Portugal viu nascer 33.898 novas empresas até setembro, mais 8,9% do que no período homólogo

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

“As atividades ligadas ao turismo mantêm a grande contribuição para o nascimento de novas empresas", diz a consultora Informa D&B. Lisboa é o distrito com mais novas empresas, seguindo-se o Porto.

O número de novas empresas que surgiram até setembro deste ano foi 8,9% acima do verificado no período homólogo, com um total de 33.898, segundo dados da consultora Informa D&B.

Estes valores, dada a consistência que revelam ao longo dos últimos nove meses, vão fazer de 2018 o ano de recorde de nascimento de empresas em Portugal”, adiantou a empresa em comunicado. Por outro lado, “os encerramentos também registam uma subida face ao período homólogo, enquanto as novas insolvências mantêm o ciclo de descida”, referiu a Informa D&B.

Assim, no final dos primeiros nove meses deste ano, encerraram mais 18,6% de empresas do que no mesmo período de 2017, num total de 11.801. “Os setores que mais contribuíram para este registo foram os serviços (2732 encerramentos) e o retalho (2101 encerramentos), a que correspondem subidas face ao período homólogo de 9,7% e 16,7%, respetivamente”, adiantou a consultora.

As insolvências desceram, sendo que até ao final de setembro “houve menos 1809 novos processos iniciados, o que representa uma descida de 11,0% face ao mesmo período de 2017”. A “esmagadora maioria” das novas insolvências concentra-se nas indústrias transformadoras, serviços, retalho, construção e grossistas, ainda que todos estes setores registem uma descida face ao período homólogo, segundo a mesma fonte.

No que diz respeito ao cumprimento dos prazos de pagamento a fornecedores, mantiveram-se semelhantes ao dos primeiros meses deste ano, “nos valores mais baixos desde 2007, com apenas 14,9% das empresas a cumprir”. O relatório da consultora salientou ainda o contributo positivo do turismo e a recuperação da construção.

As atividades ligadas ao turismo mantêm a grande contribuição para o nascimento de novas empresas: atividades imobiliárias (mais 659 nascimentos, mais 23,8%), em especial nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto; construção (mais 513 nascimentos, mais 19,1%), com maior destaque nas atividades de construção e promoção imobiliária nos concelhos de Lisboa e Sintra; transportes (mais 481 nascimentos, mais 54,4%)”, referiu a Informa D&B. O setor das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) “mantém um forte crescimento de novas empresas, com a constituição de 1337 entidades desde o início de 2018 (mais 196 empresas, mais 17,2%) ”, segundo os dados da consultora.

Lisboa é o distrito com mais novas empresas (11.769), seguindo-se o Porto, com 6062. “Nos últimos 12 meses, o rácio entre nascimentos e encerramentos a nível nacional é de 2,6 (há 2,6 novas empresas por cada uma que encerra) ”, concluiu a Informa D&B.

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Enquadramento regulatório do setor postal “é cada vez mais um desafio”, diz Francisco de Lacerda

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

Questionado sobre quais os três maiores desafios que o setor enfrenta nos próximos três anos, Francisco de Lacerda apontou a digitalização, a diversificação do negócio e o enquadramento regulatório.

O presidente executivo dos CTT, Francisco de Lacerda, considera que o enquadramento regulatório “é cada vez mais um desafio” para os Correios no mercado português, além da aposta na digitalização e na diversificação do negócio.

Questionado sobre quais os três maiores desafios que o setor enfrenta nos próximos três anos, a propósito do Dia Mundial dos Correios que se comemora esta terça-feira, Francisco de Lacerda apontou a digitalização, a diversificação do negócio e, por último, o enquadramento regulatório em Portugal, onde tece críticas aos indicadores impostos pela Anacom — Autoridade Nacional de Comunicações.

“O enquadramento regulatório com que nos deparamos em Portugal é cada vez mais um desafio”, isto porque “os novos indicadores de qualidade de serviço são mais numerosos e exigentes do que a quase totalidade dos países europeus, onde se tem verificado uma flexibilização dos níveis de serviço exigidos”, apontou o gestor. “Vamos passar de 11 para 24 indicadores, quando a média europeia é de seis indicadores, temos seis objetivos de qualidade fixados em 99,9% e a definição de indicadores que só existem em Portugal”, salientou.

