Trabalhadores da Autoeuropa começam hoje a debater pré-acordo laboral

  • Lusa
  • 6 Novembro 2018

Pré-acordo começa a ser batido esta terça-feira, há plenário na quarta e votações até ao final da semana.

Os 5.900 funcionários da Autoeuropa dão hoje início a dois dias de plenários para debater o pré-acordo laboral que a Comissão de Trabalhadores (CT) e a administração fecharam no passado dia 25 de outubro.

Hoje estão previstas duas reuniões, às 14h30 e às 16h00, e na quarta-feira os plenários foram marcados para as 6h10 e as 9h00, segundo avançou à Lusa o coordenador da CT, Fausto Dionísio.

As votações terão lugar a partir das 18h00 de quinta-feira e prolongam-se até às 21h00 do dia seguinte.

O acordo entre os funcionários e a fábrica da Volkswagen, em Palmela, prevê o pagamento do trabalho ao sábado e domingo a 100% e aumentos salariais de 2,9% em cada um dos próximos dois anos.

“Os trabalhadores são soberanos, mas estamos confiantes de que [o acordo] será aprovado”, salientou Fausto Dionísio em declarações à Lusa no dia 3 de novembro.

O mesmo responsável da estrutura que representa os trabalhadores referiu, em 25 de outubro, que este é um “ótimo acordo”, que inclui um aumento mínimo de 25 euros e a integração de 300 trabalhadores com contratos a prazo no quadro da empresa.

No caderno reivindicativo que entregou à administração da empresa, a CT da Autoeuropa reclamava um aumento mínimo de 36 euros e a passagem de 400 trabalhadores contratados a efetivos.

A administração da empresa só deverá fazer qualquer comentário depois da votação do pré-acordo laboral nas reuniões plenárias.

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O que vai acontecer no segundo dia do Web Summit? Estes são os oradores que não pode perder

Sem tempo para planear? O ECO viu a agenda do Web Summit e conta-lhe os painéis a que vale a pena assistir, com base na atualidade, relevância e pertinência das intervenções.

O ECO mergulhou na agenda do Web Summit e resumiu alguns dos painéis mais relevantes do segundo dia do evento, com base na pertinência e atualidade dos temas.Web Summit 6 Novembro, 2017

A cerimónia oficial de abertura do Web Summit foi esta segunda-feira. Mas é no segundo dia, terça-feira, 6 de novembro, que a máquina está verdadeiramente oleada e a trabalhar a todo o gás. Serão centenas os oradores que vão estar espalhados pelos palcos da conferência na FIL e Altice Arena, no Parque das Nações, em Lisboa. Ora, se não teve tempo para consultar o programa, o ECO resume aqui alguns dos principais oradores que não vai poder perder neste dia, com base na atualidade, relevância e pertinência das intervenções.

Magic Leap tenta justificar o entusiasmo

Quem? Brenda Freeman, administradora de marketing da Magic Leap
Quando? Entre as 10h25 e as 10h45, no Palco Principal

O quê? A Magic Leap foi uma das startups mais mediáticas durante anos, sem que tivesse sequer lançado um produto no mercado. Em setembro, depois de várias reportagens que davam conta de uns óculos de realidade aumentada nunca antes vistos, a empresa apresentou finalmente os Magic Leap One. A administradora com a pasta da comunicação da empresa estará em Lisboa para falar do produto.

Porquê? A realidade aumentada, que ainda é uma tecnologia emergente, começa agora a ganhar tração e está prestes a atingir a maturidade, graças a jogos como o Pokémon Go (lançado em 2016) e às funcionalidades dos iPhones, que puseram esta nova realidade nos bolsos de milhões de pessoas. O produto da Magic Leap era um dos mais antecipados e acreditava-se que poderia representar uma autêntica revolução neste mercado multimilionário. Contudo, os Magic Leap One parecem não estar a cativar os utilizadores — e, este mês, nasceu do nada um produto concorrente (os Focals), que são como óculos tradicionais e podem facilmente ser usados durante o dia-a-dia. Brenda Freeman estará no Palco Principal e terá o desafio de justificar todo o entusiasmo que foi gerado em torno da empresa nos últimos anos.

Inventor da web explica o que ainda falta fazer

Quem? Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web
Quando? Entre as 10h30 e as 10h55, no Fórum

O quê? Metade do mundo já utiliza a World Wide Web, o protocolo de internet que permite aceder a esta mesma página do ECO e permitiu criar empresas como a Google ou o Facebook. Desde 1989, quando foi inventada, esta tecnologia para aceder a páginas na rede tem vindo a evoluir e mudou profundamente a forma como a sociedade consume notícias ou consulta informação. Mas poderá Berners-Lee pendurar as chuteiras, ou ainda há qualquer coisa por fazer?

Porquê? A resposta é “sim, há”. Na visão de Berners-Lee, ainda falta ligar a outra metade do planeta a rede, para que não haja um mundo a duas velocidades. “Aceder à internet tornou-se um direito básico para muitos”, recorda o Web Summit, na descrição do painel. O inventor estará no Fórum para abordar esta problemática e, eventualmente, sugerir soluções: uma delas pode passar por um novo contrato, #ForTheWeb, para tornar a “internet mais segura”, como disse o pai da Web esta segunda-feira.

