EDP contraria ministro e diz que não abdica dos 218 milhões pagos pela barragem do Fridão

EDP refere que decisão de não construir a barragem é "da total e exclusiva responsabilidade" do governo e que apesar de estar disponível para o diálogo com o governo, não abdicará dos seus direitos.

A EDP já reagiu à decisão governamental de não se avançar com a construção da barragem do Fridão, salientando que esta decisão é “da total e exclusiva responsabilidade” do governo e que em momento algum admitiu suspender este projeto sem recuperar os 218 milhões pagos há dez anos pela exploração do mesmo por 75 anos. E apesar de estar disponível para encontrar uma solução de boa-fé, a elétrica garante “que não abdicará dos seus direitos, nem dos mecanismos de que dispõe para a defesa dos mesmos”.

Esta terça-feira de manhã o ministro do Ambiente revelou que o projeto da EDP para a construção da barragem do Fridão não é para avançar. Apesar da decisão, Matos Fernandes defendeu não haver razões para “a restituição de qualquer montante” à elétrica. A EDP, em janeiro de 2009, aceitou pagar 218 milhões de euros como contrapartida financeira pela exploração desta barragem por 75 anos — esta infraestrutura de aproveitamento hidroelétrico (AH) estava prevista para o rio Tâmega, afluente da margem direita do rio Douro e sempre foi muito contestada.

Face às declarações do ministro do Ambiente proferidas na Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, a EDP avançou ao final da tarde com um esclarecimento onde precisa que “em nenhum momento” admitiu a “possibilidade de não avançar com a construção do AH Fridão sem que lhe fosse devolvido o montante pago ao Estado“.

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Segundo explicou o ministro aos deputados, a EDP escreveu por duas vezes ao governo dando conta do desinteresse neste projeto, alegando “a possibilidade real” de produzir energia de forma muito mais barata por via eólica ou solar, até porque “o risco do investimento, até com as alterações que se foram produzindo, é demasiado grande,” e que a Declaração de Impacto Ambiental é “demasiado exigente”.

Esta posição da elétrica, explicou, vai de encontro ao entendimento do governo face ao projeto do Fridão, o que justificou o seu cancelamento, ainda que sem qualquer acordo prévio com a EDP. Segundo o ministro, e tendo em conta situações anteriores, “o Estado cumprirá sempre o contrato”, mas referiu acreditar que “não há razão para qualquer restituição da verba entregue há dez anos pela EDP ao Estado”.

Contudo, uma coisa é o projeto ter ficado desinteressante nos dez anos após a sua ‘adjudicação’, outra é abdicar do valor entregue ao Estado para ficar com o mesmo. E é isso que a EDP veio esclarecer: “Como sempre, a EDP está disponível para, de forma construtiva e com base num diálogo de boa-fé entre as partes, encontrar uma solução, deixando claro que não abdicará dos seus direitos, nem dos mecanismos de que dispõe para a defesa dos mesmos.”

A barragem de Fridão, situada no rio Tâmega, faz parte há vários anos do Plano Nacional de Barragens, afetando vários concelhos (Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto).

(Notícia atualizada às 19h15)

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Schréder escolhe Portugal para desenvolver tecnologia para smart cities

  • Ricardo Vieira
  • 16 Abril 2019

Schréder está à procura de talento português nas áreas de IoT, arquitetura de sistemas e de software e programação para o desenvolvimento de soluções e sistemas inovadores.

A Schréder vai instalar em Portugal o novo centro mundial de investigação e desenvolvimento para smart cities. No Schréder Hyperion serão estudadas e desenvolvidas Soluções em IoT (internet of things), conectividade 5G, mobilidade elétrica e iluminação inteligente.

Para este projeto, a empresa belga está à procura de talento português nas áreas de IoT, arquitetura de sistemas e de software e programação, que serão responsáveis pelo desenvolvimento de produtos, soluções e sistemas inovadores, como é o caso do Shuffle – um sistema modular de iluminação que pode integrar sistemas de controlo, altifalantes, câmaras de vigilância, carregador de veículos elétricos, sinalização, hotspots, banda larga móvel e muito mais.

