Tesla instala-se em Xangai. Quer ter os primeiros carros elétricos em três anos

A empresa de Elon Musk assinou um acordo com o Governo de Xangai para a construção de uma fábrica de veículos elétricos. Já comprou um terreno com mais de 800 mil metros quadrados.

A Tesla assinou um acordo com o Governo de Xangai para a construção da sua primeira fábrica fora dos Estados Unidos, de acordo com a notícia avançada pela CNBC (conteúdo em inglês). A ideia é que a fábrica produza os primeiros carros elétricos dentro de três de anos e o terreno, com mais de 800 mil metros quadrados, já foi comprado.

A empresa liderada por Elon Musk adquiriu um terreno com 864.885 metros quadrados na zona de Lingang, em Xangai, para construir a primeira fábrica de carros elétricos fora de território norte-americano. O lote terá sido comprado em leilão por 973 milhões de yuans (121,5 milhões de euros), avança a Reuters (conteúdo em inglês).

Os planos para a nova fábrica foram anunciados pela primeira vez em julho, que ficará localizada a cerca de 75 quilómetros a sudeste do centro de Xangai e a cerca de duas horas de metro. Vários fabricantes de automóveis já estão instalados em Lingang e já são muitos os veículos elétricos de teste que são vistos a circular pelas ruas.

A ideia da Tesla é que a nova fábrica produza os primeiros veículos elétricos em três anos, de acordo com um comunicado emitido pela empresa em agosto, citado pela CNBC. A instalação inicial terá uma capacidade para cerca de 250 mil veículos e baterias por ano, mas espera-se que esse valor duplique no futuro. O investimento por parte da empresa “não começará de forma significativa até 2019”.

Num relatório deste mês, a fabricante notou que não tem acesso aos mesmos incentivos fiscais que os fabricantes chineses locais e que os custos e as tarifas do transporte marítimo provam uma desvantagem de 55% a 60%. A Nip, apelidada de “Tesla da China” e com sede em Xangai, abriu capital aos Estados Unidos em setembro e afirmou, no início deste semana, que superou a sua meta de produção no terceiro trimestre fiscal em várias centenas de veículos. Ainda este mês, o maior investidor externo da Tesla anunciou uma participação de 11,4% na Nio.

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Emigrantes e residentes não habituais poupam 34% a 44% no IRS face aos contribuintes “normais”

Emigrantes que regressem e ganhem 50 mil euros anuais brutos, em 5 anos pagam menos 48 mil euros em IRS do que os contribuintes "normais". Residentes não habituais que ganhem 75 mil poupam 44% em dez.

Uma das novidades introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2019 foi a criação de um regime especial para fomentar o regresso de portugueses que emigraram na sequência da crise financeira que abalou o país. Um regime em vigor durante cinco anos e que, nesse período, é mais vantajoso do que todos os outros em vigor, nomeadamente o aplicado aos residentes não habituais. Mas as maiores diferenças são mesmo face aos portugueses que sempre residiram no país.

O desconto de 50% no IRS de emigrantes que regressem a Portugal foi uma das primeiras medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, que, em agosto, afirmou que o OE2019 terá “incentivos fortes” para fazer regressar a Portugal quem emigrou entre 2011 e 2015, desde benefícios fiscais a deduções dos custos do regresso.

Se a comparação for feita para contribuintes que ganhem cerca de 3.571,4 mil euros brutos por mês (cerca de dois mil euros líquidos), a borla fiscal para os portugueses que regressem ao país pode atingir os 48.500 euros, ao fim de cinco anos, de acordo com as simulações feitas pela EY para o ECO com base num conjunto de pressupostos que permitem comparar os três regimes em vigor (ver em baixo). Mas a borla é tanto maior quanto mais elevados forem os rendimentos. Para o caso de salário brutos de 75.000 euros anuais (quase três mil euros líquidos mensais) os emigrantes pagarão menos cerca de 81 mil do que os contribuintes normais.

De acordo com a proposta do Orçamento para 2019, os portugueses que decidam agora regressar vão beneficiar de um desconto de 50% no IRS, durante os próximos três a cinco anos (a janela temporal definitiva ainda não é conhecida). Em causa estão rendimentos de trabalho dependente, empresariais e profissionais. Os candidatos ao regime não podem ter “sido considerados residentes em território português em qualquer dos três anos anteriores”; têm de ter “residentes em território português antes de 31 de dezembro de 2015” e têm de ter a sua situação fiscal regularizada. Além disso, não podem ter solicitado o estatuto de residente não habitual.

A medida, que foi anunciada por António Costa no final de agosto, inclui também a dedução dos custos de instalação em Portugal, bem como da viagem de regresso. Os jovens são os alvos preferenciais deste desconto, mas a redução está acessível a qualquer cidadão (independentemente da qualificação, idade ou nacionalidade).

