Hoje nas notícias: IRS, Madeira e incêndios

  • ECO
  • 15 Outubro 2018

Em dia de entrega do OE, são conhecidas mais medidas do documento. Entre elas, um bónus no IRS com as despesas em educação e rendas no interior, e uma subida nos impostos de carros de empresa.

Em dia de entrega do Orçamento do Estado para 2019, vão sendo conhecidas mais medidas do documento. Entre elas encontra-se um bónus com as despesas em educação e rendas no interior, e uma subida nos impostos para os carros das empresas. Estas e outras notícias marcam as manchetes dos jornais nacionais.

Gastos com a educação e as rendas de casa no interior dão bónus de 700 euros no IRS

As despesas com a educação e com as rendas de casa localizadas no interior do país vão dar um bónus no IRS. A diferença para uma família que estude e resida na capital ou no Porto chega aos 700 euros. O valor dos gastos dos estudantes de estabelecimentos de ensino situados no interior pode ser abatido em 40%, até um limite de mil euros. Outra novidade ainda é que a entrega da declaração anual do imposto foi alargada em um mês, até ao final de junho.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Governo aumenta impostos para carros da empresa

As despesas e encargos relacionados com as viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos vão ter taxas de tributação autónoma mais altas. O aumento pode atingir os 50%, consoante o valor das viaturas. A taxa sobre os veículos que tenham custado menos de 25 mil euros passa de 10% para 15%, que se traduz num aumento de 50%. A subida é transversal a todas as empresas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo quer “estrangular financeiramente” Madeira

Pedro Calado, vice-presidente do governo regional da Madeira, quer mais verbas do Orçamento do Estado para a região. O vice-presidente acusa o primeiro-ministro, António Costa, de ver a Madeira como uma “colónia”, e afirma ainda que o Governo quer “estrangular financeiramente a Madeira”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link inacessível).

Recuperadas 36 casas das 366 ardidas nos incêndios

Só foram recuperadas 36 casas de 366 ardidas nos incêndios florestais que deflagraram há cerca de um ano. Na origem dos atrasos estará na complexidade dos processos da região Centro. A Provedoria da Justiça já recebeu 103 queixas relativas a esta questão.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link inacessível).

Costa remodela para inverter a crise e olhar para as legislativas

A substituição de Azeredo Lopes, que saiu do cargo de ministro da Defesa Nacional, levou a uma remodelação do Governo. São quatro novos ministros, para figuras com mais peso político do que os antecessores. Siza Vieira foi o escolhido para a pasta da Economia, lugar que era ocupado por Caldeira Cabral.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brexit. Acordo em contra-relógio para a cimeira europeia

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 15 Outubro 2018

O acordo entre a União Europeia e o Reino Unido por causa do Brexit está mais próximo, mas ainda não está fechado. O 'dead line' é a cimeira europeia da próxima quarta-feira.

Aumenta a tensão na reta final das negociações do Brexit. A pouco mais de dois dias do “momento da verdade” – a cimeira europeia que começa esta quarta-feira –, o suspense é máximo sobre a capacidade de os líderes dos 27 e da primeira-ministra britânica Theresa May conseguirem ou não fechar um compromisso sobre os termos definitivos do divórcio. “Apesar de esforços intensos, algumas questões-chave ainda estão em aberto”, anunciou no twitter o negociador-chefe dos 27, Michel Barnier, ao final da tarde de domingo.

O deadline é a cimeira europeia que começa esta quarta-feira, em Bruxelas. Barnier vai, entretanto, informar os líderes dos 27 sobre o estado das negociações, bem como o Parlamento Europeu. Ainda antes disso, na terça-feira, os ministros dos 27 que acompanham o dossiê do Brexit fazem o ponto da situação.

O dia tinha sido rico em especulações sobre a possibilidade de as equipas negociais de Bruxelas e Londres conseguirem abrir caminho para fechar as negociações. Um acordo de saída chegou mesmo a ser dado como praticamente adquirido pelo site de notícias Politico – que depois não se verificou.

