Revista de imprensa internacional

Nos Estados Unidos comemora-se o fim do shutdown,enquanto o regulador britânico trava tentativa de expansão de Murdock. Carrefour anuncia corte de 2400 empregos e Espanha tentar travar Puigdemont.

Nos Estados Unidos chegou ao fim o “shutdown“. O acordo do senado norte-americano permite reabrir os serviços públicos do país que estiveram fechados durante três dias até ao início de fevereiro. Já no Reino Unido, os reguladores confirmam que os tempos não estão de feição para Rupert Murdoch. Depois das acusações de assédio sexual nos Estados Unidos, o magnata vê agora gorada a tentativa de compra da Sky.

No mundo empresarial, a gigante Carrefour apresentou o seu plano estratégico até 2022 e vai cortar 2.400 empregos, um número mais baixo do que o previsto pelos sindicatos. Em Espanha, Luís de Guindos viu o recém-empossado presidente do Eurogrupo dar uma mãozinha nas suas ambições de ser vice-presidente do BCE. Já Carles Puigdemont continua na berlinda: agora é o ministro do Interior espanhol a garantir que tudo farão para evitar a entrada do ex-líder catalão em Espanha.

Expansion

Centeno dá a mão a De Guindos para a vice-presidência do BCE

O presidente do Eurogrupo deu uma “mão” às aspirações de Luis de Guindos para o cargo de vice-presidente do BCE. Segundo escreve o jornal espanhol Expansion, Mário Centeno terá desvalorizado a questão do género, um dos pontos débeis da candidatura do ministro da Economia espanhol uma vez que entre os seis membros do comité executivo do BCE só existe uma mulher. Centeno, durante a sua primeira conferência de imprensa como presidente do Eurogrupo, afirmou que o foco tem de estar na mais-valia do candidato. “Avaliaremos os candidatos baseando-nos nas suas habilidades e competências para desempenhar a função”. Leia a notícia completa no Expansion (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Le figaro

Carrefour corta 2400 empregos

A Carrefour apresentou hoje um plano de corte de custos na ordem dos 2 mil milhões de euros a partir de 2020. O anúncio foi feito esta terça-feira, pelo presidente executivo da empresa Alexandre Bompard, que chegou ao grupo em julho passado. O plano denominado de “Carrefour 2022” passa ainda por reduzir 2.400 postos de trabalho, um valor abaixo do estimado pelos sindicatos, e investir 2,8 mil milhões de euros em cinco anos para finalmente levar a empresa à mudança digital. O novo plano estratégico inclui ainda uma parceria com a chinesa Tencent. Leia a notícia completa em Le Figaro (acesso livre, conteúdo em francês)

The New York Times

Fim do shutdown americano

O Senado norte-americano chegou a acordo, permitindo reabrir os serviços públicos do país depois de três dias de paralisação. O Senador Schumer e o líder republicano do Senado, Mitch McConnel chegaram a acordo relativamente ao decreto que viabilizará um novo financiamento de curto prazo do Governo federal, desta vez até 8 de fevereiro, e ainda um plano que aborda a questão dos Dreams. Leia a notícia completa em The New York Times (acesso livre/contéudo em inglês)

Bloomberg

Regulador britânico trava aquisição da Sky por Murdoch

O regulador britânico travou a compra da Sky pela 21 st Century Fox, empresa de Rupert Murdoch, afirmando que o acordo daria grande controlo dos media britânicos. O negócio estava avaliado em 11,7 mil milhões de libras (cerca de 13,3 mil milhões de euros). O relatório preliminar da CMA (Competition and Markets Authority) diz que a proposta de compra não serve o interesse público. A Fox já se pronunciou, tendo-se mostrado desapontada. Leia a notícia completa em Bloomberg (acesso reservado/ contéudo em inglês)

El País

Segurança espanhola tenta travar entrada ilegal de Puigdemont

As forças de segurança de Espanha estão a trabalhar nas fronteiras para impedir que o ex-presidente catalão, Carles Puigdemont, entre no país de forma ilegal para a sessão de investidura do Parlamento. A garantia é de Juan Ignacio Zoido, ministro do Interior que acrescenta: “Vamos procurar que não possa entrar nem sequer no porta bagagens do carro”.

Para Zoido, “Puigdemont está instalado numa conduta de irresponsabilidade que está a chegar a uns limites inapropriados”. Leia a notícia completa em El País (acesso livre/ conteúdo em português)

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Conselho de administração da Prisa aprova aumento de capital de 563 milhões

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2018

Grupo aprovou aumento de capital de 563 milhões de euros no âmbito do processo de reestruturação da empresa de comunicação.