Regime de residentes não habituais é mais vantajoso para rendimentos mais altos

Mas é ainda possível alargar esta comparação, pondo em pé de igualdade os residentes “normais”, os ex-residentes que regressam e ainda os não residentes habituais, embora para isso seja necessário assumir um conjunto de pressupostos, já que os “dois regimes especiais são substancialmente diferentes, nas condições de acesso, no período de vigência, bem como nos benefícios subjacentes”, sublinha o fiscalista da EY, João Pancadas. E a conclusão é de que para os rendimentos mais elevados, o regime especial para os residentes não habituais, ao fim dos dez anos, é o mais vantajoso de todos.

No entanto, o primeiro-ministro António Costa, na terça-feira, na apresentação do Orçamento do Estado aos deputados do Partido Socialista, no Parlamento, reiterou que a redução em mais de 50% do IRS daqueles regressarem em Portugal “é mais atrativo do que para os residentes não habituais”.

De acordo com o relatório do Orçamento há cada vez mais contribuintes abrangidos pelo regime de tributação dos residentes não habituais. “Quanto à taxa preferencial, o aumento previsto resulta do incremento significativo do número de contribuintes abrangidos pelo regime de tributação dos residentes não habituais” e a despesa fiscal também sobe “principalmente explicada pelos regimes de tributação dos residentes não habituais e das pessoas com deficiência”, diz o documento.

Para se enquadrar no Regime dos Residentes Não Habituais (RNH) basta ser qualificado como não residente nos cinco anos anteriores ao ano de transferência da residência fiscal para Portugal. Este regime vigora por dez anos, enquanto o regime aplicável aos ex-residentes se aplica, no máximo por cinco anos, ou seja, entre 2019 e 2023 ou entre 2020 e 2024.

Por outro lado, o regime dos RNH permite ao contribuinte que se qualifique como tal, “beneficiar de isenções sobre rendimentos de fonte estrangeira mediante a verificação de determinados condicionalismos (os quais variam em função da natureza do rendimento de fonte estrangeira em questão). Adicionalmente, este regime possibilita ao Residente Não Habitual que aufira rendimentos profissionais (da categoria A ou Categoria B) que decorram do exercício de uma atividade considerada como de elevado valor acrescentado das referidas na Portaria n.º 12/2010 de 7 de janeiro, beneficiar de tributação à taxa especial de 20% sobre esses mesmos rendimentos (ao invés da tributação às taxas progressivas)”, sublinha João Pancadas.

Como os regimes possibilitam vantagens fiscais distintas, por forma a decidir por qual dos regimes optar, o contribuinte deve estimar a poupança fiscal que possibilitará cada um dos regimes durante o seu período de vigência.

João Pancadas

Fiscalista da EY

Mas o “novo regime aplicável aos ex-residentes permite apenas a exclusão de tributação de 50% dos rendimentos do trabalho dependente e dos rendimentos empresariais e profissionais dos sujeitos passivos”, acrescenta ainda o fiscalista. Por isso, “como os regimes possibilitam vantagens fiscais distintas, por forma a decidir por qual dos regimes optar, o contribuinte deve estimar a poupança fiscal que possibilitará cada um dos regimes durante o seu período de vigência”, aconselha. E as simulações desenhadas demonstram, que para um contribuinte solteiro, sem dependentes com um rendimento anual bruto de 35 mil euros, ao fim de dez anos, são os ex-residentes que pagam menos IRS. Poupam 34% face aos residentes e 10% face aos residentes não habituais.

Já para o caso dos contribuintes que ganham 50 mil euros anuais (3.571,4 euros por mês, exclusivamente obtidos através de rendimentos do trabalho dependente) a tributação em sede de IRS acaba por ser mais vantajosa para os residentes não habituais, já que ao fim de dez anos pagam cerca de 89 mil euros e impostos, contra os 92 mil que pagam os não residentes ou os 140 mil euros que os residentes normais pagam.

Finalmente, para os contribuintes que ganham 75 mil euros brutos anuais, são uma vez mais aqueles que se encontram ao abrigo do Regime de Residentes Não Habituais que pagam menos IRS, cerca de 107 mil euros menos do que os residentes “normais” e menos 25 mil euros do que os ex-residentes. Os Residentes Não Habituais poupam 44% do imposto.

