Comissário europeu quer promoção de contratos sem termo

  • Lusa
  • 2 Março 2018

"O nosso objetivo é garantir que há mais contratos por tempo indeterminado na economia [portuguesa]", diz Dombrovskis, que vê o elevado número de contratos temporários como "uma preocupação".

O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, Valdis Dombrovskis, reiterou que Portugal deve rever a legislação laboral para promover a contratação de trabalhadores com contratos sem termo, em resposta às críticas do BE e do PCP.

Numa audição na Assembleia da República, a deputada bloquista Isabel Pires e a deputada comunista Paula Santos apontaram o dedo às exigências de reformas estruturais da Comissão Europeia, nomeadamente no mercado de trabalho, considerando que durante o período da ‘troika’ trouxeram desemprego, pobreza e maior exploração aos portugueses.

Na resposta às deputadas, Valdis Dombrovskis disse que iria citar apenas a recomendação feita pela Comissão Europeia em maio do ano passado: “Promover a contratação de trabalhadores com contratos de duração indeterminada, nomeadamente mediante a revisão do quadro jurídico”, reiterou.

Claro que o nosso objetivo é garantir que há mais contratos por tempo indeterminado na economia [portuguesa] e que também vemos a percentagem elevada de contratos temporários como uma preocupação“, afirmou o vice-presidente. É nesse sentido que a Comissão recomenda que Portugal olhe para o enquadramento legal, que “evita que as empresas contratem a tempo indeterminado”, afirmou Dombrovskis.

Outras recomendações de reformas estruturais feitas a Portugal são a redução da burocracia e o aumento da eficácia na coleta de impostos, disse, acrescentando que o país deve continuar o ajustamento estrutural no sentido do Objetivo de Médio Prazo (de um saldo estrutural de 0,25%), e utilizar os “ganhos inesperados” para reduzir a dívida pública.

Na sua intervenção inicial, o responsável europeu afirmou que, no geral, “Portugal fez progressos” relativamente às recomendações propostas e destacou o “desenvolvimento económico positivo” do país. O vice-presidente disse ainda que a melhoria da economia portuguesa “tem por base reformas” que foram implementadas por Portugal, o que também aconteceu na Irlanda e em Espanha.

O aprofundamento da União Económica e Monetária foi outro dos temas em debate na comissão desta manhã, nomeadamente a criação de um fundo de garantia de depósitos, uma preocupação apresentada pelos deputados do PSD e do CDS-PP, bem como o próximo orçamento da União Europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Converter créditos em capital só com faturação de um milhão

Para tentar simplificar o processo de recuperação de empresas foi criado o regime jurídico de conversão de créditos em capital. Mas só pode beneficiar quem tiver faturação acima de um milhão.

O Governo decidiu criar o chamado regime jurídico de conversão de créditos em capital para tentar simplificar o processo de recuperação de empresas e responder também às críticas de várias instituições internacionais. Uma medida da qual só poderão beneficiar as empresas que apresentem faturação acima de um milhão de euros, de acordo com o diploma publicado esta sexta-feira em Diário da República.

“Não são suscetíveis de conversão em capital nos termos previstos na presente lei os créditos sobre sociedades cujo volume de negócios, tal como resultante das últimas contas de exercício aprovadas, seja inferior a (euro) 1.000.000”, lê-se na lei que entra em vigor a partir da próxima semana.

"Não são suscetíveis de conversão em capital nos termos previstos na presente lei os créditos sobre sociedades cujo volume de negócios, tal como resultante das últimas contas de exercício aprovadas, seja inferior a (euro) 1.000.000.”

Diário da República

Este regime permite às empresas que tenham capitais próprios negativos reestruturar os balanços e reforçar esses mesmos capitais, de forma célere, ao possibilitar que uma maioria de credores proponha uma conversão de créditos em capital social.

Ficam aqui de fora os créditos detidos sobre instituições de crédito, as sociedades financeiras, as empresas de investimento, as sociedades abertas e as entidades integradas no setor público empresarial. Tal como também não são passíveis de ser transformados em capital os créditos detidos por entidades públicas, “excetuando-se as entidades integradas no setor público empresarial”.