O Conselho de Administração da Prisa aprovou um aumento de capital de 563 milhões de euros no âmbito do processo de reestruturação da empresa de comunicação, informou esta terça-feira a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

Em comunicado, a Prisa explicou que o conselho aprovou, por unanimidade, a execução do aumento do capital com direito a subscrição preferencial autorizado pela Assembleia-Geral de acionistas realizada a 15 de novembro de 2017 no montante de 450 milhões, que foi condicionada à realização do referido contrato de refinanciamento.

O conselho aprovou ainda por unanimidade um aumento de capital adicional, também com direitos de subscrição preferencial para os atuais acionistas, no montante de 113 milhões de euros, sendo esses recursos destinados ao desenvolvimento dos negócios.

Tendo em vista que os acordos de aumento de capital contemplam termos e condições idênticos (cada um para o valor correspondente), foi acordado executar os dois aumentos simultaneamente.

O conselho decidiu aumentar o capital no montante total de 563.216.166,80 euros mediante a emissão e colocação em circulação de 469.350.139 novas ações ordinárias a uma alíquota de 1,20 euros (0,94 euros) de valor nominal e com um prémio de emissão de 0,26 euros cada.

A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

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Reis Campos: “Corremos o risco de não fazer parte do futuro de Angola”

  • ECO
  • 23 Janeiro 2018

Reis Campos, da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário exige coragem política para o problema que está criado com Angola. A situação diz, é grave para as empresas portuguesas.

O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário está preocupado com a situação em Angola, na sequência do caso que envolve o ex-vice-presidente Manuel Vicente. Reis Campos diz mesmo que “corremos o risco de não fazer parte do futuro de Angola”.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, publicada esta terça-feira, Reis Campos lembra que o continente africano representa 49,2% do volume de negócios das empresas portuguesas e que Angola representa cerca de metade.

“Angola tem um novo ciclo político. Este problema político que tem a ver com um problema jurídico coloca questões sérias a Portugal e também ao setor da construção“, afirma Reis Campos. Para resolver a questão, o presidente da Confederação da Construção pede diplomacia. “Tem de haver uma forma de diplomacia. É impensável que as empresas portuguesas não façam parte do futuro de Angola. Se há país com potencial, em termos de obras, é Angola”, acrescenta.

Ainda na mesma entrevista, o presidente da CPCI avisa que, apesar de haver um novo ciclo no setor, é preciso que haja contenção na tributação ao setor. Para Reis Campos, “parece que o imobiliário é uma fonte inesgotável de receitas, ou seja, há o IMI, o AIMI e, já se fala em tributar os residentes não habituais. Tem de haver alguma contenção, senão podemos criar desconfiança, que é o pior que pode acontecer ao nosso mercado”.

Questionado se pode existe uma bolha no setor do imobiliário, Reis Campos diz que os centros históricos de cidades como o Porto e Lisboa, onde os preços sofreram aumentos elevados, não são o espelho do país. “Nós não tínhamos alojamento local e bastou ter começado a aparecer com um peso de 6% a 7% para virem dizer que é preciso pôr cobro ao alojamento local. Nem os partidos se entendem. Deviam ver o que se está a passar em Londres ou Paris“, sublinha.

Para Reis Campos, o que existe é um regresso aos centros da cidade, mas sublinha que a escalada de preços fica por aqui. “Quem comprou, comprou. É um mercado que tem uma dimensão e esgotou-se. Os centros das cidades já foram inflacionados, mas esse mercado terminou”, garante.

Pacto político para investimento público

O presidente da Confederação da Construção defende um pacto político entre os partidos políticos com o objetivo de relançar as grandes obras públicas, e adianta que, “com esta solução de Governo, há hoje uma atenção diferente para com a construção”.

Apesar de o setor estar hoje longe da crise que o assolou, a verdade é que nem tudo são rosas. A banca, por exemplo, ainda não voltou a conceder crédito ao setor da construção e imobiliários, apesar de o setor dever hoje menos de metade do que devia às instituições financeiras em 2010. Para Reis Campos, a justificação é simples e deve-se ao facto “de a banca portuguesa ser hoje dominada por espanhóis”. “Entenderam que, se a construção estava mal em Espanha, também estava mal em Portugal, e daí ter havido um corte no financiamento do setor”, justifica o líder do setor da construção.

"Com esta solução de Governo, há hoje uma atenção diferente para com a construção.”

Reis Campos

Ainda assim, Reis Campos acredita que isso vai mudar: “Com as empresas a ficaram fortalecidas é natural que a banca volte a emprestar. Não tem outro remédio”.

Na extensa entrevista, Reis Campos fala ainda na falta de mão-de-obra do setor. O responsável diz que são precisos mais 70 mil trabalhadores para equilibrar o setor. Para compensar essa falta de trabalhadores, Reis Campos defende que se recorra ao centro de emprego, onde existem 57 mil trabalhadores com subsídios de desemprego e permitir que os trabalhadores estrangeiros ao serviço das empresas nacionais possam trabalhar em Portugal. Reis Campos defende uma maior fiscalização porque, adianta, “nunca tivemos tanta clandestinidade como hoje”.

