Portugal arranca ano com juros mais negativos de sempre em leilão de dívida de curto prazo

No primeiro leilão de dívida do ano, Cristina Casalinho teve motivos para sorrir. IGCP levantou 1.750 milhões de euros em dívida de curto prazo com os juros mais negativos de sempre.

Ano novo, juros cada vez mais baixos. No primeiro leilão de dívida de curto prazo do ano, Portugal conseguiu arrancar as taxas mais negativas de sempre. Subiram à praça 1.750 milhões de euros através dois leilões de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses com juros nos -0,425% e -0,398%, respetivamente.

O Governo continua a gozar de excelentes condições de financiamento do mercado, um cenário que resulta de um maior otimismo dos investidores em relação ao país e também da envolvente externa com o Banco Central Europeu (BCE) ainda em ação no mercado de dívida.

Neste cenário, depois da emissão positiva de 4.000 milhões de euros em obrigações a dez anos que contou com um sindicato bancário, o IGCP realizou esta quarta-feira o primeiro teste junto do mercado primário. E passou com distinção. Os dois leilões registaram taxas negativas recorde, ainda que a procura tenha sido menos robusta face à última operação comparável.

Com isto, a agência liderada por Cristina Casalinho arrecadou o montante máximo previsto: 1.750 milhões de euros. Na linha a seis meses, foram obtidos 500 milhões. Os restantes 1.250 milhões de euros foram levantados em bilhetes do Tesouro a 12 meses.

Leilão de curto prazo com taxas negativas recorde

Fonte: IGCP

“Nunca tínhamos conseguido emitir dívida de curto prazo com taxas tão negativas. É uma excelente notícia, porque isso significa redução dos custos de financiamento do país”, sublinha Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa. “Beneficiamos de toda a conjuntura favorável que temos tido nos últimos meses, desde a subida nos ratings até à aproximação das taxas portuguesas às dos outros países europeus, a chamada redução no spread“, explicou ainda.

Os leilões de dívida terão um contributo nulo para o financiamento líquido do Estado em 2018. Isto quer dizer que Portugal vai emitir títulos de curto prazo apenas para satisfazer os reembolsos de bilhetes ao longo do ano.

No ano passado, a nova dívida foi emitida a uma taxa de juro média de 2,6%, possibilitando uma redução do custo do total da dívida dos 3,2% para os 3%, o mais baixo da década.

"Nunca tínhamos conseguido emitir dívida de curto prazo com taxas tão negativas. É uma excelente notícia, porque isso significa redução dos custos de financiamento do país. Beneficiamos de toda a conjuntura favorável que temos tido nos últimos meses, desde a subida nos ratings até à aproximação das taxas portuguesas às dos outros países europeus, a chamada redução no spread.”

Filipe Silva

Diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa

(Notícia atualizada às 10h54)

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Constâncio: BCE não tem pressa para retirar estímulos

  • ECO
  • 17 Janeiro 2018

O vice-presidente do BCE afirma que a próxima reunião de política monetária não deverá trazer grandes alterações. Em relação à apreciação do euro, Constâncio mostra-se "preocupado".

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) garante que os responsáveis do banco central não têm pressa em retirar os estímulos. Isto depois de as minutas da mais recente reunião da entidade liderada por Mario Draghi terem revelado que o discurso do BCE deve mudar já no início deste ano, o que sugere que a instituição se prepara para comunicar em breve aos mercados o fim do programa de compra de dívida pública. Vítor Constâncio mostrou-se ainda preocupado com a apreciação do euro.

“Consideramos que há necessidade de um ajustamento gradual de todos os elementos da orientação futura caso a economia continue a crescer e a inflação continue a dirigir-se para o nosso alvo”, de perto, mas abaixo de 2%, refere Vítor Constâncio. “Isso não significa que as mudanças serão imediatas”, afirma o vice-presidente do BCE ao jornal italiano La Repubblica (acesso pago).

