PS quase triplicou lucros em 2017. Ganhou 723 mil euros

  • ECO
  • 4 Junho 2018

O partido seguiu, segundo Luís Patrão, uma política de "redução de gastos", o que se traduziu numa diminuição nas compras de bens e serviços externos, bem como nas despesas com pessoal.

O Partido Socialista (PS) fechou o ano de 2017 com um saldo positivo de 723 mil euros, mais 183,2% do que em 2016, em que tinha registado lucros de 255 mil euros. As contas do partido, divulgadas esta segunda-feira pelo Público (acesso condicionado), confirmam a tendência positiva que tinha sido atingida pela primeira vez desde 2012.

O Público teve acesso ao Relatório de Contas que será apresentado à Comissão Nacional do PS esta quarta-feira, aquando da eleição do Secretariado e Comissão Parlamentar do partido. Os lucros de 723,4 mil euros foram ainda confirmados pelo secretário nacional com o pelouro da Administração e Finanças do partido, Luís Patrão.

O partido seguiu, segundo Luís Patrão, uma política de “redução de gastos”, o que se traduziu numa diminuição nas compras de bens e serviços externos, bem como nas despesas com pessoal. Assim, os rendimentos de 2017 ficaram-se pelos 7,9 milhões de euros e as despesas fixaram-se nos 7,2 milhões de euros.

Sobre a dívida do partido, Luís Patrão afirmou que “o endividamento global reduziu-se em 1,9 milhões, dos quais 700 mil euros na dívida bancária e 1,2 milhões na dívida aos fornecedores”. As contas das autárquicas estão por fechar, mas o partido prevê que as despesas caiam entre quatro a cinco milhões abaixo do valor registado em 2013.

Já a contar para as operações deste ano, o congresso do fim de semana passado, na Batalha, custou 350 mil euros, praticamente um terço daquilo que tinha custado o primeiro congresso de António Costa, em novembro de 2014.

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Banco Alimentar recolhe mais de 1.600 toneladas de alimentos

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

Os alimentos vão ser distribuídos, a partir da próxima semana, por mais de 2.600 instituições de solidariedade social, que vão fazê-los chegar a 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas.

O Banco Alimentar Contra a Fome recolheu mais de 1.600 toneladas de alimentos durante o fim de semana, na primeira campanha anual realizada em mais de 2.000 lojas no país.

Em declarações à Lusa, a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, indicou que até às 02h00 foram recolhidas 1.602 toneladas de alimentos, um decréscimo de 243 toneladas face a igual período do ano passado.

“[O decréscimo] é explicado sobretudo pelo fim de semana de ponte, que levou muitas pessoas para longe dos seus locais habituais de residência e alterou assim o seu perfil habitual de consumo”, disse.

Ainda assim, Isabel Jonet considerou o número de alimentos recolhido excecional.

“As minhas palavras são de agradecimento a todos quantos participaram. Nunca nos cansamos de sublinhar, com grande reconhecimento, a generosidade reiterada dos portugueses, tanto os que doam alimentos, como os voluntários que ajudam na organização”, afirmou.

A primeira campanha anual do Banco Alimentar contra a Fome decorreu este fim de semana em mais de 2.000 lojas no país, com o apoio de 42 mil voluntários.

"As minhas palavras são de agradecimento a todos quantos participaram. Nunca nos cansamos de sublinhar, com grande reconhecimento, a generosidade reiterada dos portugueses, tanto os que doam alimentos, como os voluntários que ajudam na organização.”

Isabel Jonet

Presidente do Banco Alimentar

Os alimentos vão ser distribuídos, a partir da próxima semana, por mais de 2.600 instituições de solidariedade social, que vão fazê-los chegar a 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas.

Quem não teve oportunidade de contribuir no fim de semana pode ainda fazê-lo até 10 de junho através da campanha “Ajuda Vale” com vales de produtos disponíveis nas caixas dos supermercados, bem como no portal de doação online www.alimentestaideia.pt.

A nível europeu, existem 256 Bancos Alimentares operacionais em 24 países, norteados por idêntica missão, que, em 2017, distribuíram 756 mil toneladas de produtos a 8,1 milhões de pessoas, através de 44.700 associações

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Greve parou quase 100% dos comboios em Lisboa e 72% no Porto

  • Lusa e ECO
  • 4 Junho 2018

O Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante diz que a adesão é de 90%, sendo quase total em Lisboa e no Porto.

A greve dos trabalhadores ferroviários parou, esta segunda-feira, quase 100% dos comboios urbanos de Lisboa, 72% dos do Porto e regionais e 66% das ligações internacionais, indicou fonte da CP à Lusa. O Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante (SFRCI) diz que a adesão é de 90% a nível nacional, sendo quase total em Lisboa e no Porto.

De acordo com os dados fornecidos por fonte oficial da CP à Lusa, entre as 00h00 e as 08h00 desta segunda-feira, a greve suprimiu 10 ligações internacionais (66%), 60 comboios regionais (72%), 114 comboios urbanos de Lisboa (98%) e 36 urbanos do Porto (72%).

Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo vão estar em greve, entre as 00h00 e as 23h59 de segunda-feira, contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente. Os ferroviários contestam que sejam feitas alterações ao Regulamento Geral de Segurança (RGS), com o objetivo de reduzir custos operacionais.

Os árbitros do Conselho Económico e Social (CES) não definiram serviços mínimos para a greve, impondo apenas a realização de comboios de socorro e o transporte de mercadores perigosas ou perecíveis. A CP não vai disponibilizar transportes alternativos.