O presidente executivo dos CTT salientou a digitalização, que é transversal a todos os setores económicos, como um desafio à atividade postal em termos globais. “Os operadores postais — e os CTT –, atuam num setor em profunda transformação e têm vindo a adaptar o seu modelo de negócio para compensar a queda estrutural no negócio de Correio, fruto da digitalização”, disse.

Apesar da atividade tradicional de correio “ainda representar uma parte relevante da atividade”, a estratégia definida pelos CTT que está a ser aplicada há vários anos “passa pela diversificação do negócio”, quer na aposta do segmento Expresso e Encomendas, como no Banco CTT. “Em paralelo, continuamos a implementar o Plano de Transformação, que inclui significativos investimentos e aposta na eficiência e qualidade de serviço do negócio postal, assegurando o serviço postal universal num quadro de quebra forte e contínua dos volumes de correspondência”, concluiu.

Questionado sobre o impacto do comércio eletrónico na faturação dos correios, em geral, o gestor afirmou: “Acreditamos que ainda há muito espaço para crescer, já que o volume de encomendas per capita geradas pelo e-commerce em Portugal e Espanha está muito abaixo da média face a outras geografias europeias”. No entanto, “a expectativa é de que, a nível global, o crescimento do volume de negócios do ‘e-commerce’ anual se manterá nos dois dígitos, pelo menos até 2020“, adiantou Francisco de Lacerda.

Tendo em conta que a digitalização é um desafio para o setor postal a Lusa questionou se as cartas, que sempre foram emblemáticas do setor postal, poderão desaparecer com o tempo. “Apesar da cada vez maior digitalização, a grande transformação que está a pressionar a redução dos volumes de correspondências, não vejo as cartas a desaparecerem totalmente nos próximos anos“, considerou. “Com a distribuição de encomendas e cartas, e com a forte presença em todo o território através das suas redes, os correios não perderão a sua vertente física e de proximidade às populações, um dos maiores valores dos operadores postais“, prosseguiu.

Salientou, no entanto, que o setor será cada vez mais digital, “com processos automatizados, libertando os funcionários para tarefas de maior valor acrescentado, com entregas personalizadas e serviços baseados no acesso digital, através de aplicações ou sites”.

Os CTT querem “continuar a crescer e reforçar a liderança e é por isso que temos vindo a lançar produtos, serviços e projetos inovadores no segmento de ‘e-commerce’ e estabelecido parcerias com ‘várias startups ligadas ao comércio online e também com a China Post para dinamizar os fluxos de encomendas entre China e Portugal“, acrescentou Francisco de Lacerda. “É também por isso que estabelecemos uma parceria com a Sonae no Dott, uma plataforma de marketplace de comércio eletrónico, que muito em breve chegará ao mercado“, concluiu.

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Regras do Banco de Portugal não travam crédito da casa. Em agosto foram mais de 800 milhões

Em agosto, os bancos deram 810 milhões de euros em novos créditos para comprar casa. Foram mais 100 milhões face ao mesmo período de 2017, sinal de que o travão do BdP não estará a ter efeito.

Em agosto, os bancos deram 810 milhões de euros em novos créditos para comprar casa. Foram mais cerca de 100 milhões face ao mesmo período de 2017, mostram dados do Banco de Portugal divulgados nesta terça-feira. Trata-se de um sinal de que o travão do BdP não estará a ter efeito pelo menos para já.

Estatísticas da instituição liderada por Carlos Costa mostram que, em agosto, os bancos disponibilizaram 810 milhões de euros em novos empréstimos para a compra de casa.

Crédito da casa nos últimos cinco anos

Fonte: Banco de Portugal

Este montante representa uma diminuição de 109 milhões quando comparado com os 919 milhões de euros registados em julho, mas numa base comparável representa uma aceleração. São mais 101 milhões de euros quando comparado com o mês de agosto do ano passado, período em que foram concedidos 709 milhões de euros. Em termos homólogos representa um novo máximo desde 2010.

