Bolsas recuperam. Dados económicos positivos compensam fator Trump

Os investidores focaram-se na divulgação de dados económicos positivos, mas os analistas continuam em alerta com a guerra comercial lançada pelo presidente norte-americano.

As bolsas norte-americanas recuperaram em força esta segunda-feira, depois de uma semana em que foram penalizadas pela guerra comercial lançada por Donald Trump. Esta segunda-feira, Wall Street chegou a abrir no vermelho, mas os investidores focaram-se em dados económicos positivos e as bolsas acabaram por dar a volta.

O índice de referência S&P 500 subiu 1,11%, para os 2.721,01 pontos. Já o industrial Dow Jones avançou 1,4%, para os 24.880,27 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valorizou 1%, para os 7.331,10 pontos. O Dow Jones, que tem sido o índice mais penalizado pela guerra comercial lançada por Trump, interrompeu, assim, um ciclo de quatro sessões consecutivas de quedas, ao registar o maior ganho em mais de quatro semanas.

A contribuir para este movimento estiveram novos dados do índice PMI, que mede a atividade económica da indústria e dos serviços, relativo a fevereiro deste ano. O índice para a atividade nos Estados Unidos fixou-se nos 55,9 pontos, acima dos 53,3 que tinham sido registados em janeiro.

Do lado das matérias-primas, o dia também foi de ganhos. O West Texas Intermediate (WTI), cotado em Nova Iorque, valorizou 1,4% e voltou a negociar acima dos 62 dólares por barril. Isto quando se perspetiva uma quebra semanal significativa dos stocks de petróleo nos Estados Unidos.

Os analistas continuam, contudo, em alerta perante a intenção de Trump de penalizar produtos importados, até porque o presidente norte-americano tem vindo a insistir no assunto ao longo dos últimos dias. Esta segunda-feira, escreveu na sua conta de Twitter que o NAFTA (tratado de livre comércio que envolve o Canadá, o México e os Estados Unidos) “foi um negócio mau para os Estados Unidos”. Só com um “novo e justo” acordo é que Trump admite voltar atrás com a imposição de taxas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre o alumínio importado.

Assim, os ganhos desta sessão são vistos com cautela. “Vejo a sessão de hoje como uma recuperação técnica. Depois de dois dias de quedas em grande volume na semana passada, as bolsas estão a recuperar ligeiramente”, comenta Colin Cieszynski, analista da SIA Wealth Management, citado pelo MarketWatch.

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Advogado da Sérvulo em conferência de direito administrativo

Pedro Sánchez coordena Conferência na Ordem dos Advogados sobre inconstitucionalidade de leis fundamentais do Direito Administrativo que decorre esta terça-feira, entre as 9.00 e as 16.00.

Numa iniciativa conjunta do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados e da Revista de Direito Administrativo, Pedro Fernández Sánchez, Professor da Faculdade de Direito de Lisboa e advogado da Sérvulo & Associados, coordena uma Conferência que tem lugar no dia 6 de Março, entre as 9.00 e as 16.00, na Ordem dos Advogados, com o tema: “A Constituição e a Administração Pública: o Direito Administrativo revisitado”.

A conferência tem como objeto a discussão dos problemas de eventual inconstitucionalidade das principais leis do Direito Administrativo nacional, incluindo o Código do Procedimento Administrativo, o Código do Processo nos Tribunais Administrativos, o Código dos Contratos Públicos, o Regime da Responsabilidade Civil do Estado ou a Lei do Tribunal de Contas.

Para essa discussão, foram compostos painéis que reúnem alguns especialistas em Direito Constitucional e em Direito Administrativo do nosso país, incluindo Paulo Otero, Rui Medeiros, Pedro Gonçalves, Alexandre Sousa Pinheiro, Marco Capitão Ferreira, Marco Caldeira, Tiago Serrão e José Duarte Coimbra.

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Comprar casa em Lisboa é quase tão caro como em Madrid

O aumento dos preços das casas não aconteceram só em Portugal. Em Espanha, o cenário foi semelhante, com subidas de 5%. Embora Madrid esteja longe de ser a mais cara, Lisboa está quase nesse patamar.

