Portuguesa DreamShaper levanta dois milhões e acelera expansão europeia

Lançada no mercado brasileiro em 2015, a plataforma online de ensino angariou investimento Série A e quer crescer na Europa.

A startup portuguesa DreamShaper acaba de fechar uma ronda de investimento Série A no valor de dois milhões de euros e liderada pelo fundo português de capital de risco Alpac Capital. A ronda de financiamento tem como objetivo consolidar a presença da empresa no mercado brasileiro e, ao mesmo tempo, a expansão do negócio na Europa.

Criada por considerar que o sistema de educação não está preparado para encarar as necessidades relacionadas com o desenvolvimento de skills sócio-emocionais, a DreamShaper desenvolveu um conceito de “Project Based Learning (PBL)” que ajuda as escolas e os professores a implementar e aumentar os métodos de ensino de forma a envolver os alunos e promover skills relacionadas com trabalho e desenvolvimento social e emocional.

Fundada por três portugueses, a plataforma foi construída em Portugal mas lançada, primeiro, no mercado de educação brasileiro, em 2015, onde a empresa cresceu para os 700 mil euros de faturação anual. Três anos depois, a DreamShaper começou à procura de oportunidades no mercado europeu e fechou os primeiros acordos com escolas portuguesas, estando neste momento à procura de novas oportunidades noutros países da União Europeia.

“A plataforma é desenhada para que os estudantes percorram uma série de passos e desafios, com o apoio de recursos pedagógicos, dando-lhes autonomia e motivação para trabalhar nos seus projetos e em colaboração com os seus colegas. Por outro lado, encoraja os professores a guiar e a dar feedback aos seus alunos”, explica João Borges, cofundador e CEO da DreamShaper, citado em comunicado.

Até agora, a DreamShaper já teve impacto em mais de 150.000 estudantes.

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Robôs e humanos, juntos no Web Summit

Gasparzinho, Alfred, Promobot, Sophia, Philip e Spot. Estes foram os robôs que "andaram" entre os humanos no Web Summit 2019. O ECO foi conhecê-los.

O que é um robô? Uma máquina ou autómato de aspeto humano, capaz de se movimentar e de agir. Um mecanismo comandado por controlo automático. Um mecanismo automático que efetua operações repetitivas. Aos dias de hoje, estas definições que aparecem nos motores de busca na internet são, na verdade, um pouco redutoras e datadas. Os exemplares que “andaram” pelo Web Summit provam isso mesmo.

O Gasparzinho, um robô da ID Mind construído no Instituto Superior Técnico, é utilizado como objeto de investigação. É um robô autónomo com o propósito de funcionar num ambiente doméstico e usado especialmente como auxílio a pessoas idosas ou com pouca mobilidade. É capaz de realizar pequenas tarefas como ir buscar objetos e até identificar pessoas através de um sistema de reconhecimento facial e por enquanto, só percebe inglês. No Web Summit encontrámo-lo a “vaguear” no pavilhão três da FIL quando despertava a curiosidade de uma criança…e não só.

Noutro pavilhão, mais um par de robôs roubava a atenção dos participantes. Batizados com o nome de Alfred, os dois “braços” robotizados equipados com um conjunto de câmaras e sensores de movimento serviam frutos secos, cereais e M&M’s com uma precisão notável a quem por ali passava. Nos EUA, o Alfred já está a ser usado numa geladaria e num restaurante de saladas onde quatro robôs conseguem fazer 200 saladas por hora. Em Lisboa não conseguimos apurar quantos sacos de frutos secos foram servidos mas as filas não duravam muito tempo.

“Don’t be afraid of the robot! Come closer”, diz-nos…um robô. Da Rússia chegou o Promobot. O nome é de fábrica mas pode ser batizado com outro escolhido pelo seu utilizador ou proprietário. Já existem cerca de 500 robôs como o Promobot em 35 países de todo o mundo. As utilizações são diversas. Num aeroporto, consegue reconhecer um passaporte e emitir o cartão de embarque para uma viagem, num supermercado é capaz de indicar a localização dos produtos e, num museu, pode servir de guia e “falar” sobre os obras em exposição. No Web Summit dizem-nos que as suas capacidades como dançarino não eram más. Quando questionado sobre se podemos tirar uma fotografia com ele, responde com humor “uma fotografia comigo são cinco mil dólares”.