A hipótese de que um acordo estaria próximo começou a ser ventilada com a informação, ao início da tarde, de que o negociador britânico, Dominic Raab, estava a caminho de Bruxelas para se encontrar com Barnier. “Com vários grandes assuntos ainda por resolver, incluindo a questão fronteiriça na Irlanda do Norte, foi acordado por ambos os lados que seriam necessárias conversas frente-a-frente”, afirmava um porta-voz do governo britânico citado por várias agências.

Mas o encontro entre as duas equipas não permitiu fechar os principais dossiês. Michel Barnier informou depois os embaixadores dos 27 sobre o desfecho do encontro. Às 19h43, o francês anunciava no twitter que ainda há questões por resolver, entre as quais os contornos do mecanismo que deverá reger a fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte. No entanto, o resultado de domingo não significa o fim das negociações. Alguns observadores consideram que a atual tensão faz parte de uma estratégia de teatralidade nas negociações.

O momento da verdade

A cimeira desta semana é vista como “o momento da verdade” das negociações, segundo disse há dias o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Se os 27 considerarem que as negociações registam “progressos suficientes”, então será convocada uma nova cimeira com Theresa May para selar as negociações, em novembro. Segundo fontes diplomáticas, o acordo de saída do Reino Unido terá cerca de 350 páginas. Até à semana passada já estariam fechadas cerca de 85%-90% das matérias.

O “momento da verdade” é assim classificado porque os prazos apertam. Estamos a menos de seis meses da saída do Reino Unido prevista para 29 de março e o acordo deverá ainda ser aprovado quer pelo parlamento britânico quer pela assembleia de Estrasburgo, um processo que leva o seu tempo.

No twitter, Michel Barnier sublinhou que “algumas questões-chave” ainda se encontram em aberto, dando a entender que a fronteira entre as ‘Irlandas’ não é o único ponto de fricção. Mas essa é considerada a principal dificuldade que tem dominado as intensas negociações a nível técnico e político nos últimos meses. O que se pretende é encontrar um mecanismo que evite o regresso dos controlos fronteiriços entre a República da Irlanda, que integra a UE, e a Irlanda do Norte que sai do território comunitário como parte do Reino Unido – e que seja garante da paz.

Os negociadores têm dificuldades em encontrar uma solução criativa que permita que a Irlanda do Norte tenha acesso ao mercado único e à união aduaneira, ao mesmo tempo que o resto do Reino Unido sai da União Europeia.

O outro ponto que os 27 e Londres devem ainda definir é a arquitetura da futura relação em termos comerciais mas também na área da segurança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo sobe impostos sobre carros das empresas

  • ECO
  • 15 Outubro 2018

Para as viaturas com um custo inferior a 25 mil euros, a taxa passa de 10% para 15%, uma subida de cinco pontos percentuais que, na prática, equivale a um aumento de 50% do valor.

As taxas de tributação autónoma sobre os gastos com viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos das empresas vão subir com o Orçamento do Estado para 2019, um aumento de impostos transversal a todas as empresas. O aumento incidirá sobre os carros de valor mais baixo que são os mais populares nas pequenas e médias empresas.

O documento, que será entregue esta segunda-feira pelo Governo no Parlamento — e que foi aprovado este sábado, depois de uma maratona de quase 12 horas — prevê um agravamento do imposto sobre os carros das empresas que, dependendo do valor dos veículos, pode chegar aos 50%, escreve o Jornal de Negócios (acesso condicionado).

De acordo com a versão preliminar do Orçamento do Estado, para as viaturas com um custo inferior a 25 mil euros, a taxa passa de 10% para 15%, uma subida de cinco pontos percentuais que, na prática, equivale a um aumento de 50% do valor.