Além disso, para haver a conversão dos créditos em capital, a “proposta deve ser subscrita por credores cujos créditos constituam, pelo menos, dois terços do total do passivo da sociedade e a maioria dos créditos não subordinados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Linklaters com presença no King’s College em Londres

  • ADVOCATUS
  • 2 Março 2018

Vera Eiró, advogada da Linklaters, participa numa conferência do King's College - “Comércio de Compras Públicas" - a decorrer no próximo dia 5 de março, em Londres.

Vera Eiró, advogada da Linklaters e professora universitária, é a única oradora portuguesa no colóquio sobre “Comércio de Compras Públicas”, promovido pelo King’s College e pela George Washington University – Centro de Direito Europeu, escola de Direito Dickson Poon.

O encontro realiza-se no dia 5 de março no King’s College, em Londres, e reúne especialistas em matérias de Direito Público e Administrativo de vários países da Europa e dos Estados Unidos, nomeadamente professores universitários, juízes e advogados. Trata-se de um colóquio onde é abordada a contratação pública de uma perspetiva global estando em debate a questão do papel dos tribunais no desenvolvimento e no bom funcionamento dos diferentes sistemas internacionais de compras públicas, sendo a primeira vez que estes temas são discutidos de uma perspetiva transatlântica.

Doutorada em Direito Público, professora convidada na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, Vera Eiró vai integrar a mesa redonda de discussão sobre os desafios que sentem todos os intervenientes nos sistemas de contratação pública na sua aproximação aos tribunais.

O colóquio será moderado por Chris Yukins (professor da Universidade de George Washington) e Michael Bowsher QC (Professor convidado do King’s College, London) e entre os oradores estão juízes de vários tribunais europeus, nomeadamente do Luxemburgo, Suíça, Roma, Estocolmo, Londres, bem como um do Tribunal de Justiça Federal dos Estados Unidos.

"Este colóquio é uma excelente oportunidade para debater um tema que está na ordem do dia em Portugal e noutros ordenamentos jurídicos da Europa e dos Estados Unidos. O papel dos tribunais, enquanto garantes da transparência e da não-discriminação na forma como os Estados adquirem bens e serviços, é fulcral para o bom funcionamento do sistema de compras públicas e a celeridade com que os tribunais decidem é, também, importante.”

Vera Eiró

Advogada da Linklaters

Para Vera Eiró, “este colóquio é uma excelente oportunidade para debater um tema que está na ordem do dia em Portugal e noutros ordenamentos jurídicos da Europa e dos Estados Unidos. O papel dos tribunais, enquanto garantes da transparência e da não-discriminação na forma como os Estados adquirem bens e serviços, é fulcral para o bom funcionamento do sistema de compras públicas e a celeridade com que os tribunais decidem é, também, importante”, explica a advogada.

Salienta ainda que “ter a oportunidade de partilhar a experiência portuguesa sobre esta matéria, e as dúvidas que também por cá se colocam, é absolutamente fundamental” e que “aprender com a experiência noutros ordenamentos poderá ser também uma oportunidade relevante para melhorar as soluções portuguesas”. “Neste momento em particular, uma altura em que se discute qual será o futuro da jurisdição administrativa em Portugal, é extraordinariamente importante saber e compreender a forma como é que os problemas da celeridade e da efetividade da justiça pré-contratual se resolvem noutros ordenamentos europeus”, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de Imprensa Internacional

Numa altura em que as tarifas para as importações de aço impostas por Trump lançam o alerta nos mercados, há novas parcerias e aquisições.

No final da semana, a gigante do comércio de aço, ArcelorMittal, anunciou a aliança com uma empresa japonesa para a aquisição de uma terceira, enquanto as tarifas anunciadas pelos EUA sobressaltam os mercados. Em Espanha, sabem-se os maiores ordenados: Acciona, Santander e Iberdrola foram as empresas que melhor remuneraram os gestores. No Brasil, a PGR exige pagamentos a Marcelo Odebrecht.