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Bolsa renova máximos de 2015. BCP sobe mais de 2%

O PSI-20 está a negociar nos valores mais elevados desde agosto de 2015, numa altura em que o BCP continua a escalada da última sessão.

A bolsa de Lisboa voltou a abrir em alta esta terça-feira, prolongando os ganhos já registados na última sessão. A impulsionar o principal índice acionista nacional está o BCP, que continua a escalada e sobe mais de 2%, depois de ter sido considerado “top pick” pelo JPMorgan, bem como a Mota-Engil, que anunciou um novo contrato na Costa do Marfim.

O PSI-20 está a valorizar 0,57%, para os 5.777,76 pontos, com 11 cotadas em alta, três em queda e as restantes ainda inalteradas. A bolsa volta assim a renovar máximos, negociando nos valores mais elevados desde agosto de 2015.

A contribuir para este movimento está o BCP, que abriu a subir mais de 2%. O banco liderado por Nuno Amado aliviou entretanto os ganhos e segue agora a apreciar 1,72%, para os 32,54 cêntimos. Isto depois de, na segunda-feira, o JPMorgan ter colocado o título do BCP como “top pick” no setor ibérico, subindo o preço alvo para 35 cêntimos.

Também a Mota-Engil está a contribuir para os ganhos do PSI-20, ao avançar 1,36%, para os 4,09 euros por ação. A construtora ainda está a beneficiar do anúncio de que ganhou um novo contrato na Costa do Marfim, para tratamento de lixo, um negócio que pode chegar aos 140 milhões de euros.

Ainda do lado dos ganhos, a Jerónimo Martins recupera das quedas da última sessão e está agora a valorizar perto de 0,5%, para os 17,58 euros por ação. Os CTT, que afundaram mais de 3% no fecho de segunda-feira, também estão a recuperar e sobem 0,4%.

Do lado das quedas, destaque para o setor energético. A EDP está a perder 0,14%, para os 2,88 euros por ação, e a EDP Renováveis recua 0,07%, para os 7,10 euros por ação. Já a Galp cai 0,03%, para os 16,37 euros por ação.

Lisboa acompanha a tendência positiva do resto da Europa, numa altura em que os investidores festejam o fim do shutdown nos Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, promulgou na madrugada desta terça-feira o financiamento temporário do Governo federal, até 8 de fevereiro, permitindo reabrir os serviços que foram encerrados parcialmente desde sábado.

Entre as principais praças europeias, destacam-se a alemã, que valoriza perto de 0,8%, e a espanhola, que avança 0,5%.

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Trabalhadores da PT sem funções dispensados por mais cinco meses

  • ECO
  • 23 Janeiro 2018

Perto de 60 dos cerca de 100 trabalhadores da PT que estão sem funções aceitaram a dispensa de assiduidade. Os restantes continuam a deslocar-se ao trabalho, sem que lhes sejam atribuídas funções.

Os trabalhadores da PT que estão sem funções receberam mais uma proposta que os dispensa de irem trabalhar por mais cinco meses. A informação é avançada, esta terça-feira, pelo Jornal de Negócios, que cita Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Portugal Telecom (STPT).

Segundo o mesmo jornal, perto de 60 dos cerca de 100 trabalhadores da PT que estão sem funções aceitaram a dispensa de assiduidade, enquanto os restantes continuam a deslocar-se diariamente ao local de trabalho, sem que lhes seja atribuída qualquer função.

Foi em outubro que estes trabalhadores começaram a receber a proposta da PT para que ficassem em casa. Na altura, a empresa propôs que fossem dispensados de assiduidade entre 16 de outubro do ano passado e 15 de janeiro último. Agora, vem prolongar o prazo de dispensa.

A administração da PT explicou então que tinha pedido “contribuições aos sindicatos” mas que, até àquela data, não as tinha recebido. Assim, optou por dispensar os profissionais de comparecerem no posto de trabalho, enquanto garantia tentar encontrar funções para os mesmos ou propor condições para a sua saída.

A dispensa de assiduidade não é permanente e pode ser revogada a qualquer momento, por decisão da empresa.

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ADSE admite rever preços pagos aos privados, mas quer mudanças

  • ECO
  • 23 Janeiro 2018

O subsistema de saúde dos funcionários públicos fala em "situações que permitem faturações excessivas e abusivas", que quer que sejam corrigidas.

A ADSE está disponível para rever a sua nova tabela de preços, que reduz em cerca de 42,1 milhões de euros os valores pagos à rede de prestadores privados. Contudo, também quer abertura do lado dos privados para que algumas práticas sejam corrigidas, nomeadamente algumas situações que permitem faturações excessivas.