"Consideramos que há necessidade de um ajustamento gradual de todos os elementos da orientação futura caso a economia continue a crescer e a inflação continue a dirigir-se para o nosso alvo.”

Vítor Constâncio

Vice-presidente do BCE

Vítor Constâncio afirma que não prevê uma alteração da política monetária na próxima reunião do conselho de governadores, a 25 de janeiro. Constâncio deixa ainda um alerta: os responsáveis devem ter muito cuidado para “não sufocar o crescimento”. O BCE promete atualmente manter o programa de compra de dívida até, pelo menos, ao final de setembro e prolongá-lo, caso seja necessário, e apenas subir as taxas de juro muito tempo depois de este programa terminar.

Em relação à apreciação do euro, Constâncio está “preocupado com movimentos bruscos que não refletem alterações nos fundamentais”. “Olhando para os fundamentais, a inflação abrandou ligeiramente em dezembro.” A moeda única já ganhou 1,9% contra o dólar este ano e está a negociar perto de um máximo de mais de três anos. A divisa segue agora em baixa de 1,9% para 1,2237 dólares.

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Inflação sobe em dezembro na Zona Euro e UE face ao mês homólogo

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

A taxa de inflação registada na Zona Euro subiu, assim como a registada na União Europeia. Em Portugal, a inflação foi de 1,6% em dezembro, acima dos 0,9% homólogos.

A taxa de inflação anual da Zona Euro subiu, em dezembro último, para os 1,4% e na, União Europeia (UE), para os 1,7%, face ao mesmo mês de 2016, divulga o Eurostat, valores ainda aquém da meta de 2% definida pelo Banco Central Europeu para começar a ponderar uma subida das taxas de juro.

A inflação em dezembro na Zona Euro (1,4%) aumentou face aos 1,1% do mesmo mês de 2016 mas recuou na comparação com novembro (1,5%). Também na UE, a inflação (1,7%) subiu em termos homólogos (1,2% em dezembro de 2016), mas a subida de preços abrandou na variação em cadeia (1,8% em novembro).

As taxas de inflação anuais mais baixas foram registadas, em dezembro, em Chipre (-0,4%), Irlanda e Finlândia (0,5% cada) e ainda Dinamarca (0,8%) e as mais elevadas na Lituânia e Estónia (3,8% cada), bem como no Reino Unido (3,0%). Em Portugal, a inflação foi de 1,6% em dezembro, abaixo dos 1,8% de novembro, mas acima dos 0,9% homólogos.

Face a novembro, a inflação anual baixou em 23 Estados-membros, manteve-se estável em quatro e aumentou apenas na Eslovénia.

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Bitcoin afunda 15% e está abaixo dos 10.000 dólares

Moedas digitais continuam a perder valor esta quarta-feira com receios dos investidores em relação a regulação mais apertada. Bitcoin tomba 15% com aperto da regulação.

Foi uma terça-feira negra nos mercados de moedas digitais, com os investidores assustados perante notícias de maior aperto na regulação e que intensificou a pressão vendedora nas últimas 24 horas. A bitcoin ainda não recuperou do susto e continua em queda acentuada abaixo dos 10.000 dólares. Outras criptomoedas conhecidas como a Ethereum e Litecoin também se mantêm em baixa.

Quem está exposto à febre as divisas virtuais não terá passado bem a noite. Quase nenhuma moeda passou incólume aos receios dos investidores em relação a notícias de que a China e a Coreia do Sul poderão proibir a sua negociação, naqueles que podem ser os primeiros passos de uma regulação mais apertada em todo o mundo.

O preço de uma bitcoin cede 14,65 para os 9.718,22 dólares na plataforma Bitstamp, uma das maiores do mundo. Isto depois de em dezembro ter namorado os 20.000 dólares.

“As criptomoedas poderão estar limitadas neste trimestre por causa da reunião do G20 em março, onde os responsáveis políticos deverão discutir regras mais severas”, admitiu Shuhei Fujise, analista da Alt Design, citado pela Reuters.

