Dívida pública começa ano a subir. Está em 243,6 mil milhões de euros

Depois de quatro meses a cair no final de 2017, a dívida pública começou 2018 com uma subida de 1.000 milhões de euros para os 243,6 mil milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

Depois de quatro meses a cair no final de 2017, a dívida pública começou 2018 com uma subida de 1.000 milhões de euros. O reembolso de 800 milhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) não foi suficiente para compensar o acréscimo na emissão de títulos de dívida pública, na ordem dos 2,2 mil milhões de euros. E janeiro terminou com a dívida nos 243,6 mil milhões de euros.

2017 terminou com o endividamento público em queda acentuada face ao máximo atingido em agosto, numa trajetória acompanhada pela aceleração da atividade económica, o que permitiu que o rácio da dívida face à riqueza do país fechasse o ano passado nos 125,6% do Produto Interno Bruto (PIB) na ótica de Maastricht — a que importa para as regras comunitárias e um indicador acompanhado de perto pelos mercados. Tratou-se do nível mais baixo desde 2011, ficando abaixo daquilo que era o objetivo do Governo, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira.

No entanto, 2018 começa com um agravamento, mostram os dados do Banco de Portugal. Isto depois de em janeiro Portugal ter avançado para uma emissão de obrigações a dez anos com o apoio de um sindicato na qual levantou 4.000 milhões de euros. Adicionalmente, o IGCP levantou 1.750 milhões de euros em bilhetes do Tesouro.

No que toca à evolução da dívida pública líquida de depósitos das administrações públicas, o montante de endividamento de Portugal registou um aumento de 300 milhões de euros, totalizando os 223,3 mil milhões de euros.

Dívida pública sobe 1.000 milhões em janeiro

Fonte: Banco de Portugal

(Notícia atualizada às 11h37)

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Farfetch abre novo pólo de tecnologia em Braga

  • ECO
  • 1 Março 2018

Depois de Guimarães, Porto e Lisboa, Braga é o local escolhido para a criação de um novo pólo de tecnologia da Farfetch. Espaço terá capacidade para cerca de 150 pessoas.

A Farfetch vai abrir o quarto escritório em Portugal. Depois de Guimarães, Porto e Lisboa, Braga é o local escolhido para a criação de um novo pólo de tecnologia, num novo espaço que terá capacidade para cerca de 150 pessoas.

“Estamos a criar um novo espaço que vem dar resposta à nossa estratégia e ao crescimento da equipa em Portugal. Braga é considerada uma das cidades mais jovens do país, dinâmica e inovadora, e reúne as condições certas para receber um novo pólo de tecnologia da Farfetch”, afirma Luís Teixeira, diretor-geral da Farfetch em Portugal, num comunicado enviado às redações.

"Estamos a criar um novo espaço que vem dar resposta à nossa estratégia e ao crescimento da equipa em Portugal. Braga é considerada uma das cidades mais jovens do país, dinâmica e inovadora, e reúne as condições certas para receber um novo pólo de tecnologia da Farfetch.”

Luís Teixeira

Diretor-Geral da Farfetch em Portugal

A Farfetch, enquanto plataforma de tecnologia global, tem vindo a investir e desenvolver iniciativas orientadas para o desenvolvimento de soluções inovadoras para a moda de luxo. Cipriano Sousa, Chief Technology Officer da Farfetch, refere “este novo hub permitirá um crescimento das equipas, essencialmente na área de tecnologia, trabalhando em rede e ligação direta com equipas de engenharia e produto, localizadas em vários escritórios em Portugal e no mundo, desde Londres até à China.”

O responsável acrescenta que com a presença em Braga “estamos a posicionar a Farfetch numa cidade que, acreditamos, tem muito potencial do ponto de vista de expertise em diferentes áreas. Acreditamos que desde perfis mais jovens, até perfis mais experientes, a região de Braga é uma forte incubadora de talento, nas áreas de engenharia e ciências”.

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Revista de Imprensa Internacional

Nos EUA, o Spotify impressiona os investidores enquanto o genro de Trump levanta dúvidas. No Reino Unido, a indústria automóvel é a grande preocupação e na China as tecnológicas vêem novos entraves.

O Spotify quer entrar no ritmo da bolsa de Nova Iorque… mas numa versão alternativa. Ainda nos EUA, o supervisor financeiro pede acesso aos e-mails trocados entre o genro de Trump e três bancos, entre os quais o Deutsche Bank. No Reino Unido, a indústria automóvel está em foco nas negociações do Brexit. Já na China, Facebook, Google e Youtube enfrentam novos entraves ao acesso da parte dos utilizadores.