Pressupostos das simulações:

  1. O Contribuinte é solteiro, sem dependentes, residente no Continente, sem deficiência.
  2. O Contribuinte aufere exclusivamente rendimentos do trabalho dependente, não auferindo rendimentos de outra natureza.
  3. Em ambos os cenários (RNH e Ex-Residente), estamos a assumir que a totalidade do rendimento bruto obtido pelo Contribuinte será sujeito a contribuições obrigatórias para a Segurança Social à taxa contributiva de 11%.
  4. Não foram consideradas deduções à coleta. Tais deduções apenas impactariam as estimativas de imposto aplicáveis a ex-residentes.
  5. O Contribuinte RNH exerce uma atividade de Elevado Valor Acrescentado constante na Portaria n.º 12/2010 de 7 de janeiro durante os dez anos de vigência do regime.
  6. As simulações comparam o máximo de anos de aplicação de cada um dos regimes, i.e., 5 anos de aplicação do regime aplicável a ex-residentes (de 2019 a 2023), com dez anos de aplicação do regime de residente não habituais (de 2019 a 2028).
  7. Estamos a assumir que ambas as alternativas estariam disponíveis, i.e., que o Contribuinte cumpriria as condições de acesso a ambos os regimes.
  8. Segundo a nossa interpretação da Proposta de OE2019, a exclusão de tributação de 50% de rendimento do trabalho dependente obtido pelo ex-residente deverá aplicar-se ao rendimento bruto e não ao rendimento tributável.
  9. Os cálculos comparativos para o período compreendido entre os anos de 2019 e 2028 presumem a aplicação das taxas progressivas conhecidas à data de hoje durante todo o período em análise.

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Portugal regista taxas menos negativas para obter 1.250 milhões

IGCP foi esta quarta-feira ao mercado e conseguiu levantar 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. Mas taxas foram menos negativas do que no anterior leilão.

Portugal foi esta quarta-feira ao mercado e conseguiu levantar 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. Mas as taxas foram menos negativas do que no anterior leilão comparável, apesar da boa notícia da Moody’s, que retirou a República do nível de “investimento especulativo” na semana passada.

Foram a leilão esta manhã bilhetes do Tesouro com duas maturidades: a três meses e a 11 meses. Neste último caso, os títulos com maturidade em setembro de 2019 permitiram um levantamento de 1.000 milhões de euros a uma taxa de juro de -0,26%, uma taxa inferior àquela que foi registada no anterior leilão comparável (-0,291%) realizado em agosto.

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Nos bilhetes com prazo em janeiro, o IGCP pagou uma taxa de -0,426%, ligeiramente inferior à que pagou na última operação do género (-0,291%). Nesta maturidade foram obtidos 250 milhões de euros.

A agência que faz a gestão da dívida registou um apetite sólido por estes títulos, especialmente no leilão a três meses, onde a procura foi três vezes superior à oferta. No outro leilão, a procura excedeu a oferta em 1,5 vezes, segundo revelou o IGCP de Cristina Casalinho.

Portugal continua a financiar-se com taxas negativas

Fonte: IGCP

Apesar do ligeiro agravamento das taxas, uma tendência dos últimos meses perante o fim dos estímulos monetários do Banco Central Europeu e situações políticas na Zona Euro que deixaram os investidores mais nervosos, Portugal continua a financiar-se com dívida de curto prazo com juros negativos.

O duplo leilão desta quarta-feira surge num contexto interessante no que toca às expectativas do mercado em relação a Portugal. Por um lado, a agência Moody’s subiu a notação da dívida portuguesa em um nível na semana passada, colocando-a num patamar de investimento de qualidade — há sete anos que Portugal não era considerado como “investment grade” para as três principais agências.

Por outro, o Governo apresentou esta segunda-feira a proposta do Orçamento do Estado para 2019, em que prevê uma queda da dívida pública para 118,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e um défice de -0,2%. O ministro das Finanças, Mário Centeno, sublinhou esta quarta-feira em entrevista ao Jornal de Negócios que Portugal teria um excedente se não fosse o Novo Banco.

(Notícia atualizada às 10h54)

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Netflix bate recorde de utilizadores no terceiro trimestre. Já são 130 milhões

Superando todas as expectativas, neste terceiro trimestre do ano, a empresa arrecadou quase sete milhões de novos subscritores, esperando mais 9,4 milhões para o próximo trimestre.

A Netflix superou todas as expectativas ao arrecadar quase sete milhões de subscritores entre julho e setembro deste ano. Depois de revelar as contas deste terceiro trimestre — e após um segundo trimestre desapontante –, a empresa deixou Wall Street de boca aberta e os títulos acabaram por subir 12% na bolsa de Nova Iorque, horas após serem divulgados estes resultados.

Entre julho e setembro, a Netflix arrecadou 6,96 milhões de subscrições, em comparação com os 5,07 milhões previstos pelos analistas e os cinco milhões previstos pela própria empresa. Ao todo, a plataforma de filmes e séries conta com 137 milhões de utilizadores, dos quais 130 milhões são membros premium, de acordo com o Tech Crunch (conteúdo em inglês).