“Portugal tem conseguido atrair Centros de desenvolvimento e competências cada vez mais especializados e de maior valor acrescentado e a Aicep tem trabalhado ativamente para que estes projetos se concretizem, traduzindo-se em mais postos de trabalho altamente qualificados. A vinda da Schréder Hyperion com um projeto tão inovador como o das smart cities é uma excelente notícia para Portugal!”, destaca Luís Castro Henriques, presidente da Aicep.

A empresa de iluminação, que iniciou atividade em Portugal em 1956, tem apostado em soluções inteligentes que podem responder às necessidades específicas dos cidadãos como, por exemplo, ajustar a iluminação de uma rua de acordo com as necessidades dessa comunidade.

“A iluminação é muito mais do que luz. São as pessoas, e a forma como aproveitamos a tecnologia para melhorar as suas vidas. Este é o caminho inteligente para uma smart city. Isto é ‘lightability’. A Schréder Hyperion vai desenvolver e integrar tecnologias que permitam cidades abertas, fluidas, seguras, conectadas e verdes, para os seus cidadãos e para as autoridades locais”, salienta Nicolas Keutgen, Chief Innovation Officer na Schréder.

Com duas unidades industriais, em Oeiras e Alverca, Portugal tem já vários projetos no âmbito das smart cities com assinatura desta empresa, como é o caso de Lousada, o primeiro município do país a converter a iluminação pública para 100% LED.

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Procura por cartões Viva quase triplicou no início de abril, com mais de 17 mil pedidos de novos cartões

Dados provisórios da Área Metropolitana de Lisboa indicam ainda que se registaram mais 195 mil carregamentos do passe do que no período homólogo, uma subida de 30%.

Na região de Lisboa, e entre o início de março e 5 de abril, foram vendidos cerca de mais 195 mil passes Navegante que no mesmo período de 2018, valor que representa um salto de 30%, segundo dados avançados pela Área Metropolitana de Lisboa (AML). De acordo com a mesma fonte, e só nos primeiros cinco dias de abril, “foram solicitados mais de 17.000 novos cartões, o que representa um crescimento de 190% relativamente ao período homólogo de 2018”.

Apesar de sublinhar tratarem-se ainda de dados provisórios, a AML detalha que desde que os novos tarifários ficaram disponíveis [21 de março], foram comprados mais de 411 mil passes Navegante válidos para abril. Tudo valores suficientes para a AML fazer já um balanço “francamente positivo” da revolução feita nos preços dos transportes.

Assim, e de acordo com os dados divulgados, entre 21 de março e 5 de abril, foram adquiridos mais de 411 mil passes Navegante. “Dados relativos ao período em que se iniciou a venda dos novos passes, a 21 de março através do portal VIVA e a 26 de março nas redes de venda dos operadores e rede Multibanco, indicam que foram adquiridos, até ao dia 5 de abril, mais de 411.000 passes NAVEGANTE, válidos para o mês de abril.”

Apesar de provisórios, e de ainda não incluírem informação de todos os operadores da região de Lisboa, a Área Metropolitana de Lisboa detalha também que caso se comparem os períodos homólogos de 1 de março a 5 de abril, em 2019 foram vendidos mais de 195 mil passes do que em 2018, o que representa um crescimento superior a 30%”.

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A AML destaca também o forte crescimento sentido na procura pelos cartões Lisboa Viva, o suporte físico que permite ter e carregar os passes Navegante. Segundo a Área Metropolitana de Lisboa, e só nos primeiros cinco dias de abril, “foram solicitados mais de 17.000 novos cartões, o que representa um crescimento de 190% relativamente ao período homólogo de 2018”.

"O dia 1 de abril foi o dia em que se registou maior número de vendas, com o carregamento de mais de 93.000 títulos”

Área Metropolitana de Lisboa

No balanço à entrada em vigor dos novos tarifários, a AML destaca ainda que um outro grande objetivo associado a esta revolução está a ser bem-sucedido. Além do aumento do uso dos transportes públicos, a alteração tarifária pretendeu igualmente simplificar a oferta de títulos e passes na região de Lisboa.