Este aumento acontece no segundo mês em que estão em vigor as recomendações do Banco de Portugal aos bancos no sentido de estes colocarem alguns travões na hora de dar crédito às famílias para prevenir situações de sobreendividamento das famílias. Trata-se de um sinal de que a iniciativa do regulador da banca poderá não estar ainda a ter efeito.

Aliás, as mais recentes novidades que têm surgido no setor apontam para a manutenção da “guerra” do crédito. Ainda na semana passada, o Banco CTT anunciou a revisão em baixa do spread mínimo a aplicar na concessão de empréstimos para a compra de casa — para 1,1% — bem como estendeu dos anteriores 85% para 90% do valor do imóvel, o montante máximo que se dispõe a financiar (dentro dos limites do Banco de Portugal).

Poucos dias antes, também o Bankinter tinha revisto em baixa — para 1% — a margem mínima que se dispõe a cobrar aos clientes do crédito à habitação.

Crédito ao consumo também acelera

Também no crédito ao consumo, alvo também das recomendações da instituição liderada por Carlos Costa — assistiu-se a um novo aumento da disponibilização de financiamento tanto face ao mês anterior como ao mesmo período de 2017. Em agosto, os bancos concederam 404 milhões de euros em crédito ao consumo. Ou seja, mais 17 milhões face aos 387 milhões de euros registados em julho, bem como 55 milhões acima dos 349 milhões verificados em agosto do ano passado. Trata-se também de um máximo de pelo menos desde 2003, período em que começa o histórico do Banco de Portugal.

Ainda recentemente, o secretário de Estado adjunto e das Finanças, Mourinho Félix, revelou preocupação com o rumo do crédito e em particular para consumo. “É fundamental uma vigilância na evolução de crédito à economia. O crédito a particulares, em especial o crédito ao consumo, deve ser ser seguido com muita atenção para evitar que seja concessionado de forma imprudente como aconteceu no passado”, sinalizou Mourinho Félix.

A categoria de empréstimos às famílias com outros fins, é a única a sinalizar um movimento contrário. Em agosto, foram concedidos 136 milhões de euros com esse fim: menos sete milhões do que em julho e menos nove milhões que no mesmo mês de 2017.

De forma agregada, em agosto os bancos deram 1.350 milhões de euros em crédito às famílias. Trata-se de uma quebra de 99 milhões face a julho, mas comparativamente com agosto do ano passado são mais 145 milhões de euros, bem como um novo máximo desde o mesmo período de 2010.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, os bancos concederam já perto de 11 mil milhões de euros (10.821 milhões) em empréstimos às famílias. Ou seja, mais 18% do que no mesmo período do ano passado.

(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)

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Barril do petróleo nos 100 dólares? “É facilmente alcançável”, diz Bank of America

Barril de ouro negro aproxima-se dos 85 dólares. Os analistas do Bank of America dizem que a fasquia dos 100 dólares é "facilmente alcançável" e vai penalizar economia.

Se os preços do petróleo chegarem aos 100 dólares por barril, um cenário que “é facilmente alcançável”, isso poderá provocar uma redução de 0,2% no crescimento da economia mundial no próximo ano, alerta o Bank of America Merril Lynch.

Tanto o barril de Brent como de crude WTI continuam a valorizar nos mercados internacionais na sessão desta terça-feira. No primeiro caso, a cotação segue em alta de 1,28% para 84,98 dólares em Londres, o contrato que serve de referência para as importações nacionais. Já o crude soma 0,93% para 74,98 dólares do outro lado do Atlântico. E podem subir mais.

“Os preços do petróleo parecem inevitáveis e, na nossa opinião, 100 dólares por barril é facilmente alcançável”, dizem os economistas Ethan Harris e Aditya Bhave, numa nota de research citada pela agência Bloomberg. “Colocaríamos um choque do petróleo nas três principais preocupações do próximo ano, juntamente com as guerras comerciais”, acrescentam.