Market Watch

ArcelorMittal alia-se à Nippon Steel. Querem a Essar Steel

A ArcelorMittal, gigante do comércio de aço, anunciou esta sexta-feira uma parceria com a Nippon Steel (NSSMC). A parceria visa a aquisição e gestão conjunta da indiana Essar Steel. A ArcelorMittal garante que estes planos não são uma reação às medidas avançadas por Trump: “A aliança com a NSSMC para a compra da Essar Steel foi sempre nossa intenção”, assegura a empresa.

Leia a notícia completa no Market Watch (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Valor Econômico

PGR pede ajuda ao Supremo para pressionar Odebrecht

A Procuradora-Geral da República brasileira, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o empresário Marcelo Odebrecht deposite 63 milhões de reais (cerca de 16 milhões de euros) numa conta judicial vinculada ao seu acordo de delação premiada. Até o momento, o empresário depositou somente 2,1 milhões de euros nesta conta, e fê-lo em junho do ano passado. Leia a notícia completa no Valor Econômico (acesso livre/ conteúdo em português)

Reuters

Zuckerberg vende 2,7 milhões das suas ações do Facebook

Zuckerberg vendeu 2,7 milhões dos títulos que detinha na empresa que fundou, o Facebook. Esta venda rendeu-lhe quase 500 milhões de dólares, que se destinam a financiar o seu projeto solidário, a Chan Zuckerberg Initiative. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Cinco Días

Acciona, Iberdrola e Santander têm os CEO que mais ganham em Espanha

José Manuel Entrecanales, gestor da Acciona, quadruplicou a remuneração em 2017 — atingiu os 19,4 milhões de euros. Segue-se Ignacio Galán, que juntou 9,4 milhões à frente da Iberdrola. Já Ana Botín, no Santander, arrecadou 7,4 milhões. Este ranking exclui, contudo, Pablo Isla, o presidente da Inditex, que ainda não publicou a remuneração que recebeu no ano passado. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/ conteúdo em espanhol)

Bloomberg

May já tem cinco testes para o acordo do Brexit

Esta sexta-feira, Theresa May vai fazer o quarto discurso acerca do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia, marcando o passo das negociações e a posição do seu país. Nele, é esperado que a primeira-ministra britânica revele os cinco testes que tem preparados para avaliar a proposta que trará de Bruxelas. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE considera impor tarifas de “salvaguarda” em resposta aos EUA

A comissária europeia para o Comércio diz que a Comissão Europeia tem de responder às tarifas às importações de aço e de alumínio. Responsáveis aguardam por anúncio formal dos EUA.

A Comissão Europeia disse que ia responder à decisão de Donald Trump de aplicar tarifas às importações de aço e de alumínio. E cumpriu. Bruxelas diz que vai considerar a possibilidade de vir a impor tarifas de “salvaguarda”. Cecilia Malmstrom, a comissária europeia para o Comércio, afirma que a Comissão Europeia vai aguardar pelo anúncio formal por parte dos EUA para tomar uma decisão.

Numa entrevista ao Financial Times (acesso pago/ conteúdo em inglês), Cecilia Malmstrom alerta que a União Europeia não terá escolha se não responder às medidas que o Presidente dos EUA quer impor nas próximas semanas. Donald Trump disse, durante um encontro na Casa Branca com executivos de empresas produtoras e transformadoras dos dois metais, que quer aplicar penalizações de 25% nas importações de aço e 10% nas importações de alumínio.

"A imposição deste tipo de medidas não é o caminho a seguir. Arriscamos assistir a um efeito dominó.”

Cecilia Malmstrom

Comissária europeia para o Comércio

A comissária europeia com a pasta do Comércio salienta que a decisão de Trump é preocupante. “A imposição deste tipo de medidas não é o caminho a seguir”, afirma Cecilia Malmstrom. “Arriscamos assistir a um efeito dominó”, acrescenta. Depois do anúncio dos EUA, a responsável já tinha afirmado que estas tarifas “vão ter um impacto negativo nas relações transatlânticas e nos mercados mundiais”.

Para Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, a iniciativa dos EUA parece ser “uma intervenção flagrante para proteger a indústria” norte-americana e “não se basear em justificações ligadas à segurança nacional”. Juncker acrescentou que “esta decisão [de Trump] só pode agravar as coisas, em vez de favorecer uma solução”. “Não vamos ficar de braços cruzados quando a nossa indústria é atacada com medidas injustas”, frisou.