Qual é a capital europeia mais inovadora?

Quem? Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação
Quando? Entre as 10h45 e as 10h55, no Palco Principal

O quê? O comissário europeu Carlos Moedas vai anunciar a cidade vencedora do prémio “capital europeia da inovação”. Há um milhão de euros em jogo.

Porquê? Paris venceu a edição de 2017 do prémio “capital europeia da inovação”. Berlim também tem estado nas notícias graças à dinâmica empreendedora que tem vindo a viver. Londres é um polo para as startups tecnológicas do setor financeiro. E Lisboa? Com mais dez anos de Web Summit por cá, e um ecossistema fervilhante de startups a pulular pelas dezenas de incubadoras que aqui existem, poderá ser considerada capital europeia da inovação este ano? Os participantes do Web Summit vão estar expectantes — e os portugueses também.

Como travar o problema da informação falsa

Quem? David Pemsel, presidente executivo do grupo The Guardian
Quando? Entre as 11h35 e as 11h55, no Palco Principal

O quê? Um painel sobre informação falsa (“fake news“) e “factos alternativos” e como encarar o desafio de travar a epidemia da desinformação, numa altura em que os meios de comunicação social têm um papel preponderante na preservação da democracia, mas assistem a baixas taxas de credibilidade perante a sociedade. Para além de David Pensel, sentar-se-ão à mesma mesa Mitchell Baker, chairman executiva da Fundação Mozilla, e Ana Brnabic, primeira-ministra da Sérvia. O painel é moderado por Mattthew Garrahan, editor do Financial Times.

Porquê? David Pemsel é o mais alto responsável executivo do grupo britânico The Guardian, que detém o jornal com o mesmo nome e um dos títulos de maior referência na Europa. A presença de Pemsel neste Web Summit ganha especial relevância num ano que antecede várias eleições, como as Europeias, nas quais se receia que a desinformação possa ter um papel destabilizador no processo eleitoral. A opinião do gestor é, por isso, importante. Além disso, o diário The Guardian tem feito apostas fortes no meio digital e aposta num modelo de negócio de acesso completamente livre, apoiado em donativos dos leitores e sem paywall. No final de julho, soube-se que o grupo passou a gerar mais receitas com o negócio digital do que com a circulação de jornais em papel. A empresa também detém o jornal Observer.

Lições para quem procura um investidor

Quem? Alexis Ohanian, cofundador da Initialized Capital e cofundador do Reddit
Quando? Entre as 12h40 e as 13h00, no Palco Principal

O quê? O investidor de risco Alexis Ohanian vai dar uma palestra que tem como título O que eu gostaria que um investidor de capital de risco me tivesse dito. Ohanian também é conhecido por ter fundado o Reddit, um dos fóruns online mais visitados em todo o mundo.

Porquê? Numa altura em que nascem cada vez mais startups, e em que cada vez mais gente tem vontade em lançar o seu próprio negócio, ouvir os conselhos de Ohanian pode dar uma ajuda na hora de procurar um ou vários investidores. Enquanto cofundador do Reddit, o empresário teve de o fazer. E vai esta terça-feira partilhar algumas lições que aprendeu ao longo do percurso.

Google faz mea culpa

Quem? Tamar Yehoshua, vice-presidente de gestão de produto da Google
Quando? Entre as 15h50 e as 16h10, no Palco Principal

O quê? A oradora da Google vai falar sobre como é que as tecnológicas podem encarar o uso dos dados pessoais dos utilizadores para melhorar os seus produtos, ao mesmo tempo que garantem aos cidadãos transparência e controlo sobre o tipo de informação que partilham.

Porquê? A multinacional foi apanhada este ano num ataque informático à rede social Google+, que pôs em risco dados pessoais de meio milhão de contas. O problema mostrou que a empresa terá sido negligente na proteção das informações privadas dos seus utilizadores, e mais: as autoridades estão a investigar informações que indicam que a Google terá descoberto o ataque informático em março, mas que o manteve em segredo até outubro. A polémica levou a empresa a decidir meter um ponto final na rede social Google+, que tinha um número bastante residual de utilizadores em comparação com outras alternativas, como o Facebook.

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5 coisas que vão marcar o dia

É o segundo dia de Web Summit em Lisboa. Volkswagen inaugura o seu novo centro de software na capital. Lá fora, americanos vão às urnas na midterm election.

Dia dois do Web Summit com Carlos Moedas, António Mexia e Manuel Heitor. Também em Lisboa, a Volkswagen inaugura o seu novo centro de desenvolvimento de software do grupo. Na Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), Tomás Correia apresenta a sua candidatura à liderança da instituição. Lá fora, é dia de midterm election nos EUA. E dia de Juncker receber Centeno com Itália no centro das atenções dos europeus.