"Os preços do petróleo parecem inevitáveis e, na nossa opinião, 100 dólares por barril é facilmente alcançável. Colocaríamos um choque do petróleo nas três principais preocupações do próximo ano, juntamente com as guerras comerciais.”

Bank of America

Bloomberg

São vários os fatores que contribuem para este risco de subida dos preços do ouro negro nos próximos tempos: sanções ao Irão, condicionamentos no petróleo de xisto, turbulência na Venezuela e aumento da procura mundial pela matéria-prima.

Petróleo acelera. Supera os 80 dólares

Neste cenário de preços mais elevados, as economias da Zona Euro, Reino Unido e Japão serão as mais penalizadas, enquanto o aumento da produção de energia nos EUA, Austrália e Brasil deverão amortecer o impacto na economia mundial.

O banco enfatiza o papel que o dólar (o petróleo é negociado na moeda americana) poderá ter no meio disto tudo: um dólar mais forte “polarizaria ainda mais os resultados” com os importadores de petróleo a sofrerem mais e os produtores a beneficiarem, enquanto um dólar mais fraco “desempenharia o papel de equalizador”.

“Juntando tudo isto, pensamos que o petróleo nos 100 dólares poderá retirar 0,2% ao crescimento mundial em 2019. Isto não representa um impacto significativo, mas também não é trivial“, frisam os analistas.

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RFF: escritório é o único português a marcar presença na Legal Week em Londres

A sociedade de advogados portuguesa RFF marcou presença em Londres, para a Legal Week. O sócio Rogério Fernandes Ferreira foi distinguido na lista dos 250 melhores na área de private clients.

Rogério Fernandes Ferreira, sócio fundador da RFF & Advogados, marcou presença na gala do editorial Legal Week, em Londres. Foi o único advogado português referido nos “250 Private Client Global Elite Lawyers”, em 2017, uma lista que reúne advogados de todas as partes do mundo.

“É uma honra estar presente nesta lista com os melhores nomes da advocacia mundial na área de Private Clients”, disse o advogado em declarações enviadas à Advocatus, depois de ter estado em Londres para receber o seu prémio, fruto da aposta da RFF na área de Private Clients.

O processo de seleção desta lista, lançado em 2017, inclui a pesquisa e avaliação, por pares, em mais de 19 jurisdições. Foram previamente selecionados, do mundo inteiro, cerca de 6.000 advogados.

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Orçamento prevê crescimento de 2,2% em 2019

O cenário macro económico do Orçamento do Estado para 2019 aponta para uma revisão em baixa de 0,1 pontos percentuais do PIB para o próximo ano face à estimativa anterior.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, está a elaborar o Orçamento do Estado com uma previsão de crescimento de 2,2% e de taxa de desemprego de 6%, avançou André Silva, do PAN, no final da reunião desta terça-feira, no Parlamento, com o ministro das Finanças Mário Centeno, para a apresentação das linhas gerais do Orçamento do Estado para 2019. Já o défice será de 0,2%.

Os 2,2% de estimativa de crescimento para 2019 representam uma revisão em baixa de 0,1 pontos percentuais face ao que era inicialmente estimado pelo Executivo (2,3%), mas, ainda assim, é um cenário bastante mais otimista do que o avançado pelo Fundo Monetário Internacional esta terça-feira no Word Economic Outlook (1,8%) ou pelo Banco de Portugal (1,9%).

Por outro lado, de acordo com o responsável do PAN — o primeiro partido a ser recebido pelo ministro das Finanças esta manhã –, ouvido pelos jornalistas no final da reunião e cujas declarações foram transmitidas pelas televisões, o cenário macro económico prevê uma redução da taxa de desemprego para 6% no próximo ano — uma revisão em baixa face aos 7,2% previstos para 2019 — e uma redução da dívida pública para 117% do PIB, também aqui uma revisão em baixa de um ponto percentual face à estimativa inscrita no Programa de Estabilidade (118,4%)

Quanto ao défice, André Silva avançou que o valor que está em cima da mesa é de zero a 0,2%, de acordo com a referência feita por Mário Centeno durante a reunião. O responsável do PAN lembra que “a proposta do Orçamento não está fechada” e que, por isso, continua a pedir que “sejam inseridas medidas no âmbito da mobilidade elétrica e da inserção de pessoas no serviço de saúde e no ensino superior com a criação de gabinetes de apoio aos estudantes com necessidades especiais”.