A informação é avançada, esta terça-feira, pelo Diário de Notícias / Dinheiro Vivo, que dá conta de que esta disponibilidade está expressa na proposta de revisão das tabelas que foi apresentada ao Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, no qual têm assento representantes dos beneficiários e dos ministérios que tutelam o subsistema de saúde dos funcionários públicos.

O objetivo é fechar a nova tabela de preços a pagar aos privados até esta sexta-feira, para que os novos valores entrem em vigor a 1 de março. Assim, esta semana, haverá reuniões entre os representantes da ADSE e as associações que representam os hospitais privados, os laboratórios de análises e os médicos dentistas.

Ao DN/Dinheiro Vivo, o presidente da ADSE, Carlos Liberato Baptista, refere que os preços poderão ser revistos esta semana, mas terá de haver cedências do outro lado, para que algumas práticas sejam revistas. “Algumas destas práticas não têm razão clínica e se houver disponibilidade para as corrigir, podemos ver”, diz.

Em causa estão “práticas de faturação menos corretas”, “situações que permitem faturações excessivas e abusivas”, e “incorreta faturação por parte da entidade convencionada”.

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Donald Trump promulga financiamento que acaba com ‘shutdown’

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2018

Encerramento parcial dos serviços estava em vigor desde sábado, 20 de janeiro. Presidente aprovou financiamento temporário até 8 de fevereiro.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, promulgou na madrugada desta terça-feira o financiamento temporário do Governo federal até 8 de fevereiro, permitindo assim reabrir os serviços, encerrados parcialmente desde sábado.

O encerramento parcial dos serviços (conhecido como ‘shutdown’) estava em vigor desde sábado, precisamente no dia em que Donald Trump celebrou um ano como Presidente dos EUA.

A Casa Branca defende que o Presidente ganhou este braço de ferro entre a maioria republicana e a minoria democrata e que os democratas “cederam” depois de Trump ter recusado negociar com eles sobre as questões da imigração até à reabertura das agências governamentais.

Os democratas aceitaram aprovar no Congresso o financiamento apenas até 08 de fevereiro, a troco do compromisso da maioria republicana de abrir o debate para regularizar a situação de cerca de 800 mil jovens indocumentados, conhecidos como “dreamers” (“sonhadores”, na tradução em português), que chegaram aos Estados Unidos ainda crianças.

A medida tinha sido aprovada esta segunda-feira pelo Senado e pelo Congresso, faltando apenas a assinatura de Donald Trump para entrar em vigor.

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Seguradoras vão propor ao Governo criação de fundo de catástrofes

A APS está a olhar para modelos de outros países como a Nova Zelândia para desenhar um fundo que, além de riscos sísmicos, deverá abranger outras catástrofes. Proposta fechada nas próximas semanas.

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (à direita) e José Almaça, presidente da Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF).Paula Nunes / ECO

Quase uma década após um projeto inicial que acabou por ficar na gaveta, o país prepara-se para ter um fundo sísmico mas que irá abranger também outro tipo de catástrofes. A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) está a desenhar este fundo que ganha maior relevância após o recente sismo de Arraiolos. Mas não se ficará pelos tremores de terra; irá estender-se a outro tipo de catástrofes tais como os incêndios que no ano passado fustigaram o país, provocando mais de uma centena de mortes.

A confirmação foi dada ao ECO pelo presidente da associação de seguradoras, sendo que José Galamba de Oliveira antecipa para dentro de algumas semanas o fecho de uma proposta que será discutida com o regulador e, posteriormente, apresentada ao Governo.

“Em 2017, pegamos no trabalho que foi feito há dez anos, que resultou de uma proposta do Instituto de Seguros de Portugal e que esteve em discussão pública. Fizemos também um levantamento do que tinha acontecido no mundo em termos destes fundos na última década e percebemos que esta é uma necessidade”, avançou ao ECO Galamba de Oliveira, reforçando que “o país precisa de ter um mecanismo para mitigar esse risco sísmico“.

Em causa está a recuperação de um anteprojeto de 2010 que pretendia a criação de um fundo sísmico que seria financiado pelas contribuições de parte dos prémios de seguros multirriscos ou incêndios emitidos pelas seguradoras e que deveria ter sido lançado no início de 2012, mas que não se confirmou. A crise financeira de 2011 terá feito o tema passar para segundo plano.

Mas no início de dezembro, José Almaça, presidente da Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF), defendeu a criação de um fundo para fazer face a perdas associadas aos sismos, frisando que este poderia ser uma espécie de “embrião” para a criação de um fundo de catástrofes para ser utilizado em fenómenos como os incêndios que abalaram o país no ano passado.

