, afirmou esta quinta-feira que o regime de cadastro simplificado é gratuito para os proprietários e “quem tomar a iniciativa ficará isento de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) durante dez anos”.

Já os terrenos não reclamados seguem outro processo: “No desconhecimento da propriedade do terreno, inicia-se um procedimento conduzido pelo Instituto de Registos e Notariado que publicita a circunstância de este terreno estar a ser identificado”, explicou. Os donos têm, então, 180 dias para reclamar a restituição do terreno. “Se isso não ocorrer, regista-se o prédio provisoriamente a favor do Estado”, sendo que os donos têm 15 anos para reclamar, acrescentou.

“É importante podermos conhecer quem são os donos para podemos exigir o cumprimento das suas obrigações de gestão de combustíveis”, sublinhou.

Neste âmbito, o Conselho de Ministros aprovou também uma proposta de lei que alarga a todo o território nacional o regime de cadastro simplificado, o que também permitirá responsabilizar os donos dos terrenos “e conseguir melhor prevenção e combate aos incêndios”, sublinhou por seu turno a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

Há cerca de um ano, o parlamento decidiu avançar com uma experiência piloto aos concelhos afetados pelos incêndios em junho, assim como a outros dois concelhos (Caminha e Alfandega da Fé). No total, dez concelhos passaram a estar abrangidos pelo regime de cadastro simplificado, que foi alvo de um relatório de avaliação que foi esta quinta-feira apreciado pelos ministros reunidos na Tapada de Mafra.

“Em função destes resultados iremos propor o alargamento a todo o território nacional desta experiência piloto”, anunciou a ministra da Justiça, acrescentando que aquele trabalho permitiu conhecer a fundo a realidade daquelas regiões.

De acordo com a secretária de Estado da Justiça, os dez municípios que estiveram envolvidos no projeto piloto de cadastro simplificado representam 243 mil hectares de território e 741 mil matrizes.

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Há pré-acordo na Autoeuropa. Salários vão aumentar 5,8% nos próximos dois anos

  • ECO
  • 25 Outubro 2018

Administração chegou a um pré-acordo com os trabalhadores para aumentar os salários 2,9% por ano até 2020. Para além disso, pretende passar a efetivos 300 trabalhadores. Fábrica volta a parar 8 dias.

A Autoeuropa chegou a um pré-acordo com a comissão de trabalhadores para realizar aumentos salariais nos próximos dois anos, de acordo com as notícias avançadas pelo Dinheiro Vivo e pelo Jornal de Negócios. Assim, os funcionários vão ser aumentados 2,9% por ano e vão receber 100% dos salários por cada dia de fim de semana de produção.

Este acordo não é definitivo e terá ainda de ser votado por todos os funcionários da Autoeuropa. A votação deverá acontecer entre 5 e 9 de novembro, tendo em conta que a fábrica vai parar a produção este sábado, sendo retomada apenas a 3 de novembro. Uma interrupção que, de acordo com Fausto Dionísio, coordenador da comissão de trabalhadores, se deve à “falta de motores”.

Esta será a quarta paragem da Autoeuropa este ano (fevereiro, março, agosto e setembro) o que pode pôr em risco a meta da empresa de produzir 240 mil unidades em 2018.

“O pré-acordo já foi fechado e prevê o pagamento de um prémio de 100% ao domingo, aumentos salariais de 2,9% em cada um dos próximos dois anos e a passagem a efetivos, até julho de 2019, de 300 trabalhadores com contratos a prazo“, adiantou, ao Negócios, Fausto Dionísio.

Com este novo acordo, os trabalhadores da fábrica de Palmela passam a ser remunerados em 100% do valor do salário se trabalharem aos domingos, uma nova conquista, tendo em conta que isso já acontecia com os sábados. Relativamente aos aumentos salariais, estas subidas continuam abaixo dos 4% que estavam a ser exigidos pelos trabalhadores, com um valor mínimo de 36 euros, diz o Negócios.

Outro ponto alcançado foi a passagem de 300 trabalhadores com contratos a prazo para efetivos, um número que também fica abaixo dos 400 reivindicados. Contudo, essa data de mudança foi antecipada de setembro para julho do próximo ano.

(Notícia atualizada às 17h44 com mais informação)

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Faturas da energia e combustíveis passam a detalhar impostos nos preços

  • Lusa
  • 25 Outubro 2018

O parlamento vota na sexta-feira o projeto de lei que irá obrigar as empresas do setor energético a introduzir mais informação nas faturas para os consumidores.

“A presente lei aplica-se aos comercializadores no fornecimento e ou prestação de serviços aos consumidores de energia elétrica, gás natural, gás de petróleo liquefeito (GPL) e combustíveis derivados do petróleo”, lê-se no diploma, a que a Lusa teve acesso.

Entre as medidas aprovadas, conta-se a discriminação dos impostos a pagar pela energia ou combustível, bem como “das fontes de energia primária utilizadas e as emissões de CO2 [dióxido de carbono] e outros gases com efeito de estufa a que corresponde o consumo da fatura”, segundo o documento.

No caso do GPL e dos combustíveis derivados do petróleo, “o dever de informação dos comercializadores é cumprido através da afixação em local visível nos respetivos estabelecimentos comerciais e da fatura, sem prejuízo da utilização cumulativa de outros meios informativos”, determina o projeto de lei.

A quantidade e o preço de incorporação de biocombustíveis são dois elementos também obrigatórios, bem como a estrutura de taxas e impostos aplicáveis a estes combustíveis.