Entretanto, no palco principal situado na Altice Arena, Sophia, que dispensa apresentações, faz nova aparição no Web Summit. “A” robô humanoide (se é que se pode definir o género de um robô) é talvez uma das mais evoluídas do mundo. David Hanson, o “pai” de Sophia, chega mesmo a dizer que as máquinas poderão vir a ter uma consciência capaz de desenvolver uma espécie de criação de personalidade própria. Este ano, Sophia apresenta uma voz e uma aparência humana mais afinada. Também os braços são novos, capazes de efetuar movimentos mais precisos e naturais.

Mas Sophia não esteve sozinha em palco. Os seus criadores trouxeram pela primeira vez a Lisboa Philip K. Dick, o robô que pediu o nome emprestado ao escritor norte-americano de ficção científica e que é considerado o irmão mais velho de Sophia. Apesar de ser mais velho, Philip não é tão evoluído como a sua irmã e até as suas capacidades motoras são mais limitadas, pois os braços não têm capacidade de movimentação.

No último dia do Web Summit, Spot, uma espécie de cão robô da Boston Dynamics, foi um dos destaques no palco principal e quase roubou a atenção a Marcelo Rebelo de Sousa. Spot passeou entre o público pelo corredor central da Altice Arena e subiu ao palco sozinho com uma agilidade muito próxima de um canino de carne e osso.

Ao contrário dos robôs mais convencionais, os criadores do Spot apostam mais no desenvolvimento da capacidade física do que cognitiva, o que faz com o seu equilíbrio e a capacidade de ultrapassar obstáculos arranque expressões de espanto na plateia do Web Summit. As suas capacidades atléticas até já se tornaram virais em plataformas como o Youtube.

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Do cão-robô aos cozinheiros, as imagens que marcaram o dia #4 do Web Summit

O ECO reuniu numa fotogaleria algumas fotografias dos momentos que marcaram o último dia do Web Summit 2019.

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A startup do último dia do Web Summit é…

Chama-se Triggo. É um automóvel que evita filas de trânsito, uma vez que tem uma largura de 86 centímetros.

O fator diferenciador está no design da suspensão. Quando o objetivo é atingir a velocidade máxima, a largura do eixo das rodas é a mesma de uma viatura regular. Mas se a intenção for passar entre duas filas de trânsito, o eixo encolhe deixando a veículo com uma largura de 86 centímetros.

Foi inventado por Rafal Budweil, que enfrentava o problema do trânsito nas ruas de Cracóvia, na Polónia. Foi lá que fundou a Triggo S.A., para dar resposta ao problema. “Demorava uma hora para chegar ao trabalho de carro, se fosse de bicicleta conseguia fazer o percurso em 15 minutos”, confessa. Esta motivação levou Budweil a juntar-se aos amigos e criar um automóvel que poderá ser estacionado no lugar dos motociclos.

Contudo, este carro elétrico não está – nem vai estar – à venda. A intenção é que faça parte de uma plataforma de car sharing, através de uma app. Dentro, cabem duas pessoas, condutor à frente e passageiro atrás.

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Mourinho Félix surpreendido por ser apontado para substituir Centeno

  • Lusa
  • 7 Novembro 2019

"O que me surpreende é que haja essa pergunta quando o Governo tomou posse há 15 dias", respondeu Ricardo Mourinho Félix sobre o facto de ter sido apontado para substituir Centeno nas Finanças.

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, manifestou-se “surpreendido” por o seu nome ter sido apontado para substituir Mário Centeno no Ministério das Finanças, quando “o Governo tomou posse há 15 dias”.

“O que me surpreende é que haja essa pergunta quando o Governo tomou posse há 15 dias e está empenhado em cumprir o seu programa e em trabalhar no Orçamento do Estado, que é um documento de grande importância para 2020”, afirmou Mourinho Félix em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, no final de uma reunião do Eurogrupo.

E acrescentou: “É isso que nos prende, que nos entusiasma e que é o nosso trabalho”.

A reação de Mourinho Félix surge depois de o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes, no espaço de comentário aos domingos na SIC, ter avançado que, se Centeno sair do Governo para assumir um cargo internacional ou como governador do Banco de Portugal, o substituto “mais provável” seria o atual secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix.