“É uma receita garantida porque as empresas já adquiriram os carros e não podem fugir e, no geral, acredito que seja bastante penalizador e um aumento transversal, já que poucas empresas não terão viaturas”, esclarece Renato Correia, especialista da Deloitte, citado pelo Negócios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caixa funde participadas para reduzir custos

  • ECO
  • 15 Outubro 2018

Seis subsidiárias do banco público vão fundir-se à casa-mãe para levar a cabo as recomendações de Bruxelas e reduzir custos.

A Caixa Geral de Depósitos vai acabar com seis empresas do seu grupo e integrá-las, por fusão, na casa-mãe. O objetivo é, além de obedecer a Bruxelas, reduzir os custos, escreve esta segunda-feira o Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Em causa está a fusão por incorporação na CGD das entidades Caixa Desenvolvimento, Caixa – Gestão de Ativos, Caixa Seguros e Saúde, Cibergradual – Investimento Imobiliário, Parcaixa e Wolfpart.

A presente fusão faz parte do processo de reorganização societária do grupo CGD, o qual se enquadra no plano estratégico acordado entre o Estado português e a Comissão Europeia, e tem por objetivo a simplificação da estrutura societária do grupo CGD, através do número de sociedades que são instrumentais à sua sociedade”, explica a Caixa Geral de Depósitos no projeto de fusão, registado a 28 de setembro, em Lisboa.

Com a incorporação — e, porque todas as entidades já consolidavam nas contas do grupo –, elimina-se “a duplicação de obrigações e de custos de natureza legal, fiscal, operacional, financeira, burocrática e de contexto, simplificando a estrutura do grupo CGD através da extinção das sociedades incorporadas e consequente concentração numa única entidade de todas as atividades de gestão e procedimentos de índole burocrática”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

O dia vai ficar marcado pela apresentação do Orçamento do Estado para 2019, pela voz do ministro das Finanças, Mário Centeno. Serão também conhecidos novos dados do turismo e do crédito ao consumo.

Esta segunda-feira, o Governo apresenta a proposta de Orçamento do Estado para 2019. A ERSE vai apresentar a proposta de tarifa da eletricidade, num dia em que se conhecem novos dados do turismo e da concessão de crédito ao consumo.

Centeno apresenta Orçamento do Estado

A atualidade vai girar em torno da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2019 pelo ministro das Finanças, Mário Centeno. O documento vai merecer escrutínio por parte dos partidos depois de ser entregue na Assembleia da República, e deverá chegar a Bruxelas para avaliação da Comissão Europeia, antes de ser votado no Parlamento numa reunião plenária que está agendada para o final deste mês. A apresentação da proposta dará lugar ao agendamento, esta segunda-feira, de uma conferência de imprensa no Ministério das Finanças, com a presença do ministro.

Juros reagem à subida de rating da Moody’s

A Moody’s melhorou a notação da dívida de Portugal em um nível para “Ba3”. Retirou-a, finalmente, do nível considerado “investimento especulativo”, sendo a última das “três grandes” a fazê-lo, justificando a decisão com a descida da dívida num contexto de crescimento da economia. Esta segunda-feira, os investidores vão reagir à decisão da agência norte-americana, podendo levar a uma descida dos juros da dívida nos mercados internacionais. A taxa a dez anos superou, na semana passada, a fasquia dos 2%, perante a tensão entre Roma e Bruxelas.

BdP mostra evolução do crédito ao consumo

O Banco de Portugal (BdP) divulga hoje os dados da concessão de crédito ao consumo relativos ao mês de agosto. Em julho, mês em que entraram em vigor as recomendações do BdP para travar o crédito, registou-se um aumento da concessão de crédito ao consumo na ordem dos 10%, para 595,3 milhões de euros.

ERSE propõe tarifa da eletricidade para 2019

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai hoje apresentar a proposta para a tarifa da eletricidade para o próximo ano no mercado regulado. A apresentação acontece numa altura em que os preços da energia no mercado ibérico de eletricidade (Mibel) têm vindo a subir. No ano passado, por esta altura, a ERSE propôs uma descida de 0,2% do preço da eletricidade e era preciso recuar até 2000 para encontrar uma descida no valor da energia.