Este mesmo argumento é utilizado pela APS para agilizar a criação deste fundo. “Na sequência dos incêndios de 2017, pensamos que valia a pena aproveitar e alargar o âmbito dessa iniciativa para abarcar outro tipo de riscos catastróficos: nomeadamente, grandes inundações, tempestades e incêndios. E nesse sentido, começamos a usar a terminologia de fundo de catástrofes”, diz Galamba de Oliveira.

O representante das seguradoras acrescenta que “o evento sísmico de há uns dias trouxe isso novamente para a agenda” e que o objetivo agora é “de uma forma célere começar a ter conclusões mais concretas” sobre a forma como o fundo será montado, em que prazos e com que características.

O objetivo é que esse fundo entre em ação para cobrir as situações em que há seguro, de forma a conseguir uma resolução mais rápida, sendo o alvo as habitações das famílias. Em dúvida está ainda se apenas vai incluir primeiras habitações, ou também segundas habitações. “Esta é uma questão que está em curso. É um dos cenários que está a ser trabalhado, mas ainda não está fechado”, afirma a este propósito Galamba de oliveira.

Mas o objetivo de ter um fundo é que a resolução também seja competitiva. “Se temos um fundo que vai cobrir um grande número de situações, consegue-se negociar tarifas junto dos resseguradores internacionais no sentido de ter propostas competitivas para a população em geral”, justifica o presidente da APS. “É um trabalho que está em curso em função de um conjunto de premissas que estão a ser discutidas e que vamos e queremos fechar nas próximas semanas“, antecipa.

José Galamba de Oliveira diz que o tema já foi falado com o Governo, a quem compete criar legislação específica, salientando que este “está a par da iniciativa e à espera do modelo que está a ser desenvolvido”. Mas antes disso, terá de ser apresentado à ASF que também está a dentro do que está a ser feito.

Como poderá funcionar este fundo?

Aquilo que está a ser feito neste momento é ainda técnico, esclarece o presidente da APS, no sentido de atualização do trabalho inicial que já foi feito no âmbito do risco sísmico, já que a regulação também mudou face ao que acontecia há dez anos. Mas há muito ainda por determinar.

A APS reuniu uma equipa com representantes das várias seguradoras que está a trabalhar em torno do desenho deste fundo com algum apoio externo. Uma das coisas que ainda está em discussão é se vai haver uma cobertura obrigatória para todas as habitações ou não. “Diria que numa proposta inicial o que faz sentido é que seja obrigatório, mas há outros modelos lá fora em que isso não acontece. Esta é uma discussão que ainda não está fechada”, esclarece a este propósito o representante das seguradoras.

Um dos modelos que tem sido analisado é o fundo de desastres naturais da Nova Zelândia, país que só nos últimos 20 anos foi abalado por três sismos de grandes dimensões. Este fundo é alimentado pelos prémios de seguros da casa que entretanto são investidos em diferentes categorias de ativos.

Mas há muito mais que tem que ser analisado. Nomeadamente as coberturas a considerar. “Estes fundos podem ser maiores e mais ou menos abrangentes em termos de cobertura. Por exemplo, se estamos a falar de cobertura de habitação, em Portugal, hoje em dia a cobertura sísmica é muito baixa. Os últimos números que estão disponíveis, de 2011, apontam para que só 19% do parque habitacional tenha cobertura sísmica. Isto cria problemas sobretudo em prédios de propriedade horizontal, quando haja uma situação sísmica com danos graves”, revela José Galamba de Oliveira.

Outro dos temas que está a ser discutido no âmbito das coberturas é se abrangerá apenas a parte física, se incluirá ou não o recheio, se a demolição estará incluída, se haverá uma franquia e qual o seu valor. “Tudo isto são temas que ainda têm de ser trabalhados. Temos de arranjar um modelo e discuti-lo depois com as autoridades”.

Acresce ainda a discussão sobre a obrigatoriedade do seguro. “Pelo que vemos lá fora, conseguem-se níveis de penetração mais altos e assim também uma melhor mutualização do risco por todos quando este é obrigatório”, esclarece o representante das seguradoras, salientando contudo que “a obrigatoriedade também tem os seus desafios“. Exemplo disso mesmo são os riscos associados à cobertura de habitações degradadas ou edifícios que têm uma construção muito débil.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 23 Janeiro 2018

De Davos ao Ecofin, são vários os acontecimentos que prometem marcar o dia. Esta terça-feira também são conhecidos novos dados sobre o mercado de crédito e na Autoeuropa as negociações prosseguem.