O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Sigmar Gabriel, também já veio pedir uma resposta “firme” por parte da União Europeia contra a decisão do presidente norte-americano acerca da tributação sobre as importações do aço e alumínio. “A União Europeia deve reagir de forma firme às taxas aduaneiras punitivas dos Estados Unidos que ameaçam milhares de postos de trabalho na Europa”, disse.

China pede a Washington que trave medidas protecionistas

Já a China apelou a Washington que “trave” as medidas protecionistas e “respeite as regras” do comércio multilateral. “A China pede aos Estados Unidos que travem o recurso a medidas protecionistas e respeitem as regras do comércio multilateral”, afirmou Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.

Se outros países seguissem o exemplo [norte-americano], teria um grave impacto na ordem do comércio multilateral“, referiu Hua.

A porta-voz da diplomacia chinesa afirmou que os EUA oferecem já uma “proteção excessiva” aos seus produtores de aço e alumínio, tendo adotado “mais de uma centena” de medidas contra a importação daqueles produtos. Hua Chunying não mencionou, no entanto, possíveis represálias por parte de Pequim.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Partidos aprovam lei do financiamento. Isenção total do IVA cai

O acordo do final do ano passado não se repetiu. Porém, o novo decreto passou com uma alteração: deixou de estar prevista a isenção total do IVA. No final, PSD, PS, BE e PCP voltaram a unir-se.

Os partidos que chegaram a consenso no final do ano passado voltaram a entender-se no final de todas as votações para aprovar o novo decreto sobre o financiamento partidário. O documento segue agora para o Presidente.

O que saiu das votações? O novo diploma continua a ter a norma transitória e o fim do limite da angariação de fundos pelos partidos. No entanto, é eliminada a alínea que previa a isenção total do IVA para os partidos — um tema que criou divisões na opinião pública e entre o PSD, PS e BE. Ou seja, o novo decreto é totalmente igual aquele que foi enviado para Belém, exceto a questão do IVA.

Apesar de quererem a isenção total do IVA, tanto o PS como o PCP votaram a favor do novo decreto com as alterações introduzidas, nomeadamente a saída dessa alínea. Assim, PSD, PS, BE e PCP voltaram a juntar-se num consenso final para enviar novamente o decreto com as alterações introduzidas para Belém.

Por outro lado, o CDS e o PAN, que propuseram essa retirada da isenção total do IVA, que foi aprovada, decidiram votar contra o novo decreto com as alterações introduzidas, por serem contra parte do diploma. Tanto Helena Roseta como Paulo Trigo Pereira abstiveram-se. Além disso, houve vários deputados de diversas bancadas a anunciar declarações de voto.

Ainda assim, o decreto avança e vai para Belém novamente. Como é um novo decreto, o Presidente da República não é obrigado a promulgar. Só seria obrigado se o decreto vetado fosse devolvido a Marcelo Rebelo de Sousa integralmente. Agora falta saber se Marcelo fica satisfeito com as alterações introduzidas — perante os argumentos do seu veto de janeiro — ou se irá novamente vetar o diploma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chineses da CEFC negam que presidente esteja a ser investigado

A CEFC China Energy, grupo chinês que quer comprar o Montepio Seguros e a Partex, nega que o seu presidente tenha sido detido este ano para interrogatório por suspeita de crimes económicos.

A CEFC China Energy, grupo chinês que quer comprar o Montepio Seguros e a Partex, a petrolífera colocada recentemente à venda pela Fundação Calouste Gulbenkian, nega que o seu presidente esteja a ser investigado. Na quinta-feira, a Reuters avançou que Ye Jianming foi detido este ano para ser alvo de um interrogatório por suspeita de crimes económicos.

Num comunicado publicado no site da empresa e citado pela Reuters, a CEFC China Energy diz que as notícias que dão conta da investigação ao presidente do grupo chinês “não têm fundamento”, sem avançar mais detalhes.