Os Navegante vendidos até 5 de abril, diz a AML, representaram cerca de 87% de todos os passes comprados na AML correspondendo assim a uma efetiva simplificação do sistema tarifário, tendo presente que anteriormente os títulos intermodais representavam, em média, 50,7% das vendas de passes”.

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Enxurrada de propostas adia relatório dos CMEC. Deputados não conseguem contactar Sócrates

As várias propostas de alteração ao relatório preliminar dos CMEC atrasaram o calendário da comissão de inquérito. Quarta-feira será votada uma suspensão dos trabalhos até 15 de maio.

As várias propostas de alteração que os partidos propuseram ao relatório preliminar da comissão de inquérito às rendas excessivas levaram ao cancelamento da reunião desta tarde, na Assembleia da República (AR), que tinha como objetivo a apreciação do documento redigido pelo deputado Jorge Costa, do Bloco de Esquerda. Quarta-feira será votada em plenário uma suspensão dos trabalhados da comissão até meados de maio.

De acordo com fonte oficial do Partido Social Democrata (PSD), era “humanamente impossível para os serviços fazer um guião”, uma vez que “os partidos, nomeadamente o PSD, fizeram muitas propostas de alteração” durante a primeira reunião, de apresentação e apreciação do relatório. Assim, também a votação do relatório, que estava prevista para quarta-feira, fica anulada.

Também Emídio Guerreiro, presidente da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, já tinha admitido à agência Lusa que seria “perfeitamente inviável que as coisas estivessem concluídas amanhã [quarta-feira]”.

Mas as adversidades não ficam por aqui. Ainda faltam, também, chegar alguns documentos à comissão, nomeadamente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e do Governo.

Por outro lado, a comissão ainda não conseguiu contactar José Sócrates. Para a auxiliar, a comissão vai pedir apoio à Procuradoria-Geral da República, de modo a conseguir enviar as perguntas dos deputados ao antigo primeiro-ministro. Segundo o presidente da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, a dificuldade em contactar diretamente Sócrates “foi um fator de ponderação para essa decisão”. “Parece-nos muito importante que o relatório contenha as respostas — se ele as quiser dar, como é óbvio, esperamos que sim — do próprio”, acrescentou.

Esta quarta-feira, vai ser votada em plenário uma suspensão dos trabalhos da comissão até ao dia 15 de maio. Assim, este será o último dia de trabalhos da comissão. Para já, o relatório tem de estar fechado até ao dia 2 de maio, momento em que será enviado aos restantes partidos, que podem, até dia 6 de maio, insistir com as propostas que já tinham feito anteriormente, caso as mesma não estejam contempladas no documento. Posto isto, o dia 10 de maio é o prazo final, dia em que os serviços têm de ter o relatório fechado.

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Professores dão um mês à AR para devolver tempo de serviço ou fazem greve às avaliações

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Mário Nogueira alerta que deputados têm de definir como será recuperado o tempo de serviço e “não atirar para futuras negociações esta matéria”, sob pena de terem sete anos de guerra com professores.

O líder da Fenprof avisou esta terça-feira que os deputados da Assembleia da República têm um mês para resolver a situação da recuperação do tempo de serviço congelado aos professores, caso contrário estes avançam para uma greve às avaliações.

“Esperamos que isto esteja resolvido até 15 de maio”, afirmou Mário Nogueira perante centenas de professores que estão reunidos junto ao parlamento, onde estão a ser debatidos vários diplomas que defendem a recuperação integral do tempo de serviço congelado: nove anos, quatro meses e dois dias.

Em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira lembrou que os trabalho na Assembleia da República são interrompidos em meados de maio devido às eleições europeias, realizadas a 26 desse mês, e retomados apenas em junho.