Este crescimento exponencial de subscritores deixou os investidores de Wall Street surpreendidos, uma vez que estes estimavam um crescimento médio de 5,2 milhões de utilizadores. Inverte-se, assim, a tendência dos últimos três meses, em que os títulos desvalorizaram 14% depois de a Netflix ter falhado as metas de crescimento previstas.

A questão no final do segundo trimestre era se essa falha era uma exceção ou um sinal de uma desaceleração de longo prazo nos negócios“, disse Jim Nail, analista da Forrester Research, citado pela Reuters (conteúdo em inglês). “A resposta é uma exceção, provavelmente resultado de um volume um pouco baixo de novos conteúdos no último trimestre”.

Estes resultados podem ser justificados pelo investimento que a Netflix faz nos seus conteúdos. Atualmente, está a investir cerca de oito mil milhões de dólares em conteúdos de entretenimento para atrair novos utilizadores em todo o mundo e, neste último trimestre, lançou a maior lista de programas de TV e filmes originais desde que foi criada, onde se incluem os sucessos “Orange Is The New Black” e “BoJack Horseman”.

No terceiro trimestre, o lucro líquido da empresa aumentou para 402,8 milhões de dólares, acima dos 129,6 milhões do mesmo período do ano anterior. A receita total subiu para quatro mil milhões de dólares, em linha com as expectativas dos analistas. Para o próximo trimestre, são esperados mais 9,4 milhões de novos utilizadores.

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Europa envelhecida eleva o risco de recessões longas, alerta BCE

O envelhecimento da população na Europa é uma preocupação para o economista-chefe do BCE. O impacto nas taxas de juro deixa a economia mais vulnerável a recessões e dificulta a recuperação.

O Velho Continente está a fazer jus ao nome, o que pode representar um problema para a economia. O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE) alertou para o efeito do envelhecimento da população na economia, nomeadamente para o risco de provocar recessões mais longas.

A evolução demográfica na Europa já está a baixar as taxas de juro, o que por sua vez pode significar que “as recessões duram mais, e a recuperação pode ser mais lenta e superficial, com um risco mais alto de não cumprir as metas”, disse Peter Praet, em Madrid, citado pela Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Com estas taxas, o BCE fica com menos poder de manobra, e o risco de não atingir as metas para a inflação, algo que já aconteceu nos últimos cinco anos, aumenta. O objetivo de “quase 2%” só deverá ser alcançado depois do fim da década. A taxa de inflação anual subiu, em setembro, na zona euro para os 2,1% e na União Europeia (UE) para os 2,2%, face ao mesmo mês de 2017, divulga esta quarta-feira o Eurostat.

 

O economista indica ainda que se deveria ter cuidado em colocar permanentemente um fardo pesado nos bancos centrais, ao implementar ferramentas para contrariar problemas que são causados por ineficiências estruturais económicas e financeiras“.

As mudanças demográficas da população do Velho Continente têm levado a mais poupanças, a um baixo crescimento da produtividade, e a uma subida no número de pensionistas em relação aos trabalhadores ativos. Entre as possíveis soluções apontadas por Praet, para compensar a situação, está a subida da idade da reforma, e políticas que incentivem o trabalho e a produtividade, por exemplo através do investimento em formações mais eficazes.

Mesmo assim, o economista do BCE aponta para que, através da política de reinvestimento, e das orientações futuras sobre as taxas, se possa impulsionar a inflação para a meta. Para Praet, esta é uma “combinação eficiente de instrumentos, para suportar um regresso duradouro da inflação para abaixo, mas próximo, de 2%”

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Revista de imprensa internacional

No dia em que Donald Trump aponta a Fed como a sua "maior ameaça", Theresa May apela à União Europeia para manter as portas abertas para conversações sobre o Brexit.

A manhã começou com a notícia de que Donald Trump considera a Fed como a sua “maior ameaça”, apontando ainda o dedo a Jerome Powell. Ao mesmo tempo, Theresa May continua numa bolha de problemas devido ao Brexit, apelando à União Europeia para que continue disponível para mais conversações. Em Espanha, o partido Ciudadanos não descarta a hipótese de se juntar ao PP para bloquear o Orçamento do Estado para o próximo ano. Em termos de empresas, a Netlix superou as suas próprias expectativas e as dos analistas, ao arrecadar mais utilizadores do que aqueles que estava à espera.