“A solução interna é Ricardo Mourinho Félix e será uma situação de continuidade. No entanto, Costa [António Costa, primeiro-ministro] pode querer surpreender com uma solução fora da caixa” e, nesse caso, “num círculo muito restrito do PS” discute-se a hipótese de ser Fernando Medina a substituir Mário Centeno, disse Marques Mendes na SIC.

Hoje, Mourinho Félix desvalorizou a situação e recordou que essas possibilidades já foram faladas. “Há dois meses, numa pergunta semelhante, respondi que estava disponível para continuar e para continuar nas funções que gosto de exercer”, adiantou o secretário de Estado, em Bruxelas.

"O que me surpreende é que haja essa pergunta quando o Governo tomou posse há 15 dias e está empenhado em cumprir o seu programa e em trabalhar no Orçamento do Estado, que é um documento de grande importância para 2020.”

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado Adjunto e das Finanças

Abrangido nas declarações de Marques Mendes foi o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Também hoje, Fernando Medina considerou “um pouco bizarro” que o seu nome tenha sido apontado como possível substituto de Mário Centeno na pasta das Finanças, uma semana após a posse do Governo.

“Vejo-me a ser presidente da Câmara com imenso gosto, é o que gosto de fazer”, sublinhou Fernando Medina no espaço de comentário que partilha com João Taborda da Gama na Rádio Renascença, depois de questionado se se veria como ministro das Finanças.

Medina chegou a reagir com humor à possibilidade aventada por Luís Marques Mendes.

“Julguei que eram meus amigos, não me podem desejar tal”, afirmou na Renascença, acrescentando: “O Governo tomou posse há cerca de uma semana e alguém lança um comentário dessa natureza e está tudo a discutir… Eu sorri, mas só isso”, disse.

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Acordo comercial dá recordes a Wall Street

China adianta que acordo comercial com americanos prevê a remoção de tarifas alfandegárias em fases. Acordo deverá ser assinado no próximo mês. Wall Street fecha em máximos.

Wall Street encerrou o dia em máximos de sempre com os investidores agradados com as notícias que surgiram na frente comercial. Foi relevado que EUA e China chegaram a um acordo para a retirada das tarifas alfandegárias em várias fases. O acordo para colocar um ponto final na disputa sobre o comércio entre as duas maiores potências económicas mundiais poderá ser anunciado em meados de dezembro.

Foi neste cenário que o S&P 500 fechou em alta de 0,27% para 3.085,2 pontos, o novo recorde para este índice de referência mundial. Também o industrial Dow Jones terminou a quebrar novo máximo histórico: ganhou 0,66% para 27.675 pontos. O tecnológico Nasdaq somou 0,28%.

As autoridades chinesas adiantaram que chegaram a um acordo com os EUA para retirar as tarifas gradualmente, em várias fases, enquanto a agência estatal chinesa Xinhua revelou que Pequim está também a considerar remover as restrições nas importações de aves domésticas.

A meio da tarde, entretanto, a Reuters noticiou que os planos dos americanos para a retirada das taxas alfandegárias enfrentam obstáculos internos com várias fontes a indicarem à agência que não havia ainda uma decisão final. Tudo aponta, ainda assim, para que o acordo entre as duas partes seja assinado no dia 15 de dezembro.

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Agora há “espaço orçamental” para mais investimento, garante Mourinho Félix

  • Lusa
  • 7 Novembro 2019

“O novo Governo parte de uma situação totalmente diferente daquela que existia há quatro anos”, afirmou o governante, falando aos jornalistas no final de uma reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, considerou que o novo Governo “parte de uma situação totalmente diferente” de há quatro anos, tendo agora “espaço orçamental” para mais investimento.

“O novo Governo é um Governo que parte de uma situação totalmente diferente daquela que existia há quatro anos”, afirmou o governante, falando aos jornalistas no final de uma reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.

Depois de ter apresentado na ocasião as prioridades políticas do novo Governo português aos homólogos das Finanças da zona euro – prática habitual quando um novo executivo toma posse –, Ricardo Mourinho Félix assinalou aos jornalistas que, “há quatro anos, Portugal tinha um défice, estava num procedimento por défice excessivo, tinha um nível de dívida pública muito elevado”.