Lisboa lidera preços em Portugal.Fotomontagem: Lídia Leão

Arrendar ou comprar casa está cada vez mais caro, e não é só em Portugal. Os preços em Espanha também dispararam e, para este ano, a tendência vai continuar. No entanto, contrariamente ao que se passa por cá, com Lisboa no pódio das cidades mais caras, em território espanhol, Madrid é apenas a sétima cidade mais cara para viver. Ainda assim, Lisboa está quase nessa fasquia.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no terceiro trimestre do ano passado, o preço médio por metro quadrado dos alojamentos familiares vendidos em Portugal situou-se nos 912 euros. Isto representou uma subida de 1,8% face ao trimestre anterior. Contudo, houve 41 cidades portuguesas cujos valores ultrapassaram esse valor nacional. Em Espanha, o cenário foi semelhante: segundo dados da Sociedad de Tasación, o preço médio das casas aumentou 5% em 2017, representando a maior subida dos últimos dez anos, atingindo os 2.227 euros por metro quadrado, escreve o Cinco Días (conteúdo em espanhol).

Ainda que ambos os países tenham registado subidas significativas no setor imobiliário, a verdade é que, em termos de cidades, o cenário não foi assim tão idêntico. Enquanto que, por cá, a zona da capital liderou nos preços, em Espanha, foram outras as cidades que lideraram a tabela. Lisboa continua a liderar a tabela como a cidade mais cara para comprar casa: 2.315 euros por metro quadrado.

Por sua vez, em território espanhol, San Sebastián ocupa essa posição, com um preço de 3.327 euros por metro quadrado. Esta cidade turística, localizada na Baía de Biscaia, no País Basco, aumenta a fasquia dos preços das casas para venda. Com uma população de 186.064 habitantes (de acordo com dados de 2016), é bastante famosa pelas suas praias de La Concha (na imagem) e de Ondarreta.

San Sebastián, Espanha (A cidade espanhola com o metro quadrado mais caro para comprar casa)

Voltado a Portugal, a segunda cidade onde é mais caro comprar um imóvel é Cascais, com um valor de 1.893 euros por metro quadrado. Mais ao lado, esta posição é ocupada pelo município de Sant Cugat del Vallès, em Barcelona, com um preço de 3.008 euros por metro quadrado. Considerado o oitavo município mais próspero de Espanha, apresenta um rendimento anual médio de 48.942 euros por habitante, bastante superior ao registado em Cascais — 13.900 euros, de acordo com o site Pordata.

Saltando para o terceiro lugar deste ranking: Loulé é a terceira cidade portuguesa onde os preços das casas são mais altos — 1.704 euros por metro quadrado, revelou o INE. Esta cidade algarvia, com uma população a rondar os 70 mil habitantes, é famosa pelas suas praias e mostra-se como uma das regiões mais turísticas do país. Em território espanhol, Loulé está ao nível da famosa cidade de Ibiza, na ilha com o mesmo nome, também conhecida pelas praias e festas em iates que atraem muitos turistas. Com uma população de cerca de 100 mil pessoas, o preço médio por metro quadrado fixa-se nos 3.002 euros.

Ibiza, Espanha (preço médio por metro quadrado: 3.002 euros)

E a quarta cidade espanhola mais cara para comprar casa é, finalmente, Barcelona. Com um preço médio de 2.992 euros por metro quadrado, a segunda cidade com mais população de Espanha — cerca de 1,6 milhões –, até ao ano passado constava no top 3 dos destinos espanhóis preferidos dos turistas. Contudo, com toda esta história que envolveu a Catalunha, a procura pela cidade caiu, fazendo-a descer alguns lugares nesse pódio, escreveu o El Confidencial (conteúdo em espanhol).

Já em Portugal, é mais uma cidade algarvia que detém o quarto preço mais alto por metro quadrado. Lagos tem um preço médio de 1.619 euros, à frente de Oeiras (1.572 euros) e Albufeira (1.524 euros). Tal como Loulé, também Lagos é famosa pelas suas praias e atrai milhares de turistas todos os anos durante a época do verão.