“A bitcoin está a decidir se este é o momento para crashar“, disse Steven Englander, estratega da Rafiki Capital. “A minha conjetura é que os detentores de moeda digital estão a tentar decidir se abandonam a bitcoin porque as suas limitações significam que vai ser suplantada por outros produtos ou se continuam a apostar apesar dessas limitações”, frisou ainda.

Moedas virtuais como a Ethereum e Litecoin estão neste momento a cair 9,61% e 9,52% para 772,97 euros e 140,53 euros, respetivamente. No site Cryptocurrency Market Capitalizations é possível verificar que o vermelho continua a preencher os números das variações nas últimas 24 horas. A Ripple cede 17% e a Bitcoin Cash perde 11,72%.

(Notícia atualizada às 15h53)

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Riscos ambientais, tecnológicos e geopolíticos vão marcar 2018

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

O meio ambiente é a maior preocupação para este ano de 2018, acompanhado pelos eventos climáticos extremos e pelas ameaças cibernéticas.

Os riscos ambientais, tecnológicos e geopolíticos são os mais apontados no Global Risks Report 2018, divulgado esta quarta-feira, segundo o qual a “perspetiva de um forte crescimento económico” apresenta aos líderes “uma oportunidade para lidar com os sinais de fragilidade”.

Segundo o relatório Global Risks Report, realizado anualmente pelo Fórum Económico Mundial (World Economic Forum), em parceria com a Zurich Insurance Group e a Marsh & McLennan Companies, assim como com a consultoria académica das universidades de Oxford, Pensilvânia e Singapura, “a perspetiva de um forte crescimento económico em 2018 apresenta aos líderes uma oportunidade de ouro para lidar com os sinais de fragilidade severa em vários sistemas complexos que sustentam o nosso mundo”. De acordo com a pesquisa de perceção de risco efetuada (Survey Global de Perceção de Risco), baseada nas respostas de 1.000 inquiridos, “59% das respostas apontaram para uma intensificação dos riscos, comparado com 7% que indicou a redução de riscos”.

Um “cenário geopolítico em deterioração é parcialmente culpado pela perspetiva pessimista” este ano, com 93% dos inquiridos a afirmar que esperam que os confrontos políticos ou económicos entre grandes potências piorem e cerca de 80% a apontarem para aumento dos riscos associados a guerras que envolvam grandes potências.

Contudo, à semelhança do registado em 2017, o meio ambiente foi a maior preocupação referida. “Entre os 30 riscos globais que os especialistas foram solicitados a priorizar em termos de probabilidade e de impacto, todos os cinco riscos ambientais – eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade e colapso do ecossistema, grandes catástrofes naturais, desastres ambientais provocados pelo homem e o fracasso na mitigação e na adaptação às alterações climáticas – foram considerados elevados em ambos os termos”, refere o documento.

Os eventos climáticos extremos foram considerados o risco mais proeminente. “Uma crescente recuperação económica apresenta-nos uma oportunidade, que não podemos dar-nos ao luxo de desperdiçar, para atacar as fraturas que permitimos que enfraquecessem as instituições, as sociedades e o meio ambiente a nível mundial. Devemos levar a sério o risco de um colapso dos sistemas globais. Juntos temos os recursos e novos conhecimentos científicos e tecnológicos para prevenir isto”, afirma o fundador e presidente executivo do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, citado em comunicado.

A pesquisa de perceção de risco indica também que as ameaças cibernéticas estão a ganhar destaque, “com os ataques cibernéticos em grande escala, agora posicionados em terceiro lugar em termos de probabilidade, enquanto a crescente dependência cibernética é classificada no cenário de riscos global para os próximos 10 anos como o segundo fator mais significativo”.

Por outro lado, os riscos económicos surgem com menor destaque em 2018, “levando alguns especialistas a preocuparem-se com a possibilidade da melhoria das taxas de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] mundial poder levar ao laxismo sobre os riscos estruturais persistentes nos sistemas financeiro e económico globais”. A desigualdade está classificada em terceiro lugar entre os fatores de risco subjacentes.