Em novembro, os sindicatos dos ferroviários suspenderam uma greve após terem acordado com o Governo que a redação do regulamento de segurança iria ser melhorada de forma a garantir que cada comboio circularia sempre com um maquinista e um revisor ou operador de mercadorias.

Atualmente, os comboios circulam sempre com dois trabalhadores, exceto na Fertagus que, ao abrigo do RGS, pode funcionar excecionalmente com agente único entre Setúbal e o Pragal.

Os sindicatos que marcaram as greves – CGTP, UGT e independentes – consideram que “a circulação de comboios só com um agente põe em causa a segurança ferroviária – trabalhadores, utentes e mercadorias” e defendem, por isso, que “é preciso que não subsistam dúvidas no RGS”.

As greves de 4, 12 e 13 de junho vão abranger todos os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo e todo o tipo de trabalho das 00h00 às 24h00 desses dias.

Esta segunda-feira, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, defendeu que a greve “não tem justificação material” e explica que os sindicatos marcaram a paralisação contra um regulamento que existe desde 1999, que nunca foi alterado e nem vai ser.

Depois, o secretário-geral da CGTP, que esteve na estação do Rossio a solidarizar-se com a greve dos ferroviários, disse que estão “a defender os seus postos de trabalho”, e alertou que 600 postos diretos podem desaparecer, além de 400 indiretos.

Arménio Carlos explicou à Lusa que está a ser desenvolvido um processo para, no próximo ano, todos os serviços de transporte estarem colocados “perante uma situação de concessão e uma abertura de concursos para aqueles que estiverem interessados”.

O que está “em marcha” é os candidatos a essa concessão saberem de antemão que, “se ganharem o concurso, podem dispensar centenas de trabalhadores”, alertou.

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5 coisas que vão marcar o dia

É um dia de decisões. Os ex-administradores do BPP conhecem o acórdão do tribunal, enquanto que o Porto fica hoje a conhecer o resultado do empréstimo obrigacionista de 35 milhões de euros.

A semana arranca com os holofotes colocados na Justiça: é dia de leitura do acórdão para os ex-gestores do BPP, incluindo João Rendeiro. Rendeiro e mais três ex-administradores são acusados pelos crimes de abuso de confiança, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Já o Futebol Clube do Porto fica a conhecer o resultado da emissão obrigacionista de 35 milhões que lançou já depois de ser campeão nacional de futebol. O dia fica ainda marcado por mais uma greve dos funcionários ferroviários, enquanto a Aicep e a sua congénere moçambicana, discutem em Lisboa oportunidades de investimento em Moçambique. Por cá, a Ibersol apresenta contas ao mercados relativas ao primeiro trimestre do ano.

Ex-gestores do BPP conhecem hoje leitura do acórdão

O dia fica marcado pela leitura do acórdão do processo que envolve os ex-gestores do Banco Privado Português (BPP). João Rendeiro, Salvador Fezas Vital, Paulo Guichard e Fernando Lima, respetivamente presidente executivo do BPP e administradores respondem pelos crimes de abuso de confiança, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, por alegadamente, terem desviado cerca de 30 milhões de euros do banco em prémios e outro tipo de remunerações aprovadas sem o conhecimento dos acionistas. Entre os crimes que lhes estão imputados está ainda o de terem utilizado fundos do banco para a realização de investimentos financeiros pessoais.

Apuramento dos resultados do empréstimo obrigacionista do FC Porto

São hoje conhecidos, em sessão especial de mercado, os resultados do empréstimo obrigacionista do F. C. Porto. O campeão nacional lançou uma emissão de dívida para o retalho, através da qual pretende obter um financiamento de 35 milhões de euros, pagando uma taxa de 4,75%. A subscrição que arrancou a 16 de maio estendeu-se até à passada sexta-feira, dia 1 de junho. Na próxima quarta-feira, dia 6, será feira a liquidação física e financeira da emissão.

Greve dos ferroviários sem serviços mínimos

Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo têm agendada para esta segunda-feira uma paralisação contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente. “A circulação de comboios só com um agente põe em causa a segurança ferroviária — trabalhadores, utentes e mercadorias — e, por isso, é preciso que não subsistam dúvidas no Regulamento Geral de Segurança (RGS)”, afirmaram os representantes dos trabalhadores numa nota de imprensa. Já os árbitros do CES optaram por não definir serviços mínimos, impondo apenas a realização de comboios de socorro e o transporte de mercadorias perigosas ou perecíveis.

Ibersol apresenta contas do primeiro trimestre

A Ibersol, empresa que detém mais de 640 restaurantes, 300 dos quais em Portugal distribuídos por insígnias como a Pizza Hut, Burguer King, Pans, KFC, Pasta Caffé, Ò Kilo, Mit, Quiosques, Cafetarias, catering e outras concessões, dá hoje a conhecer os resultados referentes aos primeiros três meses do ano. A empresa coliderada por Alberto Teixeira e António Pinto de Sousa fechou o exercício de 2017, com vendas de 450 milhões de euros e 31 milhões de lucros.

Investir em Moçambique? Aicep promove roadshow para divulgar oportunidades

A Aicep Portugal Global, em parceria com a APIEX-Agência para a Promoção de Investimento e Exportações em Moçambique, promovem esta segunda-feira um roadshow para promover os negócios e investimentos naquele país. A iniciativa que decorre no auditório da Aicep, em Lisboa, conta com a participação de Castro Henriques, presidente da AICEP, do ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Regendra de Sousa, e ainda de Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização. As empresas nacionais com forte presença em Moçambique, como é o caso do grupo The Navigator, BCP, Novabase e Visabeira também marcam presença para contarem as suas experiências.