Saltando da quarta para a sétima cidade mais cara para comprar casa, voamos, finalmente, para a capital espanhola. Madrid ocupa a sétima posição deste ranking, com um preço de 2.750 euros por metro quadrado. Com uma população de cerca de 46 milhões de habitantes (comparando com os cerca de 500 mil de Lisboa), a cidade viu a sua procura quadruplicar face à oferta em 2017, de acordo com o jornal Libre Mercado (conteúdo em espanhol). Segundo dados da imobiliária Engel & Volkers, para este ano, as perspetivas são de um crescimento de 11% nos preços das casas e de 13% no volume de transações.

Madrid ocupa a sétima posição das cidades espanholas onde as casas são mais carasPixabay

E como não poderia ser deixada de parte, os preços na cidade do Porto são equivalentes aos da capital espanhola, representando, assim, a sétima cidade portuguesa onde as casas são mais caras. De acordo com o INE, o preço por metro quadrado na Invicta ascendeu aos 1.254 euros no terceiro trimestre do ano passado, crescendo 14,1% face ao trimestre anterior. Além disso, a cidade do Porto, com cerca de 200.000 habitantes, foi aquela que mais cresceu relativamente às cidades portuguesas de maior dimensão.

 

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Nova bastonária fala em “nova era” da Ordem dos Contabilistas

  • Lusa
  • 5 Março 2018

A "mudança geracional" e a adaptação dos objetivos aos problemas leva a Ordem dos Contabilistas para uma "nova era".

A nova bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) disse esta segunda-feira, na tomada de posse, que arranca agora uma “nova era” na estrutura, através de uma “mudança geracional” e da adaptação dos objetivos aos problemas, como o da precariedade.

“É um dia em que se assinala o início de uma nova era na profissão de contabilista certificado e na ordem”, afirmou Paula Franco, que falava no auditório António Domingues de Azevedo da OCC, em Lisboa, na tomada de posse dos órgãos sociais para o quadriénio 2018-2021.

Aludindo ao trabalho do anterior bastonário, António Domingues de Azevedo, que morreu em 2016, Paula Franco apontou que, há 30 anos, este responsável “iniciou e liderou um projeto que tinha três objetivos muito claros: dignificar a profissão, melhorar os conhecimentos e a informação e afirmar os contabilistas junto das empresas e da sociedade em geral”.

“Todos os que aqui estamos somos testemunhas do trabalho feito e dos objetivos alcançados”, destacou. Com os novos órgãos sociais, é “tempo de agora de iniciar um novo ciclo”, acrescentou. Segundo a bastonária, “esta etapa reflete também uma nova etapa geracional, respeitando e ouvindo os pais fundadores, alguns ainda presentes nos novos órgãos”.

“Esta mudança de geração pretende trazer para a nossa instituição uma ordem renovada”, acrescentou. Ao mesmo tempo, “esta nova etapa significa a definição de novos objetivos”.

"As dificuldades estruturais da profissão estão identificadas: condições de trabalho precárias, avenças baixas, instabilidade e insegurança na legislação fiscal e contabilística, concorrência desleal e necessidade de formação permanente.”

Paula Franco

Bastonária da Ordem dos Contabilistas

“As dificuldades estruturais da profissão estão identificadas: condições de trabalho precárias, avenças baixas, instabilidade e insegurança na legislação fiscal e contabilística, concorrência desleal e necessidade de formação permanente. É, por isso, necessário mudar o paradigma”, vincou.

Paula Franco prometeu, por isso, que os novos órgãos sociais se irão focar “em várias frentes”, desde logo na aquisição de formação e de competências digitais. “Nos próximos anos, a forma de exercer a profissão será radicalmente alterada e compete-nos garantir que nenhum profissional fica para trás”, sustentou.

Vão, ainda, “trabalhar em estreita colaboração com o poder político, empresarial e com a sociedade civil”, tendo como objetivo final que “o profissional [contabilista certificado] seja respeitado e devidamente remunerado” e que “a profissão seja atraente”, adiantou.