No entanto, cerca de duas horas depois, o Ministério das Finanças confirmou ao Dinheiro Vivo que a meta do défice para 2019 se mantém em 0,2% do PIB e os próprios Verdes, nas declarações aos jornalistas no final do seu encontro, retificou também que o valor do défice referido por Mário Centeno foi de 0,2%. O PAN, contactado pelo Observador, admitiu que André Silva se possa ter enganado quanto ao valor do défice.

André Silva elogiou o facto de o Orçamento do Estado para 2019, “pela primeira vez”, incluir uma medida do PAN — a isenção do IVA para os artistas tauromáquicos.

Esta terça-feira, Mário Centeno recebe os partidos no Parlamento para lhes apresentar aquelas que serão as linhas gerais do OE para 2019. Este encontro acontece todos os anos, dias antes da entrega do documento. As reuniões foram agendadas para o dia de hoje: às 9h45 é a vez do encontro com o PAN, às 10h30 do PSD, às 11h15 do PEV, às 12h do BE e às 12h45 do PCP. Para as 14h está marcada a reunião com o CDS. O Governo deverá entregar o Orçamento do Estado até ao próximo dia 15 de outubro, segunda-feira, na Assembleia da República.

(Notícia atualizada às 15h00 com mais informações.)

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EDP obtém 600 milhões de euros em “obrigações verdes”. Juro fica abaixo de 2%

  • ECO
  • 9 Outubro 2018

A EDP obteve 600 milhões de euros com a emissão de green bonds. A empresa vai pagar um juro de 1,959% por dívida a sete anos, uma taxa superior à exigida pelos investidores ao Estado.

A EDP Finance obteve 600 milhões de euros com a emissão de “obrigações verdes” a sete anos, uma operação realizada esta terça-feira. A empresa vai pagar uma taxa de juro de 1,959%, de acordo com informações avançadas pela empresa à CMVM. A taxa confirmada pela elétrica portuguesa é inferior à taxa de 1,98%, que tinha sido avançada pela Bloomberg.

“A EDP Finance fixou hoje [terça-feira] o preço de uma emissão de títulos representativos de dívida (‘notes’) no montante de 600 milhões de euros com vencimento em outubro de 2025, cupão de 1,875%, a que corresponde uma yield de 1,959%”, lê-se na comunicação da empresa aos mercados.

Assim, a taxa a pagar pela EDP por estas “obrigações verdes”, ou green bonds, — instrumento de dívida que permite às empresas e Estados captar investimento para projetos existentes ou para projetos novos, aos quais estejam associados benefícios ambientais — ficará abaixo dos 2%.

Ao pagar um juro de 1,959%, a elétrica vai financiar-se a um custo superior ao do Estado, uma vez que as obrigações do Tesouro a sete anos negoceiam no mercado obrigacionista secundário com um juro de 1,466%. A taxa a dez anos superou a fasquia dos 2%.

Na última operação de financiamento, a 20 de junho, a EDP levantou 750 milhões de euros em obrigações a 7,5 anos, com uma taxa de juro fixada em 1,67%.

A emissão de “obrigações verdes” pela EDP Finance foi coordenada por nove bancos: BNP Paribas, CaixaBank, Citi, ICBC, ING, JPMorgan Chase, Mediobanco, BCP e Mitsubishi Financial Group.

(Notícia atualizada às 16h30 com informação sobre o fim da operação e montante levantado pela EDP Finance)

Evolução do preço das ações da EDP na bolsa de Lisboa

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Rock ‘n’ Law: mas, afinal, quem são os “Audiência Prévia”?

Este ano, a 10 ª edição do Rock ‘n’ Law abre com uma banda de... Juízes. Sete músicos que se juntaram em 2016, inspirados pelo próprio evento de advogados. Conheça os Audiência Prévia.