Líderes políticos e responsáveis das empresas mais influentes do mundo juntam-se em Davos, na Suíça, para discutir um “futuro partilhado num mundo fraturado”. O arranque da 48ª edição do Fórum Económico Mundial está agendado para esta terça-feira, no mesmo dia da reunião do Ecofin. Além disso, o Banco de Portugal divulga o inquérito trimestral sobre o mercado de crédito, a Autoeuropa continua as negociações e o Conselho Económico e Social (CES) aprova o parecer sobre a Conta Geral do Estado 2016.

Início do Fórum Económico Mundial de Davos

Arranca esta terça-feira a 48ª edição do Fórum Económico Mundial de Davos, desta vez sob o lema “Criar um Futuro Partilhado num Mundo Fraturado”. O Primeiro-Ministro português, António Costa, estará presente no encontro que decorre até 26 de janeiro, ao lado de Cecilia Malmström, comissária europeia do comércio, e Leo Varadkar, primeiro-ministro irlandês, para discutir o futuro do projeto europeu.

Ministros da Economia e das Finanças reúnem-se para discutir malparado

O Ecofin reúne-se hoje e na agenda leva a acumulação de crédito malparado na banca. Os ministros deverão ainda chegar a acordo relativamente a conclusões sobre a análise anual do crescimento da Comissão e os desequilíbrios macroeconómicos nos Estados-Membros.

Banco de Portugal divulga inquérito sobre mercado do crédito

O Banco de Portugal divulga o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, onde faz o balanço do trimestre anterior e apresenta as expectativas para os três meses seguintes. O banco central, liderado por Carlos Costa, já se mostrou preocupado com o elevado nível de endividamento e por isso está a ponderar apertar os critérios de avaliação por parte dos bancos na concessão de crédito.

Negociações continuam na Autoeuropa

O dia volta a ser marcado por negociações na Autoeuropa. A Comissão de Trabalhadores reúne-se hoje com a administração da empresa para continuar a discutir os novos horários de trabalho. Com dois pré-acordos falhados, o novo horário transitório avança na próxima semana.

CES aprova parecer sobre a Conta Geral do Estado 2016

O Conselho Económico e Social vota o parecer sobre a Conta Geral do Estado 2016 na Assembleia da República. O parecer tem como relator Ricardo Paes Mamede e foi elaborado com base nos contributos dos parceiros sociais e dos restantes conselheiros. O presidente do CES, Correia de Campos, vai ainda dirigir uma mensagem relativa ao ano de 2018.

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Portugueses reclamam menos, mas muito sobre telecomunicações

Em 2017, houve menos consumidores a pedirem ajuda à Deco para resolver conflitos com fornecedores de bens e serviços: 405 mil. As telecomunicações mantêm-se no topo das queixas.

Em 2017, os portugueses recorreram menos à Deco para apresentar reclamações relacionadas com serviços prestados. A quebra no número de queixas foi transversal às diferentes categorias de serviços, mas a tradição mantém-se. As telecomunicações continuam a figurar no topo do ranking de reclamações.

No ano passado, o gabinete de apoio ao consumidor acolheu as reclamações de 405 mil consumidores, que recorreram aos serviços da Deco para procurar informação e apoio para a resolução dos seus conflitos. Este número corresponde a uma quebra de 12% face aos cerca de 460 consumidores que tinham recorrido ao apoio da associação de consumidores para o mesmo fim no ano de 2016.

A diminuição no número de reclamações, que segue uma tendência que se observou nos anos mais recentes, não resulta de os consumidores estarem menos informados dos seus direitos na relação de consumo com os diferentes agentes, nem de terem menos razões de queixa. Antes pelo contrário. “Consideramos que os consumidores estão cada vez mais informados, o que é positivo. E por outro lado, os consumidores também tentam numa primeira fase resolver esses conflitos de forma direta, através nomeadamente das redes sociais que as próprias empresas já disponibilizam para apresentar as suas reclamações”, explica a esse propósito Ana Tapadinhas, diretora-geral da Deco. Salientando, no entanto, que “pelo facto de terem esse acesso direto não significa que com isso vejam as suas reclamações resolvidas“.

Os números das maiores queixas

Fonte: Deco

Em termos globais, a área das telecomunicações continua a ser o maior alvo de queixas. Em 2017, este setor deu origem a um total de 42.339 reclamações, um número que representa uma quebra de 7% face às 45.515 reclamações apresentadas no ano anterior, mas que não é suficiente para retirar o setor das telecomunicações do topo da lista das queixas. “Muito embora tenhamos um contacto privilegiado no sentido de resolver as reclamações que os consumidores nos fazem chegar, na verdade a postura das empresas de telecomunicações, continua a ser uma postura lesiva dos interesses dos consumidores. Nomeadamente através das suas práticas comerciais desleais, e sobretudo que também violam a lei“, justifica a diretora-geral da Deco.