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Estado chinês reforça posição na EDP. Já controla quase 30%

  • ECO
  • 5 Março 2018

O Estado chinês já controla, diretamente e através da empresa estatal China Three Gorges, 28,25% da EDP. O reforço terá custado perto de 200 milhões de euros.

A República Popular da China reforçou a posição que detém na EDP. O Estado chinês controla agora, diretamente, perto de 5% da energética portuguesa, segundo a informação avançada pelo Expresso (acesso pago), que consta do Relatório e Contas da EDP, relativo ao ano passado. Indiretamente, a China já controla quase 30%.

O reforço da posição concretizou-se no final do ano passado, com a compra de ações representativas de 1,96% do capital da EDP. O Estado chinês, que detinha diretamente 3,02% da empresa liderada por António Mexia, passou, assim, a deter 4,98%, num total de 182.081.216 ações, segundo a informação que consta do último relatório e contas.

Esta aquisição terá custado perto de 200 milhões de euros, tendo em conta a cotação e a capitalização bolsista da EDP, que ronda os 10 mil milhões de euros.

Para além da posição direta que o Estado chinês controla na EDP, a República Popular da China controla ainda uma fatia significativa da elétrica, através empresa estatal China Three Gorges, que detém 23,27% da EDP. A China passou, assim, a controlar 28,25% da empresa portuguesa.

Como lembra o Expresso, basta que os chineses queiram reforçar em apenas cinco pontos percentuais para que sejam obrigados a lançar uma oferta pública de aquisição (OPA), uma obrigação que surge quando um acionista ultrapassa o limite de um terço dos direitos de voto.

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PT2020: Pela primeira vez, associações juntam-se para promover internacionalização

Pela primeira vez, oito associações empresariais juntaram-se para apresentar candidatura de apoio à internacionalização, no âmbito do programa Portugal 2020. Mais de 500 PME podem vir a beneficiar.

Pela primeira vez, oito associações juntaram-se para levar mais de cinco centenas de pequenas e médias empresas portuguesas ao resto do mundo. No âmbito do programa Portugal 2020, esta inédita candidatura de apoio à internacionalização, anunciada esta segunda-feira, tem como objetivo aumentar o número de companhias nacionais exportadoras.

“Cada [associação] tem apresentado a sua própria candidatura [nos últimos anos]”, explicou ao ECO a diretora de internacionalização da Associação Industrial Portuguesa (AIP). Filomena Pires sublinhou que a união destas entidades — que acontece, pela primeira vez, este ano — pretende agora “otimizar sinergias”. “Sentimos que juntos temos muito mais a ganhar”, reforça.

As associações empresariais esperam, assim, proporcionar às empresas envolvidas neste projeto o acesso a um leque de oferta de mercados mais diversificado, bem como a oportunidade de ganhar escala e maior eficiência.

A candidatura pretende, desde modo, que até dezembro de 2019, sejam realizadas missões empresariais aos mercados da Argélia, Cabo Verde, Canadá, Colômbia, Costa do Marfim, Emirados Árabes Unidos, Gana, Guiné-Bissau, Japão, Marrocos, Moçambique e Vietname. Já no que diz respeito aos mercados europeus — nomeadamente Alemanha, França e Reino Unido — está prevista a participação em feiras nas áreas da aeronáutica, espaço e defesa para reforçar o reconhecimento das companhias portuguesas.

Para complementar este processo de afirmação nacional a nível global, será ainda incentivada a vinda de importadores dos mercados referidos a Portugal para aprofundar os contactos. “[Os clientes internacionais] têm a possibilidade de visitar a empresa, o que não aconteceria numa missão ao mercado”, esclarece Filomena Pires, enfatizando que os potenciais interessados nos produtos portugueses ficam assim a conhecer todo o seu processo de criação.

Por tudo isto, as oito associações empresariais envolvidas neste projeto esperam contribuir para o equilíbrio da balança comercial, desenvolvendo a economia nacional e das regiões geográficas integradas na candidatura.