A banda integra sete músicos, uma manager incansável e uma fotógrafa. Nasceram em 2016, “um bocado à conta do Rock ‘n’ Law”. E é precisamente na 10ª edição que se estreiam, a abrir o palco da arena do Campo Pequeno.

O evento é já dia 26 de outubro e conta com o ECO/Advocatus como media partner. Os donativos podem ser feitos aqui: www.easypay.pt/form/?f=APCL-Donativo-Rocknlaw e os bilhetes para a noite de festa podem ser adquiridos aqui: www.easypay.pt/form/?f=APCL-Evento-RocknLaw

Juntam-se, pelo menos uma vez por mês, para tocarem, na sede Associação Sindical dos Juízes Portugueses. Já que um dos membros da banda é o próprio presidente do sindicato dos quase dois mil magistrados judiciais do país. Desde 2016, os “Audiência Prévia” já deram quatro concertos. “Eu tinha estado no RnL e tinha achado interessante que os advogados tivessem bandas, que tocassem juntos e que fizessem um festival como com um propósito solidário”, explica a magistrada Eleonora Viegas, em conversa com a Advocatus. “E achei que esse conceito era a nossa cara. A ideia foi minha e a inspiração foi essa sim”, explica a juíza colocada no Tribunal de Propriedade Intelectual de Lisboa e que é também a manager da banda.

Tudo começou quando a magistrada conversava com a colega Mariana Coimbra Piçarra – na altura colocadas no Tribunal de Comércio de Lisboa – já que a atual vocalista da banda já não era novata nestas andanças. Mariana tinha feito parte da primeira e segunda edição do evento, quando era advogada estagiária na Cuatrecasas. “A Mariana cantava muito bem e já tinha participado no RnL em 2009 e 2010”, explica a manager.

“Íamos falando de gostos e de hobbies e de coisas que gostávamos de fazer para além dos processos e eu confessei que era uma artista frustrada e que gostava era de ser cantora” (risos), explica a vocalista dos Audiência Prévia. “A Eleonora achou a ideia muito boa e tratou de reunir e ver quem poderia fazer parte da banda. Achei a ideia hercúlea mas disse ‘tudo bem, vamos a isso’. Nunca pensei que fosse possível tão cedo e tão rápido”, diz a magistrada do Tribunal de Beja.

“E então este ano de repente recebo o telefonema do Dr. Francisco Proença de Carvalho a perguntar se queríamos participar. Nesta edição!”, diz a magistrada do Tribunal de Propriedade Intelectual. “O ano passado não conseguimos participar, mas este ano já vamos conseguir e estamos mesmo muito contentes até porque é a comemoração dos 10 anos de RnL”. E acrescenta: “estamos sempre disponíveis para intervir civicamente e na luta contra o cancro ainda mais, porque nunca somos de mais numa causa tão abrangente. O projeto Casa Segura é muito importante e muito necessário e espero genuinamente que o nosso contributo ajude a melhorar”, concluiu a magistrada.

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Revista de imprensa internacional

A Netflix está a comprar o seu primeiro complexo de estúdios de produção, o Facebook lançou um dispositivo próprio para videochamadas e o Tinder está a testar uma nova funcionalidade na Índia.

Esta terça-feira as novidades no mundo das tecnologias são várias. A Netflix está a finalizar a compra do seu primeiro complexo de estúdios de produção, o Facebook lançou um dispositivo próprio para videochamadas e o Tinder testa uma nova funcionalidade na Índia, a pensar na segurança das mulheres.

El País

FMI diz que os Estados Unidos serão os grandes prejudicados da guerra comercial

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, no âmbito dos Encontros Mundiais do FMI e do Banco Mundial, que se prolongam até ao dia 14 de outubro em Bali (Indonésia), que a maior economia mundial — a dos Estados Unidos da América (EUA) — será, a longo prazo, a mais prejudicada pela escalada da guerra comercial. Em todos os cenários traçados pelo FMI, a China seria a mais afetada com o aumento e a imposição de mais taxas, no entanto os EUA seriam os próximos. A longo prazo acabariam mesmo por ser os mais atingidos, com uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de quase um ponto percentual.