Web Summit avança para o segundo dia

O evento de tecnologia Web Summit prossegue em Lisboa pelo segundo dia. São vários os destaques do dia. De manhã, Carlos Moedas anuncia a capital vencedora da edição de 2018 do Prémio iCapital – Capital Europeia da Inovação e, da parte da tarde, o comissário europeu apresenta detalhes sobre o Prémio Mulheres Inovadoras de 2019. António Mexia (EDP) e Manuel Heitor (ministro Ensino Superior) também participam.

Inauguração do Volkswagen Digital Solution

A marca alemã inaugura o seu novo centro de desenvolvimento de software do grupo, em Lisboa, numa cerimónia que vai contar com a presença do CIO Martin Hofmann e do secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita.

Tomás Correia apresenta candidatura

Atual presidente da AMMG, Tomás Correia apresenta oficialmente a sua candidatura para um quarto mandato à frente da maior mutualista do país. Maria de Belém, antiga ministra da Saúde, também surge na lista A enquanto cabeça de lista para o conselho geral. As eleições decorrem no próximo dia 7 de dezembro.

Centeno encontra-se com Juncker

O presidente do Eurogrupo, o português Mário Centeno, reúne-se com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Bruxelas. Em cima da mesa está o aprofundamento da União Económica e Monetária, numa altura em que o Orçamento do Estado de Itália continua a marcar o discurso político na Europa.

Midterm election nos EUA

Os norte-americanos vão às urnas eleger os 435 membros da Câmara dos Representantes, 33 dos 100 senadores e os governadores de 36 dos 50 estados, naquelas que são chamadas Midterm election que colocam à prova a presidência de Donald Trump.

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Galamba define prioridades para a energia e recorda legado de Sócrates

Contestado pela oposição, Galamba explicou aos socialistas as linhas orientadoras para a energia. Diz que o preço da eletricidade vai baixar e fala do legado de Sócrates nas renováveis.

João Galamba, Matos Fernandes e António Mexia, durante a cerimónia de assinatura do financiamento do projeto Windfloat Atlantic.

João Galamba, o novo secretário de Estado da Energia, já definiu as prioridades energéticas para o seu mandato. “Um dos grandes desafios na minha área e onde se pode fazer a diferença para o futuro é na transição energética”, afirmou o governante, em Gaia, onde participava esta segunda-feira à noite, numa sessão de esclarecimento sobre o Orçamento de Estado para 2019, promovida pela Federação Distrital do Porto em colaboração com as várias Comissões Políticas Concelhias. Uma das suas primeiras intervenções públicas e “quase a minha primeira intervenção sobre o Orçamento de Estado”, como o próprio fez questão de referir.

Para Galamba, as alterações climáticas e o aquecimento global não devem ser encarados como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade, e é “sobretudo uma oportunidade, num país como Portugal que até agora não tem petróleo, e os furos que se iam fazer, não se irão fazer, depois de ser conhecida a desistência por parte do consórcio da Eni e da Galp ao largo de Aljezur. Mas não é isso que fará de Portugal um país pobre, Portugal é um país rico em recursos”.

A decisão do consórcio Eni/Galp de abandonar a prospeção de petróleo ao largo de Aljezur, foi tornada pública pelo presidente da petrolífera portuguesa. “Em relação a Portugal, tomámos a decisão de abandonar a exploração”, anunciou Carlos Gomes da Silva. Na base da decisão estiveram os problemas legais, nomeadamente a aceitação por parte do tribunal administrativo e fiscal de Loulé de uma providência cautelar interposta pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo, suspendendo a licença.

Sem se alongar mais sobre o furo da Eni/Galp na costa alentejana, o secretário de estado da energia prefere falar nas oportunidades. “A transição energética é uma oportunidade de desenvolvimento económico, é uma oportunidade de investimento, é uma oportunidade para as Universidades portuguesas das áreas das engenharias, é uma oportunidade para as empresas porque, ao contrário do que diz Trump, regular a poluição e procurar responder às alterações climáticas não é algo negativo para a economia“.

Galamba considera que o setor da energia tem aqui várias oportunidades: ” se calhar não haverá para um setor muito poluidor que será por ventura penalizado, mas todos os outros têm aqui oportunidades, inclusive as câmaras que podem repensar as suas políticas de mobilidade e de ocupação do território, e para o Estado central que pode fazer política económica à séria, em articulação com o setor empresarial”.

As renováveis…de Sócrates

Apesar de estar a falar para uma plateia de socialistas, Galamba parecia empenhado em responder às críticas do PSD, sobre a sua escolha para o cargo, com Rio a dizer mesmo que não se conhece ao deputado socialista grande formação na área da energia.

“É uma grande oportunidade para o país fazer duas coisas: não olhar para a sua falta de gás e de petróleo como um problema, mas como uma oportunidade e olhar para todos estes investimentos que se têm que fazer na área do ambiente, das águas, dos transportes públicos, da energia como oportunidades que o país não pode desperdiçar”.