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Revista de imprensa internacional

Coreia do Norte apertada por vinte países sobre armas nucleares. Vendas de automóveis disparam para máximos de dez anos. Ex-agente da CIA foi preso por suspeitas de espionagem.

Nos Estados Unidos, o ex-assessor de Donald Trump recusou responder a perguntas sobre a possível interferência russa nas eleições norte-americanas. A Coreia do Norte continua a ser apertada e, desta vez, com ultimato à mistura. Na Europa, as vendas de automóveis dispararam para máximos de dez anos. Um ex-agente da CIA foi preso por suspeitas de espionagem. A Google abriu secretamente o seu terceiro escritório na China.

Reuters

Países ponderam aplicar sanções mais duras à Coreia do Norte

Cerca de vinte países reuniram-se e estão a considerar aplicar sanções mais duras à Coreia do Norte, de forma a pressionar Kim Jong-un a desistir das suas armas nucleares. Além disso, o secretário de Estado norte-americano deixou um aviso ao líder norte-coreano que, caso este não aceitasse as negociações, iriam avançar com uma resposta militar. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Le Monde

Ex-conselheiro de Trump recusa responder sobre a interferência russa

O antigo assessor de Donald Trump recusou responder às perguntas colocadas pelos parlamentares sobre a possível interferência russa nas eleições norte-americanas. Bannon foi interrogado durante mais de sete horas pelo Comité de Inteligência da Câmara dos Deputados sobre o possível apoio da equipa de Trump às campanhas russas para prejudicar a campanha de Hillary Clinton. Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre, conteúdo em francês)

Bloomberg

Vendas de automóveis europeus aumentam para máximos de dez anos

O ano passado foram vendidos 15,6 milhões de automóveis de marcas europeias, mais 3,3% do que em 2016, um valor que registou o máximo dos últimos dez anos. Este número deveu-se ao aumento da confiança dos consumidores, com os franceses Peugeot e Renault, a italiana Alfa Romeo e o japonês Toyota a liderarem as vendas. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Ex-agente da CIA preso por suspeitas de espionagem

As autoridades norte-americanas detiveram Jerry Chun Shing Lee, residente em Hong Kong e antigo agente da CIA, por terem encontrado material que continha informações sobre a identidade de espiões disfarçados dos Estados Unidos. Foram encontrados dois pequenos livros com nomes verdadeiros e contactos de funcionários secretos da CIA, notas sobre reuniões e locais secretos. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Google abre secretamente o terceiro escritório na China

A China tem bloqueados os principais serviços de várias empresas norte-americanas no país, e a Google é uma delas. Mas, isso não foi o suficiente para travar a abertura do terceiro escritório no país, ainda que de forma secreta. O novo local de trabalho da Google localiza-se em Shenzhen, uma antiga vila de pescadores, que é a sede de vários gigantes tecnológicos chineses. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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França propõe imposto sobre circulação de camiões incluindo estrangeiros

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

Ministra francesa afimou esta quarta-feira que o Governo espera arrecadar 550 milhões de euros por ano com a nova medida que pretende ser uma alternativa à “ecotaxa”.

O Governo francês está a elaborar a criação de um imposto à circulação de camiões, incluindo estrangeiros, para procurar financiamento que contribua para a manutenção das infraestruturas rodoviárias, avança hoje a ministra dos Transportes.

Segundo a ministra, em entrevista à publicação Les Echos, o executivo espera arrecadar 550 milhões de euros por ano com a nova medida que pretende ser uma alternativa à “ecotaxa” que foi concebida para os camiões que utilizavam as estradas sem custos para os automobilistas e que acabou por ser abandonada em 2013 após protestos, sobretudo na região da Bretanha.

A ministra dos Transportes, Elisabeth Borne, entrevistada pelo jornal económico reafirma que a circulação de camiões que transitam em território francês deve contribuir para o financiamento de infraestruturas.

