Surf Summit fica na Ericeira mais 10 anos. Pode estender-se até Sagres

  • Lusa
  • 4 Novembro 2018

Paddy Cosgrave revelou este domingo que a Surf Summit, evento que antecede o Web Summit, vai continuar na Ericeira por mais dez anos, mas admitiu a possibilidade de fazer uma edição em Sagres.

Paddy Cosgrave revelou este domingo que a Surf Summit, evento que antecede o Web Summit, continuará a realizar-se nos próximos dez anos na Ericeira, admitindo a possibilidade de fazer uma segunda edição em Sagres.

“Já tivemos dois anos espantosos e é ótimo estar de volta à Ericeira para mais uma edição da Surf Summit. Vamos planear algo muito especial para os próximos dez anos”, afirmou o empreendedor irlandês num encontro com jornalistas na Praia da Foz do Lizandro, Ericeira.

Questionado sobre quais as novidades que tem preparadas para o futuro, o presidente executivo do Web Summit disse que, neste momento, está apenas “focado” nos próximos quatro dias, durante os quais se vai realizar em Lisboa a maior cimeira tecnológica do mundo, mas deixou no ar a hipótese de promover uma segunda edição da Surf Summit, no sul do país.

“No último ano fui para Sagres três vezes aprender a fazer surf. Pode ser uma desculpa para fazer lá uma segunda edição”, lançou o responsável, sublinhando que o objetivo passa por manter o formato de contar com cerca de 200 a 250 participantes em cada edição da Surf Summit, como tem acontecido nestas três primeiras edições.

Mais tarde, Paddy Cosgrave, cuja mulher e irmão são praticantes de surf, explicou à agência Lusa que, além da Ericeira, ficou fã de Sagres ao longo do último ano, pelo que vai estudar a possibilidade de “manter a Ericeira e organizar outra Surf Summit em Sagres“, em moldes ainda a definir.

"No último ano fui para Sagres três vezes aprender a fazer surf. Pode ser uma desculpa para fazer lá uma segunda edição.”

Paddy Cosgrave

Presidente executivo do Web Summit

Hélder Sousa Silva, presidente da Câmara Municipal de Mafra, que também participou neste encontro com jornalistas, ficou agradado com as palavras do presidente executivo do Web Summit, assumindo que é um desígnio da autarquia que lidera continuar a albergar a Surf Summit.

“É o terceiro ano consecutivo que este evento se realiza e, para nós, é um orgulho e uma honra, porque a Surf Summit ajuda à promoção da Ericeira nos quatro cantos do mundo”, destacou.

O autarca de Mafra, onde se localiza a vila da Ericeira, agradeceu a Paddy Cosgrave a aposta nas prais da primeira reserva mundial de surf da Europa e a segunda do mundo, considerando que se trata do “melhor lugar para o surf, mas também para o ‘stand up paddle’ (SUP) e para as caminhadas”.

E atirou: “Já disse ao Paddy que, tal como Lisboa vai ter o Web Summit por mais dez anos, que nós também venhamos a ter a Surf Summit por mais dez anos“.

Segundo o político, desde a primeira edição da Surf Summit, em 2016, “têm vindo a instalar-se algumas empresas tecnológicas nesta região, promovendo o emprego e o desenvolvimento”.

Por seu turno, o surfista Tiago “Saca” Pires, o primeiro português a correr no circuito mundial de surf, que tem vindo a estar presente nas iniciativas da Surf Summit desde o seu arranque, declarou-se honrado por estar associado a um evento como a Web Summit e realçou as vantagens que a Surf Summit trás para os participantes oriundos dos mais variados lugares do mundo.

“Trocamos diferentes ideias e conceitos. É uma experiência única e obtemos inputs importantes para desenvolver negócios“, lançou, elogiando a informalidade da iniciativa que permite a aprendizagem num contexto descontraído e de comunhão com a natureza.

“As pessoas saem daqui com os olhos a brilhar”, assinalou o surfista.

Joana Schenker, a primeira campeã mundial de bodyboard portuguesa, confessou estar “muito entusiasmada” por estar a participar pela primeira vez na Surf Summit, destacando a importância de se aproveitar a oportunidade para discutir as questões relacionadas com a proteção do meio ambiente.

A terceira edição da Surf Summit, evento que antecede a cimeira tecnológica Web Summit, decorre este fim de semana na Ericeira, permitindo aos participantes o convívio e a aprendizagem com atletas profissionais dos desportos das ondas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer até 2028 no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.

Nesta terceira edição do evento em Portugal são esperados cerca de 70 mil participantes de mais de 170 países.

A edição deste ano realiza-se entre os dias segunda e quinta-feira.

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Yoyoloop: quando a sua boleia o leva de porta a porta

A startup portuguesa acredita que a forma como as cidades se desenvolvem está a mudar e que a mobilidade partilhada, elétrica e, até, autónoma fazem parte dessa transformação.

Revolucionar as viagens de trabalho é a intenção da Yoyoloop. A startup portuguesa oferece uma solução focada, sobretudo, nas empresas e no modo como estas realizam as suas viagens de trabalho. Transporte porta-a-porta, redução da pegada ecológica e tempo útil são algumas das vantagens do serviço.

A ideia é que as empresas passem a utilizar uma carrinha para transportar os seus colaboradores quando é necessário que estes façam viagens de trabalho, em alternativa ao uso de carros individuais. Fundada por Ricardo Jorge, CEO da startup portuguesa, a startup veio responder a uma necessidade do próprio fundador: viagens regulares e, em trabalho. “Na altura, enquanto viajava, ouvia um podcast sobre a disrupção que aí vem na indústria da energia e do transporte“, explica o fundador, em entrevista ao ECO.

Os especialistas que anunciavam o fim do automóvel como propriedade individual e a passagem massiva para a mobilidade partilhada fizeram-no pensar que, de facto, as pessoas utilizam muito pouco os seus carros e que, quando os conduzem, estão a “desaproveitar” tempo. A mobilidade partilhada intercidades poderia resolver esse problema, pensou na altura.

A Yoyoloop surgiu para reduzir o tráfego automóvel nas cidades e, consequentemente, a pegada ecológica. “Hoje a nossa oferta já é muito mais sustentável do aquela que existe no mercado. Em vez de termos cinco carros a irem para o Porto, temos apenas um carro, sendo que as emissões de uma destas carrinhas são semelhantes às de um automóvel“, diz.