Ilustrativo disso mesmo é o facto de as principais razões a justificar os pedidos de ajuda manterem-se as mesmas: a fidelização, as negociações contratuais que dão lugar a refidelizações ou as vendas agressivas no domicílio. A essa lista acrescem ainda as questões relacionadas com a faturação, nomeadamente a prescrição dos consumos, acrescendo ainda, em particular no ano passado, “as questões relacionadas com o aumento ilegal dos preços“, tal como explica Ana Tapadinhas.

“Nos termos da lei, os operadores de telecomunicações têm naturalmente o direito de informar acerca do aumento de preços, mas também têm o dever de informar o consumidor que, caso não concorde com aquele aumento de preços, tem o direito de rescindir o contrato”, esclarece a jurista, recordando que em 2017, as operadoras incumpriram nesse âmbito.

Em causa está a comunicação das operadoras do setor aos seus clientes que iriam avançar com um aumento de preços, sem os informar que tinham o direito de rescisão, o que levou a Anacom a introduzir medidas corretivas no sentido de dar a oportunidade de colocarem novamente os preços antigos, ou então repetirem a comunicação, o que foi feito em agosto.

A oferta de serviços não solicitados é outra das razões de queixa dos consumidores. Isto é, campanhas promocionais que são promovidas pelos operadores de telecomunicações, mas que são configuradas como não solicitadas. “Por exemplo, as campanhas que anunciam internet grátis no primeiro mês, mas que comunicam também aos consumidores que no final do mês começam a pagar. Ora, isso significa que se está a valorizar o silêncio do consumidor, o que é uma prática absolutamente ilegal”, esclarece a esse propósito a jurista.

As empresas mais alvo de queixas no setor das telecomunicações foram a Meo, a Nos, a Vodafone e a Nowo. “Todas elas genericamente têm quase o mesmo número de reclamações”, afirma Ana Tapadinhas.

Compras e vendas ultrapassam energia e água

A falta de entrega ou o atraso dos produtos, a recusa de cancelamento da compra dentro do período de reflexão e a ausência de reembolso nas vendas pela internet continuam a ser as áreas com maior número de reclamações no âmbito dos serviços de compra e venda. Este setor passou, aliás, a ser o segundo maior alvo de reclamações junto dos serviços da Deco, apesar de o número total de queixas nesse segmento até ter diminuído no ano passado. No total, o setor de compra e venda motivou um total de 26.194 reclamações, 4,5% aquém face aos 27.430 registados em 2016.

“Não são só as questões com o comércio online mas também com o comércio offline“, diz a esse propósito Ana Tapadinhas, destacando a dificuldade dos consumidores em acionar a garantia sempre que estão perante um bem com defeito. Mas também as questões relacionadas com as vendas com redução de preço e o incumprimento contratual. O prazo de entrega que não é cumprido nesse último caso.

Já nas vendas online as várias situações prendem-se com a falta de entrega ou com atraso dos produtos, a recusa de cancelamento dentro do prazo que assiste aos consumidores (o consumidor tem direito a refletir e a por termo ao contrato no prazo de 14 dias) e a ausência de reembolso nas vendas pela internet. Mas há outro fator de preocupação para a Deco. “Outra questão que nos tem preocupado tem a ver também com as insolvências que têm proliferado nas empresas de comércio eletrónico, ficando os consumidores prejudicados porque já efetuaram o pagamento do respetivo bem e, pela força da insolvência, não conseguem que o mesmo lhe seja entregue”, explica a diretora-geral da associação de consumidores.

Já o setor da energia e da água destaca-se com a maior quebra em percentagem no número de reclamações. No total, esse setor suscitou 21.670 queixas no ano passado, 22% aquém das 27.708 verificadas em 2016.

Ana Tapadinhas destaca nesse âmbito o papel do regulador da energia: a ERSE. “A intervenção da entidade reguladora tem de alguma forma dado a conhecer aqueles que são os direitos dos consumidores. Nomeadamente no âmbito sobretudo da mudança de comercializador”explica a esse propósito.

Dos pedidos que chegam à Deco, nesse âmbito, a maioria prende-se com consumidores confrontados ou com duas faturas referentes ao mesmo período, já que desconhecem que têm de cancelar o fornecimento desse serviço no primeiro operador com quem tinham contrato, ou com atrasos na emissão da fatura aquando da mudança. Mas os problemas continuam a ser os mesmos no que respeita à apreciação de faturação, à ausência de faturação ou à dupla faturação e à cobrança de consumos prescritos. No setor da energia, as entidades alvo de mais reclamações são a EDP, a Goldenergy, a Galp e a Endesa.

Na água, as queixas prendem-se mais com a questão da prescrição de consumo. Embora seja legal enviar uma fatura com consumos prescritos, muitas vezes os consumidores têm dificuldade em exercerem o seu direito, nomeadamente dizendo que não têm de pagar essa fatura porque nos termos da lei dos serviços públicos essenciais essa fatura já prescreveu (só podem ser cobrados os seis meses anteriores).