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Comprar casa para arrendar rende 5%. Mas onde se ganha mais?

Comprar casa para colocá-la no mercado de arrendamento dá uma rentabilidade média superior a 5%. Mas podem chegar aos 7% em algumas zonas do país.

Comprar casa é cada vez mais caro, mas pode também ser um investimento de retorno elevado. Em Portugal, comprar um imóvel para colocá-lo no mercado de arrendamento dá uma rentabilidade média superior a 5%. Mas os níveis de rentabilidade podem ser superiores em algumas zonas do país, onde comprar uma habitação é muito mais barato do que no resto do país, mas onde, ao mesmo tempo, as rendas praticadas não ficam assim tão distantes dos valores cobrados a nível nacional.

Os cálculos são feitos com base nos valores medianos do preço por metro quadrado de compra e arrendamento de casa, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados mostram que há 13 capitais de distrito onde comprar casa sai mais barato do que no resto país, tendo em conta um preço mediano de 932 euros por metro quadrado, a nível nacional. Por outro lado, há 12 capitais de distrito onde as rendas praticadas ficam abaixo da mediana nacional, de 4,39 euros por metro quadrado.

É o rácio destes dois valores — o preço anual da renda por metro quadrado e o preço da compra por metro quadrado — que resulta na rentabilidade bruta deste investimento, isto é, quanto pode render o arrendamento de uma casa, sem contar com os custos associados, como o crédito à habitação, os impostos ou o condomínio. Em média, em Portugal, comprar para arrendar dá uma rentabilidade de 5,74%, considerando os valores medianos de compra e de renda em cada capital de distrito do país.

Mas há sete cidades onde os níveis são superiores a esse: Braga, Porto, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Setúbal e Beja, a cidade onde mais compensa fazer este investimento, com uma rentabilidade de 7%.

Pelo contrário, há outras 13 cidades onde a rentabilidade fica abaixo da média nacional: Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Portalegre, Évora, Faro, Ponta Delgada, Funchal e Lisboa. A capital a cidade mais cara do país quer para comprar, quer para arrendar, e onde, de longe, menos compensa fazer este investimento, com uma rentabilidade de 4,74%.

Comprar para arrendar: onde rende mais?

Há, contudo, alguns fatores a ter em conta antes de escolher a cidade onde fazer este investimento. Desde logo, estas taxas de rentabilidade, para além de levarem em conta um valor mediano (o que significa que poderão ser praticadas rendas superiores, mas também rendas inferiores), assumem uma taxa de ocupação de 100%. Ou seja, para que se consiga uma rentabilidade de 7% por ano em Beja, é preciso que a casa esteja ocupada durante o ano inteiro, o que não é tão certo como será, por exemplo, em Lisboa. Em 2016, mais de 27% da população residente em Portugal vivia na Área Metropolitana de Lisboa, ao mesmo tempo que só perto de 7% vivia no Alentejo.

Por outro lado, há que considerar quanto tempo é necessário receber rendas para pagar o valor total da casa. O valor mediano das rendas cobradas em Portugal chega para pagar o valor total da casa ao final de quase 18 anos. Significa isso que, ao fim desse período, o que um senhorio receber em rendas é lucro (ao qual ainda se descontam impostos e outros custos).

Mais uma vez, há cidades onde mais rapidamente se paga uma casa através das rendas recebidas: em Braga, Santarém, Setúbal e Beja só são precisos 15 anos ou menos para receber em rendas o valor total de uma casa com 100 metros quadrados. Já em Viseu, Coimbra, Lisboa, Faro e Funchal são precisos mais de 19 anos.

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Deloitte compra agências digitais Wingman e Seara

  • Rita Frade e Juliana Nogueira Santos
  • 4 Junho 2018

A consultora tem planos para investir e expandir operações no campo digital em Portugal, tendo por isso comprado as duas agências

A Deloitte não quer perder o comboio do digital e firmou a aposta com a compra de duas agências portuguesas, a Wingman e a Seara. O negócio, anunciado esta segunda-feira, dita a integração global das duas marcas na rede Deloitte, mas permite que estas mantenham as suas equipas, escritórios e identidades próprias.

Como apontou a empresa em comunicado, “as competências digitais da Wingman e da Seara nas áreas de user experience, estratégia, criatividade e desenvolvimento de soluções web, mobile e e-commerce, vêm complementar o vasto conhecimento de indústria da Deloitte Digital e o seu know-how em transformação digital, mudança organizacional e implementação tecnológica.”

Enquanto a Wingman, no mercado desde 2008, tem na sua carteira de clientes empresas como a TAP, a Brisa ou a Federação Portuguesa de Futebol, a Seara, já com 18 anos de experiência, conta com a Sonae, a Pluricosmética ou a Carglass.

Pretendemos responder às ambições dos nossos clientes, seja através do lançamento de uma nova estratégia, produto ou serviço.

Paul Thompson

Diretor da Deloitte Digital para a Europa, Médio Oriente e África

“A Wingman e a Seara vieram reforçar a abrangência da Deloitte Digital, tanto pela sua experiência acumulada, como pelo portefólio de clientes e serviços prestados”, afirma no mesmo documento Bruno Costa Cabral, líder da Deloitte Digital. Para o consultor, estas marcas são agora “peças essenciais para afirmarmos a nossa liderança no mercado nacional na oferta de serviços digitais”.