As oito associações envolvidas são, além da AIP, a Associação Empresarial da Beira Baixa, a Associação Empresarial da Região do Algarve, a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, a Associação Empresarial da Região de Coimbra, o Núcleo Empresarial da Região de Évora, o Núcleo Empresarial da Região de Portalegre e a Associação Empresarial da Região de Santarém.

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UNITEL cria cargo e emprega ex-administradora da Sonangol

  • Lusa
  • 5 Março 2018

A Unitel diz que após "uma revisão organizacional" decidiu criar o novo cargo de Diretor Geral para os Assuntos Corporativos. Eunice Carvalho, ex-administradoras executiva da Sonangol, foi nomeada.

A ex-administradora executiva da Sonangol, na administração de Isabel dos Santos, Eunice Carvalho, assumiu esta segunda-feira o novo cargo criado na estrutura da UNITEL, de diretora-geral para os assuntos corporativos da operadora de telecomunicações móveis liderada pela empresária angolana.

A informação consta de uma nota interna da UNITEL, assinada por Tony Dolton, diretor-executivo da maior operadora de telecomunicações móveis angolana, em que se reconhece que a “envolvente económica e de negócios” onde se insere aquela empresa “tornou-se cada vez mais complexa devido a mudanças políticas e regulatórias”, mas também face “a um novo ciclo económico”.

“E, por último mas o mais importante, a necessidade emergente de nos prepararmos para os desafios relativos aos novos requisitos das licenças do fixo e da televisão. Considerando tudo isto, adicionalmente nós teremos ainda de fazer face à competição resultante da atribuição de uma quarta licença para um novo operador de telecomunicações no mercado angolano”, lê-se na mesma comunicação, divulgada esta segunda-feira.

Eunice Carvalho foi uma das administradoras executivas da Sonangol durante a liderança de Isabel dos Santos, até à exoneração da filha do ex-chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera. Através da empresa Vidatel, Isabel dos Santos controla 25% da UNITEL na mesma proporção da PT Ventures, um ativo nas mãos da brasileira OI.

Na comunicação interna desta segunda-feira, o conselho de administração refere que após “uma revisão organizacional” decidiu criar o novo cargo de Diretor Geral para os Assuntos Corporativos (Chief Corporate Affairs Office – CCAO), que reporta diretamente ao diretor executivo, sendo Eunice Carvalho a primeira nomeada para o efeito, sendo membro permanente da comissão executiva da operadora.

“Esta função irá concentrar-se principalmente na nossa estratégia e operação de Relações Públicas, criando e desenvolvendo um novo modelo de comunicação para alcançar consumidores e clientes, analistas do setor, ministérios e representantes governamentais, investidores e colaboradores”, lê-se na mesma informação interna. Além da Sonangol, Eunice Carvalho chegou a liderar a multinacional Chevron no Brasil.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 5 Março 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O Banco Central Europeu (BCE) já comprou mais de 32 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro de Portugal em quase três anos de programa de estímulos monetários na Zona Euro. Os portugueses estão a comprar mais leggings, iogurtes gregos, massagens de beleza e robôs de cozinha. Estes produtos passaram a ser incluídos no cabaz do INE para estimar o sobe e desce dos preços.

O Banco Central Europeu (BCE) comprou mais de 32 mil milhões de euros em dívida portuguesa em cerca de três anos do programa de estímulos lançado por Mario Draghi em março de 2015, isto depois de, em fevereiro passado, a autoridade ter adquirido mais 489 milhões em obrigações nacionais.

300 produtos novos. Este é o número de entradas no cabaz de produtos a partir do qual o Instituto Nacional de Estatística (INE) está a estimar a inflação de 2018. Na lista passaram a estar o arroz basmati, iogurtes gregos, leggings, lâmpadas LED, massagens de beleza e também robôs de cozinha — produtos que estão a ser mais consumidos mais pelas famílias portuguesas.