Ye Jianming, fundador e presidente da CEFC China Energy, foi detido este ano para ser alvo de um interrogatório, avançou uma fonte próxima do processo citada pela Reuters. A mesma fonte não disse, contudo, que autoridades estavam envolvidas e se a investigação ainda decorria.

As ações foram penalizadas pelas notícias. A CEFC Anhui International Holding, a subsidiária da CEFC China Energy que está cotada em bolsa, chegou a cair 10% durante a sessão. Esta sexta-feira, a empresa recuou quase 4%.

A CEFC China Energy tem feito várias apostas em Portugal, nomeadamente na Partex, mas também no Montepio Seguros. Ao ECO, a empresa reiterou o compromisso em comprar uma participação de 60% no ramo segurador do banco ainda liderado por Félix Morgado, garantindo que “não há obstáculos” na comunicação com o regulador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo e PSD acordam aprovação de leis da descentralização até ao fim da sessão legislativa

  • Lusa
  • 2 Março 2018

Eduardo Cabrita e Álvaro Amaro tiveram a primeira reunião para procurar consenso ao nível da descentralização de competências. Leis devem estar aprovadas até ao fim da legislatura.

O Governo e o PSD acordaram esta quinta-feira concluir até ao final desta sessão legislativa a aprovação pela Assembleia da República da Lei da Descentralização e da Revisão da Lei de Finanças Locais, anunciou o ministro da Administrarão Interna.

O anúncio foi feito pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, após o primeiro encontro realizado ao final da tarde, no Ministério, com o dirigente social-democrata Álvaro Amaro, indicado pela direção do PSD para discutir com o Governo a estratégia de concretização da reforma de Estado que é a descentralização.

“Aquilo que acordamos foi, além de partilharmos toda a informação até ao momento disponível, estabelecermos como objetivo para a concretização destas reformas, isto é, aprovação pela Assembleia da República, quer da Lei-Quadro da Descentralização quer da revisão da Lei de Finanças Locais, a conclusão deste processo até ao final desta sessão legislativa”, afirmou o ministro.

"Aquilo que acordamos foi, além de partilharmos toda a informação até ao momento disponível, estabelecermos como objetivo para a concretização destas reformas, isto é, aprovação pela Assembleia da República, quer da Lei-Quadro da Descentralização quer da revisão da Lei de Finanças Locais, a conclusão deste processo até ao final desta sessão legislativa.”

Eduardo Cabrita

Ministro da Administração Interna

Eduardo Cabrita registou com agrado a disponibilidade do PSD em discutir este assunto.

“Devemos ter um entendimento construído num trabalho consistente com a Associação Nacional de Municípios e com a Associação Nacional de Freguesias, temos um diálogo permanente com os partidos que, no Parlamento, apoiam o Governo, e entendemos que é muito positivo registarmos esta disponibilidade do PSD para aprofundarmos um diálogo, tendo esta convergência quanto aos grandes objetivos de fundo, quanto à descentralização de competências para os municípios e freguesias”, afirmou o ministro aos jornalistas.

O dirigente social-democrata Álvaro Amaro disse que transmitiu ao Governo a disponibilidade do PSD para, em conjunto, trabalharem “num consenso” face aos diplomas respeitantes às transferências de competências para os municípios e para as freguesias.

“Não só não queremos areia na engrenagem, como queremos que se acelerem os trabalhos, para que até fim da sessão legislativa isto possa estar concluído. O PSD dará o seu contributo político para isso, queremos deixá-lo muito claro e não vamos discutir questões de orientações estratégicas em termos políticos, estamos focados e achamos que é importante, no âmbito do interesse nacional, desenvolvermos melhor algumas dessas funções que podem ser prestadas pelos municípios. Desde que haja as necessárias compensações financeiras, o PSD está disponível para esse consenso”, assumiu Álvaro Amaro.

"Não só não queremos areia na engrenagem, como queremos que se acelerem os trabalhos, para que até fim da sessão legislativa isto possa estar concluído. O PSD dará o seu contributo político para isso.”