Reuters

Spotify pisca o olho à bolsa… mas não quer angariar novo capital

O maior operador de streaming de música, o Spotify, quer entrar ainda este ano na bolsa de Nova Iorque. Os dados financeiros, partilhados pela primeira vez esta quarta-feira, animaram os investidores. Contudo, a empresa não pretende com a entrada na bolsa conseguir um aumento de capital e emissão de novas ações: opta antes por disponibilizar nos mercados os títulos já existentes. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Financial Times

Deustche Bank e genro de Trump na mira do supervisor

O supervisor financeiro americano, o Department of Financial Services (DFS), pediu ao Deutsche Bank e a dois outros bancos detalhes acerca dos empréstimos bancários do genro de Trump, Jared Kushner. O supervisor solicita a partilha dos e-mails através dos quais os Kushner pediram financiamento. Os bancos têm até segunda-feira para responder.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/ conteúdo em inglês)

The Guardian

Indústria automóvel tem de ser o centro das negociações do Brexit, diz Governo britânico

Deputados do Parlamento britânico defendem que a indústria automóvel tem de ser o centro das negociações do Brexit. Os argumentos passam pelos milhares de postos de trabalho que estão dependentes desta atividade e as centenas de milhares de libras de investimento. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Bloomberg

China reforça bloqueio ao Facebook, Google e Youtube

Até agora, o acesso ao Facebook, Google e Youtube na China era possível através de extensões VPN, apesar destes sites estarem na lista negra do Governo. A partir de 31 de março, serviços de VPN não autorizados serão banidos, acrescentando uma dificuldade extra ao acesso.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Reuters

Walmart aumenta a idade mínima para a compra de armas de fogo

A cadeia retalhista Walmart anunciou na quarta-feira que deixou de vender armas e munições a pessoas com menos de 21 anos e remover produtos semelhantes a armas de assalto do seu sítio na Internet. A decisão ocorre depois de uma outra cadeia retalhista, de bens de desporto e lazer, a Dick’s Sporting Goods, ter anunciado mais cedo que ia restringir a venda de armas a menores de 21 anos e deixar imediatamente de vender armas de assalto. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês)

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Economia espanhola cresceu 3,1 % em 2017 apoiada no consumo das famílias

  • ECO
  • 1 Março 2018

Espanha cresce há três anos consecutivos com taxas superiores a 3%. Consumo das famílias e investimento em bens de equipamento ajudam a explicar o desempenho da economia.

A economia espanhola cresceu 3,1% em 2017, apoiada pela robustez do consumo das famílias, o que significa três anos consecutivos com uma taxa superior a 3%, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) espanhol.

No último trimestre do ano passado, a criação de riqueza foi de 0,7% afetada pela desaceleração do crescimento das contas externas. A preços correntes, o PIB alcançou os 1,16 biliões de euros em 2017, o que pressupõe um aumento nominal de 4%. A procura interna contribuiu com 2,8 pontos para o crescimento do produto, enquanto a procura externa contribuiu com três décimas, com as exportações a crescerem 5% e as importações 4,7%.

Fonte: INE espanhol

O Ministério da Economia espanhol destaca que este é “o segundo ano em que o setor externo contribui positivamente para o crescimento, depois dos contributos negativos em 2014 e 2015″. Por outro lado, em comunicado, sublinha a capacidade de financiamento da economia espanhola com o resto do mundo que ” se situará em 1,9% do PIB, acumulando seis anos consecutivos de saldos positivos num contexto de forte crescimento do PIB real”.

Dentro do capítulo do consumo, as famílias registaram um aumento de 2,4%, um valor superior ao consumo das Administrações Públicas (+1,6%). Um desempenho que acompanha a melhoria dos dados ao nível do mercado de trabalho. O emprego aumentou 2,9% em relação a 2016, o que significa a criação de cerca de 506.000 postos de trabalho equivalentes a tempo inteiro durante o ano.

Já ao nível do investimento, ao contrário de Portugal onde foi a construção que ajudou a puxar pelo indicador — em Espanha registou uma subida de 4,6% — foi o investimento em bens de equipamento que disparou 6,1%.

A taxa de crescimento hoje publicada coincide com a estimativa rápida divulgada no final de janeiro passado.

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Portugal com quarta maior quebra no desemprego em janeiro

  • Lusa
  • 1 Março 2018

A taxa de desemprego homóloga recuou, em janeiro, para os 8,6%, na zona euro e os 7,3% na União Europeia (UE), com Portugal a registar a quarta maior quebra dos 28.