O projeto de lei que deve ser submetido ao Parlamento na primavera prevê a aplicação de um imposto em vez do pagamento de portagens “em certas vias interurbanas”, por ser uma “solução mais simples”.

Por outro lado, Borne adiantou que a mesma lei prevê a introdução de um dispositivo que vai facilitar a aplicação de portagens urbanas. “Atualmente, a legislação já permite essa possibilidade às autarquias, mas só com caráter experimental e durante três anos – um período demasiado curto tendo em conta os investimentos que são necessários fazer”, acrescentou a ministra.

Em França, ainda não foram implementadas as portagens urbanas, como as que já existem em Londres e Milão, que têm contado com a oposição dos autarcas, nomeadamente a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, que considera que o pagamento “favorece a segregação social”.

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Santander vai transferir parte da banca de investimento de Londres para Madrid

  • ECO
  • 17 Janeiro 2018

Grupo espanhol reduz em 2,6 mil milhões de euros o capital da filial britânica de mercados e vai transferir algumas operações para a outras áreas em Espanha e Reino Unido.

O Santander vai reestruturar o seu negócio no Reino Unido ao aprovar uma redução do capital da sua filial britânica de mercados em 2,6 mil milhões de euros. É o primeiro passo para transferir os seus ativos para outras áreas do grupo, diz o jornal espanhol Expansión (conteúdo em espanhol/acesso livre)

A operação, autorizada pelo supervisor financeiro britânico e por um tribunal do comércio londrino, pressupõe deixar quase sem fundos próprios a Abbey National Treasury Services (ANTS), entidade que agrupa as operações do Santander Reino Unido nos mercados grossistas e com grandes clientes, avança o jornal. Depois disto, o capital da ANTS fica reduzido a 250 milhões de euros.

De acordo com o Expansión, fontes do Santander Reino Unido dizem que o capital foi transferido inicialmente para reservas distribuíveis da ANTS e nos próximos meses, vai passar, juntamente com os ativos deste banco de investimento, para outras entidades dentro do grupo. O objetivo é esvaziar essa filial — no final de setembro, esta tinha ativos ponderados em função do risco no valor de 20% do total do Santander Reino Unido.

Parte dos ativos e capital da ANTS correspondente a clientes empresariais menos sofisticados passaram para o Santander Reino Unido. Já os negócios nos mercados globais e com multinacionais mais complexas passaram a depender da sucursal em Londres do Santander Espanha. A reorganização deverá ficar concluída em julho.

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CDS chama governador do Banco de Portugal à AR para falar da entrada da Santa Casa no Montepio

  • Margarida Peixoto
  • 17 Janeiro 2018

O ministro do Trabalho e da Segurança Social foi ao Parlamento dar explicações aos deputados sobre a situação do Montepio e a possibilidade de a Santa Casa entrar no capital do banco.

Com a possível entrada da Santa Casa no capital do banco Montepio como pano de fundo, o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, está esteve quarta-feira no Parlamento para dar explicações aos deputados. O governante confirmou que a questão das ajudas de Estado se pode colocar, tal como avançou o ECO, mas remeteu o assunto para o Banco de Portugal.

No final, o deputado do CDS Filipe Anacoreta Correia anunciou que vai apresentar um requerimento para chamar o governador, Carlos Costa, a dar explicações sobre a potencial entrada da Santa Casa no Montepio.

O ECO acompanhou os trabalhos em direto. Releia os pontos fundamentais.

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Prisa chega a acordo com credores para pagar dívida em 2022

A Prisa chegou a acordo com os credores para pagar 1.500 milhões de euros só daqui a cinco anos. Alivia pressão na tesouraria do grupo espanhol que colocou a TVI à venda.

A Prisa chegou a acordo com os credores para prolongar o vencimento da dívida até 2022. Só daqui a cinco anos é que terá de reembolsar 1.500 milhões de euros aos investidores, numa decisão que vem dar maior folga financeira a curto prazo ao grupo de media espanhol que detém a TVI.