INE faz raio-X ao turismo em época alta

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai atualizar os dados da atividade turística relativos a agosto, um dos meses em que a atividade turística é tendencialmente mais elevada. Em julho, os hotéis e similares registaram 2,2 milhões de hóspedes e 6,7 milhões de dormidas, quedas homólogas de 2,1% e 2,8%, respetivamente.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Qual é a linha mais eficiente do metro de Lisboa?

O Metropolitano de Lisboa transportou 161,4 milhões de passageiros em 2017, divididos pelas quatro linhas que se estendem pelos vários cantos da cidade.

O metro de Lisboa é um dos transportes mais utilizados pelos habitantes da capital. Chega a vários pontos da cidade, dividido por quatro linhas que circulam debaixo dos pés dos lisboetas, ao longo de 44,5 quilómetros de rede e 56 estações. Mas sabe qual é a linha que mais rentável?

A rede nem sempre foi tão extensa. O Metropolitano de Lisboa foi crescendo ao ritmo das necessidades da capital. Em 2017, graças ao elevado número de turistas transportou 161,4 milhões de passageiros, um crescimento face aos 153,1 milhões transportados em 2016 e 142,7 no ano anterior, revela o Relatório de Contas da empresa.

O metropolitano tem 56 estações no total, seis das quais duplas. Mas em breve haverá mais. A empresa tem prevista uma extensão, que deverá ficar concluída até 2022, para chegar à Estrela e a Santos. Nos planos estão desenhadas mais duas estações, nas Amoreiras e Campo de Ourique, mas ainda não têm definida uma data de conclusão. Uma linha circular, através do prolongamento entre a estação do Rato e o Cais do Sodré, é outra das possibilidades em estudo.

A linha Azul é a que tem mais paragens, 18, e também a mais comprida, com 13,8 quilómetros de extensão. Seguem-se as linhas Amarela e Verde, cada uma com 13 estações. Já a linha Vermelha é a que tem menos estações (12). A mais curta é a linha Verde, com nove quilómetros de rede.

O metropolitano sublinha que em 2017 aumentou a oferta através de uma maior número de carruagens por quilómetro, mas também de lugares por quilometro, dois indicadores que a empresa usa para aferir a eficiência das linhas. Mas apesar de estes dois indicadores terem aumentado, o número de comboios em circulação até diminuiu (-2%), porque desde julho do ano passado a estação de Arroios foi encerrada — em resultado na linha verde passaram a poder circular comboios com seis carruagens –, mas também dada a indisponibilidade de material circulante que levou a empresa a funcionar com um plano de contingência, explica o relatório e contas.

A linha azul é a que apresenta o melhor desempenho em termos do número de carruagens e lugares por Km e a linha verde o pior.

Vermelha, azul, verde ou amarela. Qual é a mais eficiente?

Em termos de eficiência em termos de exploração é a linha amarela que lidera na quantidade de passageiros que transporta em função da sua extensão (11,1 quilómetros). Apresentou o ano passado uma taxa de realização de lugares por quilómetro de 102,85%. Mas este desempenho nem foi assim, já que, em 2015 e 2016, a linha Azul foi a mais eficiente a este nível. As outras linhas registaram uma taxa de eficiência abaixo dos 100%, em 2017. A mais baixa foi a linha vermelha, com 88,09%.

Mas, por outro lado, do ponto de vista financeiro, a linha azul é aquela que apresenta um volume de negócios mais elevado — 1,02 milhões de euros, um aumento de 15,8% em relação ao ano anterior. A seguir surge a linha amarela com um volume de negócios de 934 mil euros, mas que representa uma quebra de 1,9% face a 2016.

Os bons resultados em termos de venda de bilhetes (102,1 milhões de euros sem IVA) tem ajudado à recuperação financeira da empresa, mas ainda assim, o elevado nível de endividamento e os custos associados fazem com que a empresa tenha apresentado prejuízos de 24,5 milhões de euros em 2017.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Em janeiro vai haver duplo aumento das pensões. Veja as simulações

As pensões em 2019 vão ter um aumento decorrente da aplicação da lei já que a economia deve crescer 2,2%. E as pensões mais baixas têm um aumento extraordinário de dez euros. Veja as simulações da EY.

