Banco de Portugal condena Tomás Correia. Tem de pagar 1,5 milhões
Tanto Tomás Correia como os administradores do Montepio foram condenados pelo Banco de Portugal. Foram identificados sete tipos de ilícitos.
O Banco de Portugal condenou Tomás Correia, mas também restantes administradores do Montepio — e o próprio banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) — por, entre outros, a quebra das regras de controlo interno na gestão da instituição financeira. Vai ter de pagar 1,5 milhões de euros. E, diz o Público (acesso condicionado), o supervisor da banca decretou também a inibição de atividade no setor financeiro.
Tomás Correia, líder da AMMG, vai ter de pagar a coima mais pesada, mas aos restantes administradores também foram aplicadas coimas, mas na casa das dezenas e centenas de milhares de euros. Entre esses administradores estão José Almeida Serra, Álvaro Dâmaso, Eduardo Farinha, Rui Amaral, Paulo Magalhães, Jorge Barros Luís e Pedro Ribeiro. E o próprio Montepio, agora liderado por Dulce Mota, foi condenado a pagar 3,5 milhões de euros.
Na base da condenação estão falhas encontradas pelo supervisor quando Tomás Correia exercia o cargo do presidente do agora denominado Banco Montepio, entre 2008 e 2015. Entre os crimes, além das falhas no controlo interno, o Banco de Portugal aponta o não respeito pelas normativas definidas nos regulamentos, que justificaram a concessão de crédito de financiamentos de elevado montante a alguns clientes, nomeadamente a Paulo Guilherme e a José Guilherme.
Além desses, em causa está também o incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno na verificação da origem do dinheiro dos subscritores das unidades de participação do Montepio, como foi o caso do financiamento a Paulo Guilherme através do Finibanco Angola, e ainda financiamentos a entidades relacionadas que ultrapassaram o limite legal, diz o Expresso, salientando que foram, no total, identificados sete tipos de ilícitos.
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