Leia a notícia completa em El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Reuters

Pelo menos 40 membros do parlamento não aceitarão o acordo Brexit, defende Steve Baker

Para Steve Baker, membro do parlamento do Reino Unido desde 2010, pelo menos 40 outros membros britânicos deverão votar contra o acordo do Brexit. “A minha previsão é que, pelo menos, 40 colegas não aceitem um negócio ‘metade dentro, metade fora’ ou um backstop que nos deixe no mercado interno e na união alfandegária”, acrescentando que os colegas “não vão tolerar metade, metade do Brexi”. Baker foi ministro júnior do Brexit no Governo de Theresa May, até renunciar ao cargo.

Leia a notícia completa em Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Engadget

Netflix tem em vista o seu primeiro complexo de estúdios de produção

O gigante do streaming está a planear abrir um novo centro de produção no Novo México. Para isso, está a finalizar o processo de aquisição do complexo de estúdios cinematográficos Albuquerque, mais conhecido por ABQ Studios. A concretizar-se, esta será a primeira compra da Netflix de um complexo de estúdios de produção. O valor da operação ainda não foi revelado, mas a Netflix fala na criação direta de mil empregos por ano naquela região.

Leia a notícia completa em Engadget (acesso livre, conteúdo em inglês).

Tech Crunch

Portal, assim se chama o novo dispositivo de videochamadas do Facebook

O Facebook quer completar a sua presença online com dispositivos próprios. Se há uns dias estava a apresentar um ecrã para realidade virtual, esta semana está a lançar, nos Estados Unidos da América, o Portal e o Portal +. Trata-se de dois aparelhos para videochamadas, com câmara e um sistema de som dotado de inteligência artificial. O utilizador não precisa de estar em frente ao ecrã para ouvir bem ou fazer com que do outro lado também o oiçam e, além disso, o sistema de som reduz os ruídos de fundo, otimizando os do interlocutor. Quanto à câmara, esta conta com um zoom e um sistema que procura o interlocutor e coloca-o sempre em primeiro plano.

Leia a notícia completa em Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

El País

Tinder testa uma opção na índia para as mulheres se sentirem mais seguras

A versão que o Tinder está a experimentar na Índia tem como objetivo promover o sentimento de segurança das utilizadoras desta app de matches. A versão indiana conta com uma ferramenta diferente, chamada “My move”, que faz com que as mulheres tenham maior controlo sobre as conversas que estabelecem com outros utilizadores do Tinder. Normalmente, depois do famoso match, a aplicação permite que qualquer uma das partes inicie uma conversa, enviando uma mensagem. Mas, com esta nova ferramenta, só as mulheres indianas é que podem tomar a iniciativa de começar a conversar.

Leia a notícia completa em El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Desemprego nas cidades portuguesas atinge mais os cidadãos nacionais que os europeus

O desemprego nas cidades portuguesas afetava mais os cidadãos nacionais do que os cidadãos oriundos de outro Estado membro da UE, revela o Eurostat.

O desemprego atinge mais os portugueses do que os cidadãos da União Europeia nas cidades portuguesas, sendo Portugal um dos cinco Estados membros em que isso acontece, mostram os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

“É interessante notar que em cinco Estados membros da União Europeia — Itália, Chipre, Reino Unido, Irlanda e Portugal — a taxa de desemprego nas cidades entre as pessoas nascidas noutros Estados membros foi mais baixa do que a taxa de desemprego entre as pessoas nascidas nos países reportados”, revela o gabinete de estatísticas de Bruxelas.

Segundo os dados do Eurostat, a taxa de desemprego entre cidadãos nacionais nas cidades portuguesas era de cerca de 12% em 2016 (últimos dados disponíveis), quando o desemprego observado entre europeus oriundos da UE apresentava uma taxa inferior a 10%. Mais elevada era a taxa de cidadãos fora do espaço comunitário sem emprego nas cidades em Portugal (taxa superior a 15%).