A taxa de desemprego homóloga recuou, em janeiro, para os 8,6%, na Zona Euro e os 7,3% na União Europeia (UE), com Portugal a registar a quarta maior quebra dos 28 e a quarta taxa mais alta entre os jovens.

Segundo o Eurostat, na Zona Euro, a taxa de desemprego atingiu, em janeiro, os 8,6%, em baixa face aos 9,6% homólogos mas estável na comparação com dezembro de 2017. Também na UE, o indicador recuou na comparação homóloga — era de 8,1% em janeiro de 2017 — mas manteve-se estável em cadeia.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, a taxa de desemprego diminuiu em todos os Estados-membros, tendo Portugal registado a quarta maior quebra homóloga (de 10,1% para 7,9%), depois de Chipre (de 12,6% para 9,8%), da Grécia (de 23,3% para 20,9%, dados de novembro) e da Croácia (de 12,2% para 9,8%). As menores taxas de desemprego foram observadas, em janeiro, na República Checa (2,4%), em Malta (3,5%) e na Alemanha (3,6%) e as maiores na Grécia (20,9%, em novembro) e em Espanha (16,3%).

Entre as pessoas com menos de 25 anos, a taxa de desemprego recuou para os 17,7% em janeiro na zona euro e os 16,1% na UE, face aos 19,9% e 17,7% homólogos, respetivamente, com Portugal a apresentar a quarta maior.

As menores taxas de desemprego jovem observaram-se na República Checa (5,8%), na Estónia (6,5% em dezembro) e na Alemanha (6,6%) e as mais altas na Grécia (43,7% em novembro), em Espanha (36,0%), em Itália (31,5%) e em Portugal (22,2%).

A taxa de desemprego recuou em Portugal para os 7,9% em janeiro, face aos 10,1% homólogos e aos 7,9% de dezembro. O desemprego jovem diminuiu na comparação homóloga dos 25,4% para os 22,2%, tendo-se mantido estável na variação em cadeia.

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TdC: Edifícios públicos com poucas melhorias na eficiência energética

  • Lusa
  • 1 Março 2018

O Tribunal de Contas aponta “reduzido número” de edifícios públicos abrangidos por medidas de eficiência energética em Portugal. Mas também “o controlo exercido” sobre a implementação de medidas.

O Tribunal de Contas (TdC) aponta o “reduzido número” de edifícios públicos abrangidos por medidas de eficiência energética em Portugal e o “muito deficiente” controlo exercido sobre as ações tomadas a este nível na administração pública.

“O papel exemplar dos edifícios dos organismos públicos que cada Estado-Membro deveria assegurar resultou [em Portugal] limitado face ao reduzido número de edifícios abrangidos, fruto do conceito de ‘administração central’ aplicado apenas aos serviços centrais da administração direta do Estado, com um âmbito mais restritivo do que o definido na Diretiva [n.º 2010/31/UE, relativa ao desempenho energético dos edifícios], e às insuficiências do registo de edifícios no Sistema de Informação de Imóveis do Estado”, lê-se numa auditoria do TdC divulgada esta quinta-feira.

Adicionalmente, refere, “o controlo exercido” sobre a implementação de medidas e outras ações de promoção da eficiência energética na administração pública “é muito deficiente”.

"Apesar de decorridos seis anos sobre o lançamento deste programa, que foi incluído no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética, um número significativo de entidades não o implementou.”

Tribunal de Contas

“Apesar de decorridos seis anos sobre o lançamento deste programa, que foi incluído no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética, um número significativo de entidades não o implementou”, sustenta o TdC.

“Por outro lado – acrescenta – o Barómetro de Eficiência Energética da Administração Pública, criado no âmbito do programa para comparar e avaliar o desempenho energético, não se encontra em funcionamento há vários anos, o que coloca em causa o seu acompanhamento e controlo”.

Na auditoria divulgada sobre eficiência energética em edifícios públicos, o TdC avalia as ações tomadas por Portugal para promover a melhoria da eficiência energética em edifícios públicos, em especial as desenvolvidas na sequência da transposição das Diretivas n.º 2010/31/UE, relativa ao desempenho energético dos edifícios, e n.º 2012/27/UE, relativa à eficiência energética, bem como os planos e medidas elaborados e a sua aplicação e monitorização.