Hoje ainda é elevado, mas reduziu-se, de forma muito significativa, e há trajetória de redução”, acrescentou, assinalando: “Portugal tem hoje um saldo orçamental que esperamos este ano que fique muito próximo do equilíbrio e que ao longo dos próximos anos exista um excedente orçamental”.

"O novo Governo é um Governo que parte de uma situação totalmente diferente daquela que existia há quatro anos.”

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado Adjunto e das Finanças

Segundo o secretário de Estado, toda esta conjuntura económica no país representa “uma situação muito diferente da que existia há quatro anos, que permite que o Governo, ao longo dos próximos quatro anos, tenha espaço orçamental para executar um conjunto de políticas, nomeadamente ao nível do investimento”.

Tal folga orçamental é “importante para aumentar a produtividade e a competitividade e criar postos de trabalho com qualidade e, dessa forma, promover o crescimento sustentável e inclusivo”, de acordo com o governante.

Questionado sobre possíveis medidas no lado da despesa ou da receita para cumprir o saldo estrutural, Ricardo Mourinho Félix escusou-se a precisar, indicando apenas que Portugal vai apresentar, na próxima semana, “um orçamento dentro daquilo que são as linhas e as regras europeias”.

Já aludindo à reunião do Eurogrupo, Ricardo Mourinho Félix destacou existir um “acordo muito alargado” para a reforma do Mecanismo Europeu de Estabilidade, esperando-se que, em dezembro, os ministros das Finanças da zona euro consigam chegar a consenso sobre esta matéria.

Também para dezembro, Mourinho Félix apontou o delineamento dos “passos a adotar” para criar um mecanismo europeu de garantia de depósitos comum na zona euro, destacando a “dinâmica positiva” manifestada na reunião de hoje.

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Mais de 4600 reclamações contra seguradoras no 1º semestre

  • Lusa
  • 7 Novembro 2019

A ASF recebeu no primeiro semestre do ano um número de reclamações contra seguradoras semelhante a igual período do ano passado. Trabalho e automóvel são os ramos que suscitam mais conflitos.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) recebeu, entre janeiro e junho, 4.633 reclamações, mais 19 do que em igual período do ano anterior, sendo que a maioria foi enviada por correio eletrónico.

“No período correspondente aos meses de janeiro a junho de 2019, a ASF recebeu 4.633 reclamações, número próximo do verificado no período homólogo anterior”, lê-se no relatório de gestão de reclamações 2019 da ASF, hoje divulgado.

A maioria das reclamações foi apresentada diretamente à ASF através de correio eletrónico (‘email’), enquanto 25% foram efetuadas no livro de reclamações e remetidas a esta autoridade via, sobretudo, Portal dos Operadores.

Nos primeiros seis meses do ano, a ASF analisou e concluiu 4.570 processos de reclamação, mais 5,4% em comparação com o período homólogo.

De acordo com esta autoridade, no início do período, encontravam-se pendentes 3.938 processos, tendo este número avançado, no final do primeiro semestre deste ano, para 4.001.

Por segmento de negócio e considerando os processos concluídos, os ramos não vida apresentaram a maior percentagem de reclamações, com sensivelmente 89%, destacando-se o “seguro automóvel, que representa cerca de metade dos processos encerrados, refletindo a tendência apresentada em período homólogo dos anos anteriores”.

Por sua vez, no conjunto do ramo vida e dos fundos de pensões, a “quase totalidade” dos processos foram relativos a seguros de vida, tendo os seguros financeiros “uma expressão muito reduzida”.

Porém, considerando as apólices existentes no final de 2018 e os segmentos de negócio com maior importância no mercado segurador português, verifica-se que no seguro de acidentes de trabalho foram apresentadas 0,56 reclamações para cada mil apólices, 0,40 no seguro automóvel e 0,18 no seguro de incêndio e outros danos.

Já no seguro de saúde, tendo por referência o número de pessoas seguras no final de 2018, ou sejam, cerca de 2,7 milhões, foram apresentadas 0,08 reclamações por cada mil pessoas.

As matérias que originaram maior número de reclamações, no primeiro semestre, incidiram sobre o tema sinistro (sensivelmente 59%), seguido das temáticas conteúdo/vigência do contrato, que engloba também os casos de cessação (27%).

