Bolsas europeias em queda. Efeitos da guerra comercial atormentam investidores
As bolsas europeias estão em queda perante os primeiros efeitos negativos do travão dos EUA à chinesa Huawei. Lisboa também cai, com a Galp Energia a travar as perdas.
As bolsas europeias abriram em terreno negativo perante novos dados sobre o efeito negativo da guerra comercial entre EUA e China, concretamente das medidas do Presidente Donald Trump contra a chinesa Huawei. A bolsa portuguesa acompanha a tendência, penalizada pelos setores postal, da banca, da energia e das telecomunicações.
O Stoxx 50, que é o índice que reúne as maiores empresas cotadas da Europa, desvaloriza 0,30%, enquanto o mais alargado Stoxx 600 perde 0,10%. Em Lisboa, o PSI-20 recua 0,26%, para 5.180,7 pontos, com o BCP, a EDP Renováveis, os CTT e a operadora Nos a contribuírem de forma mais significativa para as quedas.
O banco BCP cai 0,11%, para 26,36 cêntimos por ação, enquanto os títulos da EDP Renováveis derrapam 0,43%, para 9,16 euros. Os CTT destacam-se com perdas de 0,45%, para 2,216 euros, mas é a operadora Nos a estar sob a luz dos holofotes, com um recuo mais expressivo, de 1,13%, para 5,705 euros cada título.
Os investidores estão a reagir negativamente ao profit warning da tecnológica norte-americana Broadcom, que assumiu perspetivar receitas inferiores ao esperado anteriormente, devido a uma contração no volume de encomendas. A empresa não mencionou diretamente a empresa chinesa Huawei, mas assumiu claramente que o profit warning é um “efeito das restrições às exportações” sobre um dos seus “maiores clientes”.
O anúncio está a ser interpretado como o primeiro sinal de que a decisão de Donald Trump de pôr a chinesa Huawei e 90 subsidiárias na lista negra das exportações está a ter um impacto negativo nas próprias fornecedoras norte-americanas. Um alerta que já tinha sido dado pela Google.
As negociações também estão condicionadas pela escalada das tensões entre EUA e Irão, depois de dois petroleiros terem sido atacados no Golfo de Omã esta quinta-feira. A Administração Trump acusou o Irão de estar por detrás destes e de outros ataques naquela zona, mas as autoridades iranianas atribuíram estes incidentes a agentes desconhecidos que têm interesse em desestabilizar a região.
As tensões voltam a fazer subir os preços do petróleo, que avança 0,21% em Londres, para 61,44 dólares o barril, uma subida que volta a puxar pelas ações da Galp Energia, travando as perdas na praça portuguesa. A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva está a somar 0,23%, para 13,29 euros.
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