Primeiro elétricos, depois autónomos

Nesta caminhada rumo à mobilidade mais sustentável, o transporte elétrico não fica esquecido. Ricardo Jorge afirma que, neste momento, a oferta que existe ao nível de mobilidade elétrica ainda não satisfaz as necessidades da startup e que a autonomia destes veículos é, também, um problema. Contudo, esta é uma substituição que acredita estar para breve e, nesse momento, a Yoyoloop “será ainda mais sustentável”.

"Em 2019 contamos começar a substituir a nossa atual frota por carros elétricos”

Ricardo Jorge

Fundador e CEO da Yoyoloop

O destino final não é, no entanto, os carros elétricos. A empresa quer ir mais longe na mobilidade e, “depois dos elétricos, começar a pensar nos autónomos”. Animado por alguns serviços com carros autónomos que já funcionam lá fora, Ricardo Jorge explica que, para esta realidade, a grande barreira é regulatória. Ainda assim, considera ser uma meta a alcançar a longo prazo.

O que também é uma meta a longo prazo é a construção de uma app. Neste momento, a Yoyoloop funciona somente através do seu site, que foi pensado e desenvolvido para ser acedido através do telemóvel. “Não criámos logo uma aplicação porque, em primeiro lugar, uma app pressupõe um investimento muito maior e, em segundo, consideramos que as pessoas têm uma grande barreira em instalar apps que não vão usar diariamente e, ainda mais, quando se trata de uma empresa que é nova“, explica o fundador.

“O valor do nosso próprio tempo tem vindo a aumentar”

Outra das vantagens apontadas por Ricardo Jorge está relacionada com a conversão do tempo “desperdiçado” em tempo útil. Quer isto dizer que, em vez de a pessoa se deslocar de Lisboa ao Porto, por exemplo, com o seu carro próprio — tendo de conduzir — pode aproveitar o tempo de viagem numa carrinha da Yoyoloop com motorista e que oferece internet.

“É cada vez mais importante estarmos ligados, já é difícil estar muitas horas do dia sem conexão à internet, e também o valor do nosso próprio tempo tem vindo a aumentar”, afirma o CEO da startup.

A viagem porta-a-porta evita, assim, a espera nas estações de comboios ou nos aeroportos, permitindo rentabilizar o tempo. Também o networking assume aqui uma característica importante uma vez que, ao partilhar a viagem com outros colegas, “as pessoas podem encontrar-se e conhecer-se”, partilhando ideias e discutindo, até, possíveis negócios.

Próxima paragem: Braga

O percurso Lisboa-Porto é, por agora, a grande aposta da startup de mobilidade partilhada intercidades. “Temos neste momento 16 partidas diárias, oito de cada lado”, refere Ricardo Jorge. Leiria e Coimbra fazem, também, parte das ofertas, ainda que com muito menor frequência. “Lisboa-Coimbra tem uma partida diária de cada lado. As viagens para Leiria fazem-se, por enquanto, aos fins de semana, para apanhar estudantes ou trabalhadores que queiram ir a casa passar o fim de semana”, explica.

A intenção é expandir as rotas. “Estamos a olhar para Braga como o próximo local na nossa rede”, confessa.

No que toca a preços, na Yoyoloop, uma viagem de Lisboa ao Porto fica a 39 euros por pessoa e, de Lisboa a Coimbra, a 26 euros. Já de Lisboa a Leiria, a viagem tem um custo de 18 euros. Tais valores resultam, segundo Ricardo Jorge, em preços mais baixos (sobretudo se comparados com o gasto de ir sozinho num carro) e num serviço melhor.

“Acredito que a mobilidade vai evoluir para algo muito barato”, diz. Embora tenha como principal cliente as empresas, a startup serve qualquer pessoa e acredita que este é o futuro das sociedades. “As pessoas vão poder escolher, por exemplo, o local onde querem viver com mais liberdade. Vão poder viver mais longe do sítio onde trabalham”.

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Freguesia a freguesia, quanto custa comprar casa em Lisboa e no Porto?

Os preços das casas chegaram a aumentar mais de 30%, no espaço de um ano, em algumas zonas de Lisboa e Porto. Freguesia a freguesia, saiba quanto custa comprar casa nestas cidades.

Nas cidades mais caras do país, os preços das casas não dão sinais de abrandamento. Comprar uma casa em Lisboa custa 21 vezes mais do que na Pampilhosa da Serra, a cidade mais barata do país. Mas pode custar ainda mais, se a compra for feita na freguesia de Santo António, ou na da Misericórdia, as duas mais caras da capital. No Porto, os preços são mais baixos, mas o aumento dá-se a um ritmo ainda mais acelerado. O Porto foi mesmo a grande cidade (com mais de 100 mil habitantes) onde foi registado o maior aumento de preços no espaço de um ano: entre o segundo trimestre de 2017 e o mesmo período deste ano, o preço mediano do metro quadrado no Porto disparou 25%, um valor que ultrapassa os 40% numa das freguesias da cidade.

Freguesia a freguesia, saiba qual o valor mediano do preço por metro quadrado das casas em Lisboa e no Porto, no segundo trimestre de 2018.

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Marcelo recusa uso das Forças Armadas “ao serviço de jogos de poder”

  • Lusa
  • 4 Novembro 2018

O Presidente da República enalteceu este domingo o contributo das Forças Armadas para a paz na cerimónia militar que assinala os cem anos do armistício da I Guerra Mundial, a 11 de novembro de 1918.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enalteceu este domingo o contributo das Forças Armadas para a paz e disse que não será tolerado o uso da instituição militar para “jogos de poder”.

“Não toleraremos que se repita o uso das Forças Armadas ao serviço de interesses pessoais ou de grupo, de jogos de poder, enquanto soldados se batiam como hoje se batem todos os dias no centro de África, no norte, leste e sul da Europa, no Golfo da Guiné, pela pátria e pela humanidade”, declarou.

O Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas discursava na cerimónia militar que assinala os cem anos do armistício da I Guerra Mundial, a 11 de novembro de 1918, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Depois de depositar uma coroa de flores no monumento aos combatentes da Grande Guerra, durante a qual combateram 111 mil militares portugueses e morreram “mais de oito mil”, Marcelo Rebelo de Sousa invocou os que “combateram pela compreensão contra o ódio”, por uma “Europa aberta contra uma Europa fechada” e disse que há uma lição de há cem anos para aprender.

“Esses heróis nos convocam a aprender a lição de há cem anos. Não toleraremos que se repita a sangrenta divisão da Europa. Não toleraremos que se repita o perder-se a paz ganha com tantas mortes às mortes de aventureiros criadores de novas guerras”, disse.

O chefe do Estado defendeu que “hoje mais do que nunca” é necessário “afirmar os valores” que identificam Portugal “como nação na relação fraterna com as nações aliadas e amigas”, o primeiro dos quais “é a dignidade da pessoa humana”.

“Hoje mais do que nunca queremos celebrar as Forças Armadas. Sem vós, militares de Portugal, sem o vosso prestígio, sem o respeito e admiração pela vossa missão insubstituível não há liberdade, nem segurança, nem democracia, nem paz que possam vingar”, enalteceu.

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Modelo económico chinês é uma “anomalia alarmante” para o Ocidente, dizem analistas

  • Lusa
  • 4 Novembro 2018

Quarente anos após a abertura do país ao investimento privado, os analistas alertam para os crescentes riscos políticos e económico na China, cujo modelo assusta os países do Ocidente.

Analistas alertam para crescentes riscos políticos e económicos na China, à medida que o Partido Comunista reforça o domínio sobre a segunda maior economia mundial, quarenta anos após ter aberto o país ao investimento privado.

O modelo de capitalismo de Estado vigente na China, em que os setores chave da economia são dominados pelas firmas estatais, alimenta riscos de um conflito com o Ocidente, alertaram esta semana dois conhecidos economistas chineses.

“O modelo chinês é para o Ocidente uma anomalia alarmante, e leva à discórdia com a China”, afirma Zhang Weiying, professor da Universidade de Pequim, num discurso publicado no portal oficial da instituição, e entretanto apagado.

“Aos olhos do Ocidente, o modelo chinês é incompatível com o comércio justo e a paz mundial, e não deve avançar triunfante”, observa.

"O modelo chinês é para o Ocidente uma anomalia alarmante, e leva à discórdia com a China”, afirma ”

Zhang Weiying

Professor da Universidade de Pequim

Pequim interdita o acesso de empresas estrangeiras a vários setores, enquanto as firmas chinesas compraram, nos últimos anos, empresas e ativos estratégicos em todo o mundo.

Sheng Hong, diretor executivo da unidade de investigação Unirule Institute of Economics, com sede em Pequim, adverte as autoridades chinesas que, ao recuarem na política de Reforma e Abertura, lançada em 1978, e que abriu o país ao comércio e mercado livres, aumentam o potencial de conflito com o Ocidente.

“A reforma e abertura da China é a garantia de cooperação estratégica entre a China e os EUA”, afirma Sheng, num artigo difundido pelo jornal Financial Times, atribuindo à abertura da economia chinesa “a convergência de valores com o Ocidente”.

No entanto, desde a ascensão ao poder do Presidente chinês, Xi Jinping, em 2013, o Partido Comunista da China (PCC) reforçou o seu controlo sobre a sociedade civil, ensino ou economia. Um plano de modernização designado “Made in China 2025” visa transformar as estatais do país em líderes globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Dinny McMahon, autor do livro “China Great Wall of Debt” (“A Grande Muralha de Dívida da China”), alerta para os perigos económicos do modelo chinês, face à obsessão de Pequim em assegurar altas taxas de crescimento económico, consideradas essenciais para assegurar a estabilidade social, uma preocupação constante do PCC, partido único no país.

“Desde a crise financeira global [em 2008], o crescimento da economia chinesa tem assentado no investimento alimentado por dívida“, explica McMahon, que foi também correspondente em Pequim do Wall Street Journal, entre 2009 e 2015, estimando que o país criou, nos últimos dez anos, “63% do novo dinheiro a nível global”.

No espaço de uma década, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, mais de oitenta aeroportos ou dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média chinesa em centenas de milhões de pessoas.

No entanto, segundo a agência suíça Bank for International Settlements (BIS), durante o mesmo período, a dívida chinesa quase duplicou, para 257% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Penso que no núcleo desta questão reside a necessidade política de garantir um determinado ritmo de crescimento”, afirma Dinny McMahon.

"Desde a crise financeira global, o crescimento da economia chinesa tem assentado no investimento alimentado por dívida.”

Dinny McMahon

O problema é exacerbado pelas autoridades locais e empresas estatais, cuja promoção dos quadros depende sobretudo do ritmo de crescimento do PIB das respetivas províncias ou cidades. “Visto que um presidente da câmara tem um mandato de cinco anos, mas por norma fica apenas três ou quatro, a forma mais fácil de estimular o crescimento económico é contrair dívida para construir”, afirma McMahon.

Um dos efeitos mais visíveis do desperdício gerado por este ciclo são as dezenas de cidades “fantasma” erguidas por todo o país: condomínios, torres de escritórios, centros administrativos, edifícios governamentais, teatros ou complexos desportivos totalmente abandonados.

Enquanto mais dívida contraí, mais constrói, e maior crescimento alcança“, descreve. “Mas quando chega a altura de pagar as dívidas contraídas, o responsável já foi promovido”, explica.

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Presidente dos CTT: “Numa loja, a pessoa trabalhava em média 35 minutos por dia”

  • ECO
  • 4 Novembro 2018

Francisco Lacerda adiantou que CTT já chegou a acordo de rescisão amigável com 360 trabalhadores. Diz que dividendos "vão ficar seguramente abaixo" dos lucros.

Os CTT já encerraram quase meia centena de estações de correio este ano, transferindo a atividade para postos geridos por terceiros, como juntas de freguesia ou particulares. Francisco Lacerda lembra que está a reestruturar a rede porque a afluência às suas lojas é cada vez menor. E conta o caso da loja que foi encerrada recentemente e onde o funcionário trabalhava apenas 35 minutos por dia.

“Uma das lojas que recentemente fechamos numa determinada localidade, e abrimos um posto muito perto, a pessoa em média trabalhava 35 minutos por dia. Porquê? Porque não há pessoas suficientes a requisitar os serviços dos CTT nessa localidade”, explicou Lacerda em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF.