“Dentro da temática sinistro destacam-se as relacionadas com a fixação do valor da indemnização, com a definição de responsabilidades e com regularização do sinistro”, apontou a ASF.

Cerca de 65% dos processos de reclamação analisados foram efetuados pelo cliente do operador, “sobretudo na qualidade de tomador do seguro”, sendo que quase um terço (31%) são apresentadas por terceiros, como lesados ou beneficiários de contratos de seguro.

Tendo em consideração os operadores reclamados, a maioria das reclamações foram apresentadas contra empresas de seguros e, de entre estas, principalmente contra empresas nacionais (84% do total)”, revelou a autoridade.

Mais de metade (63%) das reclamações examinada pela ASF não tinha sido previamente analisada pelo operador, “seguindo-se, no que respeita ao desfecho dos processos, a tendência dos anos anteriores, com cerca de 40% das reclamações com desfecho favorável face aos 60% com desfecho desfavorável”.

No entanto, o número de reclamações com desfecho favorável após intervenção da ASF é maior (cerca de 47%) “nos casos em que o reclamante se tinha dirigido previamente ao operador, e não ficou satisfeito, do que nos casos em que a reclamação não tinha sido ainda previamente analisada pelo operador (cerca de 36%)”.

A ASF sublinhou ainda que em mais de 90% das reclamações apresentadas em que o desfecho foi desfavorável ao reclamante a posição assumida pelo operador “estava legal ou contratualmente justificada”.

Estima-se ainda que, dos processos abertos no primeiro semestre deste ano, 4,6% digam respeito a situações que “não foram ultrapassadas no âmbito da gestão de reclamações desta autoridade, e que poderão implicar a intervenção da área ‘core’ [principal] da ASF de supervisão comportamental ou o recurso dos consumidores a mecanismos de resolução alternativa de litígios ou, em última instância, aos tribunais”.

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“Valor das empresas será afetado se o capitalismo não mudar”

Steven Braekeveldt da Ageas juntou universidade Nova SBE e a House of Beautiful Business para uma reflexão sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, num serão sem pensar em seguros.

“Todas as empresas cotadas em bolsa são hoje inquiridas sobre o que estão a fazer quanto a sustentabilidade”, diz Steven Braekeveldt, CEO da Ageas Europa Continental e do Grupo Ageas Portugal, “e são tão seguidas por organizações internacionais que o valor para os acionistas será afetado se não mudarmos este capitalismo, a forma de fazermos as coisas”, conclui.

A Ageas juntou-se à House of Beautiful Business (HoBB), numa organização que realizou dezenas de eventos em Lisboa à margem da Web Summit e que se identifica como “uma comunidade global para humanizar os negócios na era das máquinas”. E deste modo motivou grandes empresas a tentar mudar o mundo, durante esta semana, em Lisboa.

Assim, em conjunto com Nova SBE, a Ageas reuniu uma centena de pessoas, entre quadros da Ageas, docentes e alunos da universidade e colocou-as a pensar em como passar à prática os objetivos de desenvolvimento sustentável (SDG) das Nações Unidas e que vão da erradicação da fome e pobreza à promoção de um consumo e de uma produção responsável.

Nessa ocasião Steven Braekeveldt, 59 anos, que é licenciado em direito e mestre em economia e fez toda uma carreira em grandes companhias financeiras, demonstra que o desafio de hoje é “casar, num futuro muito próximo, as grandes empresas com a sustentabilidade ” e acrescenta: “precisamos encontrar um papel para as empresas e seus colaboradores numa sociedade que será totalmente tecnológica”.

Explica que sendo a Ageas uma das fundadoras da Singularity University, “onde se desenvolve robótica, inteligência artificial e tecnologia pura, ou seja, usa-se o lado esquerdo do cérebro”, a empresa considera importante aproveitar iniciativas como a realizada pela HoBB. “No caminho do desenvolvimento poluímos a terra e os oceanos”, diz acrescentando que “depois de duas grandes crises do capitalismo advinha-se uma terceira e vamos tentar mudar as circunstâncias para que a próxima não aconteça”.