“Temos que insistir com os partidos para que esta situação esteja resolvida até 15 de maio, porque temos prevista uma greve às avaliações a partir de 06 de junho e não teremos alternativa que não seja entregar um pré-aviso de greve”, afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, uma das dez estruturas sindicais que, desde o final de 2017, têm negociado com o Governo a recuperação do tempo de serviço.

Mário Nogueira alertou ainda para a necessidade de os deputados definirem como será recuperado o tempo de serviço e de “não atirar para futuras negociações esta matéria”, sob pena de se estar a “comprar sete anos de luta com os professores”.

O secretário-geral da Fenprof referiu-se à “experiência trágica” de mais de um ano de negociações entre Governo e sindicatos, que levaram à aprovação de um diploma que prevê a recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias e que levou os professores a protestar hoje no parlamento.

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Os sindicatos acreditam que as propostas dos partidos políticos deverão descer à especialidade, situação que veem com agrado. “Os diplomas vão descer à comissão [de educação] e ainda bem. Aqui [no plenário] a relação é mais política, enquanto na comissão há um trabalho conjunto dos deputados”, afirmou Mário Nogueira.

As deputadas Ana Mesquita, do PCP, e Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, estiveram junto dos professores concentrados junto ao parlamento e em declarações aos jornalistas sublinharam que é possível um acordo até 15 de maio.

A Assembleia da República debate hoje um diploma de uma iniciativa legislativa de cidadãos e apreciações parlamentares do BE, PCP, CDS, PSD e Verdes ao decreto aprovado em março pelo Governo que apenas repõe dois anos, nove meses e 18 dias ao tempo de serviço congelado aos professores.

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Esquerda une-se contra as SIGI. Tanto PS como PSD pedem alterações

Decreto-lei foi discutido esta terça-feira no Parlamento. PCP, BE e Os Verdes pedem a cessação do diploma do Governo sobre sociedades de investimento e gestão imobiliária.

Os partidos à esquerda uniram-se contra o regime das sociedades de investimento e gestão imobiliária (SIGI). Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes deram entrada no Parlamento pedidos de cessação de vigência do decreto-lei que o Governo aprovou no início do ano. Tanto o PS como o PSD pediram mudanças no diploma, enquanto o Governo rejeitou as acusações.

“O Governo tentou passar este novo regime pela calada, sem passar pelo Parlamento”, acusou a bloquista Mariana Mortágua no debate. “Parece-nos inaceitável, mas quando olhamos para os pormenores do diploma, percebemos porquê”. A deputada considerou que o regime é pior que os congéneres estrangeiros, porque não promove o arrendamento habitacional ou de longo prazo como promete e apresenta maior flexibilidade fiscal.

“O que precisamos é de promoção do arrendamento de longo prazo”, defendeu Mortágua. Posição semelhante tem o PCP, sendo que o deputado Duarte Alves defendeu que o regime das SIGI apoia o grande capital estrangeiro em detrimento dos trabalhadores e empresas portuguesas. “O mercado imobiliário não precisa de mais instrumentos de dinamização, o que precisa é de habitação acessível. A fé cega num deus mercado sobe a um novo patamar“, disse o comunista.

Os dois partidos, a par do partido ecologista Os Verdes, apresentaram propostas de cessação de vigência do diploma em questão, que serão votadas no final da semana. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, rejeitou as acusações, defendendo que o objeto social das SIGI é de direitos de propriedade ou direitos reais de gozo com fim de exploração económica.

“É uma limitação que está bem clara no diploma. O que também diz é que têm de ser detidos pelo menos três anos. O que procuramos é fomentar que haja um mercado de exploração económica, o que é exatamente o contrário da especulação imobiliária”, afirmou. “Queremos que o mercado tenha mais oferta para que os preços a possam acompanhar inversamente“. Acrescentou que o regime fiscal já existia para as sociedades de investimento imobiliário, que assegura que a tributação seja feita à saída e é complementado pela distribuição anual de rendimentos para assegurar a constância da receita fiscal. “Não há nada que o Governo queira esconder”, disse Mendonça Mendes.

