Papeleiras levam o PSI-20 de regresso aos ganhos. Sonae Indústria afunda 8%

A bolsa de Lisboa abriu com ganhos ligeiros, em linha com a tendência na Europa. O setor do papel e pasta de papel segue em alta, enquanto as retalhistas penalizam.

A bolsa de Lisboa abriu, esta quarta-feira, com ganhos ligeiros, em linha com a tendência nas principais praças europeias. O PSI-20 sobe 0,23% para 5.151,08 pontos, com o papel e a pasta de papel a impulsionar os ganhos. No dia em que apresentam contas e em que se discute no Parlamento a potencial nacionalização do serviço postal, os CTT estão sob pressão.

As empresas do setor do papel e da pasta de papel lideram os ganhos no PSI-20. A Navigator avança 1,8% para 4,40 euros por ação, a beneficiar da nota de research do BiG – Banco de Investimento Global que vê a empresa como “extremamente subavaliada”, aponta para um potencial de valorização de quase 40% e para um aumento dos dividendos nos próximos cinco anos. A Semapa ganha 1,15% e a Altri 0,69%.

Na energia, a tendência também é positiva, com a EDP Reváveis a subir 0,49% para 8,185 euros e a EDP a avançar 0,12% para 3,27 euros. A Galp avança 0,17%, num dia misto para o preço do petróleo. O brent negociado em Londres perde 0,18% para 66,33 dólares, enquanto o crude WTI avança 0,21% para 56,21 dólares.

A REN valoriza 0,46% para 2,60 euros, depois de ter recebido a aprovação do Governo para o Plano de Investimento e Desenvolvimento da Rede de Transporte de Eletricidade 2018-2027. O montante total do investimento é de 535,1 milhões de euros.

Profit-warning afunda Sonae Indústria

Os CTT apresentam os resultados de 2018 após o fecho das bolsas, numa altura em os correios voltam a estar debaixo de fogo em várias frentes, com diversas vozes a defenderem a renacionalização da empresa. Às 10h00, o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, vai estar na comissão de economia para responder às perguntas dos deputados sobre o serviço postal universal.

Neste cenário, as ações da cotada liderada por Francisco Lacerda caem 0,33% para 3,072 euros. Entre os títulos do índice de referência nacional no vermelho, estão o BCP, que desliza 0,09% para 0,2308 euros por ação, e a Sonae, que perde 0,77% para 0,907 euros.

Fora do PSI-20, a Sonae Indústria está em destaque. A empresa alertou os que vai registar uma forte quebra nos resultados do final do ano passado devido ao reconhecimento de uma imparidade avultada, de oito milhões de euros, com o encerramento da fábrica que detém em parceria com a LaminatePark na Alemanha. As ações afundam 8,16% para 1,365 euros.

Juros da dívida aliviam antes de leilão

Na Europa, as ações estão a beneficiar da aposta dos investidores em que as negociações entre EUA e China vão resultar num acordo comercial proximamente. O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu a ganhar 0,2%, enquanto o alemão DAX sobe 0,6%, o francês CAC 40 avança 0,2%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,3% e o italiano FTSE MIB soma 0,2%.

No mercado cambial, o euro valoriza ligeiramente (0,02%) contra a par norte-americana, para 1,1343 dólares. Já nas dívidas da Zona Euro, a sessão está a ser de poucas alterações. No caso de Portugal, a yield das Obrigações a 10 anos está a aliviar dos mínimos históricos tocados esta terça-feira.

Os juros da dívida portuguesa benchmark seguem inalterados, em mercado secundário, nos 1,505%, no dia em que Portugal regressa aos mercados para emitir dívida de curto prazo. Pelas 10h30, o Tesouro realiza dois novos leilões de Bilhetes do Tesouro com maturidades de três e 11 meses (maio de 2019 e janeiro de 2020). O objetivo do instituto liderado por Cristina Casalinho é o de captar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros com esta operação.

(Notícia atualizada às 8h35)

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Primeira-ministra britânica reúne-se em Bruxelas com Jean-Claude Juncker

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2019

Theresa May, reúne-se em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, com a esperança de conseguir alterações ao acordo de saída britânica da UE.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, reúne-se esta quarta-feira em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, com a esperança de conseguir alterações ao acordo de saída britânica da União Europeia.