O aumento extraordinário de dez euros das pensões mais baixas, logo em janeiro, já está assegurado, anunciou o líder parlamentar do PCP na quinta-feira à noite. Este valor acresce à atualização decorrente da aplicação da lei que abrange todas as pensões. Perante este cenário, o ECO pediu um conjunto de simulações à consultora EY para perceber a valorização que as reformas vão ter no próximo ano.

A lei determina que as pensões sejam atualizadas quando o PIB cresce entre 2% e 3%, usando a média da inflação dos últimos 12 meses, sem habitação. Depois, no caso das pensões até 857 euros (ou seja, o equivalente a 2xIAS), ao valor da inflação somam mais 0,5 pontos percentuais. Assim, partindo do princípio que a inflação se vai manter próxima dos 1,4%, o acréscimo será, assim, de 1,9%.

Assim, uma pensão mensal bruta de 500 euros recebe um aumento mensal de 9,5 euros após a aplicação das regras de atualização das pensões. Mas como este aumento é inferior a dez euros, este o pensionista tem direito a um bónus de mais 50 cêntimos por mês. Ou seja, se o raciocínio for feito em termos anuais, um pensionista que ganha sete mil euros, em 2019 vai ganhar 7.140, ou seja, mais 133 euros decorrentes do aumento de 1,9% do valor da pensão, mais sete euros para poder perfazer o aumento extraordinário de dez euros (50 cêntimos X 14 meses).

Estas simulações são feitas tendo por base uma taxa de inflação de 1,4% e um IAS de 428,90 euros, o mesmo valor de 2018, embora este valor ainda venha a ser previsivelmente atualizado em 1,9%, de acordo com a lei (se a média do crescimento real do PIB ficar entre 2% e 3%, o aumento corresponde à inflação dos últimos 12 meses sem habitação, acrescida de 20% da taxa de crescimento real do PIB, com o limite mínimo de 0,5 pontos percentuais acima do valor da inflação).

Por outro lado, as pensões de 1.500 euros brutos mensais, no caso de um pensionista viúvo sem filhos, vão ter uma valorização líquida de cerca de 210,21 euros em termos anuais. Mas se o exemplo for de um casal de reformados em que ambos têm rendimento e que optem pela tributação conjunta, no próximo ano, o rendimento desses reformados poderá aumentar 420,42 euros.

Vejamos como. Estas pensões são abrangidas pelas regras que se aplicam às reformas cujos valores oscilam entre dois e seis IAS (ou seja, 857,8 euros e 2.573,4 euros). Também aqui se parte do pressuposto que a economia vai crescer entre 2% e 3% — recorde-se que no cenário macroeconómico do Orçamento a previsão de crescimento é de 2,3% este ano e 2,2% em 2019 — e nestes casos aplica-se apenas a taxa de inflação (1,4% é o valor assumido na simulação) sem mais acréscimos.

Nestes casos já não há lugar a um aumento extraordinário, porque, à partida, o aumento mensal já é superior a dez euros.

Finalmente, as pensões mais elevadas também são atualizadas, mas aqui as regras são menos generosas. Ou seja, as pensões entre 2.570 euros (6 IAS) e 5.142 euros brutos (12 IAS) são aumentadas em linha com a taxa de inflação, deduzida de 0,25 pontos percentuais, o que representa um aumento de 1,15%. Assim, um pensionista solteiro ou viúvo, sem filhos, que receba uma pensão líquida de 2.207 euros líquidos por mês (3 mil euros brutos) vai ter um aumento de 18,97 todos os meses (265,65 euros por ano).