As faturas da eletricidade terão que incluir a potência contratada, incluindo preço, taxas e impostos discriminados, condições, prazos e meios de pagamento, bem como as consequências do não pagamento, entre outros itens. Além disso, nos casos em que haja tarifa social, deve estar identificado o valor do desconto.

Para o gás natural, as faturas terão ainda que incluir “taxas discriminadas, incluindo taxa de ocupação do subsolo, repercutida nos clientes de gás natural, bem como o município a que se destina e o ano a que diz respeito a taxa”, determina o projeto de lei.

O diploma institui uma fatura anual de gás e eletricidade, que deve ser emitida até 30 de junho de cada ano, com toda a informação de consumos, tarifas, emissões e outros itens, comparados com os anos anteriores, quando aplicável.

O projeto de lei implica que os comercializadores remetam “ao Operador Logístico de Mudança de Comercializador (Poupa Energia) no âmbito do Sistema Elétrico Nacional (SEN) e do Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN), via eletrónica, nos termos, periodicidade e prazos e formatos por ele fixados os elementos relativos à fatura e situação contratual dos consumidores”.

A violação do disposto no diploma será sancionada com coimas que vão dos mil euros aos 50 mil euros. A fiscalização estará a cargo de uma entidade fiscalizadora que ainda não foi criada.

“Até à criação da entidade com competências de fiscalização especializada para o setor energético, compete à Entidade Nacional para o Setor Energético, E.P.E. (ENSE, E.P.E.), a fiscalização, instrução dos processos e aplicação das coimas e sanções acessórias atribuídas àquela entidade”, detalhou o projeto de lei.

Este diploma tem vindo a ser discutido no parlamento desde o início do ano, com várias propostas dos diferentes partidos. Em fevereiro, PS, PSD, CDS-PP e PAN queriam que a fatura dos combustíveis discriminasse de que resulta o preço final a pagar pelo consumidor nos postos de abastecimento, sendo a proposta de lei abrangente a todas as faturas do setor energético.

Nessa altura também, em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (Anarec), Francisco Albuquerque, afirmou que a faturação detalhada nos combustíveis líquidos “contribui beneficamente para o melhor esclarecimento dos consumidores relativamente à estrutura dos preços”, permitindo que estes tenham “uma melhor consciencialização sobre o peso elevadíssimo que o ISP [Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos] tem nos preços finais de venda ao público”.

Em maio, o mesmo responsável, no entanto, alertava para os custos que estas empresas terão com a introdução de informação detalhada na fatura dos combustíveis, estimando também um prazo mínimo de adaptação de seis meses.

“Ainda estamos a avaliar esses custos, [mas] quanto mais informação trouxer, mais custos terá para as nossas empresas”, que são essencialmente de pequena e média dimensão, referiu.

O grupo parlamentar do PS congratulou-se hoje com o diploma, garantindo que “está satisfeito com o trabalho feito pelos partidos, na especialidade, que se preparam para aprovar amanhã [sexta-feira], no parlamento, em votação final global, uma proposta de lei para que as faturas na área da energia (combustíveis, eletricidade e gás natural) passem a ser discriminadas”.

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Bolsa de Lisboa sobe mais de 1% em dia de ganhos na Europa. Altri dispara 8%

A papeleira viu a JB Markets a melhorar a recomendação para as suas ações de "neutral" para "comprar" e subiu 8% em bolsa. BCP valorizou depois de anunciar aumento dos lucros na Polónia.

A bolsa de Lisboa interrompeu, esta quinta-feira, um ciclo de quatro sessões consecutivas de quedas, numa altura em que as praças europeias têm sido penalizadas pela tensão entre Bruxelas e Itália, depois de a Comissão Europeia ter chumbado a proposta de orçamento apresentada pelo Governo italiano. Lisboa beneficiou dos fortes ganhos das cotadas do setor papeleiro, com destaque para a Altri, que disparou mais de 8%.

O PSI-20 fechou a sessão a subir 1,13%, para os 4.988,15 pontos, com apenas uma cotada em queda, uma inalterada e as restantes em alta. No resto da Europa, a tendência também foi de ganhos. As principais praças europeias valorizaram todas mais de 1%, depois de Mario Draghi ter transmitido uma mensagem de tranquilidade em relação à situação de Itália.

“Estou confiante de que vai ser conseguido um acordo entre Itália e a Comissão Europeia”, disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE), no mesmo dia em que a instituição decidiu deixar inalterada a taxa de juro que serve de referência para a Zona Euro.

Em Lisboa, em destaque estiveram as ações das papeleiras. A Altri disparou 8,31%, para os 7,56 euros por ação. Isto depois de a JB Markets ter melhorado a recomendação para as ações da empresa liderada por Paulo Fernandes de “neutral” para “comprar”, para além de ter subido o preço-alvo de 8,40 euros para 10,25 euros.

Também a Navigator e a Semapa fecharam a sessão em alta, a valorizarem 4,75% e 3,94%, respetivamente.

A contribuir para os ganhos do PSI-20 esteve também o BCP, que avançou 2,38%, para os 22,3 cêntimos por ação. Este movimento acontece depois de o banco liderado por Miguel Maya ter anunciado que o Bank Millennium, banco polaco controlado pelo BCP, aumentou os lucros em mais de 9% nos primeiros nove meses do ano.

Só a EDP encerrou em queda, cedendo 0,29% para 3,072 euros, enquanto a EDP Renováveis avançou 0,13% e a Galp Energia somou 0,23% para 15,195 euros perante a recuperação das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O Brent, negociado em Londres, segue a ganhar quase 1% para 76,78 dólares.

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