Seguros no crédito e comissões dominam nos serviços financeiros

Também nos serviços financeiros ocorreu uma diminuição no número de queixas (21,5%), com estas a totalizarem 20.756 no ano passado. Neste campo realçam-se os seguros associados ao crédito ao consumo. Nomeadamente, as dificuldades que os consumidores têm em acionar as garantias decorrentes desses seguros e acionar a respetiva apólice em função de determinados sinistros.

As comissões bancárias são outro dos principais alvos de queixa. “Sendo certo que apresentamos uma petição, em 2013, e que voltamos a apresentar outra este ano, a situação não se alterou de todo” defende Ana tapadinhas, dizendo que a situação “até se agravou”. “Não só porque embora esteja definido que neste momento as comissões têm de ser pagas em função do serviço prestado, continuamos não só a verificar que não é definida a noção de serviço, como por outro lado assistimos a um aumento externalizado das comissões. Os consumidores, disso têm reclamado”, conclui.

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Murdoch: Facebook deve pagar aos produtores de notícias fiáveis

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

Dono do The Wall Street Journal, Fox News, New York Post, entre outros meios, diz que quem produz notícias não está a ser devidamente pago por estes serviços pelo Facebook.

O empresário de comunicação social Rupert Murdoch considera que a rede social Facebook deveria pagar aos produtores de notícias “fiáveis” pelos seus conteúdos. O Facebook já informou que vai privilegiar as fontes de notícias que os seus utilizadores consideram credíveis e reduzir a percentagem de mensagens (‘posts’) dos meios de comunicação no rolo diário dos utilizadores.

Murdoch, que controla o The Wall Street Journal, Fox News, New York Post e outros meios de comunicação, defendeu que os editores estão a “reforçar o valor e a integridade da Facebook através das suas notícias e conteúdos, mas não estão a ser devidamente pagos por estes serviços”.

Murdoch tinha criticado previamente a Google pelo “roubo” de notícias sem pagamento.

A indústria da comunicação social está com problemas devido à redução das receitas de publicidade.

Já no mundo digital, a Facebook e a Google dominam e recolhem cerca de metade das receitas publicitárias colocadas nestas plataformas, segundo a eMarketer.

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Luz Saúde compra 70% do Grupo Idealmed

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

Com esta operação, a Luz Saúde fica com a UHC – Unidade Hospitalar de Coimbra e outras quatro clínicas no centro e norte do país.

A Luz Saúde vai comprar uma posição maoritária no Grupo Idealmed, detentor, entre outros, da Unidade Hospitalar de Coimbra, bem como de quatro clínicas no centro e norte do país. O negócio carece ainda da aprovação por parte da Autoridade da Concorrência.

“A Luz Saúde informa que assinou um contrato de compra e venda para a aquisição de 70% capital social e direitos de voto da sociedade Capital Criativo Health Care Investments II, S.A. (a “CCHC2”)”, refere o comunicado enviado à CMVM.

“A CCHC2 detém a totalidade do capital da Idealmed III, Serviços de Saúde, S.A., Imacentro – Clínica de Imagiologia Médica do Centro, S.A., e Idealmed Ponte Galante, S.A., sociedades que detêm, respetivamente, a Idealmed UHC – Unidade Hospitalar de Coimbra e quatro clínicas vocacionadas para cuidados em regime de ambulatório no centro de Coimbra, Figueira da Foz, Pombal e Cantanhede (o ‘Grupo Idealmed’)”, acrescenta.

A contrapartida é o “pagamento de 35 mil euros”. “Para além do valor desta contrapartida, a totalidade do valor investido pela Luz Saúde, a título de capital e de dívida acionista, na aquisição do controlo sobre a CCHC2 e indiretamente sobre as sociedades do Grupo Idealmed ascende ao montante de 19,99 milhões de euros”, esclareceu num outro comunicado a Luz Saúde.

Com a concretização da transação, a Luz Saúde que já detém uma posição minoritária no capital social e direitos de voto da CCHC2 (10%), assumirá uma posição de controlo na estrutura societária desta sociedade”, sendo que a “Capital Criativo – SCR, S.A. manterá uma participação de 20% na CCHC2, através da qual continuará a acompanhar o desenvolvimento do plano de negócios do Grupo Idealmed”.

“A Idealmed UHC – Unidade Hospitalar de Coimbra, inaugurada em 2012, é a unidade hospitalar privada de maior dimensão da zona centro do país, dispondo de 5 salas de bloco cirúrgico, 2 salas de parto, 71 gabinetes de consulta e capacidade para 66 camas de internamento”, destaca a Luz Saúde no mesmo comunicado.

(Notícia atualizada com o valor do negócio)

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