O acordo estabelece que não haverá amortizações obrigatórias durante os três primeiros anos — até dezembro de 2020 –, com o calendário de reembolsos posteriores a ser “ajustado à geração de caixa esperada” pelo grupo.

Desse modo, ficou acordado que o primeiro reembolso de 450 milhões será efetuado com recurso ao dinheiro captado com o aumento de capital aprovado pela gestão da Prisa há cerca de dois meses e concretizado assim que entrar em vigor este acordo de refinanciamento. Tudo depende agora da execução do aumento de capital.

A acordo teve luz verde da maioria dos credores do grupo e está a dar gás às ações da Prisa na bolsa de Madrid. Os títulos da Prisa estão a disparar 4,77% para 2,745 euros.

Por causa da pressão financeira, o grupo está a proceder a um reajustamento do seu portefólio de ativos, do qual resulta a venda da Media Capital, que detém a TVI. No ano passado, foi assinado o acordo de venda da Media Capital à Altice por 440 milhões de euros.

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Estudo do regulador: TDT entre a decepção e os conflitos de interesse da MEO

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

Estudo do regulador revela que a Televisão Digital Terrestre ficou aquém das expectativas iniciais.

A Televisão Digital Terrestre (TDT) tem ficado aquém do que eram as expectativas iniciais, conclui um estudo promovido pelo regulador, que sugere uma alteração no modelo de negócios e alerta para os conflitos de interesses da MEO.

O documento, divulgado na página na internet da Autoridade Nacional para as Comunicações (ANACOM), diz ainda que, se o caminho atual for mantido, “a penetração irá continuar a decrescer e os utilizadores da TDT serão indubitavelmente as populações de menor rendimento disponível, do interior e com menos apetência tecnológica”.

Por outro lado, acrescenta, “aumenta, sobretudo entre as novas gerações, a visualização de conteúdos através de outros meios (como a internet ou o móvel, em detrimento do tradicional aparelho de televisão, em casa) o que pode significar, nas novas gerações, uma redução do consumo através de pacotes”.

O ‘Estudo sobre alargamento adicional da oferta de serviços de programas na TDT’, promovido pela ANACOM, sugere que a mobilidade “é outra das ofertas que podem ser desenvolvidas na plataforma da TDT”, embora possa trazer um “impacto significativo” em investimento na rede, caso se pretenda manter a cobertura semelhante à atual.

“Em caso de se oferecer uma cobertura mais restrita para captar segmentos específicos de utilizadores, o investimento pode ser mais moderado e compensador do ponto de vista de negócio”, sugere.

Em caso de se oferecer uma cobertura mais restrita para captar segmentos específicos de utilizadores, o investimento pode ser mais moderado e compensador do ponto de vista de negócio.

Estudo

O estudo diz ainda que a oferta de pacotes que combinem Tv + Internet (em parceria com operadores de banda larga) “pode ser atrativo para o mercado da TDT, indo buscar utilizadores à faixa de utilizadores do cabo que consomem os pacotes mais básicos”.

Os autores do estudo reconhecem que os hábitos da visualização da televisão estão a mudar e que isso “pode ser visto como uma ameaça ou uma oportunidade”. “Por um lado, cada vez mais se está a optar pela visualização não linear de conteúdos, uma funcionalidade que a TDT em Portugal não apresenta de uma forma consistente e que as outras plataformas alternativas apresentam de uma forma massiva”, afirma o estudo, sugerindo que a Televisão Digital Terrestre “deveria equacionar a apresentação de uma oferta competitiva com a inclusão desta funcionalidade”.

Quanto aos canais televisivos, o estudo refere que “a taxa de crescimento do share da RTP3 quando entrou na TDT pode ser um bom indício do interesse dos canais na plataforma”. Sublinha ainda que, “nas entrevistas realizadas, todos os operadores atualmente presentes na plataforma (RTP, SIC e TVI) demonstraram interesse na introdução de mais canais”.