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Presidente do grupo chinês que quer o Montepio Seguros e a Partex está a ser investigado por crimes económicos

Ye Jianming, fundador e presidente da CEFC China Energy, empresa que quer ficar com o Montepio Seguros e Partex, foi detido para interrogatório por suspeita de crimes económicos.

O presidente da CEFC China Energy, grupo chinês que quer comprar o Montepio Seguros e a Partex, está a ser investigado por suspeita de crimes económicos. Isto depois de a empresa ter assegurado ao ECO que mantém o compromisso em adquirir uma participação de 60% no ramo de seguros do banco português, “não havendo obstáculos” nas negociações com o regulador.

Ye Jianming, fundador e presidente da CEFC China Energy, empresa que também se mostrou interessada em ficar com a Partex, a petrolífera colocada recentemente à venda pela Fundação Calouste Gulbenkian, foi detido este ano para ser alvo de um interrogatório, avança uma fonte próxima do processo citada pela Reuters. A mesma fonte não disse, contudo, que autoridades estão envolvidas e se a investigação ainda decorre.

As ações foram penalizadas pelas notícias. A CEFC Anhui International Holding, a subsidiária da CEFC China Energy que está cotada em bolsa, chegou a cair 10% durante a sessão.

Contactada pela Reuters, a CEFC China Energy não respondeu aos pedidos de comentário sobre a investigação. Isto depois de os chineses da CEFC Energy Company Limited terem garantido ao ECO que “não há obstáculos” nas discussões com o regulador para a compra de uma participação de 60% no Montepio Seguros, salientando que tem mantido uma “comunicação frequente”.

Depois de ter sido avançado que o grupo tinha deixado esta operação em stand by, a CEFC veio agora reforçar ao ECO a ideia de que mantém o compromisso e que está preparada “para dar o próximo passo” neste processo, sem especificar qual será este passo.

(Notícia atualizada às 11h18 com a reação das ações)

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Acionista chinês da TAP quer vender quase 5.000 milhões em imobiliário para enfrentar dívida

  • Lusa
  • 1 Março 2018

Subsidiárias do grupo já fizeram várias vendas como um edifício de escritórios em Manhattan, por 246 milhões de euros, e edifício de escritórios em Sydney, por 130 milhões de euros.

O grupo chinês HNA, acionista indireto da TAP, quer-se desfazer de quase 5.000 milhões de euros em ativos imobiliários em todo o mundo, numa altura em que enfrenta problemas de liquidez, informou a imprensa chinesa.

Segundo o portal de notícias The Paper, uma subsidiária do grupo vendeu já um edifício de escritórios em Manhattan, Nova Iorque, por 246 milhões de euros. Outra subsidiária do HNA vendeu também recentemente um edifício de escritórios em Sydney, por 130 milhões de euros, e um arranha-céus detido pelo grupo na West Madison Street, em Chicago, está também à venda.

As alienações fazem parte do plano do grupo de vender ativos próprios e das suas subsidiárias, visando enfrentar uma grave crise de liquidez.

Alguns bancos chineses denunciaram já as dificuldades de subsidiárias do grupo em saldar as suas dívidas, depois de nos últimos anos o HNA ter investido um total de 33 mil milhões de euros além-fronteiras.

Em Portugal, a empresa detém indiretamente cerca de 20% do capital da TAP, através de uma participação de 13% na Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway) e uma participação de 7% na Atlantic Gateway. Uma das suas subsidiárias, a Capital Airlines, inaugurou em julho passado o primeiro voo direto entre a China e Portugal. O grupo tem ainda importantes participações em firmas como Hilton Hotels, Swissport ou Deutsche Bank.

Em janeiro passado, anunciou que contratou os bancos de investimento nova-iorquinos JP Morgan y Benedetto Gartland para venderem a sua participação de 29,3% no grupo hoteleiro espanhol NH.

O HNA é um dos principais visados das advertências das autoridades chinesas sobre “investimentos irracionais” no estrangeiro, que podem “acarretar riscos” para o sistema financeiro chinês. No final de novembro de 2017, as dívidas do grupo ascendiam a 637.500 milhões de yuan (81.900 milhões de euros). No mesmo mês, o grupo emitiu títulos a 363 dias, no mercado de dívida, com uma elevada taxa, de 8,87%.

No final de janeiro passado, a agência de ‘rating’ Standard & Poor’s baixou a nota da dívida do grupo de B+ para B, no nível “lixo”. A HNA foi fundada em 1993 e tem sede em Haikou, capital da província de Hainan.