Esta é “claramente uma reunião importante”, admitiu terça-feira o porta-voz da primeira-ministra, que disse estar a “trabalhar arduamente para conseguir as alterações vinculativas” no capítulo relativo à fronteira da Irlanda do Norte com a vizinha Irlanda.

May acredita que as alterações poderão permitir que o Acordo de Saída negociado pelo governo britânico com Bruxelas passe no parlamento, pelo que vai reiterar a necessidade de conseguir essas garantias, disse a mesma fonte.

May vai encontrar-se com Juncker às 18:30 em Bruxelas (17:30 em Lisboa), depois de na última semana ter telefonado à maioria dos líderes dos restantes Estados-membros da UE para os sensibilizar para a necessidade de encontrar um entendimento, incluindo ao primeiro-ministro português, António Costa.

A saída do Reino Unido da União Europeia está marcada para 29 de março, fim do prazo de dois anos previsto no artigo 50.º do tratado europeu para o processo de negociações.

O governo britânico precisa de uma maioria de votos no parlamento ratificar um acordo que garanta uma saída ordenada do bloco europeu, mas o texto negociado com Bruxelas foi rejeitado em 15 de janeiro por uma margem de 230 votos, incluindo 118 deputados do partido Conservador.

Theresa May prometeu fazer uma nova declaração sobre o processo do ‘Brexit’ a 26 de fevereiro, seguido por um debate acompanhado por uma votação no dia seguinte.

Caso não mostre avanços nas discussões com os líderes europeus, a primeira-ministra poderá ser confrontada com propostas para adiar a data da saída ou para negociar um novo acordo.

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Hoje nas notícias: Famílias endividadas, salários e Altice

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os dados são preocupantes. Segundo a Deco, o número de pedido de ajuda de famílias muito endividadas disparou em 2018. O esforço financeiro das famílias para pagar o custos dos empréstimos subiu para 80%, quando deveria limitar-se a 35%. E a situação em 2019 é “já muito preocupante”. Na Caixa continuam as notícias sobre as perdas do banco. Agora fica a saber-se que a Deloitte, auditora do banco público, entre 2002 e 2015 apenas fez um alerta sobre as participações na EDP e no BCP. Sobre os créditos ruinosos a Deloitte não se manifestou. Ainda na esfera estatal, a função pública contesta o salário mínimo e vai levar o Governo a tribunal. Já a Altice vai impugnar o concurso do Tribunal Constitucional para a atribuição de serviços de comunicações, ganho pela Vodafone. No dia em que vai a votos a moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS, a líder dos centristas diz que o “Governo está esgotado e o primeiro-ministro perdido”.

Pedidos de ajuda de familias muito endividadas disparam

O número de famílias que pediu ajuda ao Gabinente de Proteção Financeira (GPF) da Deco subiu para 29.350, em 2018, mais 350 pedidos do que em 2017 e, muito mais do que os 23.183 efetuados em 2012. Mas a situação é ainda pior quando se olha para a percentagem de rendimento disponível para pagar custos dos empréstimos que, em 2018, subiu para 80%, quando deveria limitar-se a 35%. Primeiros dados de 2019 já são “muito preocupantes”, diz a Deco. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Deloitte só alertou para exposição da Caixa ao BCP

A Deloitte, auditora da Caixa Geral de Depósitos de 2002 a 2015, fez apenas um alerta sobre as matérias analisadas pela EY, que resultaram em perdas para o banco estatal. De acordo com os relatório e contas da CGD, esse alerta da auditora incidiu sobre as participações da instituição financeira em entidades como o BCP e a EDP. Já sobre os créditos concedidos a Deloitte não se pronunciou. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Altice impugna concurso do Tribunal Constitucional

A dona da Meo avançou com uma ação contra o concurso público lançado pelo Tribunal Constitucional para a atribuição de serviços de comunicações que foi ganho pela Vodafone. A Altice alega que a decisão não terá sido comunicada atempadamente como mandam as regras. Até agora, os três serviços de telecomunicações estavam divididos pelas três operadoras: Vodafone, Meo e Nos. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Função pública contesta salário mínimo no Estado e leva Governo a tribunal