Não é a primeira vez que a Deloitte fecha um negócio deste género. Só no ano passado a Deloitte comprou a consultora de design Market Gravity e a agência criativa Acne (responsável por marcas como a IKEA, a H&M ou o Spotify).

O diretor da Deloitte Digital para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), Paul Thompson, disse, aquando da aquisição da Acne, que a Deloitte pretende “responder às ambições dos clientes, seja através do lançamento de uma nova estratégia, como de um produto ou serviço“. A compra da Wingman (agência digital, fundada em 2008) poderá, assim, fazer parte de uma estratégia da Deloitte para expandir o seu negócio na área do digital em Portugal.

Aliás, o digital tem sido, precisamente, uma das apostas da consultora para apoiar “as empresas ao longo de todo o ciclo de vida digital — desde a criação de uma estratégia digital distintiva até à conceção e desenvolvimento da presença online e móvel“, lê-se no site da Deloitte.

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Data da visita de Costa a Angola depende do processo de Manuel Vicente

Processo de Manuel Vicente tem de estar fisicamente em Angola para que a data da visita oficial seja fechada, diz Marques Mendes. E critica a pensão pornográfica de Jardim Gonçalves: 5.500 euros/dia.

Para formalizar as datas da visita de António Costa a Angola, Luanda exige que o processo de Manuel Vicente esteja fisicamente no país, revelou Luís Marques Mendes Mendes no seu comentário semanal na Sic. O comentador avança assim que a visita só poderá acontecer “nos últimos dias deste mês, ou no princípio de julho”.

“O acórdão só transita em julgado no dia 11 de junho, só depois baixa à primeira instância e só depois daí é transferido para Angola”, o que atira a visita para o final deste mês ou início do próximo. Ainda que o programa esteja todo concluído, como garantiu Marques Mendes. Mas “para Angola não chega a decisão” das autoridades judiciais nacionais de transferir o processo para Angola, ele “tem de estar fisicamente em Angola”

Jardim Gonçalves tem uma pensão quase pornográfica

Marques Mendes defende que o fundador e antigo presidente do BCP, Jardim Gonçalves, deveria, por iniciativa própria sugerir ao BCP uma redução da sua pensão de reforma. O problema não não se coloca no plano legal, mas sim ético. “Receber uma pensão de 5.500 euros por dia, quando há milhares de pensionistas portugueses que não conseguem receber isso num ano, não é um problema de legalidade, mas de moralidade”, diz o comentador.

Receber uma pensão de 5.500 euros por dia, quando há milhares de pensionistas portugueses que não conseguem receber isso num ano, não é um problema de legalidade, mas de moralidade.

Luís Marques Mendes

Depois de o Tribunal de Sintra ter dado razão a Jardim Gonçalves para que mantenha a pensão de reforma que recebe desde que se reformou em 2005, com 69 anos: 167 mil euros mensais mais o pagamento de várias despesas como segurança, carro e motorista, Marques Mendes lembra que “as circunstâncias mudaram” e se quando ficou decidido atribuir-lhe uma pensão de 167 mil euros por mês poderia justificar-se, “agora não”. Marques Mendes recordou que o banco “até precisou de ajuda do Estado”, “foi alvo de uma reestruturação profunda, com cortes de salários e “só agora começa a levantar a cabeça”. “Isto é uma afronta. Jardim Gonçalves tem e teve grande responsabilidade social. E perante esta mudança de circunstâncias, deveria ser ele a sugerir uma pensão razoável, porque esta é quase pornográfica”, concluiu.

No seu habitual espaço de comentário Marques Mendes falou defendeu que esta foi uma semana que correu bem a António Costa, não só pelo resultado da votação no Parlamento dos quatro projetos relativos à eutanásia, mas também porque na negociação dos fundos europeus para o período pós 2020, a proposta inicial da Comissão aponta para um corte de 7% na Política de Coesãoinferior a que inicialmente se temia. Além disso, conseguiu acordo em sede de concertação social para alterar as leis laborais. E contou com a visita de dois dias da chanceler alemã, Angela Merkel, a Portugal, “que lhe deu aval junto do eleitorado moderado do centro”.

“Esta semana tivemos Costa a governar ao centro e a trabalhar para conquistar o eleitorado do centro. Há seis anos, Merkel esteve em Portugal cinco horas. Foi apupada e criticada pelo próprio PS. Agora foram dois dias. Não foi Merkel que mudou, mas sim o PS que já não está na oposição mas sim no centro”, defendeu.

Por isso, Marques Mendes frisa que é fundamental que o líder do PSD se demarque do PS e apresente propostas alternativas. “Parece que o PSD é a muleta do Governo. Parece que Costa tem uma geringonça à esquerda e um bloco central à direita”, concluiu.

 

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Miguel Lobo Antunes: “Podia ir para qualquer coisa, menos para medicina”

Jurista de formação, a cultura chegou para trilhar um percurso que acabou vasto e único na programação artística. Direito e Cultura. Miguel Lobo Antunes, hoje na reforma, conta a sua história.

Jurista de formação, a cultura chegou, não por acaso, mas sem esperar, a trilhar um percurso que acabou vasto e único na programação artística. Direito e Cultura. A biblioteca do Tribunal Constitucional como porto de abrigo. Os amigos — e os convites — pelo meio. Miguel Lobo Antunes, hoje na reforma, é os livros e os discos que enchem a sua sala, a sua própria biblioteca. É o estudar e o escrever, aquilo de que sempre gostou, em tudo o muito que sempre fez.