Já um pensionista casado, mas que apenas um dos elementos tenha rendimentos e optem pela tributação conjunta, vai ver a sua pensão de 2.398,7 euros aumentar 24,66 euros (345,34 euros ano final do ano). Finalmente, uma pensão líquida de 4.414,7 euros líquidos, de um pensionista casado, em que ambos têm rendimentos e que escolham a tributação conjunta, então o aumento mensal será de 37,95 euros (531,30 euros/ano).

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Furacão Leslie para fábrica da Navigator na Figueira da Foz durante uma semana

A fábrica está com a laboração suspensa. Não há água, eletricidade ou telecomunicações.

A passagem do furacão Leslie por Portugal, que afetou sobretudo o centro do país, vai obrigar à paragem, por uma semana, da fábrica da Navigator na Figueira da Foz, informou a empresa num comunicado ao mercado.

“A passagem do furacão Leslie por Portugal, que atingiu de forma particular a região da Figueira da Foz no sábado e domingo, causou danos patrimoniais na sua unidade fabril instalada naquela zona, e que esta se encontra, devido a esses danos, com a laboração suspensa. Neste momento a fábrica encontra-se sem fornecimento de água, eletricidade e telecomunicações, havendo uma estimativa inicial de que a laboração possa ser retomada dentro de uma semana“, pode ler-se no comunicado.

“Estima-se que esta paragem constitua uma perda de produção de cerca de seis mil toneladas de pasta e dez mil toneladas de papel”, precisa a empresa.

A Navigator não é a única afetada, a EDP declarou o estado de emergência para o distrito de Coimbra, o mais grave previsto no seu plano de atuação, e admite recorrer a meios internacionais para reparar os danos causados pela tempestade tropical Leslie.

Em comunicado, citado pela Lusa, a EDP Distribuição diz que, “face aos danos da rede elétrica causados pela passagem do furacão Leslie, os quais foram confirmados durante o dia de hoje pela avaliação técnica da EDP Distribuição, declara, para o distrito de Coimbra, o Estado de Emergência, o mais grave previsto no seu plano operacional de atuação em crise, desde as 20h00 deste domingo”.

Esta declaração de Estado de Emergência “resulta de acontecimentos com grandes repercussões e concretiza-se na mobilização, com âmbito nacional, de todos os meios humanos, materiais e equipamentos disponíveis na empresa, seus prestadores de serviço e fornecedores“, adianta a EDP Distribuição. “Poderá também ser ponderado, em caso de necessidade, o eventual recurso a meios internacionais”, concluiu a elétrica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Americanos do Capital Group saem da EDP

Aquele que era o segundo maior acionista da EDP, desfaz-se totalmente da sua posição e abandona a elétrica.

A 1 de outubro o Capital Group, que era o segundo maior acionista da elétrica com quase 10% do capital, anunciou à CMVM a redução da sua posição para menos de 3%. Este domingo, 14 dias depois, o mercado é informado de que os americanos de desfizeram totalmente da sua participação na empresa.

“O The Capital Group Companies, Inc. (“Capital Group”) comunicou à EDP no dia 12 de Outubro de 2018, que a sua participação no capital social e direitos de voto da EDP baixou do patamar de mínimo de 2% das participações qualificadas no dia 10 de Outubro de 2018, deixando nesta mesma data o Capital Group de deter qualquer participação no capital social e direitos de voto da EDP“, pode ler-se no comunicado enviado ao mercado.

O mesmo comunicado esclarece que o Capital Group é a empresa-mãe da Capital Research and Management, um consultor de investimentos sediado nos Estados Unidos que gere a família de fundos de investimento “American Funds”. O mercado é ainda informado que “nem o Capital Group nem as suas subsidiárias detêm ações da EDP na sua carteira própria. As ações reportadas são detidas por fundos de investimento sob gestão discricionária de empresas do Capital Group”.