Os autores do estudo lembram que a nível internacional foram identificadas novas ofertas de serviço, “baseadas em novos modelos de negócio de canais baseados em vendas, em entretenimento/jogos ou em publicidade, que muitas vezes sustentam operações de TDT e em que os canais tradicionais são remunerados (ou pagam valores reduzidos) para estarem presentes nessas plataformas e serem apenas “geradores” de tráfego”.

Contudo, recordam, em termos do operador de TDT, “não parece possível que o atual detentor do DUF [Direito de Utilização das Frequências] tenha qualquer incentivo para o alargamento da oferta, a introdução de novos canais e serviços ou a valorização da plataforma no seu todo. Isto porque o modelo de negócio definido (em termos das regras de pricing) e o seu claro conflito de interesses (por ser também detentor de uma plataforma concorrente) assim o determinam”.

Não parece possível que o atual detentor do DUF [Direito de Utilização das Frequências] tenha qualquer incentivo para o alargamento da oferta.

Estudo

A este nível, o estudo diz que “deve ser ainda analisada e equacionada a implicação, em termos de conflitos de interesse, da MEO – empresa titular do DUF – ser a mesma (ou estar inserida no mesmo grupo de empresas) que um operador concorrente à TDT – o operador de TV por cabo e satélite da MEO”. “Acresce a este facto que a MEO formalizou ainda uma oferta sobre o Grupo Media Capital, onde se encontra a TVI, um dos clientes do serviço do titular do DUF”, sublinha.

Quanto aos poderes públicos (nos quais se podem incluir a ANACOM, a Entidade Reguladora para a Comunicação e os titulares do poder executivo) “denota-se uma clara vontade de avançar (…) para o alargamento da oferta e a introdução de novos serviços que potenciem o serviço da TDT e vão mais ao encontro das expectativas criadas por esta plataforma”.

“No entanto, tudo isto é feito num cenário de contenção orçamental do nosso país, pelo que os valores disponíveis para investimento público não são significativos”, considera o estudo promovido pela ANACOM, sugerindo que “os valores provenientes da venda do dividendo digital 2, com a libertação das frequências da faixa dos 700 MHz para outras atividades” podem obviar a situação.

Como opção para o futuro, o estudo sugere a alteração do modelo de negócio, permitindo uma clara separação entre a transmissão e a agregação de conteúdos. “O agregador de TDT deverá ser livre de escolher a rede em que irá operar (caso haja essa oferta no mercado) e concentrar-se no seu negócio core – o desenvolvimento da plataforma, através de canais, novos serviços, funcionalidades adicionais e de uma cobertura do território e qualidade de serviço que possam ser competitivas com as outras plataformas de televisão”, acrescenta.

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Já não há mais jantares no Panteão

  • ECO
  • 17 Janeiro 2018

Ministro da Cultura afirmou que só serão permitidos "eventos culturais" no Panteão. E os preços vão aumentar.

O ministro da Cultura afirmou esta terça-feira que só serão permitidos “eventos culturais” no Panteão. Fica proibida a realização de refeições em espaços com este estatuto, adiantou Luís Filipe Castro Mendes no Parlamento.

“No Panteão Nacional só podem ser autorizados eventos especiais de natureza cultural. Fica também estabelecida uma regra geral que proíbe a realização de refeições em espaços com estatuto de panteão”, afirmou ontem o governante, citado pela TSF.

Luís Filipe Castro Mendes deixou a ressalva, porém, de que a proibição “não se aplica a todo o edificado mas apenas aos espaços com característica de panteão”. É o caso do Mosteiro dos Jerónimos e do Mosteiro da Batalha. Por outro lado, os preços vão aumentar, disse.

De acordo com o ministro da Cultura, o novo regulamento para cedências de espaços no âmbito da Direção-Geral do Património vai ser publicado “muito em breve”.

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