Socialistas querem clarificar regime fiscal. Social-democratas querem mais limites

Mas as críticas não são exclusivas da esquerda. Cecília Meireles, do CDS, afirmou que o partido “concorda com o objetivo de captação de investimento e criação de condições de competitividade para o investimento”, mas criticou igualmente que não esteja explícito no diploma que o objetivo é fomentar o arrendamento para habitação. Não se pronunciou sobre a intenção de voto.

O PSD não divulgou qual a posição que irá tomar quanto à votação, enquanto o PS anunciou que irá votar contra os pedidos. Ainda assim, ambos veem potencial de alterações.

Fernando Rocha Andrade, deputado do PS, elogiou a criação do regime por considerar que “para haver arrendamento acessível é preciso construir casas para arrendar”. Quanto ao regime fiscal, garantiu que nada se altera face ao que já está previsto para as sociedades de investimento imobiliário e para os fundos de investimento imobiliário. “Já que o diploma está no Parlamento, podemos fazer o que o decreto de lei não podia, ajustes ao regime fiscal. Votaremos contra a cessão de vigência, mas apoiamos a clarificação do regime fiscal”, afirmou Rocha Andrade.

Do PSD, Jorge Paulo Oliveira sublinhou igualmente que o Governo falou em criar um regime para arrendamento habitacional. “Ou mudou de opinião ou andou a enganar os portugueses”, afirmou o deputado, considerando que o facto de o diploma permitir outras formas de exploração económica permite que estas sociedades se dediquem apenas à compra e venda, o que agrava os preços dos imóveis.

Pode ser um regime interessante para a dinamização do mercado de arrendamento habitacional, por isso é que o PSD tem uma posição favorável de princípio à sua criação, mas não podemos permitir que o objetivo seja desvirtuado“, referiu Jorge Paulo Oliveira. O PSD apresentou, por isso, propostas de alteração no que diz respeito a limitações à aquisição de imóveis, alargamento das situações de perda de qualidade de sociedade aberta e da participação de pequenos aforradores.

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“Há uma corrida aos postos” para atestar. Preços não mexem, garante a associação das petrolíferas

A Apetro aguarda que a requisição civil seja acatada pelos grevistas. Não há abastecimento dos postos, havendo uma procura superior ao normal por parte dos condutores, esgotando os combustíveis.

O Governo avançou com a requisição civil para garantir os serviços mínimos na greve dos motoristas de matérias perigosas, mas esta ainda não foi acatada. Sem abastecimento de combustíveis, as gasolineiras começam a ficam sem produto para vender. Perante a escassez, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) reconhece a “corrida aos postos”, mas garante que os preços não estão a mexer.

“Temos de esperar que a requisição civil venha a ser acatada” pelos motoristas que desde as zero horas de segunda-feira entraram em greve, exigindo salários mais elevados. “Não podemos fazer nada” para garantir que há combustível nos postos de abastecimento, diz António Comprido, ao ECO.

O representante das petrolíferas diz que ainda não tem uma contabilização dos postos que estão sem combustível, mas já há postos que esgotaram as reservas. Há relatos de postos na capital, mas também já não existe gasolina nem gasóleo no posto da Mealhada, na A1, de acordo com a RTP.

“As notícias [da greve destes motoristas] estão a levar mais pessoas aos postos” de abastecimento. Há uma corrida, mas é normal” que aconteça, com os condutores a procurarem precaver-se perante receios de ficarem sem gasolina ou gasóleo. Como o ECO testemunhou, há filas à entrada de vários postos de abastecimento que ainda têm combustível, como é o caso da Repsol na Avenida de Ceuta, em Lisboa.

Filas para abastecer na Repsol (Av. de Ceuta) - 16ABR19
Posto de abastecimento na Avenida de Ceuta. A meio da tarde a fila para abastecer ultrapassava os 30 automóveis.Hugo Amaral/ECO

Questionado sobre se a crescente procura está a ter impacto nos preços, António Comprido diz que não. “Não tenho reporte de subidas de preços. Tomara [os postos de abastecimento] terem produto” para poderem vender, desabafa. Recorda que os preços mexerem no início da semana, como acontece sempre, mas que não estão a ser alterados em resultado da greve.