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Chineses da CEFC dizem que “não há obstáculos” à compra do Montepio Seguros

Os chineses da CEFC garantem que estão a manter uma "comunicação frequente" com o regulador, não havendo obstáculos. E admitem: estão preparados para dar o passo seguinte.

Os chineses da CEFC Energy Company Limited garantem que “não há obstáculos” nas discussões com o regulador para a compra de uma participação de 60% no Montepio Seguros, salientando que tem mantido uma “comunicação frequente”. Depois de ter sido avançado que o grupo tinha deixado esta operação em stand by, a CEFC vem agora reforçar ao ECO a ideia de que mantém o compromisso e que está preparada “para dar o próximo passo” neste processo.

“Não há obstáculos à nossa comunicação [com o regulador] e vamos dar o próximo passo de acordo com as exigências do regulador”, afirma fonte oficial da CEFC ao ECO, sem especificar qual será este passo. A mesma fonte diz ainda que o grupo chinês já “entregou os documentos ao regulador, com quem mantém uma comunicação frequente”.

"Não há obstáculos à nossa comunicação [com o regulador] e vamos dar o próximo passo de acordo com as exigências do regulador.”

Fonte oficial da CEFC China Energy

A empresa reiterou, na semana passada, o seu interesse na compra da maioria do capital do Montepio Seguros. O negócio entre os chineses e Tomás Correia estaria suspenso, já que a CEFC China Energy encontrou outra oportunidade de investimento em Portugal: a Partex. Este negócio ter-se-á tornado uma prioridade para os chineses assim que a Fundação Calouste Gulbenkian anunciou publicamente a intenção de vender 100% do negócio petrolífero, no início de fevereiro.

O grupo volta agora a reiterar a sua posição: “O acordo de parceria estratégica é para honrar e todo o processo relacionado com a aquisição de 60% do capital do Montepio Seguros está a seguir os procedimentos regulatórios e legais“.

Foi em setembro que a Associação Mutualista assinou uma parceria estratégica com o grupo chinês CEFC Energy. Este acordo assinado entre a entidade liderada por António Tomás Correia e a empresa de energia chinesa envolve várias participações em empresas financeiras da Associação, mas exclui qualquer investimento na Caixa Económica Montepio Geral.

Este acordo, assinado entre o vice-presidente da empresa chinesa, Hongbing Wu, e o CFO da Associação Mutualista, Miguel Teixeira Coelho, deve resultar, disse a entidade, numa “parceria estratégica de longo prazo para uma potencial cooperação empresarial multidimensional”, num acordo vantajoso para ambas as partes. Esta parceria foi assinada depois de a Associação Mutualista ter colocado a seguradora Lusitânia à venda.

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Metro do Porto: “BEI estará disponível para apoiar expansão da rede”

  • ECO
  • 1 Março 2018

O presidente da Metro do Porto revela que já teve reuniões com o Banco Europeu de Investimento para começar a estudar soluções que financiem a expansão da infraestrutura.

O presidente da Metro do Porto afirma que já teve reuniões com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para começar a estudar soluções que financiem a expansão da rede. Um investimento que deverá ascender a 290 milhões de euros, com Jorge Delgado a prever que do POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos possam sair 100 milhões. Contudo, o presidente diz que ainda aguarda por orientações do Governo para saber qual será exatamente a necessidade de financiamento.

“Todos os cenários estão a ser trabalhados com o Ministério do Ambiente”, afirmou o presidente da Metro do Porto ao Jornal de Negócios (acesso pago), referindo ainda que está por fechar “o trabalho sobre onde estão as fontes de financiamento” para a expansão da rede. Existirão duas novas ligações: a linha Rosa, entre a Casa da Música e São Bento, e a expansão da linha Amarela até Vila d’Este.

Já se realizaram reuniões com o BEI para se “começar a estudar soluções que financiem a expansão da infraestrutura”, refere. Mas está ainda “à espera de orientações do Governo para saber qual é objetivamente a necessidade de financiamento que vai ter, o que é a fundo perdido, o que é POSEUR e o que sobra para ir ao mercado”.

Segundo Jorge Delgado, o “BEI estará à partida disponível para financiar este tipo de projetos”, já que “desta vez as linhas têm estudos de análise económica que demonstram que são operacionalmente rentáveis”. Portanto, têm um “potencial de procura muito elevado e vão ser superavitárias” e “um benefício social e económico muito elevado”.

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Pagamento de juros à Altice arrasta Meo para prejuízos

  • ECO
  • 1 Março 2018

Em 2015 e 2016, a operadora portuguesa teve prejuízos para poder suportar juros de empréstimos que a Altice pediu para comprá-la em 2015. Foram cerca de 630 milhões de euros em juros.