Os primeiros-ministros de Portugal e Espanha assistiram esta segunda-feira, em Elvas, ao lançamento do concurso para a ligação ferroviária entre Évora e a fronteira, de quase 100 quilómetros, a maior obra ferroviária em 100 anos.

Duas têxteis de Barcelos- a Sonix e a Valérius – estão na corrida à compra dos ativos da Ricon. As duas empresas querem adquirir as instalações e as máquinas à massa insolvente e terão já apresentado propostas ao administrador de insolvência, Pedro Pidwell.

A EDP vendeu um palácio na zona da Batalha, no Porto, a um investidor internacional. O imóvel, colocado à venda inicialmente por cinco milhões de euros, foi vendido por cerca de um milhão a mais do que o valor inicial. O Palácio Bijou, com 5.000 metros quadrados, é considerado um edifício histórico na cidade e pode ser usado para habitação.

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Bancos centrais desequilibrados. Mulheres perdem na liderança

  • ECO
  • 5 Março 2018

A saída de Janet Yellen do cargo de presidente da Reserva Federal Americana, lugar que cedeu a Jerome Powell, foi o fator que mais pesou na quebra deste índice.

Os números da igualdade de género nos bancos centrais já não eram equilibrados em 2017, mas em 2018 pioraram. Há menos mulheres a ocupar altos cargos nestas instituições financeiras — com o índice que mede este equilíbrio a recuar dos 31% para os 19% a nível mundial. A saída de Janet Yellen da Fed traz maus resultados à representatividade feminina.

A descida de Janet Yellen da cadeira de presidente da Reserva Federal Americana, lugar que cedeu a Jerome Powell, foi o fator que mais pesou na quebra deste índice. Só na América do Norte, os níveis de igualdade de género caíram de 68% para 24%, segundo os dados do Official Monetary and Financial Institutions Forum, que revelou o Gender Balance Index, nota a Bloomberg (conteúdo em inglês/acesso condicionado). Este índice tem em conta não só a quantidade de mulheres nos cargos de chefia mas também o nível de senioridade.

Com a grande quebra nos EUA, é a Europa que consegue a dianteira entre as seis regiões avaliadas — América do Norte, América Latina e Caraíbas, África, Médio Oriente e Ásia Pacífico. O Velho Continente regista mesmo melhorias em relação ao ano anterior, contrariando a tendência geral. Contudo, fica-se pelos 35% no índice.

Entre os 25 membros do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, só há duas mulheres. A Europa tem a oportunidade de mostrar melhores números no final deste ano, quando os mandatos de quatro membros do conselho executivo terminam o prazo.

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Governo chama bancos para multiplicar apoios do Portugal 2020 às empresas

Na reprogramação do Portugal 2020, o Governo vai usar crédito bancário para financiar a parte reembolsável do apoio do Sistema de Incentivos às empresas.

Perante a falta de verbas no Portugal 2020 destinadas a apoiar as empresas, o Executivo decidiu combinar os fundos comunitários com linhas de crédito, no âmbito do exercício de reprogramação do atual quadro comunitário de apoio. Assim, passam a ser os bancos a conceder crédito às empresas na fatia reembolsável dos apoios.

Quando uma empresa se candidata a apoios comunitários, só uma parte do investimento é financiada pelos fundos. A outra tem de ser assegurada pelo promotor, com fundos próprios ou recursos à banca. No que diz respeito às verbas cedidas pelos fundos de Bruxelas, o apoio concedido é reembolsável. Ou seja, a empresa tem de devolver o dinheiro, mas sem juros e com um prazo bastante alargado.

Mas se os objetivos definidos no contrato de concessão do apoio forem ultrapassados — por exemplo, aumentar ainda mais as exportações ou se criar ainda mais postos de trabalho — uma parte do apoio reembolsável passa a fundo perdido (a empresa não tem de devolver).