O recente aumento do salário mínimo de função pública continua na ordem do dia. Os sindicatos argumentam que o aumento para 635 euros vem acompanhado de travão à progressão na carreira até 2029. Já os trabalhadores do segundo escalão queixam-se de que o rendimento líquido fica igual ao dos novos contratados. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

“Governo está esgotado e o primeiro-ministro perdido”, diz Cristas

No dia em que é votada a moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS, a líder dos centristas afirma que o “Governo está esgotado e o primeiro-ministro perdido”. No debate da moção de censura, Assunção Cristas deverá apontar as falhas do executivo. Esta é a segunda moção de censura feito ao governo de António Costa, mas apesar do voto favorável do PSD, deverá ser chumbada. Leia a notícia completa no jornal i (acesso pago).

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Altice impugna concurso do Tribunal Constitucional que foi ganho pela Vodafone

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

Em 2018, o TC atribuiu um contrato de serviços no valor de 133 mil euros anuais à Vodafone. A dona da Meo argumenta que as regras do concurso não foram cumpridas.

A Altice impugnou o concurso público para a atribuição de serviços de comunicações, que tinha sido lançado pelo Tribunal Constitucional (TC) e ganho pela Vodafone Portugal, segundo noticia esta quarta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago). A dona da Meo justifica a ação por não ter sido informada atempadamente do concurso.

Até ao ano passado, os três serviços de comunicações do tribunal estavam divididos por três operados, sendo a Vodafone responsável pelo serviço de voz móvel, a Meo pelo fixo e a Nos pela televisão. Em 2018, o TC lançou um concurso público para um contrato de um ano, renovável por um máximo de três anos, avaliado em 133 mil euros anuais, segundo revela o Negócios.

O contrato para os três serviços foi adjudicado à Vodafone, mas a Altice argumenta que as regras não foram cumpridas. A Vodafone Portugal “confirma que foi notificada no dia 5 de fevereiro da ação de contencioso pré-contratual movida pela Meo contra o Tribunal Constitucional”, em declarações ao jornal.

Até que o tribunal se pronuncie sobre a impugnação, mantém-se a divisão dos serviços como está atualmente. Se a decisão der razão à Altice, será lançado um novo concurso público. Pelo contrário, se os argumentos da dona da Meo forem rejeitados, entra em vigor o contrato com a Vodafone.

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Pedidos de ajuda de famílias muito endividadas agravaram-se em 2018

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

Primeiros dados de 2019 envolvendo créditos recentes são "muito preocupantes".

O número de famílias muito endividadas a pedir a ajuda ao Gabinete de Proteção Financeira da Deco subiu para 29.350 no ano passado, mais 350 pedidos do que em 2007 e muitos mais do que há dez anos (em 2008 foram 8.758), escreve esta quarta-feira o jornal Público [acesso condicionado].

De acordo com o diário, o aumento do número dos pedidos de ajuda “surpreende pela negativa”, assim como os dados que dão conta do crescimento da taxa de esforço ou seja, a percentagem do rendimento que é utilizada para pagar os empréstimos. Este indicador atingiu os 80%, mais cerca de 10 pontos percentuais do que no mesmo período de 2017.

Segundo a Deco, o rendimento médio das famílias que pediram ajuda é de 1.150 euros, menos 50 do que em 2017, tendo o valor médio das prestações do empréstimo subido de 850 para 924 euros.

Além dos dados pouco animadores de 2018, nas primeiras semanas de 2019 o cenário não mudou: dados da Deco acrescentam que há famílias que, nos primeiros dois meses do ano, não conseguem pagar empréstimos recentes, contraídos em 2018. “Há indícios de que as famílias já não apresentavam condições para ter acesso a esses créditos”, o que demonstra que as novas contratações de crédito “não estarão a ser feitas de forma responsável”, escreve o jornal.

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Deloitte só alertou a Caixa para risco das participações no BCP e EDP

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

A Deloitte era a auditora a CGD entre 2002 e 2017. Não fez qualquer ênfase sobre os empréstimos que agora a EY revelou terem sido ruinosas para o banco.

