Wall Street dá trambolhão e toca mínimos de 14 meses
Wall Stret começou a semana com uma valente queda. Recuou mais de 2%, tocando em mínimos de 14 meses. Isto por causa do receio de que a Fed volte a aumentar as taxas de juro.
Na primeira sessão da semana, Wall Street deu um trambolhão e tocou mínimos de 14 meses. A pesar sobre a praça norte-americana esteve o receio de que a Reserva Federal volte a subir as taxas de juro, bem como os comentários do conhecido “Bond King”. Em declarações à CNBC, o investidor Jeffrey Gundlach defendeu que o aumento das taxas de juro não é a decisão certa e sublinhou que Wall Street está a entrar em mercado urso (bear market).
No fecho da sessão desta sexta-feira, o índice de referência, o S&P 500, recuou 2,08% para 2.545,83 pontos. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq terminaram abaixo da linha de água, tendo desvalorizado 2,11% para 23.592,78 pontos e 2,27% para 6.753,73 pontos, respetivamente.
Este desempenho negativo é explicado pelo receio de que a Reserva Federal norte-americana anuncie, na quarta-feira, uma nova subida das taxas de juro. A concretizar-se, esse seria o quarto aumento do ano e poderia provocar o abrandamento da economia global, o que abalou a confiança dos investidores.
Sobre essa decisão, Donald Trump já disse: “É incrível que com um dólar muito forte e praticamente sem inflação, com o mundo a explodir à nossa volta, Paris a arder e a China em queda, a Fed esteja sequer a considerar mais uma subida de juros”.
Em declarações à CNBC, o investidor Jeffrey Gundlach também considerou essa uma escolha errada. O conhecido “Bond King” reforçou, contudo, que o principal problema não se prende com essa subida em concreto, mas com o facto de que a Reserva Federal manteve as taxas de juro muito baixas durante demasiado tempo.
Além disso, a pesar sobre a bolsa norte-americana estiveram os títulos da Amazon, que recuaram 4,46% para 1.520,91 dólares. Isto depois das ações da britânica Asos terem desvalorizado 40% face ao receio de que o poder de compra esteja a “arrefecer”. “Por causa do profit warning, coloca globalmente em dúvida os gastos que serão feitos na época festiva”, explica o analista Kim Forrest, citado pela Reuters.
Também abaixo da linha de água fecharam as ações da Johnson & Johnson, que caíram 2,90% para 129,14 dólares, depois de uma investigação ter revelado que a empresa sabia, durante décadas, que o seu famoso pó palco continha amianto.
Destaque, por fim, para os títulos do Goldman Sachs, que desvalorizaram 2,72% para 168,01 dólares, no dia em que a Malásia processou esse grupo por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro.
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