A luz vem da janela esquerda com vista alta para os meandros de Benfica, o bairro de sempre de Miguel Lobo Antunes, que fala do início, quando nos seus 15 anos teve de decidir o curso que seguiria. “O meu pai costumava dizer que não autorizava que filho dele fosse para Direito”, diz, relembrando a brincadeira, sobre um curso que naquele tempo tinha muitas saídas possíveis. Um pouco indeciso, e bom aluno tanto a letras como a ciências, tinha apenas uma certeza: “podia ir para qualquer coisa menos para medicina, para medicina não queria ir”. Então Direito tornou-se no caminho viável e a contradição numa família de médicos. “Como não tinha uma vocação definida, o curso dava-me a possibilidade de fazer diversas coisas na vida”.

Tive de ir para a tropa, interrompi o estágio e nunca mais acabei. Nunca cheguei a ir para a Ordem, a não ser como estagiário. Não queria ser advogado. Nunca quis exercer. Só a palavra “cliente” me fazia confusão, não me sentia à vontade.

Miguel Lobo Antunes

E assim foi. Tirou-o entre 1965 e 1972, em pleno Estado Novo. A falta de liberdade pautava um ambiente que Lobo Antunes descreve como “austero, repressivo, autoritário e perigoso para quem contestava”, sob a constante vigília de informadores da PIDE e colegas que eram presos, por serem militantes de partidos políticos clandestinos, como o PCP. “Sentia-se permanentemente quer a presença do estado policial quer a enorme dificuldade em lutar-se contra um sistema de ensino que era completamente obsoleto. Havia um regime de disciplina abafante, que criava grande dificuldade na contestação sobre aquilo que estávamos a fazer, quer a nível pedagógico quer com a vida académica”, conta, que em jovem “não se limitou a estudar”, e esteve ligado a atividades fora das aulas, chegando mesmo a ser Presidente da Associação Académica.

Um percurso um pouco “esdrúxulo”

Findo o Direito e Miguel Lobo Antunes começa um percurso que viria a ser, segundo o próprio, um pouco esdrúxulo. Começou a trabalhar em 1970 num escritório de propriedade industrial, esteve depois na Caixa Nacional de Pensões. Chegou a começar um estágio em direito que nunca terminou. “Tive de ir para a tropa, interrompi o estágio e nunca mais acabei. Nunca cheguei a ir para a Ordem, a não ser como estagiário. Não queria ser advogado. Nunca quis exercer. Só a palavra “cliente” me fazia confusão, não me sentia à vontade”.

Aos 25 anos fez então a tropa. E foi durante a tropa que se deu o 25 de abril. Já estava casado. Na Constituição de 1976 ficou previsto um órgão chamado Comissão Constitucional, que funcionava junto do Conselho de Revolução. Seria aquilo que mais tarde se viria a chamar Tribunal Constitucional. “Era um órgão muito especial, porque era uma espécie de tribunal, havia recursos do tribunal para aquele órgão, e por outro lado era um órgão de aconselhamento do Conselho de Revolução para questões de constitucionalidade das leis. Era dirigido por Ernesto Melo Antunes, que era amigo do meu irmão António e por quem eu nutria uma enorme admiração e com quem gostava de trabalhar”, revela. O irmão António falou com Melo Antunes, que disse que não precisavam de ninguém, mas que iam começar ali uma biblioteca.

E foi assim, eu fui para a biblioteca da Comissão Constitucional. Na altura não tinha nada, fui formando a biblioteca. Ajudava os membros da Comissão Constitucional a fazer as suas decisões. Foi o meu lugar de sempre, o meu lugar mais estável. Quase toda a minha vida profissional partiu daí, fui fazendo outras coisas em paralelo, que ia acumulando com a biblioteca. Ou saía durante um período. Mas era sempre um porto de abrigo, digamos assim. Estive lá desde 1983 até 2004.

Miguel Lobo Antunes

“E foi assim, eu fui para a biblioteca da Comissão Constitucional. Na altura não tinha nada, fui formando a biblioteca. Ajudava os membros da Comissão Constitucional a fazer as suas decisões. Foi o meu lugar de sempre, o meu lugar mais estável. Quase toda a minha vida profissional partiu daí, fui fazendo outras coisas em paralelo, que ia acumulando com a biblioteca. Ou saía durante um período. Mas era sempre um porto de abrigo, digamos assim. Estive lá desde 1983 até 2004”.

Miguel Lobo Antunes, hoje na reforma, é os livros e os discos que enchem a sua sala, a sua própria biblioteca. É o estudar e o escrever, aquilo de que sempre gostou, em tudo o muito que sempre fez.Paula Nunes / ECO

O direito como veículo para a cultura. O CCB e a Culturgest

Durante esse período, Lobo Antunes foi e fez muita coisa, que lhe abriu as portas para a área da cultura e a programação artística, mas sempre com direito pelo meio. Entre artigos académicos sobre ciência política, a dar os seus primeiros passos em Portugal na década de 80, passou pela direção do Instituto Português do Cinema entre 83 e 85, foi programador, pela primeira vez, de cinema e animação para a Europália de 1991 e assessor jurídico da Lisboa 94, a primeira capital da cultura europeia.