Lembrou ainda que este reajustamento da rede de lojas não tem impacto no movimento dos carteiros. “Os carteiros distribuem as cartas qualquer que seja a nossa presença com loja, posto ou outra. São dois mecanismos independentes”, disse.

Há um ano, Lacerda anunciou um plano de transformação que inclui a saída de 800 trabalhadores até 2021 e ainda uma reajustamento da rede de lojas.

Cerca de 360 funcionários já chegaram a acordo com a empresa para sair, adiantou o presidente dos CTT na mesma entrevista.

"Uma das lojas que recentemente fechamos numa determinada localidade, e abrimos um posto muito perto, a pessoa em média trabalhava 35 minutos por dia. Porquê? Porque não há pessoas suficientes a requisitar os serviços dos CTT nessa localidade.”

Francisco Lacerda

Presidente dos CTT

Nos primeiros nove meses do ano, a empresa viu os lucros caírem 50% para menos de dez milhões de euros. Lacerda considerou que se deve “separar o que é recorrente do que não é recorrente”.

“No caso dos resultados de todos os trimestres deste incorporam o conjunto de indemnizações que pagamos às pessoas com quem chegamos a acordo de saída e esses montantes, que nos 9 meses são pouco mais de 19 milhões de euros, não são recorrentes na medida em que não se repetem, as pessoas saem e deixamos de ter esse encargo salarial. Se retirar isso, o que se vê é que as tendências estão bastantes positivas e isso é visto quando se olha para a evolução do EBITDA recorrente, que é o indicador que melhor permite ver esse aspeto”, frisou.

Sobre o dividendo, Lacerda diz que a percentagem do lucro a distribuir pelos acionistas ainda não está decidida. “Mas será seguramente abaixo do resultado líquido que viermos a gerar desde exercício”, revelou.

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Montepio financiou construtor que deu prenda de 8,5 milhões a Salgado

  • ECO
  • 4 Novembro 2018

Ao todo, o Montepio emprestou a José Guilherme mais de 28 milhões de euros entre 2009 e 2014 e a quase totalidade deste crédito está por liquidar.

Entre março e abril de 2009, a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) financiou em 8,5 milhões de euros, a título pessoal, José Guilherme, construtor amigo do antigo presidente do BES Ricardo Salgado, a quem o empreiteiro havia “oferecido” nesse ano 8,5 milhões de euros (entre outras verbas) por alegadas ajudas em Angola, num caso que está sob investigação.

Ao todo, adianta o Público (acesso condicionado), entre 2009 e 2014, José Guilherme foi financiado em 28,4 milhões de euros pelo Montepio só com empréstimos pessoais, e a quase totalidade destes créditos estão ainda por liquidar, prejudicando o banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), a maior mutualista do país que vai a eleições em dezembro.

Durante este período de cinco anos, o Montepio deliberou mais de dez vezes sobre operações de crédito a José Guilherme. Em 2012, a dívida do empreiteiro ascendia já aos 12 milhões de euros. No ano seguinte, a CEMG passou a exposição de José Guilherme para uma empresa de arrendamento imobiliário, a Sintril, uma operação que permitiu continuar a financiar o construtor a título pessoal nos anos seguintes.

A poucas semanas antes do colapso do BES, em 2014, o banco na altura liderado por Tomás Correia emprestou mais 17 milhões de euros que foram usados parcialmente por José Guilherme para pagar uma dívida de 6,9 milhões de euros da Vergui, uma empresa que recebeu uma mais-valia paga pelo Grupo Espírito Santo num negócio em Angola e que ainda está sob investigação, conta o Público.

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Antes de abandonar a liderança do banco, para ficar a liderar os destinos apenas da AMMG, Tomás Correia ainda procedeu a uma reestruturação da dívida de José Guilherme, alargando os prazos de reembolso, numa altura em que as empresas do construtor apresentavam imensas dificuldades.

Em entrevista à SIC, em 2015, Tomás Correia foi perentório quando questionado sobre a eventual amizade com o empreiteiro: “Eu não tenho amizade com José Guilherme. Não há nada disso”.

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Isto é tudo o que precisa saber sobre o Web Summit

  • Lusa
  • 4 Novembro 2018

A Web Summit regressa, entre segunda e quinta-feira, a Lisboa. Aqui encontra desde a forma de lá chegar até a todos os constrangimentos em resultado da cimeira tecnológica.

A cimeira tecnológica Web Summit regressa, entre segunda e quinta-feira, a Lisboa, onde ficará por mais dez anos, com a organização a prometer “a melhor edição”, mas sem se livrar de polémicas neste e nos dois anos anteriores.

A Web Summit chegou a Lisboa em 2016 e trouxe 53 mil pessoas de 166 países, 15 mil empresas, 7.000 presidentes executivos, 700 investidores de topo e 2.000 jornalistas internacionais.

No ano passado, estes números subiram, para um total de 60 mil participantes de 170 países, 1.200 oradores, duas mil ‘startups’, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

Porém, estas duas edições anteriores ficaram marcadas não só pela dimensão e pelo crescimento do evento, mas também por polémicas.

Na edição de 2016, verificaram-se várias dificuldades nos acessos (rodoviários e por transportes públicos, como o metro) ao Parque das Nações, zona do evento, bem como problemas na entrada, com alguns participantes a não conseguirem assistir à cerimónia de abertura, por exemplo.

Já no ano passado, foi no final do evento que a polémica se instalou, devido à utilização do espaço do Panteão Nacional para a realização de um jantar exclusivo para convidados da Web Summit, situação que motivou várias críticas e levou a organização a pedir desculpas “por qualquer ofensa causada” e a garantir que o evento, “conduzido com respeito”, cumpriu as regras do local.

Para este ano, a organização já prometeu “a maior e a melhor” edição de sempre, com novidades e mais de 70 mil participantes.

Ainda assim, a lista de oradores desta edição já deu que falar, levando o presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, a retirar o convite à líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, para integrar a lista de oradores, depois das críticas de vários setores.

O Governo português chegou mesmo a esclarecer que não tinha intervenção na seleção de oradores da cimeira.