Álvaro Amaro

Presidente dos Autarcas Sociais-Democratas

O social-democrata defendeu que “não é possível haver transferências de competências” sem se saber quanto é que isso vai custar, acrescentando que lhe foi apresentado pelo ministro da Administração Interna um “envelope financeiro” com os estudos e as simulações financeiras, que estiveram na base da quantificação dos montantes a transferir para cada município.

Álvaro Amaro disse que o PSD vai agora analisar esses documentos e que, daqui a duas ou três semanas, estará de volta para reunir novamente com o ministro Eduardo Cabrita.

“Haverá transparência, quer quanto às dotações globais nas áreas da educação, da saúde, da cultura ou da gestão de áreas ribeirinhas ou de áreas como praias, em que haverá uma transferência de competências, [e] haverá transparência naquilo que é a caracterização do montante efetivo a transferir município a município. É esse trabalho que estamos a fazer com os ministérios setoriais e, em conjunto, com a Associação Nacional de Municípios”, explicou o ministro.

Outro dos assuntos abordados no encontro foi o processo de deslocalização e de instalação fora dos grandes centros de estruturas da administração pública.

“Há um segundo patamar de reflexão que devemos fazer numa nova forma de organização do Estado que é olharmos na descentralização, na desconcentração e na deslocalização de serviços do Estado para outros territórios, e da descentralização de competências, uma verdadeira descentralização, para que espaços regionais e que competências para os espaços regionais que hoje existem que são as áreas de intervenção das CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional”, sublinhou o dirigente social-democrata.

O ministro da Administração Interna respondeu que o Governo está igualmente disponível para discutir esta vertente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Partidos receberam 396 mil euros de IVA em 2017. Em 2016 foram cinco mil

  • ECO
  • 2 Março 2018

Nos últimos cinco anos, os partidos receberam cerca de 1,3 milhões de euros. Isto com base numa interpretação de 2002 da Autoridade Tributária para decidir o IVA que devolve ou não aos partidos.

Os partidos políticos receberam em 2017 quase 400 mil euros de reembolsos por despesas que tiveram com pagamentos que incluíam IVA. Um valor que compara com cinco mil no ano anterior. Segundo os números da Autoridade Tributária a que a TSF teve acesso, nos últimos cinco anos, os partidos receberam cerca de 1,3 milhões de euros. Isto com base numa interpretação de 2002, anterior à lei atual, para decidir o IVA que devolve ou não aos partidos.

Ao todo, os partidos receberam 396 mil euros de IVA no ano passado. Um valor que compara com 275 mil em 2013, 205 mil em 2014, 449 mil em 2015 e apenas cinco mil euros em 2016, segundo os números da Autoridade Tributária, que não detalha os valores exatos devolvidos a cada partido.

Segundo as Finanças, o único ofício-circulado da Autoridade Tributária que aborda o assunto data de 2002 e “não se encontra revogado e versa sobre as isenções previstas na lei de financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais”.

Em reação a esta resposta, Margarida Salema, antiga presidente da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, diz que é “absolutamente incompreensível como é que um ofício-circulado datado de 2002 referente a uma lei totalmente revogada com novas filosofias e disposições pode ainda ser aplicado pela AT. A lei muda completamente mas a interpretação da lei não muda?”.

Foi no início deste ano que o Presidente da República decidiu chumbar a nova lei de financiamento dos partidos que previa, entre outras matérias, o alargamento do benefício da isenção do IVA a todas as atividades partidárias e ainda o fim do limite para as verbas obtidas através de iniciativas de angariação de fundos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Notificação das avaliações atrasa descongelamento de carreiras

  • ECO
  • 2 Março 2018

"Os trabalhadores dizem que as classificações de que estão a ser notificados coincidem com aquelas que lhes tinham sido anteriormente comunicadas", apontam os sindicatos.

Os serviços têm de comunicar o valor atualizado dos pontos de avaliação de desempenho para que se possa avançar para o descongelamento das remunerações. Contudo, o processo de comunicação está a ser lento, dizem os sindicatos.

Temos recebido vários pedidos de ajuda, porque os trabalhadores dizem que as classificações de que estão a ser notificados coincidem com aquelas que lhes tinham sido anteriormente comunicadas“, explicou José Abraão, secretário-geral dos Sindicatos da Administração Pública em declarações ao Diário de Notícias. Noutros casos, os trabalhadores são notificados dos pontos sem justificação.