Galamba recorda mesmo que “no passado, o país já mostrou ser um país líder em todas essas áreas, se nos lembrarmos da importância que Portugal teve no governo de José Sócrates, na área das energias renováveis. Uma área que pode ter estado associada ao voluntarismo de um determinado primeiro-ministro, de quem podemos discordar ou concordar, mas que hoje tem um contexto completamente diferente; já não se trata de um voluntarismo, mas que é hoje uma obrigação europeia”.

O governante sublinha que ” o país tem a obrigação de apresentar um plano de energia e de clima, até 2030, com metas muito exigentes em todas as áreas, desde o transporte público, à agricultura, à energia, à eficiência energética dos edifícios na administração central, na administração local, portanto, isto é um grande desafio de desenvolvimento para todo o país. E não é um desafio onde caímos de repente de paraquedas, temos pergaminhos em todas estas áreas do passado”.

Também a passagem da secretária de estado da Economia para o Ambiente, sob a tutela do ministro Matos Fernandes, foi explicada aos socialistas.

“A transição energética é uma ação central e passou para o ministério do Ambiente porque a sua relação com o ambiente não deve ser vista como uma relação de constrangimento, o ambiente e a energia não têm que ser adversários. A energia não tem que ser a área que quer investir e em que o ambiente diz que não pode investir. Aqui, com as alterações climáticas e com as obrigações europeias, que nós não consideramos como um fardo, são um desafio que nos obrigam a ir mais longe, isto é mesmo um grande desafio para a economia portuguesa nos próximos anos”.

Galamba diz que o OE 2019 tem “já medidas muito significativas para este desafio”.

A contribuição extraordinária sobre o setor da energia (CESE)

Ainda na área da energia, João Galamba evocou o nome do anterior secretário de estado, Jorge Seguro Sanches, referindo que “este reduziu a dívida tarifária, acabando com os aumentos da eletricidade que eram na ordem dos 3%”.

Sobre a indicação da ERSE de aumentar o preço da eletricidade em 0,1%, Galamba disse estar convencido que vamos assistir a uma redução do preço devido à transferência de verbas cobradas sobre as grandes empresas de energia para a redução do défice tarifário. Uma medida que estava prevista desde 2014, mas que nunca chegou a ser cumprida, e que segundo o OE 2019 vai mudar.

Galamba diz que em causa “está a sustentabilidade do setor energético e que não é feita à custa dos consumidores“. O secretário de Estado da Energia refere que “vão existir transferências adicionais, quer da CESE que não estava a ser paga pela EDP, e que vai ser paga, e vai haver uma transferência extraordinária em 2018, e um reforço da transferência de verbas do OE para abater à dívida tarifária, o que significa que este é o primeiro OE desde 2006/2007 em que a sustentabilidade do défice tarifário não é feito à custa dos consumidores”.

Este ano com as medidas do OE, vamos conseguir uma descida da conta da eletricidade“, afirmou o secretário de Estado que, contudo, não se quis comprometer com números, nem com prazos.

Há um esforço muito significativo feito neste OE, vamos transferir cerca de 190 milhões de euros ainda em 2018, e cerca de 200 milhões de euros em 2019, para medidas que aliviam a fatura da eletricidade dos portugueses e não à custa de dívida futura. A tarifa baixará porque pode baixar, porque foram colocadas no terreno as medidas que permitem essa redução”.

Galamba que enquanto deputado chegou a defender a redução do IVA da eletricidade para 6%, voltou a afirmar que mantém a mesma opinião. “Muitos gostariam e, eu próprio, de assistir à descida do IVA da eletricidade para 6%, mas o reforço da componente de verba do Orçamento de Estado para a abater à dívida tarifária permitirá, a prazo, uma descida do preço da eletricidade”.

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#ForTheWeb: Pai da web lança campanha em Lisboa

Tim Berners-Lee subiu ao palco principal do Web Summit para um desafio: um contrato que proteja todos os utilizadores da internet.

Tim Berners-Lee, fundador da web.Web Summit

“Trabalha para a web. Marcha pela web. Luta pela web”. Tim Berners-Lee, o pai da web, subiu esta segunda-feira ao palco principal do Web Summit para voltar a revolucionar. Vinte anos depois do “www”, Berners-Lee defende a criação de um novo contrato que salvaguarde os direitos e as características de todos os utilizadores da internet.

A ideia chama-se #ForTheWeb e é defendida pelo próprio. “Vai levar-nos a todos — cidadãos, governos e empresas — a resolver os desafios com que nos debatemos na web hoje em dia”, esclarece.

A carta magna, apresentada por Senders-Lee, defende três pilares fundamentais:

  1. os governos, que deverão garantir que os cidadãos têm acesso completo à internet e que é respeitada a sua privacidade para que se manifestem livre, seguramente e sem medo.
  2. as empresas devem comprometer-se a garantir que a internet é acessível, respeitando a privacidade do consumidor e os seus dados pessoais.
  3. os utilizadores, que devem ter a responsabilidade de criar conteúdo web que seja relevante, construir comunidades que respeitem o discurso civil e a dignidade humana.