Reuters

“Fed é a minha maior ameaça”, diz Donald Trump

O Presidente norte-americano teceu duras críticas à Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), classificando-se como a sua maior ameaça. Em entrevista à Fox Business Network, Donald Trump disse ainda que está a “cometer um erro” na condução da política monetária, apontando também o dedo a Jerome Powell, embora de forma não direta. “Não estou a culpar ninguém. Eu pu-lo lá. E talvez esteja certo, talvez esteja errado, mas eu pu-lo lá”. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

May pede à UE que mantenha porta aberta para continuar conversações

A primeira-ministra britânica apelou à União Europeia (UE) para que deixasse a porta aberta para continuar as negociações sobre o Brexit, depois de uma reunião de quase três horas. “Se nós, como Governo, nos unirmos e nos mantivermos firmes, podemos conseguir isso”, disse Theresa May. Vários ministros alertaram para a importância de assegurar que a Irlanda do Norte não seja separada do Reino Unido. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Tech Crunch

Netflix supera expectativas e arrecada quase sete milhões de utilizadores

A plataforma de filmes e séries subiu quase 12% em bolsa, após a apresentação dos resultados trimestrais, que superaram todas as previsões. Entre julho e setembro, a Netflix arrecadou 6,9 milhões de utilizadores, mais do que os cinco milhões estimados pela própria empresa. No mesmo período do ano passado, foram arrecadados 5,3 milhões. No total, a Netflix já conta com 137 milhões de clientes, dos quais 130 milhões são premium. Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês)

El País

Empresários preparam-se para construir um aeroporto para companhias low-cost em Madrid

Um grupo de empresários da Air City Madrid Sur tem um projeto para desenvolver um segundo grande aeroporto comercial em Madrid, que servirá, principalmente, companhias aéreas de baixo custo. O aeroporto resultará de um aumento do aeródromo de Casarrubios del Monte, a cerca de 30 quilómetros da capital, e contará com um investimento inicial de 148 milhões de euros. A ideia será construir uma nova pista com 3,2 quilómetros, uma torre de controlo e um terminal com 15 mil metros quadrados. Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Expansión

Ciudadanos não descartam hipótese de não aprovar Orçamento espanhol

O secretário-geral do Ciudadanos não descarta a hipótese de o partido se juntar ao PP e bloquear o Orçamento do Estado para o próximo ano. “Teremos de ver quais os orçamentos que trazem, quem representaria um problema para o país é o Governo que nos traz orçamentos ilegais”, alertou José Manuel Villegas, em declarações aos jornalistas. Contudo, disse que, por enquanto, ainda não iniciou contactos com o PP e que vai “esperar para ver o que o Governo está a fazer”. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Trump considera Reserva Federal como a sua “maior ameaça”

  • Lusa
  • 17 Outubro 2018

O Presidente norte-americano explica que a Reserva Federal é uma ameaça devido à rapidez da subida das taxas de juro. Para Trump, esta subida está na origem das quedas em Wall Street.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou na terça-feira o banco central norte-americano, a Reserva Federal (Fed), como a sua “maior ameaça”.

Durante uma entrevista transmitida esta terça-feira num canal da cadeia de televisão norte-americana Fox, Trump afirmou: “A minha maior ameaça é a Fed”.

A justificar a afirmação, Trump disse que as taxas de juro estão a subir muito depressa, apesar de admitir que a Fed é independente. A recente subida das taxas de juro por parte da Fed motivou preocupações entre os investidores, pela possibilidade de arrefecimento da economia.

O Presidente dos Estados Unidos tem atribuído as recentes fortes quedas de Wall Street à subida das taxas de juro, considerando que a Fed como está “descontrolada” e “louca”.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, declarou que Trump respeita a independência da Fed e apenas defende taxas de juro baixas.

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Uber reforça segurança para motoristas e utilizadores. Botão de emergência é uma das novidades

Centro de segurança, partilha de viagem e botão de emergência são algumas das novidades em termos de segurança que estarão disponíveis na app em 38 países, Portugal incluído.

A Uber vai ter um botão de assistência em caso de emergência que poderá ser usado, tanto por motoristas como por utilizadores. Esta é uma das novidades do kit de segurança lançado esta quarta-feira pela empresa de transporte, que será implementada em 38 países da Europa, Médio Oriente e África onde a Uber está presente a partir da próxima semana e durante os próximos meses.

“A segurança está no coração de tudo o que fazemos. Já sabemos onde o driver está, onde estamos nós. Falámos com centenas de condutores e utilizadores de vários mercados e percebemos que esta era também uma das principais preocupações da maioria”, refere Sachin Kansal, Global Head de Produtos de Segurança da Uber, em entrevista ao ECO.

O botão de emergência, ligados aos respetivos serviços de urgência nos países onde o projeto será implementado, é apenas uma das novidades a implementar pela empresa na sua app, nas próximas semanas. Entre as novas funcionalidades incluem-se um Centro de Segurança, contactos preferenciais, a possibilidade de partilha da viagem e ainda alertas de velocidade personalizáveis.