De acordo com o novo desenho, o Sistema de Incentivos passará a assegurar apenas a parte que presumivelmente se iria converter em verba a fundo perdido. A tranche reembolsável será concedida pela banca comercial através de uma linha de crédito com garantia de Estado. Num exercício simplista: uma empresa com um projeto de 100.000 euros teria de assegurar por si 45 mil e, os outros 55 mil, eram financiados pelo Sistema de Incentivos. Agora, desses 55 mil euros, 25 mil seriam pagos à empresa pelo Portugal 2020 e 30 mil euros pela banca. A divisão pode não ser esta, mas o objetivo é apenas explicar a nova arquitetura.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, no final da reunião do Conselho de Coesão Territorial de terça-feira, revelou que poderá ser acionado um sistema de incentivos até 800 milhões de euros”, isto através de um “instrumento financeiro inovador [como linhas de crédito às empresas] e sistema de incentivo adicional”. Este reforço do apoio às empresas até 800 milhões de euros permitirá um investimento global de 5.000 milhões de euros, revelou ainda Pedro Marques.

Mas como vão funcionar estas linhas de crédito? As possibilidades são inúmeras. Para que tudo ficasse praticamente na mesma, as linhas teriam de ser bonificadas para que a empresa não tivesse de pagar juros pela parte que é assegurada pela banca (nos fundos comunitários os promotores não pagam juros pelos incentivos mesmo que estes sejam reembolsáveis). Isso é possível e não é inédito: basta lembrar as primeiras linhas de crédito PME Investe, nas quais a garantia era assegurada por fundos comunitários (QREN) e a bonificação dos juros também.

No entanto, não é líquido que seja assim porque até pode ser vantajoso para a contabilidade da empresa receber a fatia que agora passará a ser assegurada pela banca toda de uma vez: é uma injeção de tesouraria pela qual as empresas até poderão estar dispostas a pagar algum juro. No atual sistema, as empresas vão recebendo o montante do apoio em tranches, à medida que executam o projeto e vão apresentando faturas. De referir que há sempre, no início, um valor que é adiantado para dar o pontapé de saída.

Mas esta alteração vai implicar que as empresas passem a ser submetidas a mais um nível de análise, porque nada leva a crer que os bancos estejam disponíveis para assinar de cruz a concessão de crédito a uma empresa. Assim, os programas operacionais continuarão a avaliar a qualidade do projeto que se candidata ao Sistema de Incentivos, enquanto a banca analisará o risco do promotor. Essa análise será condicionada pela forma como as linhas de crédito forem protocoladas e pelo nível de partilha de risco que ficar definido.

Por exemplo, no caso da linha Investe QREN as autoridades de gestão aprovavam o projeto e a banca aprovava a contrapartida nacional para o projeto, isto é, se estava disponível para dar dinheiro àquela empresa. Por exemplo, o nível de capitalização de uma empresa pode ser um ponto a ter em conta, mas tudo depende de quanto vai pesar a recapitalização na decisão de atribuição do crédito.

Com esta solução, o Executivo garante a continuação da utilização dos instrumentos financeiros, que não serão tão esvaziados como inicialmente se antecipava no âmbito do exercício de programação. “Nos Programas Operacionais Regionais, as dotações dos chamados instrumentos financeiros continuam a ser muito superiores às que tivemos no QREN. Não precisamos manter uma programação que faziam de nós o segundo país europeu com mais instrumentos financeiros, embora no futuro executemos os Sistemas de Incentivos também com uma componente de instrumentos financeiros”, disse ao ECO o ministro Pedro Marques, no final do primeiro encontro com o PSD, para tentar encontrar consensos com o principal partido da oposição. Inclusivamente, o responsável rejeitou a ideia de que, neste exercício de realocação de verbas, a instituição Financeira de Desenvolvimento, mais conhecida por banco de fomento, vai ser esvaziada.

A opção pode ter sido tomada porque, de facto, não havia verbas suficientes para responde a todas as prioridades definidas no âmbito da reprogramação, mas também como uma espécie de exercício para aproximar as empresas da banca, que deveria ser naturalmente a primeira opção de financiamento das empresas. Com o virar de página à crise financeira, a banca já começa a ter possibilidade de conceder crédito e empresas que até aqui tinham dificuldades em trabalhar com a banca podem desta forma iniciar um caminho que até agora lhes estava vedado, sublinharam ao ECO duas fontes conhecedoras do exercício.