A Deloitte, auditora da Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2002 e 2017, não alertou para o risco dos empréstimos que se revelaram ruinosos, no relatório da EY à gestão do banco público, segundo revela o Jornal de Negócios (acesso pago). Os relatórios e contas da CGD, consultados pelo diário, mostram que a Deloitte se limitou a sinalizar as participações da instituição financeira em entidades como o BCP e a EDP.

O relatório da EY indica que a participação da CGD no BCP acabou por gerar uma perda de 559 milhões de euros. O negócio teve início em 2000, quando as contas do banco público ainda eram auditadas pela Magalhães, Neves e Associados. Entre 2004 e 2006, uma estratégia de desinvestimento levou a perdas de 366 milhões de euros e foi nessa altura que a Deloitte começou os alertas.

“No exercício de 2004, a CGD registou por contrapartida de reservas e resultados transitados provisões para a totalidade das menos-valias potenciais nas suas participações financeiras no Banco Comercial Português e na na EDP – Eletricidade de Portugal”, refere a ênfase da Deloitte, no relatório de auditoria aos resultados de 2004 da CGD, citada pelo Negócios.

Já no caso dos créditos concedidos pelo banco, a Deloitte não fez qualquer alerta nas contas da Caixa. Contactada pelo jornal, a Deloitte não fez comentários, enquanto fonte oficial da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) garantiu que o regulador está a “desenvolver as diligências necessárias”.

A CGD aprovou, entre 2000 e 2015, a concessão de 13 créditos que mereceram parecer desfavorável da Direção Global de Risco, sem que a administração tenha apresentado qualquer justificação para essa decisão. Estas 13 operações, a maioria das quais com o aval de António de Sousa ou de Carlos Santos Ferreira, acabaram por resultar em perdas de 48 milhões de euros. Nas operações de reestruturação que mereceram chumbo mas avançaram na mesma, o banco perdeu quase dez vezes mais.

Os dados constam da versão final da auditoria realizada pela EY aos atos de gestão no banco público entre 2000 e 2015, que foi divulgada pela Assembleia da República. Na semana passada, o Parlamento aprovou a constituição da terceira comissão parlamentar de inquérito que o banco público como objeto. Ao mesmo tempo, já está promulgada a lei que permite que as comissões parlamentares de inquérito tenham acesso à informação solicitada aos bancos, que, até agora, têm invocado, por várias vezes, o segredo bancário ou o sigilo profissional para recusarem ceder informações.

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia é dedicado aos CTT, mas também à votação da moção de censura do CDS ao Governo. O Montepio muda de imagem e Portugal volta aos mercados com dois leilões de Bilhetes do Tesouro a curto prazo.

O dia vai ser atarefado. O Parlamento vota a moção de censura do CDS ao Governo, num dia em que os holofotes incidem sobre os CTT, que apresentam resultados anuais. Portugal volta aos mercados com dois leilões de bilhetes do Tesouro a curto prazo, enquanto o Montepio apresenta uma nova imagem. Lá fora, dos EUA, chegarão as minutas da última reunião da Fed.

Partidos votam moção de censura ao Governo

É hoje que o Parlamento vota a moção de censura apresentada pelo CDS, que acusa o Governo de estar “esgotado”. A moção deverá ser chumbada pelos partidos de esquerda, mas vai forçar o PSD a definir uma posição. Mesmo assim, não deverão existir surpresas, uma vez que os social-democratas já garantiram que vão votar “a favor de uma censura à política socialista que tem vindo a ser seguida”. A sessão terá lugar pelas 15h00, na Assembleia da República (AR).

Portugal regressa aos mercados

Portugal regressa aos mercados esta quarta-feira. Pelas 10h30, arranca, dois novos leilões de Bilhetes do Tesouro, promovidos pelo IGCP. Os bilhetes em causa têm maturidades de três e 11 meses (maio de 2019 e janeiro de 2020). O objetivo do instituto liderado por Cristina Casalinho é o de captar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros com esta operação, que acontece depois de o instituto que gere a dívida pública ter emitido obrigações do Tesouro a dez e 15 anos.