Nas razões que justificam esta medida, Senders-Lee sublinha que, “durante muitos anos houve a sensação de que as coisas maravilhosas da web iam prevalecer e que teríamos um mundo com menos conflitos, mais compreensão, mais e melhor ciência e boa democracia. Mas muita gente desiludiu-se pelas coisas que aparecem nos títulos”, explicou.

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Nem confronto, nem compromisso com Itália (por agora). Mas Bruxelas mantém a pressão

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 5 Novembro 2018

O braço de ferro entre Bruxelas e Roma sobre o orçamento italiano ficou em suspenso – pelo menos por agora. O Executivo de Giuseppe Conte tem até terça-feira da próxima semana para mudar proposta.

Os ministros das Finanças da zona euro apoiaram a decisão da Comissão Europeia que rejeitou o orçamento italiano para 2019 e pediu uma nova proposta até 13 de novembro. O Eurogrupo mantém assim a pressão sobre a Itália pedindo-lhe que apresente um documento em linha com as regras mas quer dar uma oportunidade ao diálogo.

“Os ministros apoiaram a Comissão na sua avaliação e convidaram a Itália a cooperar estreitamente na preparação de um orçamento revisto que esteja em linha com as nossas regras”, afirmou Mário Centeno no final do encontro. Mário Centeno disse que a Itália tem mais uma semana para o fazer.

Por seu turno, o ministro italiano foi parco em comentários. “Expliquei os dados e a estratégia. O diálogo será com a Comissão que é o nosso interlocutor nesta fase”, disse Giovanni Tria no final do encontro, sem esclarecer se vai alterar o orçamento italiano tal como pedem a Comissão e os restantes ministros. Em contrapartida insistiu que a dívida pública vai descer 4 pontos percentuais nos próximos três anos. “Esperamos que o spread desça quando a nossa estratégia seja melhor entendida e explicarmos melhor os nossos números”.

Apesar da preocupação e das advertências, os parceiros europeus pretendem deixar concluir a atual fase. O timing vai apertando. O executivo de Giuseppe Conte tem até terça-feira da próxima semana para apresentar uma nova proposta que a Comissão depois avaliará — juntamente com os restantes orçamentos — a 21 de novembro.

O Eurogrupo incentiva Bruxelas e Roma a manterem “diálogo construtivo” para alcançar um compromisso sobre as contas públicas italianas. “Vamos dar uma chance ao diálogo”, resumiu o ministro francês Bruno Le Maire.

Por agora, todos esperam diálogo e que o processo possa ser gerido “com muita prudência”, segundo fonte do Eurogrupo. Primeiro para evitar dar argumentos ao imprevisível governo italiano, uma coligação de populistas e eurofóbicos do Movimento 5 Estrelas e da Liga. Depois porque é necessário um entendimento que evite uma crise na terceira economia da zona euro, no respeito pela soberania nacional mas também no cumprimento das regras europeias.

O problema da dívida pública

Num gesto inédito, Bruxelas rejeitou há duas semanas o orçamento italiano por não estar em linha com as recomendações e apresentar um desvio significativo em relação às regras. A Comissão deu três semanas a Roma para apresentar uma nova proposta mas o governo italiano avisou Bruxelas de que “até pode mandar 12 cartas” que “os orçamentos não vão mudar”.

O executivo de Giuseppe Conte enviou inicialmente para Bruxelas um plano orçamental que prevê um défice de 2,4% do PIB para 2019 — três vezes superior ao assumido pelo anterior executivo. O plano prevê ainda uma deterioração do saldo estrutural em 0,8% do PIB, em contraste com a recomendação do Conselho, que apontava para uma melhoria estrutural de 0,6% do PIB. Mais preocupante, o nível da dívida italiana — 131% do PIB -, a segunda maior da Europa que corresponde a 37 mil euros por habitante.

A questão agora é saber se a atitude desafiadora do governo populista e eurofóbico é para consumo político interno – e acabará cedendo -, ou se vai mesmo esticar a corda até um ponto que muitos receiam em Bruxelas e restantes capitais.

Efeitos colaterais em outros debates do Eurogrupo

O receio de alguns em Bruxelas é que o braço de ferro em torno da situação orçamental italiana possa contaminar negociações em curso dificultando acordos entre os parceiros europeus. Sobretudo em relação ao dossiê da reforma da zona euro.

“Não se pode fazer muita coisa no desrespeito pelas normas”, afirma uma fonte próxima do Eurogrupo receosa que determinados países usem o caso italiano para defender regras mais apertadas no futuro funcionamento da zona euro.

“Temos que completar a arquitetura da união económica e monetária. E receio que a abordagem do governo italiano ponha esses objetivos em risco”, avisou o ministro das Finanças eslovaco Peter Kazimír.

Nem de propósito, em plena polémica sobre o orçamento italiano, um grupo de nove países considerados “falcões” em matéria de disciplina orçamental — os escandinavos, os bálticos, e ainda a República Checa e a Eslováquia — escreveram há dias um documento sobre as negociações em curso para reformar a zona euro. Defendem que o fundo de resgate da zona euro (o Mecanismo Europeu de Estabilidade) deve ter maiores poderes de avaliação sobre os orçamentos dos países que pedem assistência financeira.