O secretário-geral da Apetro diz que uma vez acatada a requisição civil, que repõe os serviços mínimos, a situação possa voltar à normalidade. “É uma situação desagradável, em termos de venda e perturbação” das operações, nota. “Mas também o é para a economia”, nota.

Sobre o regresso à normalidade, António Comprido diz que essa depende da celeridade com que forem retomados os abastecimentos. “A partir do momento em que os postos de maior consumo comecem a ser abastecidos, a situação normaliza-se”, diz António Comprido.

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“Governo nunca foi intransigente” com os professores, diz Brandão Rodrigues

Depois do BE, do PCP e do PSD terem apresentados pedidos de apreciação ao diploma que recupera apenas dois anos dos mais de nove "perdidos" pelos docentes, os deputados discutem a matéria.

Os deputados vão discutir esta tarde o diploma aprovado pelo Governo que prevê a recuperação de apenas dois anos, nove meses e 18 dias dos nove anos, quatro meses e dois dias “perdidos” pelos professores. Depois de o Ministério de Tiago Brandão Rodrigues ter avançado com esta medida mesmo face à forte contestação dos docentes, o Bloco de Esquerda, o PCP e o PSD apresentaram um pedido de apreciação parlamentar, cujo trabalhos arrancam esta terça-feira.

Acompanhe em direto a discussão desta tarde. Na quarta-feira, serão votados os pedidos de apreciação referidos, devendo seguir-se uma discussão na especialidade desta matéria.

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Depois de quatro sessões de ganhos, Lisboa cai. EDP e Galp pressionam

A praça lisboeta contrariou o sentimento positivo sentido na Europa. O setor energético pressionou o índice nacional.

Depois de quatro sessões de ganhos, a bolsa nacional caiu. Num dia marcado pela greve dos motoristas de mercadorias perigosas, o setor energético pressionou o índice da praça lisboeta, que terminou a sessão com perdas. Este desempenho contrariou a tendência positiva sentida pelo Velho Continente, onde a generalidade das praças ficou no verde.

O PSI-20 recuou 0,23% para os 5.397,27 pontos. Das 18 cotadas, nove terminaram a sessão em terreno verde, e nove no vermelho. As quedas tiveram, no entanto, mais influência sobre o índice de referência nacional, com as perdas de pesos pesados como a Galp Energia e a EDP.

A greve dos motoristas de mercadorias perigosas, que levou a dificuldades no abastecimento de combustível em vários pontos do país, pode ter ajudado às perdas do setor energético pintado de vermelho também noutras paragens europeias (BP e Repsol fecharam também em terreno negativo). O aumento das reservas petrolíferas dos Estados Unidos pela quarta semana consecutiva levou a matéria-prima a negociar praticamente flat. A EDP recuou 1,33% para os 3,41 euros, depois de também ser conhecido que a construção da barragem do Fridão não vai avançar, e que a elétrica não será indemnizada. A Galp Energia perdeu 0,55% para os 14,40 euros, a EDP Renováveis caiu 0,35% para os 8,62 euros, e a REN recuou 0,20% para os 2,54 euros.

Nas quedas, destaque ainda para a retalhista Jerónimo Martins, que caiu 1,55% para os 13,99 euros. Por outro lado, em terreno verde, o BCP prolongou os ganhos de mais de 3% da sessão anterior, ao avançar 0,80% para os 25,05 cêntimos. A sessão foi também positiva para a Corticeira Amorim, a Semapa e a Sonae Capital, que registaram ganhos superiores a 1%.

Pelas restantes praças europeias, o dia foi de ganhos moderados. O Stoxx 600 subiu 0,37%, o alemão DAX avançou 0,7% e o espanhol IBEX 35 ganhou 0,1%. Depois de registar perdas no início da sessão, devido aos receios relativos a um novo conflito com a Comissão Europeia, o índice acionista italiano FTSE MIB conseguiu recuperar e avançou 0,21%.