Montepio apresenta nova marca

O Montepio apresenta hoje a nova marca do banco. Vai deixar de se chamar Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) para passar a chamar-se Banco Montepio. O objetivo é tornar mais clara a distinção entre o que é a Associação Mutualista Montepio Geral, que é a dona do banco e é presidida por Tomás Correia, e o que é o Banco Montepio, que tem Dulce Mota à cabeça. Esta era uma exigência de longa data dos reguladores. O novo branding foi revelado pelo ECO em primeira mão e pode ser conhecido aqui. Será oficial a partir das 10h00.

CTT apresentam resultados

Os CTT apresentam os resultados de 2018 após o fecho das bolsas, numa altura em os correios voltam a estar debaixo de fogo em várias frentes, com diversas vozes a defenderem a renacionalização da empresa. As contas dos CTT deverão lançar luz sobre o ritmo de queda do volume do correio e desenvolvimentos no plano de reestruturação. Antes disso, pelas 10h00, o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, vai estar na comissão de economia para responder às perguntas dos deputados sobre o serviço postal universal, cuja prestação pelos CTT tem sido criticada pelo regulador setorial.

Fed divulga minutas da última reunião

A Reserva Federal norte-americana publica hoje as atas das reuniões de 29 e 30 de janeiro, em que o banco central decidiu manter a taxa diretora. Os investidores vão estar atentos ao documento, à procura de sinais que apontem para uma intenção por parte dos responsáveis da Fed de travar o ciclo de subidas dos juros, pressionados pelo aumento dos riscos económicos na economia global. “Face aos desenvolvimentos económicos e financeiros globais e às pressões inflacionárias silenciosas, o Comité está preparado para ser paciente”, considerou a entidade liderada por Jerome Powell na altura.

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Portugal vende aos investidores estrangeiros Função Pública mais magra

Na apresentação aos investidores, o IGCP mostra uma Função Pública com menos trabalhadores. A comparação é feita em relação a 2011. A tendência mais recente é de aumento.

O IGCP, a agência que gere mais de 200 mil milhões de euros de dívida pública, publicou uma nova apresentação aos investidores. Este documento, que faz um raio-x à economia e às finanças públicas, mostra aos atuais detentores e potenciais compradores de dívida nacional uma Função Pública mais magra. A redução aconteceu, porém, durante o Governo anterior.

“O número de funcionários públicos diminuiu cerca de 8% desde dezembro de 2011, colocando um travão na despesa corrente”, lê-se na apresentação aos investidores. O gráfico que acompanha a ideia mostra uma evolução do universo de trabalhadores do conjunto das Administrações Públicas – onde estão incluídos todos os subsetores que contam para o apuramento do défice.

A Função Pública fechou 2011 com 728 mil trabalhadores e no final do terceiro trimestre de 2018 eram 671 mil. A comparação destes dois períodos exibe uma queda de 57 mil funcionários, ou seja, menos quase 8%. Acrescentando os valores novos do fecho de 2018 conhecidos sexta-feira passada, a Função Pública perdeu 45 mil trabalhadores, o que significa um recuo de 6%, para 683 mil funcionários.

No entanto, este período de sete anos pode ser dividido em duas partes com tendências distintas e com executivos diferentes. Até 2014, o número de trabalhadores cai consecutivamente, chegado a 656 mil. Trata-se do período em que Portugal aplicava o programa de ajustamento económico e financeiro da troika e em que Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro. O emagrecimento da Função Pública era aliás uma das medidas que Portugal estava obrigado a adotar.

Entre 2014 e 2015, o número de trabalhadores aumentou em três mil pessoas e desde então, já com um novo Governo aos comandos, o universo de trabalhadores tem crescido de forma mais significativa. Desde o ano em que António Costa tomou posse, 2015, o universo de funcionários públicos cresceu 3,6%. São mais 24 mil trabalhadores.