As novidades vão estar disponíveis, tanto para os utilizadores como para os motoristas e parceiros de entrega em Portugal, já esta semana. Em Portugal, serão as seguintes:

  • Botão de emergência: com um toque na app, utilizadores, motoristas e parceiros de entrega podem ligar-se diretamente ao serviço de assistência em caso de emergência, sempre que necessário.
  • Partilha de viagem: a funcionalidade de partilha de viagem em tempo real já está disponível tanto para os motoristas como para utilizadores que viajam com a aplicação da Uber.
  • Centro de Segurança: a aplicação disponibiliza um centro de informações de segurança, onde os utilizadores e motoristas podem encontrar informações sobre seguros, as diretrizes da comunidade, dicas de segurança criadas em conjunto com as autoridades competentes e muito mais.
  • Contactos preferenciais: os utilizadores e motoristas podem indicar facilmente cinco amigos ou familiares como contactos preferenciais e, com um único toque, partilhar informações da viagem, que são facilmente personalizáveis nas preferências de partilha de viagem.
  • Alertas de velocidade: uma funcionalidade que reforça a motoristas e parceiros de entregas que é importante manter uma velocidade segura, dentro dos limites de velocidade.
  • Chamadas anónimas: utilizador e motorista podem ligar um para o outro, mantendo a privacidade do seu número, enquanto utilizam o serviço Uber.
  • Manutenção de anonimato: a proteção das informações dos utilizadores da Uber e Uber Eats é reforçada ao ocultar endereços específicos do local de recolha e chegada do histórico da viagem do motorista, mostrando apenas a área onde a viagem começou e terminou.
  • Verificação em duas etapas: os utilizadores podem agora optar por utilizar mensagens de texto ou apps de autenticação de terceiros sempre que fizerem login nas suas contas, selecionando através das configurações da conta o seu método preferencial.

“Segurança não é só uma questão de velocidade ou de cintos de segurança”, sublinha Kansal, justificando o investimento no projeto do kit de segurança de uma equipa de centenas de pessoas desde janeiro último.

Com mais de três milhões de motoristas disponíveis na plataforma, a Uber opera atualmente cerca de 15 milhões de viagens por dia em todos os países onde está presente. A empresa foi, entretanto, esta terça-feira, avaliada em 120 mil milhões de dólares face a um possível IPO que, segundo o CEO, deverá acontecer no próximo ano.

 

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Benefícios fiscais só para novos contratos podem acelerar despejos

  • ECO
  • 17 Outubro 2018

A UTAO, depois de analisar propostas do pacote de habitação, avisa para as possíveis consequências das medidas de alívio fiscal no arrendamento, por apenas se aplicarem a novos contratos.  

Algumas propostas em discussão para a habitação preveem alívios fiscais para contratos de arrendamento de longa duração ou que entrem no programa de renda acessível. Estes benefícios, se aplicados apenas a novos contratos, podem acelerar os despejos, alerta a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

O facto das medidas não se aplicarem aos contratos já existentes pode levar a que os “senhorios desejem terminar os arrendamentos vivos tão cedo quanto o clausulado dos contratos o permitir”, refere a entidade em relatório, citado no Diário de Notícias (acesso condicionado).

Segundo a UTAO, a probabilidade das medidas causarem este efeito é maior se a nova lei entrar em vigor “ainda em contexto de expansão da procura de casa para arrendar, pois a probabilidade de encontrar outro inquilino disposto a pagar mais que o atual é elevada”.

Em resposta aos conselhos da UTAO, de reavaliar os pormenores destas propostas, a deputada Helena Roseta refere ao DN que aplicar os benefícios fiscais aos contratos já existentes ia implicar uma perda da receita já prevista.

O relatório, que analisa as propostas para a habitação, põe ainda em causa a aplicação dos benefícios em contratos de dez a 20 anos. “A duração bastante longa dos arrendamentos visada por este diploma coloca dúvidas sobre a sua exequibilidade”, indica a UTAO.

Entre as conclusões da entidade independente fica a ideia de que “a descida da carga fiscal pode ajudar, mas não chega”.

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Portugal continua com situação de pobreza e exclusão social preocupantes

  • Lusa
  • 17 Outubro 2018

Há quase 1,9 milhões de portugueses pobres, "apesar das melhorias significativas que se verificaram nos últimos anos", diz o professor e investigador Carlos Farinha Rodrigues.

Portugal mantém uma situação de pobreza e exclusão social preocupantes, considera o professor e investigador Carlos Farinha Rodrigues, segundo o qual as melhorias económicas ainda não foram suficientes, havendo quase 1,9 milhões de portugueses pobres.

Em entrevista à Lusa, a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinala esta quarta-feira, o professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), e investigador com profundo trabalho sobre o tema, afirmou estar preocupado por as questões da pobreza terem passado para “um estágio secundário”.