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Grupo Barraqueiro tem combustível para “mais um ou dois dias”

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

As empresas do grupo de transportes Barraqueiro não são abastecidas desde segunda-feira. A companhia já só tem combustível para "mais um ou dois dias".

O Grupo Barraqueiro tem combustível para “mais um ou dois dias no máximo”. Se a greve dos motoristas de pesados de mercadorias se prolongar, admite “suprimir serviços públicos de transportes”, disse fonte da empresa.

“Podemos suportar mais um ou dois dias no máximo”, disse à Lusa o diretor com o pelouro da comunicação, Luís Cabaço Martins, adiantando que as empresas do grupo estão “sem ser abastecidas” desde segunda-feira, quando começou a greve.

O Grupo Barraqueiro “está muito preocupado com a situação” e, segundo Luís Cabaço Martins, “corre o risco de suprimir serviços públicos se a situação não for resolvida rapidamente”.

O Grupo Barraqueiro integra as empresas Barraqueiro Oeste, Boa Viagem, Mafrense, Ribatejana, Eva Transportes, Frota Azul, Rodoviária do Alentejo, Rodoviária de Lisboa, Rodoviária do Tejo, Henrique Leonardo Mota Lda, Translagos, Trevo-Transportes Rodoviários de Évora e Marques Barraqueiro, que asseguram serviços públicos de transporte no país, de acordo com a página da internet do grupo.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou à meia-noite de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo Governo.

Entretanto, a portaria que efetiva a requisição civil dos motoristas de matérias perigosas foi publicada esta terça-feira em Diário da República e produz efeitos até ao dia 15 de maio.

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Embraer abre vagas para programa de estágio profissional em Évora

Ao todo são 20 vagas que estão à espera de jovens que venham das áreas da engenharia, operações e tecnologia. O período de candidaturas termina no dia 8 de maio.

A fabricante de aviões Embraer acaba de abrir novas vagas para o programa de estágio profissional na sua unidade de Évora. São 20 lugares que estão à espera de jovens que venham das áreas da engenharia, operações e tecnologia. As candidaturas estão abertas até ao próximo mês.

As inscrições, que terminam no dia 8 de maio, podem ser submetidas através do site da Embraer. “As 20 vagas iniciais são para as áreas de engenharia, operações e tecnologia”, pode ler-se no comunicado enviado pela empresa.

Évora é o destino dos estágios, local onde a Embraer conta com dois centros de excelência. “A abertura das vagas do programa de estágio em Évora é uma excelente oportunidade para que jovens do país apliquem o seu conhecimento e aprendam com uma equipa técnica de excelência numa troca contínua de experiências, que torna a Embraer uma das empresas mais inovadoras do mundo”, afirma Arlindo Duarte, diretor de recursos humanos da Embraer em Portugal.

De acordo com a empresa com sede no Brasil, durante a primeira de seleção, os candidatos são analisados com base num processo de seleção online, que inclui, sobretudo, testes de raciocínio e testes de inglês.

No futuro, a Embraer prevê abrir novas vagas para o programa de estágio profissional. Para já, está previsto um novo concurso no segundo semestre do ano.

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Like & Dislike: Pedro Marques e o princípio de Peter

De ajudante de pedreiro a ministro. De eurodeputado a comissário europeu. Pedro Marques já foi promovido ao seu nível de incompetência.

Já foi ajudante de pedreiro, nas férias da escola, já foi tesoureiro de junta de freguesia, vereador, secretário de Estado no governo de José Sócrates e chegou a ministro com António Costa.

Mas a ascensão de Pedro Marques não fica por aqui. Foi escolhido por António Costa para ser o cabeça de lista dos socialistas às europeias e, antes de o ser, já o era. Isto porque o primeiro-ministro já o colocou na linha da frente para ser candidato a comissário dos fundos estruturais.