“Fora das horas de trabalho da biblioteca, fazia contratos, tudo e mais alguma coisa a nível jurídico. Foi muito bom para mim porque estive a absorver desde espetáculos de dança, música, teatro… Deu-me uma visão, a partir do direito e das conversas que tinha com as pessoas, e um conhecimento muito vasto de como era a atividade cultural”. Era chefe de gabinete do ministro da Ciência e da Tecnologia, Mariano Gago, entre 1995 e 1996, quando surgiu o convite para a direção do CCB.

“Quando Guterres ganha as eleições fui para chefe de gabinete de Mariano Gago, que era meu amigo. Aquele ministério não tinha secretário de Estado, então fui para chefe de gabinete ajudá-lo a fazer a lei orgânica do ministério. Entretanto o Manuel Carrilho, na altura ministro da Cultura, quis mexer no CCB e mudar a administração e convidou-me. E o Mariano disse “só sais depois de fazer a lei orgânica”. Portanto, os meus colegas entraram todos primeiro do que eu, que ainda estive um mês para entrar no CCB”, conta.

Gostei muito de estar no CCB como gostei muito de estar na Culturgest. Era um ritmo muito stressante, um trabalho muito intenso, que me preenchia, mas eu tinha um péssimo feitio. No sentido em que para os trabalhos que gosto de fazer fico nervosíssimo, e cheio de ansiedade. Mas são esses os que mais gozo me dão fazer, os que me realizam mais, porque tenho que me esforçar. Gostava muito, por um lado, e sofria muito, por outro.

Miguel Lobo Antunes

Lobo Antunes aceitou e quatro anos depois, em 2000, levou a avante o festival Dias da Música, de conceção francesa e uma estreia em Portugal. “Foi uma produção muito arriscada na altura, era uma coisa completamente nova no país. Foram 70 e tal concertos e 30 mil bilhetes, tudo num fim de semana. Música clássica, Bach… Que não era propriamente um compositor romântico… Era preciso fazer uma promoção muito grande. Eu nunca dava entrevistas nem aparecia em parte nenhuma, mas aqui foi indispensável, por isso disse aos meus colegas: “olhem, agora eu vou ter que aparecer, porque isto é mesmo uma aposta muito grande”. E nessa altura é que apareci e ganhei visibilidade”.

Com uma saída em grande do Centro Cultural de Belém, que ainda o levou a dirigir o Festival Internacional de Música de Mafra, lança-se para a Culturgest, mais uma vez por convite, onde assume as mesmas funções do CCB: as de administrador e programador cultural, onde esteve até se reformar em setembro passado. “Gostei muito de estar no CCB como gostei muito de estar na Culturgest. Era um ritmo muito stressante, um trabalho muito intenso, que me preenchia, mas eu tinha um péssimo feitio. No sentido em que para os trabalhos que gosto de fazer fico nervosíssimo, e cheio de ansiedade. Mas são esses os que mais gozo me dão fazer, os que me realizam mais, porque tenho que me esforçar. Gostava muito, por um lado, e sofria muito, por outro”.

“Que é que eu hei-de fazer… Sou assim, nasci assim, nunca estou contente com o que faço. Acho sempre que poderia ter feito melhor, mas quando as pessoas me dizem: “Não! Foste bestial, fizeste bem”, então fico mais contente. Mas, por mim, não tenho a sensação de ter feito nada de especial”.Paula Nunes / ECO

E o direito, foi um bom ponto de partida? “Ao longo desta vida toda, e refiro-me apenas ao meu percurso cultural, o facto de ser formado em direito ajudou-me por ter competências extra. Foi sempre uma vantagem nos sítios onde estive. Por isso, acabei por estar sempre ligado mais ou menos intensamente ao direito”. Um curso de que não gostou muito, mas que na prática lhe deu asas para fazer aquilo de que mais gostava: estudar e escrever.

Chegamos ao fim e o sol que irrompia na sala começa a esconder-se. Lobo Antunes fixa a janela de vez em quando. Com a reforma, os dias são mais calmos. Traçado o cronos de um percurso rico, quando questionado sobre se este o preencheu, encolhe os ombros e desvaloriza. “Sei lá. Fiz coisas que gostei de fazer. Olhando para trás, posso dizer que fiz muita coisa diferente. Nesse sentido, tenho uma vida cheia. Há pessoas que chegam ao fim e dizem ter tido uma vida do caraças. Eu não tenho essa convicção, esse convencimento. Não estou convencido de que aquilo que fiz fosse muito bom”.

A autocrítica é uma constante? “Que é que eu hei de fazer… Sou assim, nasci assim, nunca estou contente com o que faço. Acho sempre que poderia ter feito melhor, mas quando as pessoas me dizem: “Não! Foste bestial, fizeste bem”, então fico mais contente. Mas, por mim, não tenho a sensação de ter feito nada de especial”. Talvez agora? “Agora não, estou no final da vida. Agora o que é que eu tenho mais para fazer?”.

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Partido anti-imigração vence legislativas na Eslovénia

  • Lusa
  • 3 Junho 2018

O Partido Democrático Esloveno (SDS) de Janez Jansa, que centrou a sua campanha eleitoral em mensagens anti-imigração, terá obtido 24,4% dos votos, à frente do independente Marjan Sarec (12,6%).

O antigo primeiro-ministro conservador Janez Jansa é o vencedor das eleições legislativas realizadas este domingo na Eslovénia, mas terá falhado a meta de uma maioria parlamentar, segundo as primeiras projeções divulgadas pela televisão pública TvSlo.