Carlos Farinha Rodrigues apontou que, como houve nos “últimos dois, três anos alguma recuperação dos principais efeitos da crise em termos de indicadores de pobreza”, isso como que “adormeceu” a necessidade de discutir esta questão. “Apesar das melhorias significativas que se verificaram nos últimos anos, continuamos a ter uma situação de pobreza e exclusão social e de desigualdade social que é extremamente preocupante”, defendeu.

De acordo com o especialista, apesar das melhorias económicas, Portugal ainda não conseguiu regressar aos valores registados antes da crise de 2008, altura em que a taxa de pobreza se situava nos 17,9%, 0,4 pontos percentuais abaixo dos 18,3% registados em 2016, e que significam mais de 1,8 milhões de pessoas em situação de pobreza.

Farinha Rodrigues explicou que houve “um agravamento muito grande” dos principais indicadores da pobreza durante a crise económica, sobretudo até 2013, tendência que se começou a reverter a partir de 2014. “Os últimos resultados conhecidos referem-se a 2016 e esses resultados foram simultaneamente promissores e com fatores de preocupação”, apontou, explicando que foram promissores porque uma “forte repressão na taxa de pobreza das crianças e jovens”, “alguma redução” na taxa de privação material severa e uma redução ligeira na taxa global de pobreza.

Por outro lado, os fatores de preocupação têm a ver com o facto de a taxa de pobreza ainda não se ter reduzido para valores anteriores à crise económica. “Há sinais promissores, que indicam que, desde 2014, com particular incidência em 2016, houve uma melhoria dos indicadores, mas isso ainda não é suficiente”, defendeu, acrescentando que é em períodos de “ligeira recuperação” que se deve olhar com atenção para questões como a pobreza.

Nesse sentido, sublinhou que Portugal continua com uma taxa de pobreza “muito elevadas no contexto europeu”, à qual se juntam “fatores de preocupação” como uma taxa de pobreza superior a 11% entre as pessoas que trabalham. Defendeu que o país precisa urgentemente de uma estratégia nacional de combate à pobreza, que tenha em conta as políticas sociais, mas também as políticas económicas de uma maneira geral, bem como as questões da saúde ou da educação. “É esta visão de conjunto que eu continuo a achar que falta no nosso país”, concluiu.

Marcelo quer estratégia contra pobreza

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quarta-feira que é preciso uma estratégia autónoma de combate à pobreza, à semelhança do que já acontece com as pessoas sem-abrigo, sublinhando que o momento de o fazer é agora.

“A pobreza e a sua erradicação não podem ser assuntos aos quais voltamos apenas nos momentos de crise. Agora que o tempo é de recuperação económica e financeira é o momento para agir”, lê-se na nota publicada na página da internet da Presidência da República, a propósito do Dia Internacional de Erradicação da Pobreza.

Para o Presidente, trata-se de uma data que deve ser lembrada por todos os portugueses, sobretudo nos bons momentos, e aponta que a “erradicação da pobreza e o combate às desigualdades sociais são dois dos problemas para os quais a sociedade portuguesa tem de olhar com determinação e vontade de agir”. Vai mais longe e diz mesmo que em Portugal é preciso criar e defender a noção de responsabilidade coletiva sobre estes temas.

Lembra que ainda este mês Portugal foi elogiado pelo Conselho da Europa pelo esforço feito no sentido de os mais pobres acederem à justiça, sendo destacado “o facto de o universo de pessoas abrangidas pelo apoio judiciário em Portugal ser muito superior ao de outros países europeus”.

Marcelo Rebelo de Sousa admite que esses elogios são bons e que estimulam, mas não chegam. “É necessário ir mais longe e criar uma estratégia autónoma de combate à pobreza. Uma estratégia transversal, que olhe para a justiça, mas também para o trabalho, para a educação, para a saúde, para a habitação”, defende o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa dá como exemplo o que já acontece para as pessoas sem-abrigo, para as quais já há uma estratégia multidisciplinar, “com objetivos traçados (e alguns já atingidos) e um prazo temporal para avaliação”. “É um exemplo no caminho para o combate às desigualdades, juntando os esforços e os meios do Estado à experiência das estruturas da sociedade civil e ao voluntariado de tantos cidadãos anónimos”, lê-se na nota.

O Presidente da República sublinha também que a pobreza não é uma estatística, mas uma realidade, apontando que os dados mais recentes apontam para a existência de perto de dois milhões de portugueses que são pobres, muitos deles com emprego.

“Ou seja, o risco de pobreza não é uma situação marginal, que atinge apenas os mais vulneráveis ou aqueles que em determinado momento da vida se encontram em risco de exclusão. O risco de pobreza é uma realidade social à qual nenhum português pode virar as costas”, conclui.

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Barnier terá proposto prolongar o período de transição para o Brexit

  • Lusa
  • 17 Outubro 2018

A proposta do negociador chefe da União Europeia para o Brexit, de prolongar o período de transição, terá sido uma tentativa de desbloquear as negociações em curso.