O princípio de Peter diz-nos que num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência. Pedro Marques até pode ter sido um ajudante de pedreiro competente, um bom tesoureiro, vereador e secretário de Estado. Mas foi um mau ministro e está a revelar-se um mau cabeça de lista. Pedro confirma que existe o princípio de Peter.

As coisas não lhe estão a correr bem e não há outra forma de dizer isto: está a ser um desastre. Internamente, no partido, e externamente, no país. Basta olhar para as sondagens. Se é socialista, o melhor é nem olhar. António Costa arrisca-se a ter de engolir o “poucochinho” que deu 31% dos votos aos socialistas em 2014, na altura comandados por António José Seguro.

Dentro do partido, apesar do discurso sectário de Pedro Marques, aparentemente também ninguém está entusiasmado com a sua escolha para cabeça de lista. Conta-nos o Público que a candidatura de Pedro Marques já se está a queixar da falta de apoio interno, à exceção dos fins de semana em que Costa aparece para o levar ao colo.

Aliás, nos últimos dias enquanto ministro, e ainda antes de ser pública a sua escolha para as europeias, António Costa e o seu candidato a eurodeputado disfarçado de ministro lançaram concursos para comboios, assinaram o acordo para o aeroporto do Montijo (ainda antes dos estudos de impacto ambiental), lançaram concurso para a expansão da rede do metro de Lisboa e apresentaram, com pompa e circunstância, o Plano Nacional de Investimentos 2030. Numa semana prometeram investir 24 mil milhões de euros.

Costa bem tenta promover o seu delfim, mas não há forma de descolar e entusiasmar. E porque é que as coisas não estão a correr bem a Pedro Marques? Por culpa própria e culpa alheia. Primeiro, a campanha dele foi contaminada com o familygate, um caso que o próprio desvalorizou e desastrosamente resumiu a um problema de “misoginia”.

Depois, para fazer campanha e andar nas ruas, Pedro Marques não tem jeitinho nenhum. Como escrevia o Público, esta segunda-feira, até agora a imagem que mais marcou a sua pré-campanha foi Pedro Marques a sambar “desengonçado ao lado de matrafonas de Torres”. O carisma de Pedro Marques está próximo de zero e a capacidade de comunicação é nula. Não admira que não queira fazer grandes debates com os outros candidatos na televisão. Foi preciso o seu homónimo Pedro Adão e Silva colocar a nu a incongruência de Paulo Rangel — o deputado/advogado que defendeu que o exercício da função de deputado é incompatível com a advocacia — para que a campanha de Pedro Marques desse sinal de vida.

António Costa estava tão convencido que ia ganhar folgadamente as eleições que achou que até Pedro Marques era capaz de as ganhar. Arrisca-se a ganhar, não por causa de Pedro Marques, mas apesar de Pedro Marques.

Não é só a campanha para as europeias que coloca a nu as fraquezas e debilidades políticas do antigo ministro do Planeamento e Infraestruturas. O Programa de Estabilidade publicado esta semana mostra o legado de Pedro Marques que no governo tinha a pasta das obras públicas, do investimento e dos fundos comunitários.

Segundo o Jornal de Negócios, o atual governo vai terminar a legislatura sem que o nível de investimento público alcance o valor que tinha no último ano do governo PSD/CDS, aquele que governou a meias com a troika. No ano passado, o investimento público era suposto ter crescido 40% e só cresceu 10%. É obra. Ou melhor, é falta de obra.

Nos fundos comunitários, o Banco de Portugal veio dizer que o ritmo de pagamentos da Comissão Europeia a Portugal, no âmbito do Portugal 2020 nunca foi tão baixo. Pedro Marques defende-se culpando o Governo anterior, como sempre. Há uma frase que é atribuída a Sá Carneiro que a terá dito certo dia aos seus ministros: “Meus senhores, têm seis meses para criticar o anterior Governo, a partir de agora a culpa é nossa”. Pedro Marques está há três anos a culpar o governo anterior que acusa de ter sido incompetente. Agora foi, ele próprio, promovido até ao seu nível de incompetência.

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