* Vasco Gandra, em Bruxelas

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Lisboa no centro do mundo e Fernão de Magalhães: os sound bites do arranque do Web Summit

Centre stage do Web Summit serviu de viagem no tempo: pisaram o palco Costa, Medina, o pai da web e... até Fernão de Magalhães (em retrato).

Foi o último nome a entrar em palco mas marcou o arranque do Web Summit. Fernão de Magalhães, navegador português, foi a referência usada por Fernando Medina, presidente da câmara de Lisboa, para agradecer a Paddy Cosgrave a promessa de que a capital portuguesa será palco do maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo nos próximos dez anos. No arranque da cimeira, ao anoitecer desta segunda-feira, nem o navegador português faltou à chamada.

“Este tipo apresentou Lisboa ao mundo. Deixe-me apresentar Fernão de Magalhães”, disse Medina a Paddy Cosgrave. “500 anos depois, Lisboa torna-se a capital do mundo por causa de si”, sublinhou o autarca.

António Costa, primeiro ministro português, no palco do Web Summit no dia 1 do evento.Web Summit

Antes, já António Costa tinha desafiado os empresários portugueses a aproveitarem a semana de trabalho para representarem Portugal perante os 70 mil participantes do evento, que esgotou na sexta-feira, anunciou a organização na altura. “Às empresas portuguesas, vocês são os nossos embaixadores. Tenham uma ótima semana e façam aqui um excelente trabalho”, disse o primeiro-ministro, em português, perante um Altice Arena sem cadeiras vazias.

“Aprendemos com o lado negro da nossa história”, diz o primeiro-ministro português, nas primeiras palavras em cima do palco, sublinhando a “liberdade” como fator essencial para a criatividade. “Conectando pessoas, inaugurámos uma nova era construída em cima de conhecimento”, acrescentou.

Às empresas portuguesas, vocês são os nossos embaixadores.

António Costa

Primeiro-ministro

No discurso de abertura do evento, António Costa disse ainda estar muito satisfeito a respeito da continuidade do Web Summit em Lisboa nos próximos dez anos. “Portugal está muito contente por dar-vos as boas-vindas, não só aqui no Web Summit mas para viver, trabalhar ou investir em Portugal”, acrescenta, sublinhando que “ligar pessoas faz parte do nosso ADN”.

Também António Guterres subiu ao palco principal para falar de tecnologia e de como inovações como a inteligência artificial podem ter impacto na maneira como o mundo interage. O secretário-geral das Nações Unidas subiu ao palco principal do evento com a plateia repleta de luzes brancas, a pedido de Paddy Cosgrave.

Web Summit a receber António Guterres com luzes, a pedido de Cosgrave.Web Summit

“A inteligência artificial está em todo o lado (…) até a ajudar as pessoas a encontrar as suas almas gémeas. Sou um pouco cético em relação a esta alternativa e bastante contente por ter encontrado a minha alma gémea com metodologia antiga”, brincou o português, sublinhando a importância de serem criadas plataformas onde os diferentes players possam interagir e trabalhar em conjunto por um objetivo comum.

“O que precisamos é de criar plataformas onde a academia, os cientistas, os políticos e a sociedade cheguem a acordos que permitam que tecnologias como a inteligência artificial sejam usadas essencialmente para o bem”, sublinhou.

A empresa mais valiosa do mundo e a web

Mas nem só de convidados portugueses se fez o arranque do Web Summit 2018. No palco principal, a abrir a tarde, Tim Berners-Lee, criador da web, resgatou histórias antigas e falou do início do caminho. “Creio que a privacidade é um direito fundamental”, explicou, em palco, Berners-Lee. “Se estamos a construir uma enorme plataforma de software, precisamos de pensar nas implicações que isso tem. Como é que isso vai afetar os outros?”, disse ainda o pai da web.

“As pessoas só esperavam coisas boas da web. Ao conectar as pessoas com tecnologia, coisas incríveis aconteceram”, disse Berners-Lee.

Depois do pai da Web, foi a vez da empresa mais valiosa do mundo. “Andamos a proteger o nosso planeta e a investir na educação”, disse Linda Jackson, da Apple. “A educação é um direito fundamental. E não vamos conseguir as respostas que queremos sem educação de crianças e de mulheres”, afirmou, sublinhando o interesse na sua presença no Web Summit.

“Vim cá para ser inspirada por vocês. Porque esta sala está recheada de pensadores, e os pensadores são fazedores”, referiu, dirigindo-se à audiência e sublinhando o papel das empresas na busca de um melhor impacto para o ambiente e para o planeta. “Sabemos que energia limpa não é coisa fácil de implementar em qualquer ambiente”, explicou, acrescentando que a Apple está neste momento a trabalhar com empresas no sentido de reduzir o uso de alumínio nos produtos da marca.

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À espera de eleições e da Fed, Wall Street fecha no verde

Os principais índices norte-americanos registaram ganhos ligeiros no dia antes das eleições intercalares e na semana em que a Fed volta a reunir-se. A exceção foi o Nasdaq, com a Apple a derrapar.