Em 2016, as cidades da UE registavam uma taxa de desemprego de 9,1%, com diferenças pouco significativas nas taxas de desemprego entre os cidadãos dos respetivos países (8,4%) e cidadãos nascidos noutro Estado membro (8,6%). “Em contraste, a taxa de desemprego nas cidades da UE era bem mais elevada entre as pessoas nascidas fora da UE (15,4%)”, revela o Eurostat.

“Este padrão — desemprego mais elevado nas cidades entre cidadãos nascidos fora da UE — repetia-se na grande maioria dos Estados membros europeus para os quais há dados disponíveis, sendo as únicas exceções a Croácia e a República Checa”, acrescenta.

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Business Transformation Summit: “A Inteligência Artificial não vai roubar trabalhos, vai melhorar o desempenho”

O tema da edição deste ano do Business Transformation Summit é a experiência e como será feita a aprendizagem das empresas para os desafios do futuro, como a transformação digital.

Como podem as empresas adaptar-se e enfrentar os desafios da evolução digital? O Centro de Estudos de Gestão e Organização Científica – Técnicos Especialistas Associados (CEGOC) quer ajudar a responder a estas questões, e para isso organiza o Business Transformation Summit.

Este evento tem como objetivo ser um espaço de reflexão sobre os desafios que as empresas enfrentam atualmente, com convidados internacionais que vêm a Portugal apresentar as suas ideias e, também, com convidados nacionais. Entre os principais oradores encontra-se Martin Lindstrom, autor dinamarquês que se debruça sobre marcas e o comportamento do consumidor, e Chris McChesney, que trabalhou com empresas como a Coca-Cola e a Home Depot.

Acompanhe aqui a conferência em direto.

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“A educação é uma área em que temos evoluído, mas ainda não estamos lá”, defende a diretora do Pordata

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

Portugal destaca-se, pela negativa, dos outros Estados-membros nas áreas da educação e conhecimento. Destaca-se, pela positiva, no que toca à mortalidade infantil.

Portugal tem de investir na educação, área em que permanece estatisticamente na cauda da União Europeia (UE), considera a diretora da Pordata, Maria João Valente Rosa, a propósito do “Retrato de Portugal”, apresentado esta terça-feira, em Bruxelas.

Pela negativa, Portugal destaca-se dos outros Estados-membros nas áreas da educação e conhecimento, mostrando as estatísticas que, por exemplo, mais de metade dos empregadores (54,6%) não frequentou o ensino secundário ou superior (UE 16,6%).

Os dados mostram ainda que quase metade (43,3%) dos trabalhadores por conta de outrem também não tem escolaridade para além do 9.º ano (UE 16,7%).

Nestes dois campos, não só Portugal está muito acima da média da UE como ocupa o lugar cimeiro entre os 28 Estados-membros.

Nos extremos opostos estão, respetivamente a Polónia, onde só 1% dos empregadores não frequentaram o ensino secundário ou superior, e a Lituânia com 3,5% de trabalhadores sem estes níveis de escolaridade.

“A educação é uma área em que temos evoluído, mas ainda não estamos lá. Há ainda muito caminho a fazer”, disse a responsável da Pordata à Lusa.

Pela positiva, Maria João Valente Rosa escolhe o indicador da mortalidade infantil: em 1961, Portugal tinha a taxa mais elevada (89 por mil) e em 2017 apresentava 3,2 mortes de crianças com menos de um ano por cada mil nascimentos, uma média abaixo da da UE (3,6 por mil). O nível de mortalidade infantil, salienta a responsável da Pordata, é um indicador do desenvolvimento e das condições de vida, revelando não só os avanços médicos, mas também sociais.

O livro da Pordata é uma compilação de dados estatísticos do Eurostat, é “uma visão panorâmica e simples da realidade portuguesa em relação aos outros países da Europa”, adiantou. “Os factos são o melhor espelho da sociedade em que vivemos”, disse Maria João Valente Rosa.

A sexta edição do “Retrato de Portugal na Europa”, é apresentada esta terça-feira em Bruxelas, no mesmo dia em que a Fundação Francisco Manuel dos Santos – que a Pordata integra – recebe, no Parlamento Europeu, o prémio de Cidadão Europeu.

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