A redução de posição que se deu no início de outubro aconteceu antes de a elétrica ter comunicado a revisão em baixa dos lucros por causa dos CMEC. Mas esta segunda decisão já é posterior ao anúncio de revisão em baixa dos lucros em 200 ou 300 milhões. António Mexia justificou no início do mês o desinvestimentos dos americanos com a falta de estabilidade no setor. “Temos um grande acionista, o segundo maior, a deixar a companhia. As pessoas gostam de estabilidade, gostam de que as regras do jogo sejam mantidas”, disse Mexia em Londres, citado pela agência Bloomberg. “As regras do jogo e os contratos são supostamente para cumprir. O que vemos hoje é basicamente a reação do mercado com base nas recentes medidas que afetam a estabilidade”, acrescentou.

O Capital Group chegou a ser um dos maior acionista da EDP, tendo chegado a deter 17% da elétrica em 2015, mas desde então tem vindo a vender a sua posição. A decisão de ficar com uma posição ligeiramente inferior a 3% levou à queda imediata das ações em quase 2%. Quando os mercados abrirem na segunda-feira, este anúncio de certo deverá ter novamente impacto nas ações da elétrica.

(Notícia atualizada às 18h47)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há seis dias, Costa dizia que todos os ministros eram um “ativo importante”

Chefe do Executivo faz remodelação alargada em cima do Orçamento e a um ano das eleições legislativas. Costa explica mudanças na Economia.

António Costa comunicou este domingo uma remodelação alargada no Governo, seis dias depois de ter considerado todos os membros do Executivo como um “ativo importante”. Esta remodelação acontece em plena entrega do último Orçamento da legislatura e a um ano das eleições.

Na segunda-feira, no âmbito de uma deslocação à Base Aérea n.º 5 em Monte Real, o primeiro-ministro segurou o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, envolvido na polémica do caso do roubo de armas em Tancos. Mas nas declarações que fez aos jornalistas, o chefe do Executivo foi mais além, quando avaliou positivamente todo o elenco governamental.

“Pelo contrário, é, como todos os membros do Governo, um ativo importante. O Governo funciona em equipa e todos somos um ativo para que o Governo continue a desempenhar as suas funções”, disse quando questionado sobre se Azeredo Lopes era um ativo importante.

Na sexta-feira, depois da tomada de posse da nova Procuradora-Geral da República (PGR), Lucília Gago, foi conhecido o pedido de demissão de Azeredo Lopes. Numa nota à comunicação social, Costa explicou que Azeredo Lopes pediu a demissão em termos que o chefe do Governo não podia recusar, entre eles a “preservação da importância fundamental das Forças Armadas”.

No sábado, o Conselho de Ministros fez uma maratona de 12 horas para aprovar o Orçamento do Estado para 2019. Os relatos das televisões que estiveram em direto da porta da Presidência do Conselho de Ministros davam conta que apenas Azeredo Lopes não estava presente.

Este domingo, o primeiro-ministro comunicou ao Presidente da República uma remodelação alargada, envolvendo a saída de mais três ministros: Economia, Saúde e Cultura.

Na Economia sai Manuel Caldeira Cabral e entra Pedro Siza Vieira — que acumula a pasta de ministro adjunto com a da Economia. Na Saúde, Adalberto Campos Fernandes cai e entra Marta Temido. Para a Cultura entra Graça Fonseca para o lugar de Luís Filipe Castro Mendes. A pasta da Defesa será ocupada por João Gomes Cravinho.

Os novos titulares tomam posse já esta segunda-feira, juntamente com o ministro do Ambiente que, por receber a pasta da Energia — que sai da Economia e vai ter novo secretário de Estado –, terá de tomar posse de novo.

O chefe do Governo explicou esta opção, através de uma nota enviada à Lusa, com o objetivo de assegurar “uma dinâmica renovada” e com a prioridade dada à política económica. “As alterações na orgânica governativa traduzem o reforço da política económica no centro do Governo e a prioridade da transição energética na mitigação das alterações climáticas.” Uma justificação para as mudanças na Economia, mas que não avança explicações mais concretas sobre as mexidas na Saúde e na Cultura.