Em véspera de eleições intercalares e à espera de novos sinais por parte da Reserva Federal, as bolsas norte-americanas regressaram aos ganhos, ainda que tímidos, no arranque desta semana. A exceção foi o Nasdaq, num dia em que a Apple derrapou e baixou da fasquia de um bilião de dólares.

O índice de referência S&P 500 valorizou 0,56%, para os 2.738,32 pontos, enquanto o industrial Dow Jones somou 0,76%, para os 25.461,63 pontos. Já o Nasdaq contrariou a tendência e perdeu 0,38%, para os 7.328,85 pontos.

A desvalorização do índice tecnológico aconteceu num dia em que a Apple desvalorizou perto de 3%, depois de ter sido noticiado que a empresa cancelou o aumento de produção do novo iPhone XR que tinha encomendado. A tecnológica já acumula uma desvalorização de perto de 10% nas duas últimas sessões e a capitalização bolsista é agora de cerca de 955 mil milhões de dólares.

Nos restantes índices acionistas, o desempenho positivo ocorre numa altura em que os investidores antecipam que a Fed mantenha inalterada a política monetária, apesar da recente volatilidade sentida nos mercados financeiros. Assim, não se antecipa que o banco central anuncie um aumento dos juros no final da reunião de dois dias, que termina na quinta-feira, mas espera-se que a Fed sinalize que irá continua a subida gradual dos juros.

A condicionar os mercados estão também as expectativas em torno das eleições intercalares nos Estados Unidos, que decorrem na terça-feira. Vão a votos todos os 435 lugares da Câmara dos Representantes e um terço dos 100 lugares do Senado, havendo ainda eleições de 36 governadores e eleições a nível municipal.

As sondagens apontam para que os democratas ganhem o controlo da Câmara dos Representantes e os republicanos mantenham o Senado.

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Sofia Vergara é a atriz de televisão mais bem paga do mundo. Há sete anos que lidera o ranking

Ao final do ano, a atriz colombiana arrecada cerca de 37,5 milhões de euros, graças aos episódios da série 'Modern Family' e aos anúncios publicitários em que participa.

Há quase 30 anos, a atriz da série Modern Family estreou-se na televisão como protagonista de um anúncio da Pepsi para a Colômbia, cobrando 88 euros pela publicidade, mas, se Sofia Vergara replicasse hoje o anúncio, certamente que o valor aumentava consideravelmente.

De acordo com o ranking da Forbes (acesso livre, conteúdo em inglês), a atriz colombiana é, pelo sétimo ano consecutivo, a atriz de televisão mais bem paga do mundo. Entre 1 junho de 2017 e 1 de julho de 2018, Sofia Vergara arrecadou um total de 37,5 milhões de euros.

O valor não contempla apenas o salário pela série Uma Família Moderna (nome em português) — que chega a ser meio milhão por episódio –, reflete também a participação da atriz em vários anúncios publicitários.

O segundo lugar do ranking cabe a Kaley Cuoco, da série Teoria do Big Bang, que conta com 21,5 milhões de euros por ano, um valor, contudo, bem mais baixo do que o da colombiana.

Conheça o ranking da Forbes das dez atrizes de televisão mais bem pagas do mundo:

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Bloco e direita unem-se para alargar descida do IVA a mais espetáculos

  • ECO
  • 5 Novembro 2018

A ministra da Cultura já admitiu que a descida do IVA poderá ser alargada a mais espetáculos. Se esse alargamento não chegar por iniciativa do Governo, deverá acontecer por via parlamentar.

O Bloco de Esquerda conta com o apoio do PSD e do CDS-PP para garantir no Parlamento que a descida do IVA chega a um leque maior de espetáculos, se o Governo não assegurar esse alargamento. A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Expresso, que confirmou a informação junto dos três partidos.

Em causa está a descida IVA dos espetáculos dos 13% para os 6%, uma medida negociada pelo Bloco de Esquerda com o Governo e anunciada no mês passado. A medida não abrange, contudo, todos os espetáculos. O Orçamento do Estado para 2019 prevê que fiquem abrangidos os espetáculos de canto, dança, música, teatro e circo, desde que tenham lugar em recintos fixos de espetáculo de natureza artística ou em circos ambulantes, o que significa, como já alertaram os promotores de espetáculos, que um mesmo tipo de conteúdo artístico possa ter taxas diferentes de IVA, dependendo do local onde é apresentado. Ficam assim excluídos os eventos ao ar livre, nomeadamente os festivais de verão.

Durante a discussão do Orçamento do Estado na generalidade, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, já admitiu que esta descida do IVA poderá ser alargada a mais espetáculos, sem especificar quais.

Mas, se esse alargamento não chegar por iniciativa do Governo, deverá acontecer por via parlamentar. Ao Expresso, José Carlos Barros, deputado do PSD que coordena a área da cultura, garante que o partido não terá “dúvidas” em apresentar uma proposta de alteração para que todos os espetáculos sejam abrangidos. Já o CDS quer, “pelo menos”, voltar às percentagens de IVA antes da troika, aplicando a descida também à tauromaquia.