Michel Barnier, negociador chefe da União Europeia para o Brexit, propôs prolongar em um ano o período de transição após a saída do Reino Unido do bloco europeu, indicaram à AFP fontes diplomáticas europeias.

De acordo com as mesmas fontes a proposta é uma tentativa para desbloquear as negociações em curso.

O eventual adiamento destina-se a negociar a futura relação entre Londres e a União Europeia e visa, nomeadamente, alcançar uma solução para a questão relacionada com a fronteira entre a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte, um dos principais pontos de discórdia nas discussões entre as partes, segundo as fontes diplomáticas.

Os Chefes de Estado e de Governo da UE reúnem-se esta quarta-feira em Conselho Europeu para debater as negociações sobre o ‘Brexit’.

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CDS quer PGR a investigar terrenos da antiga Feira Popular

  • Lusa
  • 17 Outubro 2018

Vereadores centristas da CML questionam o "modelo de loteamento adotado, que ultrapassa em muito o limite de edificabilidade permitido”.

Os vereadores do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa vão apresentar esta quarta-feira, junto da Procuradoria-Geral da República (PGR), um pedido de sindicância sobre a Operação Integrada de Entrecampos, alegando que a edificabilidade do projeto contraria a lei.

De acordo com informação transmitida à agência Lusa, os vereadores centristas defendem que a edificabilidade prevista para o projeto de requalificação que envolve os terrenos da antiga Feira Popular, e que foi batizado pela câmara como Operação Integrada de Entrecampos, “contraria artificiosamente a lei”.

Particularmente em causa está o modelo de loteamento adotado, que ultrapassa em muito o limite de edificabilidade permitido”, apontam os vereadores do CDS-PP, alegando que “o índice de edificabilidade só pode ser aplicado às parcelas a lotear e não, como pretende o executivo socialista da Câmara de Lisboa, ao domínio público circundante”.

O pedido feito à PGR será assinado pelos quatro vereadores centristas – Assunção Cristas, Conceição Zagalo, João Gonçalves Pereira e Miguel Moreira da Silva -, que sublinham que “o conceito de ‘operação integrada’ não se encontra previsto no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), nem em qualquer outro diploma legal”.

Falando em “engenharia criativa”, os quatro vereadores consideram que a Câmara de Lisboa, liderada pelo socialista Fernando Medina, “tem apenas como objetivo maximizar a receita resultante das alienações, mantendo artificialmente a mesma área de construção da hasta pública de 2015, através de operações urbanísticas questionáveis e com índices diferentes”.

Assim, o CDS-PP afirma que se pretende “valorizar ao máximo financeiramente o local”, vincando que “o modo enviesado como isso será alcançado – pelo aumento artificioso do índice de edificabilidade – decorre de uma ânsia desesperada para gerar receita”.

Os centristas acusam ainda o município de promover “a densificação brutal do local”, e de ir “contra a promoção da qualidade de vida dos munícipes e cidadãos”, fazendo-o “à revelia do objetivo último do PDM [Plano Diretor Municipal] de Lisboa, melhor cidade”.

Esta não é a primeira vez que os eleitos do CDS-PP levantam dúvidas sobre este projeto. Logo que foi apresentada, em maio, os centristas alegaram que a intervenção “viola o PDM”, o que motivou o voto contra em reunião camarária.

Os terrenos da antiga Feira Popular vão receber casas, escritórios e um jardim.CML | DMC

Numa nota enviada à Lusa na altura, os autarcas apontavam que, “através de conceitos artificiosos, e jogando com as definições e conceitos urbanísticos, a Câmara Municipal de Lisboa densifica em mais do dobro a construção no local, sem acautelar os impactos gerados”.

Em resposta, o presidente da autarquia assegurou que não houve “nenhuma violação do PDM” e que “a edificabilidade do terreno mantém-se exatamente na íntegra”, como foi “aprovado há cerca de dois anos”.

Esta operação prevê a construção de 700 fogos de habitação de renda acessível na zona de Entrecampos (515 construídos pelo município) e de um parque de estacionamento público na avenida 5 de Outubro. A operação está orçada em 800 milhões de euros, dos quais 100 milhões serão responsabilidade do município.

Os terrenos da antiga Feira Popular vão receber casas, escritórios e um jardim.CML | DMC

Também sobre o estacionamento, o CDS-PP questiona “o facto de, para a construção de um parque, serem eliminados cerca de duas centenas de lugares já existentes à superfície” e de estar previsto que sejam “abatidos jacarandás no alinhamento da avenida 5 de Outubro, árvores essas plantadas no âmbito do Plano Ressano Garcia para as Avenidas Novas”.

Os terrenos da antiga Feira Popular vão receber casas, escritórios e um jardim.CML | DMC

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