Eis as principais informações que se conhecem sobre a Web Summit:

Qual é a origem da Web Summit?

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com centenas de colaboradores.

Em 2016, a cimeira mudou-se para Lisboa, com uma previsão inicial de ficar três anos. Porém, no início de outubro deste ano, foi anunciado que o evento continuará a ser realizado em Lisboa por mais 10 anos, ou seja, até 2028, mediante contrapartidas anuais de 11 milhões de euros e a expansão da Feira Internacional de Lisboa (FIL).

O acordo prevê ainda uma cláusula de rescisão de 3,4 mil milhões de euros, o que significa que se a Web Summit quiser sair, terá de indemnizar o Estado. Este montante corresponde ao impacto total estimado do evento, já que, segundo fonte da Câmara de Lisboa, se traduz em 340 milhões de euros por cada ano de incumprimento do acordo.

O Governo estima, assim, que a atividade económica gerada por este evento atinja mais de 300 milhões de euros, a par de 30 milhões encaixados em receitas fiscais.

Onde é o evento?

À semelhança das duas edições anteriores, a Web Summit decorre entre segunda e quinta-feira no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na FIL, em Lisboa.

O que traz de novo esta edição?

A terceira edição terá “três novos palcos”: o “DeepTech”, no qual estará em foco o impacto de tecnologias como a computação e a nanotecnologia na indústria e na vida quotidiana; o “UnBoxed”, onde críticos de tecnologia irão analisar produtos eletrónicos; e ainda a “CryptoConf”, que debaterá assuntos como as moedas digitais.

Ao todo, serão 25 conferências diferentes dentro de uma só cimeira para discutir realidades relacionadas com a tecnologia, em áreas como o ambiente, o desporto, a moda e a política.

A edição de 2018 em números

  • Mais de 70 mil participantes, oriundos de mais de 170 países;
  • Mais de 20.000 empresas e mais de 1.000 ‘startups’;
  • Mais de 1.000 investidores e cerca de mil oradores;
  • Mais de 2.500 jornalistas internacionais;
  • Uma competição de ‘pitch’ com 200 concorrentes;
  • Preços dos bilhetes estão a rondar os 1.000 euros (base), os 5.000 euros (para diretores) e os 25 mil euros (para presidentes de Conselho de Administração);
  • A estes acrescem 10 mil bilhetes vendidos a cinco euros para jovens entre os 16 e os 23 anos e 10 mil bilhetes mais baratos destinados a mulheres empreendedoras no âmbito do programa Women in Tech.

Estes são alguns dos oradores presentes

Quanto aos oradores deste ano, destacam-se personalidades como o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, a atriz Maisie Williams, o presidente executivo do eBay, Devin Wenig, o presidente executivo da Nestlé, Mark Schneider, o ‘designer’ de moda Alexander Wang e o presidente da Microsoft Corporation, Brad Smith, entre outros.

Do grupo de oradores portugueses fazem parte o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o comissário europeu Carlos Moedas, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Quem são os principais parceiros do evento?

Amazon Web Services, KPMG, Booking.com, BMWi, Mercedes-Benz.io, Volkswagen We, IBM, Cisco, Siemens, Microsoft, Google, Altice, EDP.

Como ir para a cimeira? De transportes públicos

Relativamente aos transportes públicos, o Metropolitano de Lisboa vai monitorizar a circulação na linha Vermelha durante a realização da Web Summit, com o objetivo de procurar ajustar a oferta à procura, além de reforçar o serviço de apoio ao cliente em várias estações.

Ao mesmo tempo, vai permitir a todos os participantes da cimeira da tecnologia a aquisição prévia de títulos de transporte, através de uma plataforma digital, com recurso ao pagamento com cartão de crédito.

O Metro vai ainda, em conjunto com a Carris e a CP – Comboios de Portugal e, em coordenação com a organização da Web Summit, estar presente nos locais de acreditação do evento, nomeadamente no Aeroporto e na FIL a prestar informação e encaminhamento dos visitantes, além de vender os títulos de transporte nesses locais.

O segundo e o quarto (e último) dia do evento serão marcados por greves parciais dos trabalhadores do Metropolitano, entre as 06h00 e as 09h30, que justificam a paralisação com a discordância com a proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros para os anos de 2018 e 2019, que deverão perturbar o serviço.

Para quem optar por táxis, a empresa Cooptáxis divulgou que terá parte da frota com mil táxis e profissionais “mobilizados e focados” no evento.

Já para os utilizadores de plataformas eletrónicas de transporte, a Taxify anunciou que vai disponibilizar carros de seis lugares.

No que toca às chegadas ao país por via aérea, a ANA – Aeroportos de Portugal garantiu, numa resposta escrita enviada à agência Lusa, que “o Aeroporto Humberto Delgado [em Lisboa] está preparado para fazer face ao volume de visitantes previsto”.

A ANA nota ainda que “a preparação do acolhimento dos visitantes é feita com bastante antecedência”, o que se reflete, de acordo com a gestora aeroportuária, na “criação de espaços próprios que não só geram melhores fluxos na credenciação do evento como fornecem melhor serviço aos participantes”, bem como no “reforço do serviço de ‘’wi-fi’ para fazer face ao acréscimo de utilização”.

“Há espaços dedicados à credenciação de todos os visitantes, bem como de grupos específicos, e acessos de estacionamento e outros no sentido de agilizar o acolhimento deste elevado fluxo de visitantes”, refere a ANA, adiantando que vai ainda “reforçar a sinalética e o acompanhamento de passageiros” nos dias anteriores e do evento.

Ruas cortadas? Sim

Já para quem se deslocar de carro, a partir de domingo e até ao final do evento, estão previstos condicionamentos à circulação automóvel em toda a zona envolvente do Parque das Nações, sob vigilância policial.

A Alameda dos Oceanos, no sentido norte-sul, entre a Rotunda dos Vice-Reis e a Avenida do Índico, estará circulável, mas a circulação estará interrompida na Alameda dos Oceanos junto à FIL, entre o Pavilhão de Portugal e a rotunda dos Vice-Reis (sentido sul-norte).

Estará também cortada a Rua do Bojador, no troço entre o Altice Arena e a Feira Internacional de Lisboa (troço nascente-poente) e a Avenida do Atlântico, entre a Feira Internacional de Lisboa e a Praça Sony.