A par do aumento do número de trabalhadores, o Governo aplicou um conjunto de medidas que agravam a folha salarial da Função Pública. Primeiro foram devolvidos os cortes salariais aplicados durante o programa da troika, no Governo anterior. Numa fase mais recente da legislatura, o Executivo descongelou as carreiras e este ano dará o primeiro sinal do que tem chamado de “normalidade”. O salário mínimo na Função Pública teve um aumento para 635 euros. Na entrevista que deu recentemente à SIC, o primeiro-ministro abriu a porta a aumentos mais transversais nos salários da Função Pública a partir de 2020.

Entre 2018 e 2019, as despesas com pessoal na Administração Pública deverão subir 3,1% para 22.544,6 milhões de euros, de acordo com o Orçamento do Estado para este ano. No entanto, quando medida em percentagem do PIB, a folha salarial mantém-se em 10,8% do PIB nos dois anos.

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Carlos Costa rejeita que tenha tomado decisões ruinosas para a CGD. Ouça as explicações sobre os créditos a Vale do Lobo e a Manuel Fino

Em entrevista à SIC, o Governador do Banco de Portugal explicou porque alega que não teve qualquer poder de decisão nos créditos ruinosos dados pela CGD a Vale do Lobo e ao empresário Manuel Fino.

Os olhos estiveram postos em Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, que aceitou ser entrevistado esta terça-feira à noite, na SIC. Tem sido um dos nomes mais atacados na sequência da divulgação da auditoria da EY a 15 anos de gestão na Caixa Geral de Depósitos (CGD), tendo sido administrador não executivo do banco público entre abril de 2004 e setembro de 2006, altura em que foram aprovados créditos ruinosos que resultaram em perdas de centenas de milhões de euros. Ouça as explicações do governador.

A explicação sobre o crédito a Vale do Lobo

Em relação ao crédito ao empreendimento de Vale do Lobo, Carlos Costa assume que esteve numa reunião em que a administração chegou a um acordo de princípio sobre o que seria feito caso o empreendimento fosse vendido pelo então acionista. Segundo o Governador, o negócio em que a CGD depois participou não tinha “nada a ver” com o que foi decidido nessa primeira reunião.

A explicação sobre os créditos a Manuel Fino

Em relação aos créditos ao empresário Manuel Fino, Carlos Costa disse que o crédito decidido na reunião do Conselho Alargado de Crédito em que marcou presença “foi reembolsado em 2009”.

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Guaidó nomeia embaixador da Venezuela em Portugal

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2019

Na Europa, além de Portugal e Espanha, Juan Guaidó nomeou embaixadores na Alemanha, França, Malta, Suécia, Áustria, Dinamarca, Suíça, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Andorra e Holanda.

O Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, nomeou José Rafael Cotte para o cargo de embaixador da Venezuela em Portugal.

O anúncio de Juan Guaidó identifica diplomatas para representarem a Venezuela em 15 países europeus e também na República Dominicana e na Austrália, que o reconheceram como chefe de Estado interino.

Do grupo de representantes anunciado por Guaidó, destaque ainda para a escolha de Antonio Ecarri, vice-presidente do partido Ação Democrática, como embaixador em Espanha.

Na Europa, além de Portugal e Espanha, Juan Guaidó nomeou embaixadores na Alemanha, França, Malta, Suécia, Áustria, Dinamarca, Suíça, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Andorra, Holanda, países que o reconheceram como Presidente interino da Venezuela.

A Polónia também o reconheceu, mas a escolha de um embaixador foi adiada a pedido dos deputados.

Nas últimas semanas, Guaidó nomeou representantes diplomáticos em 13 países da América no Norte e do Sul.

Também esta terça-feira, os embaixadores de Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido na Venezuela anunciara uma promessa de ajuda no valor de 18 milhões de dólares (16 milhões de euros) para medicamentos e alimentos.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

Antes do espoletar da crise venezuelana, o representante diplomático de Caracas constante da lista de corpo diplomático acreditado em Portugal é Lucas Rincón Romero, que apresentou credenciais em 24 de outubro de 2006.

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Carlos Costa: “Não tenho de me considerar fragilizado por coisas que não cometi”

O Governador do Banco de Portugal rejeita sair pelo próprio pé. Diz que se alguém tem provas que o ponham em causa, pode recorrer ao procedimento previsto para o exonerar.