Por seu lado, o Bloco de Esquerda já apresentou uma proposta no mesmo sentido, para que a descida seja alargada um leque maior de espetáculos. Mas não há acordo no que diz respeito às touradas. Mariana Mortágua adianta ao semanário que o partido vai apresentar uma proposta para elevar o IVA deste tipo de eventos para 23%.

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Nadar com tubarões? Nas Maldivas vai poder dormir com eles

Durante o mês de novembro, as Maldivas vão receber a primeira vila hoteleira submarina. Mas, dormir aqui pode sair caro, já que uma noite ultrapassa os 43 mil euros.

Há vários hotéis espalhados pelo mundo que são realmente luxuosos. Desde piscinas em terraços 360 graus, passando por verdadeiros spas dentro do próprio quarto, às escolhas dos melhores chefs de cozinha. O que ainda não existia era um hotel que permitisse aos seus hóspedes jantarem ou dormirem debaixo de água, a quase cinco metros de profundidade.

As Maldivas vão satisfazer este pedido, ainda este mês, com a abertura da primeira vila hoteleira submarina. Mas, para dormir com os tubarões apenas uma noite, é preciso pagar 50 mil dólares, mais de 43 mil euros. Ainda assim, o valor fica longe do montante de investimento, que ronda os 15 milhões de dólares.

Na The Muraka, assim se chama o hotel, é o design extravagante — em vez da localização conveniente, dos restaurante ou das piscinas — que chama a atenção dos viajantes. Não se trata de ir às Maldivas para conhecer um novo país, mas sim de experienciar um luxuoso submarino, em que o quarto é o melhor destino. As paredes são aquários, onde se vê — seja ao acordar, almoçar ou adormecer — a fauna e a flora do oceano Índico.

Percorra a galeria de fotos que o ECO preparou para si.

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Recibos verdes vão manter valor do desconto para a Segurança Social até final do ano

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Devido às novas regras dos trabalhadores a recibos verdes, que entram em vigor a 1 de janeiro, vai manter-se, até ao final deste ano, a aplicaçao do último escalão de remuneração.

Os trabalhadores independentes vão manter o desconto atual para a Segurança Social até ao final do ano, não sendo possível em novembro fazer o habitual reposicionamento no escalão de rendimento, esclareceu, esta segunda-feira, o Instituto da Segurança Social (ISS). Em causa estão as novas regras dos trabalhadores a recibos verdes, que começam a produzir efeitos em janeiro de 2019, estabelecendo que o rendimento relevante para os descontos será baseado nos rendimentos dos três meses anteriores e não no anual.

“Em 2018, decorrente das alterações introduzidas ao regime contributivo dos trabalhadores independentes, o Instituto da Segurança Social, I.P. não vai determinar novo rendimento relevante aos trabalhadores independentes, nem efetuar reposicionamento no escalão de remuneração”, lê-se na página oficial da Segurança Social.

Assim, acrescenta, “neste período transitório, até ao final do ano de 2018, manter-se-á a aplicação do escalão de remuneração fixado em outubro de 2017 ou do escalão resultante do pedido de alteração (em novembro de 2017, fevereiro e junho de 2018)”.

Até agora, a Segurança Social fixava em outubro a base sobre a qual incidiam as contribuições dos trabalhadores a recibos verdes, que iriam vigorar nos 12 meses seguintes. Mas os trabalhadores podiam pedir para mudar de escalão em três alturas do ano (novembro, fevereiro e junho), consoante quisessem descontar mais ou menos de acordo com os seus rendimentos. Devido às novas regras, segundo o instituto, as contribuições a pagar em dezembro (relativas a novembro) e a pagar no mês de janeiro (relativas a dezembro) correspondem ao escalão que foi fixado para o ano de 2018.

Com a entrada em vigor do novo regime, em janeiro de 2019, deixa de haver escalões de remuneração.

O instituto explica ainda que o início do pagamento obrigatório de contribuições deixou de ter em consideração o valor do rendimento relevante anual do trabalhador independente, “passando a verificar-se automaticamente no primeiro dia do 12.º mês posterior ao do início de atividade, ou em data anterior, mediante requerimento”.

Segundo os exemplos avançados, o trabalhador independente que tenha iniciado atividade em janeiro de 2018, passa a ter obrigação declarativa trimestral e contributiva desde janeiro de 2019. Já o trabalhador independente que tenha iniciado atividade em abril de 2018, fica enquadrado no regime com obrigação declarativa e contributiva desde abril de 2019.

“Nas situações em que o trabalhador independente não está enquadrado no regime dos trabalhadores independentes em virtude de após o decurso de pelo menos 12 meses ao do início de atividade nas finanças, o rendimento relevante anual não ultrapassar seis vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais, passa a ficar enquadrado no regime com obrigação declarativa trimestral e contributiva desde janeiro de 2019, inclusive”, acrescenta a mesma fonte.

O ISS lembra ainda que os trabalhadores independentes têm de estar registados na Segurança Social Direta para cumprimento da sua obrigação declarativa trimestral.

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