O Partido Democrático Esloveno (SDS) de Janez Jansa, que centrou a sua campanha eleitoral em mensagens anti-imigração, terá obtido 24,4% dos votos, à frente do independente Marjan Sarec (12,6%) e do Partido do Centro Moderno do primeiro-ministro cessante Miro Cerar (9,8%), de acordo com uma sondagem à boca das urnas realizada pela agência Mediana.

O partido Levica (esquerda) terá conseguido 9,5% dos votos e o Partido Social-Democrata uma votação de 9,3%, indicaram os mesmos dados.

“Demos um primeiro passo para uma Eslovénia forte e responsável na Europa”, afirmou Jansa, considerado muito próximo do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, numa primeira reação publicada na rede social Twitter.

Demos um primeiro passo para uma Eslovénia forte e responsável na Europa.

Janez Jansa

Líder do Partido Democrático Esloveno

Marjan Sarec, um antigo humorista de 40 anos que se converteu num político liberal, já reconheceu a vitória de Jansa e desejou-lhe boa sorte, mas afirmou, no entanto, que não irá negociar qualquer coligação com o líder conservador, segundo noticiou a agência de notícias STA.

Os analistas anteveem que Jansa, de 59 anos, terá sérias dificuldades para formar governo, uma vez que não irá conseguir uma maioria parlamentar para governar sozinho e quase todas as forças políticas rejeitam uma aliança com um “populista de direita”.

Só a conservadora Nova Eslovénia, que terá conseguido nas eleições de hoje uma votação na ordem dos 6,6%, mostrou-se disponível para formar uma coligação com Jansa.

Janez Jansa assumiu o cargo de primeiro-ministro por duas vezes, entre 2004 e 2008 e entre 2012 e 2013, ano em que foi condenado a dois anos de prisão por corrupção, dos quais apenas cumpriu seis meses

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Conselho Diretivo do Sporting desvaloriza eventual providência cautelar

  • Lusa
  • 3 Junho 2018

Nota do Conselho Diretivo 'leonino', liderado por Bruno de Carvalho, garante que o clube está "em normal atividade e tem as contas equilibradas.

O Conselho Diretivo do Sporting disse, em comunicado, não acreditar “que um tribunal considere não ser dos superiores interesses do clube a continuação de uma direção que tem no currículo os melhores resultados desportivos e financeiros de sempre“.

Na nota, o Conselho Diretivo (CD) ‘leonino’, liderado por Bruno de Carvalho, justifica que o clube está “em normal atividade, sendo que este ano já é o melhor da história no que respeita a títulos europeus e nacionais, estando as contas equilibradas e registando-se nos últimos cinco anos um crescimento de 60.000 associados”.

“Também não tem a menor credibilidade que isso aconteça [providência cautelar] na SAD, pois esta administração foi a única na história do clube a apresentar um mandato positivo e a apresentar, já esta época, contas positivas. Uma SAD que tem em mãos um empréstimo obrigacionista e uma contratualização jurídica das melhorias da reestruturação financeira“, acrescenta a nota, dando conta ainda de que “tem em mãos negociações de compras e vendas de jogadores da SAD na preparação da próxima época, assim como o clube está a fechar os planteis das restantes 54 modalidades”.

Aquele CD voltou a apelidar de “golpe” a criação da Comissão de Fiscalização e a marcação de uma Assembleia Geral para 23 de junho por parte da Mesa da Assembleia Geral (MAG) liderada por Jaime Marta Soares, reforçando: “Já estão marcadas eleições para esses dois órgãos [MAG e Conselho Fiscal e Disciplinar] para 21 de julho. Se já não se identificam com este projeto ganhador, então devem deixar os associados decidir os novos órgãos sociais nessas eleições.”

O CD refere ainda que há “preceitos legais e regulamentares que podem ser cumpridos pelos associados a qualquer momento”, acrescentando que a assembleia do dia 23 “estava ferida na sua legalidade, mas podem os associados cumprir esses preceitos e entregar à MAG transitória ou à nova MAG que será eleita no dia 21 de julho para o efeito”.

A crise que se vive no Sporting iniciou-se no dia 15 de maio, quando cerca de 40 alegados adeptos encapuzados invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns jogadores e elementos da equipa técnica. A GNR deteve 23 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva depois de terem sido ouvidos no tribunal de instrução criminal do Barreiro.

Paralelamente, no âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol, tendo como objetivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o team manager do clube, André Geraldes.

Na sequência destes acontecimentos, os elementos da MAG, a maioria dos membros do CFD e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.

De seguida, realizaram-se duas reuniões da MAG e membros do CFD com a direção, que culminaram com a decisão anunciada por Jaime Marta Soares de marcar uma Assembleia Geral para votar a destituição do órgão liderado por Bruno de Carvalho, agendada para 23 de junho, tendo ainda sido criada uma comissão de fiscalização para o CFD.

Entretanto, o CD do Sporting decidiu por seu lado substituir a MAG e respetivo presidente através da criação de uma comissão transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma Assembleia Geral Ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, aprovação de duas alterações estatutárias e análise da situação do clube e prestação de esclarecimentos aos sócios e convocar uma Assembleia Geral Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.

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Catarina Martins defende veto de Portugal se orçamento da UE não for melhorado

  • Lusa
  • 3 Junho 2018

“O Governo português tem a possibilidade, e deve utilizá-la, de não aceitar este orçamento”, diz Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu este doingo, em Santarém, que Portugal deve vetar o orçamento comunitário no Conselho Europeu se as propostas feitas pela Comissão não forem alteradas.