Carlos Costa não sai. Apesar de estar a ser alvo de duras críticas pela sua atuação na CGD, na altura em que foi administrador do banco público, o Governador do Banco de Portugal recusa abandonar o cargo, salientando que não está fragilizado. Em entrevista ao Jornal da Noite da SIC, diz que não cometeu qualquer ilícito, desafiando quem tiver provas em contrário que recorra aos procedimentos previstos para o exonerar.

“Eu não tenho de me considerar fragilizado por coisas que não cometi e que são falsidades”, diz Carlos Costa, depois de já ter esclarecido que não participou na decisão dos 25 grandes créditos identificados pela auditoria da EY à gestão da CGD entre 2000 e 2015, créditos esses que vieram a revelar-se ruinosos para o banco do Estado.

“Todos os agentes têm todo o direito de porem em causa o meu trabalho. Estou perfeitamente disponível para o demonstrar em sede própria, com a proteção que resulta dos estatutos europeus governamentais”, acrescentou Carlos Costa, salientando que se alguém tem provas que me ponham em causa, tem toda a possibilidade de percorrer o que está previsto no procedimento e exonerar-me”.

Questionado se está ansioso, Carlos Costa rejeita. Diz que não tem “nenhum problema porque a auditoria demonstra que não participei. Não tenho problema de consciência porque participei com diligência de boa-fé. Se alguém quer por em causa essa mesma convicção, os mecanismos estão previstos no tratado” para o exonerar.

O Governador do Banco de Portugal não está ansioso, “nem cansado”. “Quando se é independente e se age de forma independente, tem de se estar preparado para desagradar a gregos e a troianos”, diz. Carlos Costa sublinha que “ao longo deste tempo, conseguimos evitar que houvesse uma perda de confiança no sistema bancário. Os depósitos continuaram a crescer”.

(Notícia atualizada ás 21h32 com mais informação)

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Carlos Costa: “Não participei nos 25 grandes créditos que geraram perdas à CGD”

O Governador do Banco de Portugal diz que nunca esteve em nenhuma reunião em que fossem tomadas decisões que fossem lesivas para os interesses da CGD.

Carlos Costa demarca-se de responsabilidades na concessão de créditos ruinosos por parte do banco público no período em que foi administrador. Em entrevista no Jornal da Noite da SIC, o Governador do Banco de Portugal diz nunca presenciou “qualquer movimento que lesasse os interesses da CGD do ponto de vista da concessão de crédito”. Garante que não decidiu nenhum dos 25 créditos que geraram maiores perdas à CGD.

A auditoria realizada pela EY “mostra que não participei em nenhuma operação de concessão de crédito”, começou por dizer. “Só ocasionalmente participava em reuniões do Conselho Alargado de Crédito” da CGD, acrescentou, salientando que a sua presença “destinava-se a assegurar o número de administradores necessários” para essas reuniões.

“Nunca presenciei qualquer movimento que lesasse os interesses da CGD do ponto de vista da concessão de crédito”, assegurou o Governador, cuja atuação enquanto administrador não executivo da CGD, entre abril de 2004 e setembro de 2006, tem estado sob escrutínio.

A EY concluiu que o banco público aprovou entre 2000 e 2015 vários dos créditos que vieram a revelar-se ruinosos. Questionado sobre a sua participação na concessão destes créditos, entre eles o de Vale do Lobo, Carlos Costa foi perentório: “não participei na decisão dos 25 grandes créditos que geraram perdas à CGD”.

Relativamente ao financiamento ao projeto de Vale do Lobo, Carlos Costa esclarece que participou numa reunião anterior “sobre em que condições é que a CGD poderia participar” nessa operação. “Nessa reunião estava lá”, diz. E ficou decido que a “CGD só participaria se houvesse dois bancos no consórcio”, conta.

“Era uma decisão de princípio. O que estava em causa era que se essa operação se realizasse, o que é que a CGD faria”, acrescentou o antigo administrador da CGD, salientando que a operação que acabou por ser “aprovada não tem nada a ver com os princípios estabelecidos” inicialmente.

(Notícia atualizada às 21h05 com mais informação)

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