Estarão condicionadas a Rua do Bojador entre a Avenida da Boa Esperança e o Altice Arena e a Avenida da Boa Esperança entre a Rotunda dos Vice-reis e o Hotel Myriad.

Mais risco, mais segurança

A PSP anunciou que irá adotar medidas de segurança adicionais e cortar vias à circulação automóvel a partir de domingo no Parque das Nações, em Lisboa, devido à realização da ‘Web Summit’ 2018 na próxima semana.

Em comunicado, a PSP destacou que, “apesar de não ter existido um aumento do nível do grau de ameaça para a edição deste ano, relativamente à de 2017”, serão tomadas “medidas de segurança adicionais” centradas “na prevenção e proatividade”, com a delimitação de perímetros e no controle de visitantes nas entradas, que passam pela utilização de detetores de metais e aparelhos de Raio-X.

Operadoras reforçam cobertura

As três operadoras móveis Altice Portugal, NOS e Vodafone Portugal vão reforçar as suas redes devido à Web Summit, com a dona da Meo a assumir o desafio de duplicar os dados que circulam nas suas redes.

“A Altice Portugal, parceira tecnológica da Web Summit, dotou os locais onde decorre o evento — FIL e Altice Arena — com rede wi-fi de última geração, tendo sido esta uma das principais razões para a transferência do evento da Irlanda em Portugal”, indicou a dona da Meo à Lusa.

Assim, “serão asseguradas todas as condições para dotar os espaços com cobertura ‘wi-fi’ de alta densidade e alta disponibilidade, adequadas ao nível de exigência e à dimensão internacional do evento, para o qual se prevê a presença simultânea de mais de 67 mil dispositivos”, acrescentou.

No ano passado, o número total de dispositivos ligados à rede ‘wifi’ no evento foi superior a 50.000, representando mais de 2,1 milhões de sessões e 45 terabytes (TB) de dados.

Por sua vez, a NOS “vai realizar um reforço da rede móvel nas tecnologias 2G, 3G e 4G em toda a envolvente do Parque das Nações, através da colocação de uma torre móvel temporária e upgrade de rede nas estações que servem a área”, informou fonte oficial.

Também serão reforçadas, a nível de rede móvel, outras zonas como Chiado, Bairro Alto, Príncipe Real, Lx Factory e Cais do Sodré. A linha vermelha do metro de Lisboa, apesar de este ano já ter sido integrada no plano geral de melhoria da rede da NOS, também será alvo de intervenção com aumento de capacidade face ao volume de visitantes esperado”, acrescentou a NOS.

A Vodafone Portugal sublinhou que “sempre que ocorrem eventos de grande dimensão” a operadora “leva a cabo planos dedicados de reforço de cobertura e capacidade da sua rede de comunicações móveis””, sendo que a Web Summit “é um desses exemplos, enquanto evento onde são esperados mais de 70 mil pessoas com necessidades de comunicação muito exigentes”.

Na última edição, acrescentou, foram gerados 6TB de dados e mais de 700 mil minutos de tráfego de voz na rede Vodafone, “não se tendo registado qualquer falha ou anomalia”.

Em todo o espaço em que decorre o evento encontram-se instaladas mais de 30 antenas e pontos estratégicos dentro e fora do recinto, que reforçam a capacidade da rede móvel nos ambientes onde há bastante utilização de dados, adiantou a Vodafone, sublinhando que este ano a operadora “instalou ainda uma antena especial com tecnologia ‘Massive Mimo'”, que servirá de base ao 5G – a quinta geração móvel, que no mercado português “é apenas utilizada pela Vodafone”.

Ocupação hoteleira próxima dos 100%

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estimou uma “ocupação próxima dos 100%” nos estabelecimentos de Lisboa na próxima semana, devido à realização da cimeira de tecnologia Web Summit, o que se deverá refletir nos preços.

“Prevê-se que os hotéis da cidade de Lisboa possam fechar com uma ocupação muito próxima dos 100% naquela semana [a próxima] e o preço naturalmente irá ajustar-se”, indicou a AHP numa resposta escrita enviada à Lusa.

Segundo esta entidade, nas duas edições anteriores, “há a registar que os participantes ficaram na hotelaria da cidade, mas também em toda a região de Lisboa”.

“Outras formas de alojamento também foram bastante procuradas, sobretudo pelos participantes mais jovens”, acrescentou.

Por seu lado, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) prevê que os participantes na Web Summit gastem mais de 61 milhões de euros nos quatro dias da conferência internacional de tecnologia.

Depois de ouvidos os seus associados, a AHRESP estimou que os esperados 70 mil visitantes da terceira edição do evento em Lisboa gastem cerca de 61,6 milhões de euros, num gasto médio diário de 220 euros, dos quais 120 euros em alojamento e 50 euros em “restauração e animação”.

Iniciativas paralelas

À semelhança das outras edições, nesta haverá eventos paralelos à cimeira, desde logo “duas grandes iniciativas” nos dias anteriores, de acordo com a organização.

Em causa está, assim, uma conferência sobre inovação corporativa, destinada apenas a convidados que trabalham na área da inovação de “algumas das maiores empresas do mundo”, como a Mozilla, a Allianz Technology, a General Motors, a P&G, a Vodafone, a Lamborghini, entre outras.

Já no fim de semana anterior à Web Summit decorre a iniciativa Surf Summit, na Ericeira, na qual empreendedores, investidores e oradores se juntam para dois dias de atividades ao ar livre.

Nos dias em que decorre a cimeira e após o horário das conferências, voltam as ações de convívio noturnas Night Summit, no LX Factory, e as festas de final de dia Sunset Summit, no Pavilhão Portugal.

App tem mais funcionalidades

Criada na edição de 2015 da Web Summit e atualizada este ano, a app (aplicação) disponibilizada pela organização permite aos participantes encontrar as pessoas certas dentro do recinto.

A aplicação funciona nos ‘smartphones’ com os sistemas operativos iOS e Android servindo como bilhete de entrada, para atualizar em tempo real o programa do evento e para recomendar em que discussões deve estar presente e quais as pessoas indicadas para falar e conhecer, sejam eles investidores, startups ou oradores.