A Meo, a empresa da PT/Altice, registou prejuízos em 2015 e 2016, período que coincide com o primeiro ano e meio sob a gestão da Altice, que a comprou em junho de 2015 à brasileira Oi. Um resultado que é explicado pelo pagamento de juros de empréstimos que a Altice pediu para comprá-la.

Entre a segunda metade de 2015 e o final de 2016, a Meo teve de suportar cerca de 630 milhões de euros em juros de empréstimos da PT Portugal (dona de 100% do seu capital). É esse montante que ajuda explicar por que é que a empresa registou prejuízos, de acordo com o relatório e contas de 2016 consultado pelo Público (acesso condicionado). As receitas rondaram os 2.300 milhões de euros nos dois exercícios.

"O resultado líquido da Meo em 2016 foi negativo em 13 milhões de euros, o que representa uma melhoria face ao prejuízo de 221 milhões de euros apurado no ano anterior [cuja gestão foi repartida entre a Altice e a Oi].”

Relatório e contas de 2016 da Meo

“O resultado líquido da Meo em 2016 foi negativo em 13 milhões de euros, o que representa uma melhoria face ao prejuízo de 221 milhões de euros apurado no ano anterior”, cuja gestão foi repartida entre a Altice e a Oi, lê-se no relatório. O documento também revela que o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) melhorou 12,3% para mil milhões de euros. E que o resultado operacional “antes de gastos de financiamento e impostos” foi de 310,6 milhões.

Mas o que o que se destaca neste relatório é a fatura pesada da Meo com encargos de financiamento em 2016. Foram, ao todo, 339 milhões de euros, dos quais pelo menos 330 milhões serviram para pagar juros de empréstimos concedidos pela PT Portugal. No exercício de 2015, estes juros atingiram os 300 milhões de euros. Estes valores ficam acima dos números da PT Portugal antes da entrada da Altice. Em 2014, os juros suportados eram de 286,4 milhões e, em 2013, de 261,3 milhões.

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Jerónimo Martins afunda quase 5% e arrasta PSI-20

A praça nacional é penalizada sobretudo pela quebra nas ações da Jerónimo Martins, numa sessão em que a maioria das cotadas negoceiam em terreno negativo.

A Jerónimo Martins é o “peso pesado” que arrasta a bolsa nacional para o vermelho. Os títulos da retalhista cedem quase 5% após a quebra de 35% nos lucros revelada esta quarta-feira, já após o fecho.

O PSI-20 abriu a sessão com perdas 0,25% para os 5.454,71 pontos. A liderar as perdas está a Jerónimo Martins, cujos títulos caem 4,89% para os 16,22 euros. Esta é a primeira sessão da retalhista após a apresentação de resultados, na qual deu conta de uma quebra de 35% no resultado líquido — que, excluindo os proveitos com a venda da Monterroio em 2016, teria subido 6,7%. “Considerando a solidez do balanço e a posição líquida de caixa no final do ano”, como o grupo a descreve, a Jerónimo Martins propôs o pagamento de um dividendo de 385 milhões de euros, correspondente a 0,613 euros por ação, acima dos 0,605 euros por ação pagos em 2016.

A tendência negativa é comum às restantes praças europeias. O Stoxx 600 cede 0,28%, o IBEX 35 desce 0,60% na vizinha Espanha, o britânico FTSE cai 0,22% e o francês CAC quebra 0,47%. De acordo com os analistas do BPI, o índice nacional encontra-se “condicionado pela envolvente externa”, com a Europa a ser influenciada negativamente por Wall Street. Nos EUA, os investidores preocupam-se com a perspetiva de quatro subidas das taxas diretoras, após o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell.

As perdas são agravadas pela quebra do BCP, que desvaloriza 0,47% para os 29,36 cêntimos. Também a Galp regista perdas na ordem dos 0,34% para os 14,82 euros.

A destacar-se pela positiva está a EDP, cujos títulos se encontram a valorizar 0,22% para os 2,75 euros. Esta quinta-feira é a vez desta cotada divulgar as contas trimestrais após o fecho da sessão. De acordo com as previsões do CaixaBank BPI Research, o EBITDA terá descido 8% face ao mesmo período do ano anterior para os 795 milhões de euros, e o resultado líquido deverá ter apresentado uma queda de 46% para os 186 milhões de euros.

(Notícia em atualizada às 08h43 com mais informação)

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