O CEO da Ageas foi um dos fundadores de um partido ecologista belga há 40 anos e trabalhou como guia da natureza em novo, por isso não considera estranho um olhar diferente para os negócios e insiste que é o caminho para manter valorizadas as empresas em que participam: “É para bem dos acionistas”, conclui.

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Allianz paga mil milhões por 4% de seguradora chinesa

  • ECO Seguros
  • 7 Novembro 2019

A seguradora alemã comprou uma parte da Taikang Life à Goldman Sachs interessando outros investidores a participar na companhia especializada em Vida, saúde e cuidados continuados.

A Allianz SE comprou 4% do capital da seguradora chinesa Taikang Life por um valor de cerca de mil milhões de dólares divulgou a Bloomberg que não conseguiu confirmação oficial.

A aquisição foi feita à Goldman Sachs que assim ficou reduzida a 8,6% do capital, embora esta operação esteja a interessar fundos de investimento e investidores asiáticos pela seguradora. O banco americano havia comprado uma posição de 12,02% na Taikang Life à Axa Life em 2011.

A Allianz já tinha realizado investido montante igual ao que agora é mencionado no conjunto das aquisições da brasileira SulAmerica e duas companhias britânicas.

A Taikang Life, fundada em 1996, tem cerca de 800 mil trabalhadores e agentes e 4 mil agências na China e os seus negócios são seguros, pensões, saúde e cuidados continuados a idosos. Apesar desta dimensão não está no ranking dos 25 maiores grupos de seguradores do mundo.

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Comissões nos grandes depósitos? Banco de Portugal vai tomar “decisão adequada”, diz Miguel Maya

Banco de Portugal está a analisar possibilidade de bancos cobrarem comissão nos depósitos de multinacionais e empresas públicas. Miguel Maya confia no regulador: "vai tomar decisão adequada".

Para Miguel Maya, presidente do BCP, o tema dos juros negativos nos depósitos dos grandes clientes “não é motivo de premência” para o BCP. Mas o líder do banco diz confiar nos reguladores: eles vão tomar a “decisão adequada” em relação à ação colocada pela APB para permitir aplicar comissões nas contas de institucionais, multinacionais e empresas públicas.

“Nós temos o nosso posto de observação e demos a nossa perspetiva. Que os reguladores obtenham as outras perspetivas que nós não temos e recolham essa informação”, começou por dizer Miguel Maya na conferência de apresentação de resultados. Isto para depois afirmar que está confiante “de que vão tomar uma decisão adequada”.

A Associação Portugal de Bancos (APB), que representa o setor, lançou um pedido ao supervisor para poder aplicar comissões nos depósitos de multinacionais e empresas públicas, segundo revelou na passada segunda-feira o presidente do BPI, Pablo Forero. Esta é uma forma de os bancos nacionais contornarem a lei que não permite a aplicação de juros negativos nos depósitos. Com o Banco Central Europeu a promover uma política de taxas abaixo de zero, há queixas entre os banqueiros portugueses de que há regras desiguais em relação aos pares europeus e que, por causa dessa “arbitragem regulatória”, os bancos portugueses estão a perder dinheiro com o excesso de liquidez resultante do fluxo de dinheiro de grandes fundos estrangeiros que está a ser depositado cá.

Segundo Miguel Maya, é um “tema importante”, mas não é uma questão urgente para o banco. E nem há polémica nesta questão. Sublinhou que no caso do BCP não está, nem esteve em cima da mesa “a cobrança de comissões, nem as empresas privadas nem públicas, nem aos particulares”.

O BCP foi dos primeiros bancos portugueses a anunciar uma comissão sobre os depósitos de clientes financeiros, como fundos de pensões e seguradoras. “Tudo o que estamos a fazer tem cobertura regulamentar”, assegurou Miguel Maya.

Miguel Maya disse ainda não estar “tão pessimista em relação à evolução das taxas de juro”. “Temos de saber viver com elas”, disse, apontando para a necessidade de ter “um banco eficiente” e com um indicador de rácio cost-to-income que seja uma referência no setor.

O BCP registou lucros de 270 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 5% face ao mesmo período de 2018, com o banco liderado por Miguel Maya a superar as estimativas dos analistas — previam um lucro de 258 milhões de euros. Há um ano, o banco reportou um lucro de 257,5 milhões de euros.

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Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 7 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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