Quanto mais dados foram compartilhados e mais ativo for o utilizador na aplicação, mais recomendações receberá, naquele que é caracterizado como um “esforço colaborativo”. Além disso, os participantes também poderão comunicar uns com os outros através da funcionalidade de chat (diálogo) da aplicação.

Este ano, foram introduzidas novas funcionalidades na aplicação, incluindo a possibilidade fazer pedidos de reunião, acompanhar oradores e fazer conversas de grupo.

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Juízes convocam 21 dias de greve. Governo confia no sentido de responsabilidade dos juizes

  • Lusa
  • 4 Novembro 2018

Governo já apelou ao sentido de responsabilidade dos juízes, que anunciaram uma greve nacional de 21 dias, num protesto que decorrerá a partir do dia 20 deste mês até outubro do próximo ano.

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) anunciou uma greve nacional de 21 dias, com início no dia 20 deste mês, em protesto pela falta de acordo na revisão do Estatuto dos Magistrados Judiciais.

Infelizmente fomos forçados a chegar a esta situação extrema, mas estamos dispostos a dialogar como sempre estivemos. Temos é de o fazer num clima de responsabilidade e seriedade”, disse aos jornalistas o presidente da estrutura sindical Manuel Soares, no final da assembleia-geral que decorreu este sábado em Coimbra.

De acordo com a deliberação da reunião, a greve terá início no dia 20 deste mês e prolonga-se até 21 de outubro do próximo ano, caso as negociações não cheguem a bom termo.

Para o Governo, a greve anunciada no sábado tem “subjacentes” apenas reivindicações “de caráter remuneratório, que radicam na impossibilidade de evolução das remunerações, decorrente da existência de um teto salarial”, tendo o Executivo comunicado “oportunamente à ASJP que estava em condições de propor à Assembleia da República a eliminação desse teto, o englobamento do subsídio de compensação na remuneração e a adoção de um regime transitório destinado a assegurar a neutralidade fiscal desse englobamento”.

“O Governo reitera essa proposta, na certeza de que dá inteira satisfação àquelas reivindicações e na convicção segura de que os juízes portugueses agirão sempre, em todos os momentos, com o sentido de responsabilidade, inerente à sua condição de titulares de um órgão de soberania”, lê-se na mesma nota.

"O Governo reitera essa proposta, na certeza de que dá inteira satisfação àquelas reivindicações e na convicção segura de que os juízes portugueses agirão sempre, em todos os momentos, com o sentido de responsabilidade, inerente à sua condição de titulares de um órgão de soberania.”

Ministério da Justiça

O Ministério da Justiça sublinha ainda que “a eleição de uma nova direção da ASJP, já depois de concluídas as negociações, não constitui fundamento para as reabrir, dado que o interlocutor negocial do Governo é a estrutura representativa dos juízes portugueses e não quem, em dado momento, a dirige”.

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Ronaldinho falha Web Summit por ter passaporte apreendido pela justiça

  • Lusa
  • 4 Novembro 2018

Paddy Cosgrave, fundador do evento de tecnologia, lamentou ausência do craque brasileiro que costuma ser presença no Web Summit. Ronaldinho tem passaporte apreendido pela justiça e não virá a Lisboa.

O ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho, que costuma ser orador na cimeira de tecnologia Web Summit, em Lisboa, vai faltar à edição deste ano por ter o passaporte apreendido pela justiça brasileira, informou a organização.

“Sem passaporte, não há Web Summit para o Ronaldinho, infelizmente. Haverá sempre o próximo ano”, escreveu o presidente executivo do evento, Paddy Cosgrave na sua conta oficial da rede social Twitter.

Partilhando uma notícia que dava conta da apreensão do passaporte do ex-jogador, Paddy Cosgrave acrescentou: “Espero que tudo corra pelo melhor. Vamos sentir a sua falta no palco do desporto [da cimeira]”.

Segundo avança a edição brasileira da cadeia de televisão Entertainment and Sports Programming Network (ESPN), Ronaldinho Gaúcho, bem como o seu irmão, Roberto Assis Moreira, têm os passaportes apreendidos “devido à falta de pagamento de uma dívida referente a um processo por danos ambientais”.

Em causa está uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, tendo por base a construção, licenciamento ambiental, de um cais na orla do rio Guaíba, uma zona protegida.

“A sentença determina o pagamento de uma multa e outras medidas, que não foram cumpridas até ao momento, desde a condenação do caso em 19 de fevereiro de 2015”, refere aquele órgão de comunicação brasileiro, notando que as indemnizações ascendem a mais de 8,5 milhões de reais (cerca de dois milhões de euros).

A apreensão dos passaportes justifica-se, assim, pela “dificuldade comprovada” de intimar Ronaldinho e o seu irmão, “fotografados rotineiramente em diferentes lugares do mundo”, segundo a sentença divulgada pelo ESPN.

Quanto ao Web Summit, a organização espera que esta edição, a terceira no país, seja “a maior e a melhor” de sempre, com novos palcos e o alargamento do espaço.

Entre os oradores deste ano, destacam-se personalidades como o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, a atriz Maisie Williams, o presidente executivo do eBay, Devin Wenig, o presidente executivo da Nestlé, Mark Schneider, o ‘designer’ de moda Alexander Wang e o presidente da Microsoft Corporation, Brad Smith, entre outros.

Dos oradores portugueses fazem parte o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o comissário europeu Carlos Moedas, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

À semelhança das outras edições, haverá eventos paralelos à cimeira, desde logo a iniciativa Surf Summit, que decorre este fim de semana na Ericeira, na qual empreendedores, investidores e oradores se juntam para dois dias de atividades ao ar livre.

Nos dias em que decorre a cimeira e após o horário das conferências, voltam as ações de convívio noturnas Night Summit, no LX Factory, e as festas de final de dia Sunset Summit, no Pavilhão Portugal.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer na capital portuguesa até 2028.

A edição deste ano realiza-se entre segunda e quinta-feira na Altice Arena e na FIL, no Parque das Nações.

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Portugueses vão a Espanha comprar garrafas de gás. Custam quase metade do preço

  • Lusa
  • 4 Novembro 2018

São muitos os portugueses residentes junto à fronteira entre o Algarve e Espanha que vão ao país vizinho comprar botijas de gás que podem custar metade do preço que custa em Portugal.

