Quem é a vizinha da Apple que vai comprar a WeDo?
A Mobileum "vive" junto a Apple, na Califórnia, e prepara-se para desembolsar mais de 70 milhões de dólares pela portuguesa WeDo Technologies. Mas que empresa é esta?
A WeDo Technologies tem sido uma das joias da coroa da Sonaecom e prepara-se para ser vendida aos norte-americanos da Mobileum, uma empresa de telecomunicações que “vive” a quatro minutos da nova sede da Apple, em Cupertino. Mas, afinal, que companhia é esta que vai pagar pelo menos 70 milhões de dólares para ficar com a tecnológica portuguesa?
A Mobileum tem perto de 180 trabalhadores e presta, sobretudo, dois tipos de serviços: soluções analíticas de big data para o setor das telecomunicações e serviços tecnológicos mobile ligados à parte mais financeira do negócio, tais como soluções para pagamentos de faturas, banca digital e até transferências bancárias. Antes, chamava-se Roamware.
Informação disponível na plataforma Crunchbase indica que a Mobileum é detida pelo grupo Audax, um fundo de capital de risco que gere cerca de 16 mil milhões de dólares em ativos e que a comprou em novembro de 2016. À semelhança da WeDo, a Mobileum ainda é liderada por um dos seus fundadores: o presidente executivo é Bobby Srinivasan, que tem no currículo nomes como a antiga Hewlett-Packard e a Autodesk.
Não é absolutamente clara a estratégia da Mobileum após a compra da WeDo Technologies à Sonaecom. Até porque, contactadas, as três empresas envolvidas ainda não responderam às questões colocadas pelo ECO. Mas a operação poderá dar à WeDo Technologies uma maior margem de crescimento e investimento para reforçar as apostas atuais e, eventualmente, explorar também novas áreas de negócio.
Já do ponto de vista da natureza da Mobileum e da WeDo Technologies, não é difícil encontrar possíveis sinergias que se poderão estabelecer com uma fusão deste género. A tecnológica portuguesa também tem uma forte componente de análise de dados e uma atenção especial para o setor das telecomunicações, prestando, entre outros serviços, gestão de risco no campo da internet das coisas e da nova era do 5G.
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