Catarina Martins falava durante uma visita à 55.ª Feira Nacional da Agricultura/65.ª Feira do Ribatejo, que decorre até dia 10 no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, como o olival e o azeite como temas dominantes.

A líder bloquista afirmou que o seu partido “analisa com muita preocupação” as propostas do orçamento para o próximo quadro comunitário de apoio, não só pelos cortes na Política Agrícola Comum (PAC) como pelos previstos nos fundos de coesão, que “penalizam particularmente Portugal”.

“Portugal deve fazer uma reflexão global sobre o que significa a PAC e os fundos de coesão e o que é proposto para o nosso país”, disse, frisando que “o Governo português tem a possibilidade, e deve utilizá-la, de não aceitar este orçamento”.

“Ou este orçamento é melhorado, ou faz algum sentido, ou, se não for, o Governo português pode vetá-lo em Conselho Europeu como qualquer outro Governo. Portugal não é mais nem menos que qualquer outro país, mas o que não podemos aceitar é que sejam constantemente feitas regras da União Europeia que beneficiam os grandes países e que prejudicam países como Portugal”, declarou.

Ou este orçamento é melhorado, ou faz algum sentido, ou, se não for, o Governo português pode vetá-lo em Conselho Europeu como qualquer outro Governo. Portugal não é mais nem menos que qualquer outro país.

Catarina Martins

Líder do Bloco de Esquerda

Catarina Martins afirmou que, não só Portugal está a ser penalizado por ter criado emprego, como “não é aceitável” que os fundos que são retirados na PAC e nos fundos de coesão sejam “enviados para a indústria de armamento francesa, italiana e espanhola”.

“Podemos negociar ou fazer de conta que estamos a negociar. Se o Governo português não adotar uma posição de força na verdade não estamos a ver nenhuma vontade dos outros países de alterarem” as propostas que estão em cima da mesa, declarou.

Catarina Martins afirmou que a chanceler alemã, Angela Merkel, disse em Portugal “que compreendia tudo muito bem, mas que não havia forma de alterar o orçamento que está decidido”, o que se compreende por este ser o país “que mais ganha com o euro” e para quem a alteração dos fundos “corresponde à sua estratégia de militarização da Europa”.

Frisando que os cortes propostos penalizam mais os pequenos produtores e o interior do país, Catarina Martins pediu “uma posição forte”. “A forma que o Governo português tem para o fazer é, a par de uma negociação dura para o próximo orçamento, dizer que está disponível para vetar o orçamento se for necessário. Dizer que estamos a falar a sério”, acrescentou.

Para a líder bloquista, “não se pode aceitar uma União Europeia que retira cada vez mais capacidade de decisão de escolha de investimento a países como Portugal, ao mesmo tempo que concentra mais os meios e toda a capacidade de decisão na Alemanha, na França, nos países de sempre”.

Catarina Martins foi a segunda líder partidária a visitar hoje a Feira Nacional da Agricultura, que recebeu de manhã uma delegação do PCP liderada pelo secretário-geral, Jerónimo de Sousa, estando ainda agendada a deslocação da presidente do CDS/PP, Assunção Cristas, que ocupou a pasta da Agricultura durante o Governo de coligação com o PSD.

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Merkel afasta perdão de dívida a Itália. E defende Fundo Monetário Europeu

  • ECO
  • 3 Junho 2018

Chanceler alemã diz que a solidariedade na Zona Euro passa por ajudar os outros países a ajudarem-se a si mesmo, afastando qualquer perdão de dívida. Apoia a criação do Fundo Monetário Europeu.

A chanceler alemã afastou qualquer perdão de dívida a Itália, argumentando que o princípio da solidariedade entre os Estados membros da Zona Euro não deve passar pela transformação do bloco da moeda única numa união de partilha da dívida. Angela Merkel defendeu ainda a criação do Fundo Monetário Europeu, como propôs o Presidente francês.

“A solidariedade entre os parceiros do euro nunca deve levar a uma união da dívida, deve ser antes sobre ajudarmos os outros a ajudarem-se a si mesmo”, referiu Merkel numa entrevista ao Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung, citada pela agência Reuters, depois de questionada sobre os planos do Movimento 5 Estrela e da Liga Norte de pedir ao Banco Central Europeu (BCE) um perdão de dívida no valor de 250 mil milhões de euros.

“Irei abordar o novo Governo italiano de forma aberta e irei trabalhar com eles em vez de fazer especulações sobre as suas intenções”, disse ainda a governante alemã.

Na mesma entrevista, Merkel disse apoiar a ideia de transformar o fundo de resgate europeu no novo Fundo Monetário Europeu, com poderes para dar aos países membros em situação problemática linhas de crédito. O Presidente francês, Emmanuel Macron, já tinha defendido esta ideia, com o Fundo Monetário Europeu a funcionar como uma espécie de almofada para os futuras crises na Zona Euro.

“Se toda a Zona Euro está em perigo, o Fundo Monetário Europeu deve ser capaz de assegurar crédito de longo prazo para ajudar os países. Esses empréstimos poderiam ser até 30 anos, com a condição de o país implementar haver reformas estruturais”, sublinhou.

“Além disso, posso imaginar a possibilidade de uma linha de crédito que seja de curto prazo, cinco anos por exemplo. Dessa forma seríamos capazes de colocar debaixo da nossa asa países que atravessem dificuldades devido a circunstâncias extraordinárias”, acrescentou.

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