Os combustíveis são dos bens que os portugueses residentes junto à fronteira entre o Algarve e Espanha mais procuram no país vizinho, onde uma botija de gás pode custar quase metade do preço do que em Portugal.

Com uma garrafa de gás butano de 13 quilogramas a custar, em média, 26 euros em Portugal, a agência Lusa esteve em Espanha e constatou que o mesmo produto pode ser adquirido por aproximadamente 14 euros em Ayamonte, localidade espanhola separada de Castro Marim e Vila Real de Santo António pelo rio Guadiana.

A média de preços é de 26 euros em Portugal, mas o valor das botijas pode variar consoante as marcas e as localidades, podendo alcançar os 29 euros, o que leva muitos portugueses a dirigirem-se aos postos de combustíveis mais próximos da fronteira para comprar este bem.

Um desses portugueses é Carlos Ramalho, residente em Vila Real de Santo António, que disse à Lusa aproveitar as deslocações a Ayamonte para “com o dinheiro de uma [botija] lá [em Portugal]”, “comprar aqui [em Espanha] duas”.

E é também o gasóleo. E onde for mais barato é onde a gente tem que ir, não é?”, justificou Carlos Ramalho, frisando que abastece e compra gás em Espanha “já há muitos anos”, porque “uma garrafa lá equivale aqui a duas” e os combustíveis para os automóveis também são mais baratos.

A mesma fonte disse que, de Vila Real de Santo António a Ayamonte, gasta “10 minutinhos para cá e 10 para lá” e a poupança no gasóleo e gás “compensa” a viagem de cerca de 15 quilómetros via ponte internacional sobre o Guadiana.

Ricardo Castro também fez notar a diferença de preço existente dos dois os lados da fronteira, afirmando que “uma garrafa ali em Portugal, em Castro Marim”, localidade onde reside, chega a estar “a 29 euros e aqui é 14,60 euros”.

A mesma fonte disse que vai sempre a Espanha buscar gás e abastecer o automóvel de gasóleo e salientou que costuma levar “muitas coisas, como bebidas”, porque “é tudo muito mais barato do que em Portugal”, considerou.

“Por exemplo, eu ainda no outro dia vim aqui ao [supermercado] Mercadona, em compras de bebidas brancas gastei 200 e poucos euros, e depois, de vez em quando tenho que comprar em Portugal, por causa das faturas, fui comprar precisamente as mesmas bebidas e em Portugal paguei quase 600. Foi uma diferença de quase 300 euros”, quantificou.

Por isso, este empresário algarvio já pouco recorre a bombas de gasolina portuguesas e deu o exemplo de um dia que foi a “Quarteira levar o filho”, não teve tempo para pôr gasóleo em Espanha e viu-se obrigado a pagar mais, porque o preço “lá estava a 1,60 euros o gasóleo”.

“Hoje fui atestar este carro ali na bomba mais em baixo [em Ayamonte] e estava a 1,20 o gasóleo”, contrapôs, frisando que recorre a Espanha “todo o ano” e “em Portugal só mesmo para desenrascar, 10 euros e nada mais”, e “para encher [o depósito] é mesmo em Espanha”.

Apostolache Stancu vive há muitos anos em Vila Real de Santo António e também vai a Espanha “por causa dos combustíveis e gás” e opta por Espanha sempre que “dá jeito e é para escolher entre uma e outra”, porque o valor que se poupa “pesa e nota-se no bolso”, garantiu.

José Carmo, outro dos portugueses que a Lusa encontrou a comprar gás em bombas de gasolina de Ayamonte, disse que tem “duas casas, são duas garrafas de gás, o gasóleo são à volta de 100 litros” por mês e isso, afirmou, “ainda é uma poupançazinha considerável”.

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Conheça os dez melhores CEO do mundo. Pablo Isla, da Inditex, está no topo

A lista da Harvard Business Review tem em consideração tanto o desempenho económico, como a responsabilidade social. Este ano há três mulheres, sendo que a primeira surge em 29.º lugar.

Todas as empresas precisam de um líder, uma figura que desenvolva e implemente estratégias e decisões corporativas. É precisamente para isso que existe o cargo de chief executive officer (CEO, na sigla em inglês). De todos os CEO do mundo, o espanhol Pablo Isla, da Inditex, é o que apresenta o melhor desempenho, de acordo com a lista de 2018 dos melhores CEO do planeta, elaborada pela Harvard Business Review e revelada durante esta semana.

O CEO do grupo que está por detrás de marcas como a Zara, a Massimo Dutti e a Pull and Bear é, pelo segundo ano consecutivo, quem leva para casa o título de melhor CEO do mundo, tanto ao nível de desempenho económico como ao nível da responsabilidade social, dois indicadores que a Harvard Business Review tem em conta.

Depois do CEO da Inditex surgem no ranking os líderes da Nvidia, LVMH, Kering e Continental. No top 100 deste ano estão três CEO do sexo feminino, mais uma mulher do que no ano passado. Marillyn Hewson, da Lockheed Martin, é a primeira líder que aparece na lista, em 29.º lugar. Em 56.º está Debra Cafano, CEO da Ventas, e em 76.º a CEO da Wolters Kluwer, Nancy Mckinstry.

Conheça quais são os dez melhores CEO do mundo:

1. Pablo Isla, Inditex

Setor: retalho

CEO desde: 2005

País: Espanha

2. Jensen Huang, Nvidia

Setor: tecnologias de informação

CEO desde: 1993

País: EUA

3. Bernard Arnault, LVMH

Setor: artigos de luxo

CEO desde: 1989

País: França

4. Francois-Henri Pinault, Kering

Setor: artigos de luxo

CEO desde: 2005

País: França

5. Elmar Degenhart, Continental

Setor: peças automóveis

CEO desde: 2009

País: Alemanha

6. Marc Benioff, Salesforce

Setor: tecnologias de informação

CEO desde: 2001

País: USA

7. Jacques Aschenbroch, Valeo

Setor: automóvel

CEO desde: 2009

País: França

8. Johan Thijs, KBC

Setor: banca

CEO desde: 2012

País: Bélgica

9. Hisashi Ietsugu, Sysmex

Setor: saúde

CEO desde: 1996

País: Japão

10. Martin Bouygues, Bouygues

Setor: indústria

CEO desde 1989

País: França

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