Do ponto de vista comunitário, esta solução não deverá levantar problemas em Bruxelas porque não está a ser feita qualquer alteração ao nível da elegibilidade das verbas. Ainda assim, a solução só deverá ficar concluída depois de terminado todo o exercício de reprogramação.

Por outro lado, este exercício não deverá ter o aval do PSD já que o partido considera que “não é fundamental”. O vice-presidente do PSD, Manuel Castro Almeida, sublinhou que “é residual o dinheiro que se vai programar”. Por isso, “não é fundamental que haja um acordo do PSD sobre a reprogramação”, sublinhou em entrevista à Sic Notícias, na quarta-feira.

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Dona do Correio da Manhã já tem licença para explorar apostas desportivas

Subsidiária do grupo Cofina obteve licença para explorar apostas desportivas, depois de também ter conseguido uma licença para exploração de jogos de fortuna ou azar.

O grupo Cofina CFN 0,00% já tem “licença para exploração de apostas desportivas à cota em que o jogador joga contra a entidade exploradora”, anunciou a empresa num comunicado enviado à CMVM. A licença foi atribuída pela Comissão de Jogos do Turismo de Portugal à “A Nossa Aposta – Jogos e Apostas Online, S.A.”, empresa participada da Cofina. O grupo, que também detém o jornal Correio da Manhã, já tinha obtido outra licença para exploração de jogos de fortuna ou azar.

De acordo com a nota enviada aos mercados, a licença em questão “é válida pelo prazo inicial de três anos, contando a partir da data da sua emissão, caducando em 1 de março de 2021, caso não seja prorrogado”. “A Nossa Aposta é uma plataforma que assenta na inovação, entretenimento e responsabilidade social”, sublinha o grupo de media português. A decisão terá sido tomada pela comissão a 2 de março deste ano.

A empresa “A Nossa Aposta – Jogos e Apostas Online, S.A.” é “detida em 40% pela Cofina”, informa também o grupo. A atividade da empresa consiste numa plataforma de jogos online a dinheiro e, com a nova licença, passará a poder explorar apostas desportivas.

As ações da empresa chegaram a valorizar mais de 9% no decorrer da sessão, fechando a subir 6,74% para 0,4750 euros, o melhor desempenho intradiário desde o início de outubro do ano passado.

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Jogadores do Real Madrid surpreendidos com tripulação da Emirates

  • Rita Frade
  • 5 Março 2018

A Emirates mostra, num vídeo, os valores que tem em comum com os clubes que patrocina, como o Real Madrid. Trabalho de equipa, ambição, inovação e paixão são alguns deles.

A Emirates quis mostrar que afinal tem mais em comum com os clubes que patrocina, do que parece. Como? Através de um pequeno vídeo, em que revela que a tripulação da Emirates, tal e qual como o Real Madrid, também partilha valores, como trabalho de equipa, ambição, inovação e paixão.

Neste vídeo, de um minuto, veem-se alguns dos jogadores mais populares do Real Madrid a bordo do A380 da Emirates: Sergio Ramos está no Shower Spa de Primeira Classe; Marcelo Vieira emociona-se com um filme; Toni Kroos desfruta do conforto das cabines da Classe Executiva e Gareth Bale e Sergio Ramos bebem uma bebida no renovado Lounge.

Durante o voo, os jogadores são surpreendidos pela tripulação da Emirates, que lhes mostra o seu “excelente jogo de pés“, ao mesmo tempo que “mantém um serviço a bordo de excelência“, lê-se no press release.

Do A380 da Emirates, passa-se para um dia de jogo, no qual se vê alguns jogadores novos a juntarem-se à equipa do Real Madrid, nos balneários, o que deixa Karim Benzema surpreendido. Afinal, trata-se da tripulação que os acompanhou durante a viagem.

Este anúncio faz parte da campanha da Emirates #OneTeam, do qual também faz parte o vídeo lançado no início deste ano com os jogadores do PSG (“Welcome aboard our PSG flight“).

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