Também o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) diz receber vários pedidos de ajuda, tanto porque os trabalhadores não conseguem perceber o teor da notificação, como porque não concordam com os pontos atribuídos.

Os trabalhadores progridem quando atingem os dez pontos na avaliação de desempenho. Têm direito a que lhes seja atribuído um ponto nos anos em que não tenham sido avaliados. Agora, os serviços têm de recuperar o período de descongelamento — os seis anos entre 2011 e 2017 — e comunicar os pontos com a discriminação anual e respetiva fundamentação.

A Direção-Geral da Administração e do Emprego Público publicou nesta semana uma minuta para a comunicação aos trabalhadores, numa tentativa de agilizar o processo. Nesta, pede-se a indicação dos resultados da avaliação relativos a cada ano e os pontos atribuídos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Devolver aos professores tempo congelado é “financeiramente incomportável”

  • ECO
  • 2 Março 2018

A devolução de mais de nove anos de tempo de serviço congelado a cerca de 100 mil professores dos quadros custa 1.154 milhões de euros por ano. Governo diz ser "financeiramente incomportável".

A devolução de mais de nove anos de tempo de serviço congelado a cerca de 100 mil professores dos quadros custa 1.154 milhões de euros por ano. Os números foram revelados pelo Governo após negociar com os sindicatos de professores, que exigem a recuperação de todo esse tempo para travar as greves marcadas para 13 a 16 de março. Num documento entregue aos jornalistas, o Governo assume ser “financeiramente incomportável” satisfazer a exigência sindical.

“Não apresenta fatores de sustentabilidade e compatibilização com recursos disponíveis”, afirma o Governo sobre a proposta dos sindicatos, de acordo com o Correio da Manhã (acesso pago). O Executivo de António Costa refere ainda que a reposição seria feita de forma faseada até 2023, ano em que passaria a haver “um impacto financeiro permanente próximo de 1.154 milhões de euros”.

O Governo nota que, com o descongelamento já em curso, o gasto será de 519 milhões de euros, a partir de 2023. Ou seja, para satisfazer os sindicatos e evitar a greve seria necessário gastar mais 635 milhões de euros por ano.

Na quarta-feira, a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, e da Administração Pública, Fátima Fonseca, propuseram a recuperação de apenas dois anos e dez meses do tempo de serviço congelado. Isto enquanto os sindicatos exigem a reposição de nove anos, quatro meses e dois dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cisco vai digitalizar o país. António Costa vê mais emprego

  • ECO
  • 2 Março 2018

A tecnológica norte-americana e o Governo assinaram uma parceria que vai permitir criar emprego, melhorar a qualidade de vida e promover crescimento.

O Governo e a Cisco assinaram uma parceria com o objetivo de acelerar a digitalização de Portugal nos próximos dois anos. Segundo a tecnológica norte-americana, esta estratégia conjunta de aceleração e transformação digital vai permitir criar emprego, melhorar a qualidade de vida e promover crescimento. As apostas passam pela educação, empreendedorismo, digitalização dos serviços e cibersegurança.

“Ao acelerar a agenda da digitalização nacional, Portugal pode aumentar o seu PIB, criar mais empregos e melhorar a inclusão digital da nossa população e dos nossos negócios”, diz o primeiro-ministro, António Costa, em comunicado enviado pela multinacional norte-americana ao Expresso.

Já Chuck Robbins, presidente executivo e do conselho de administração da Cisco, refere que a empresa “está orgulhosa por colaborar com o Governo, os negócios e os cidadãos no seu compromisso para digitalizar a nação e tornar-se um líder europeu na transformação digital”.

O memorando de entendimento, assinado entre o Governo e a Cisco, vai focar-se em cinco aspetos centrais do Programa Nacional de Reformas, como indica o comunicado. Estas são: apoio ao empreendedorismo e inovação nos negócios (com foco nas startups), melhoria das competências digitais, aplicação de transformação digital do serviço público, educação, indústria 4.0, mobilidade e cibersegurança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.