Tanto Adalberto Campos Fernandes como José Luís Castro Mendes estiveram sob fogo em vários momentos, mas Costa segurou-os sempre. O ECO questionou o gabinete do primeiro-ministro sobre as mudanças mas não obteve resposta. Fica por saber que avaliação fez em concreto o chefe do Governo quando escolheu prescindir destes ministros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fumo branco em Bruxelas? Já haverá acordo do Brexit

  • Marta Santos Silva
  • 14 Outubro 2018

Segundo o Politico, já existirá um acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia. As negociações decorrem este domingo em Bruxelas.

Os diplomatas que negoceiam um acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia terão chegado a um acordo de divórcio, segundo escreve o Politico, que cita três fontes diplomáticas próximas de Bruxelas. Certas fontes que falaram à agência Reuters confirmaram esta informação, mas outras rejeitaram que já exista um acordo fechado.

O acordo em causa envolverá um período de transição que previna o choque económico de uma saída brusca, segundo as fontes do Politico, que não terão avançado mais pormenores.

A meio da tarde deste domingo, foi anunciado que o ministro britânico com a tutela do Brexit, Dominic Raab, faria uma deslocação surpresa a Bruxelas ao final do dia, para resolver “grandes assuntos que incluem o problema da Irlanda do Norte” cara a cara, antes do Conselho Europeu desta semana.

Segundo os diplomatas da União Europeia que falaram ao Politico, foi então marcada uma reunião para as 18:30 em Bruxelas para que os participantes das negociações pudessem consultar a versão preliminar do acordo do divórcio. O jornal com sede em Bruxelas acrescenta que o acordo deveria então ser aprovado na próxima quarta-feira, no jantar do Conselho Europeu.

No entanto, as fontes da agência Reuters referem que o acordo ainda não está nas fases finais, nem perto de um ponto em que possa ser aprovado esta semana pelos líderes europeus. Fontes seniores disseram à agência noticiosa que dificilmente haveria um acordo este domingo.

Na semana passada, Jean-Claude Juncker disse numa entrevista a meios e comunicação austríacos que as negociações do Brexit deverão fechar em novembro, assumindo estar confiante de que os dois lados chegarão a um entendimento. Para o presidente da Comissão Europeia, uma chegada a março de 2019, data limite para a saída do Reino Unido da UE, sem qualquer acordo está fora de questão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Secretário de Estado da Energia também sai na remodelação

  • ECO
  • 14 Outubro 2018

Jorge Seguro Sanches também será substituído no Governo, agora que Manuel Caldeira Cabral sai da Economia, e a tutela da Energia passa para o Ambiente.

O secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, sai do Governo na remodelação de António Costa, no momento em que o seu pelouro passa para a tutela da Energia, avança a SIC Notícias este domingo.

A pasta da Energia passou do Ministério da Economia, cujo ministro Manuel Caldeira Cabral foi exonerado, para o do Ambiente. O novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, tinha pedido escusa relativamente aos temas relacionados com a energia enquanto ministro Adjunto.

A remodelação anunciada este domingo, na véspera da apresentação do Orçamento do Estado para 2019, chega no contexto da demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, na sexta-feira. Com a exoneração de quatro ministros este domingo, anunciada pelo Presidente da República no seu site oficial, saem também os respetivos secretários de Estado, de acordo com o previsto na lei.

A passagem do pelouro da Energia para o Ministério do Ambiente foi louvada por associações ambientalistas como a Zero e pelo PAN, embora preocupe o Bloco de Esquerda: Catarina Martins teme que, numa altura crítica para a negociação das rendas consideradas excessivas para as energéticas, a mudança de tutela possa prejudicar os avanços iminentes.

Manuel Caldeira Cabral foi exonerado enquanto ministro da Economia após três anos à frente de um dos maiores ministérios, que concentrava em si a energia, as empresas, a indústria e o comércio. Na semana passada, Caldeira Cabral deu por si no centro da polémica devido à nomeação do deputado socialista Carlos Pereira para vogal da ERSE, reguladora da energia — escolha que assumiu como sua numa audição parlamentar esta sexta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.