Seguradoras entregaram 750 milhões ao Estado num só ano

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2019

As contribuições financeiras das companhias de seguro para o Estado atingiram 749 milhões de euros em 2018. O setor é uma fonte de receitas e um cobrador privilegiado a favor do governo.

As companhias de seguros entregaram um valor de 749,3 milhões de euros ao Estado durante o ano passado. O valor foi inferior ao dos anos anteriores, quando atingiram 824,3 em 2016 e 798,97 milhões de euros em 2017.

No entanto a diminuição acorreu apenas nas componentes relacionados com os lucros das seguradoras que sendo inferiores, proporcionaram a cobrança inferior de IRC e derrama municipal, bem como uma menor retenção na fonte de IRS, em virtude de uma redução do seus colaboradores.

O montante entregue ao Estado em 2018 no valor de 749,3 milhões de euros deveu-se a:

Fonte: APS

  • Imposto de Selo – 357 milhões de euros: Sobre as apólices incide uma taxa de 9% para a generalidade dos ramos. As exceções são uma taxa de 5% para os ramos de acidentes, doença, crédito, seguro agrícola e pecuário, mercadorias transportadas, embarcações e aeronaves e de 3% para o ramo caução.
  • Retenção de IRS – 233 Milhões de euros: Trata-se das normais retenções nos salários dos colaboradores cobrados por conta do Estado.
  • IRC – 111 Milhões de euros: A taxa de imposto sobre lucros das seguradoras é igual ao de outras empresas, ou seja, 21% sobre os lucros tributáveis, adicionando a derrama municipal um valor máximo de 1,5% sobre esse mesmo valor.
  • Taxa para a ASF – 15,5 milhões de euros: Esta taxa a favor da ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões não financia apenas os encargos relacionados com a supervisão financeira, mas também outros como a supervisão de mediadores de seguros, supervisão de contratos, registo de empresas que atuam em Portugal ou prestação de informações ao mercado, que se relacionam com a atividade de todas as empresas de seguros que operam em Portugal.
  • Fundo de Acidentes de Trabalho – 10 milhões de euros. Este valor serve para pagamento das prestações que forem devidas por acidente de trabalho sempre que, por motivo de incapacidade económica objetivamente caracterizada em processo judicial de falência ou processo equivalente, ou processo de recuperação de empresa ou por motivo de ausência, desaparecimento e impossibilidade de identificação, não possam ser pagas pela entidade responsável. É gerido pela ASF.
  • Derrama – 6,3 Milhões: É um imposto municipal cuja taxa máxima é de 1,5% e incide sobre os lucros tributáveis das seguradoras, ou de outras empresas.
  • Outras entregas ao Estado são feitas pelas seguradoras, como IVA, Imposto Municipal sobre veículos, Fundo de Garantia Automóvel, IFAP – Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas, para além de 14 milhões de euros de impostos e taxas diversas.

As inúmeras contribuições acabam de uma forma ou de outra por serem pagos pelos segurados, assumindo a forma de uma contribuição fiscal. O INEM, por exemplo, tem um orçamento exclusivamente financiado pela indústria seguradora e pelos seus clientes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sanitas Seguros com pacotes de saúde à venda na Amazon

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2019

Personal training, nutrição, gravidez e bem-estar emocional são os quatro pacotes propostos pela seguradora espanhola que também usará a Amazon como canal de vendas.

A Sanitas Seguros, empresa espanhola de saúde e bem-estar que faz parte do grupo Bupa, anunciou que criou pacotes de saúde para distribuição exclusiva através de canais online, estando já disponíveis na Amazon.

Num comunicado publicado no seu site a empresa explica que com esta nova solução oferece ainda mais propostas de saúde aos seus clientes e abre um novo canal de distribuição dos seus produtos. Personal training, nutrição, gravidez e bem-estar emocional são os quatro pacotes propostos pela Sanitas.

Diz a empresa que se tratam de produtos “pensados para ajudar os clientes a conseguirem atingir os seus objetivos pessoais e que propõem serviços e coberturas digitais disponíveis apenas nas plataformas digitais da companhia”.

Os clientes podem, assim, gerir da forma que melhor entenderem as suas necessidades de saúde, desde o envio de medicamentos ao domicílio ou sessões de fisioterapia em casa. Também está disponível um serviço de vídeoconsulta. Os planos personalizados de saúde têm uma duração de três meses, podendo ser ativado um novo plano após este período.

Iñaki Peralta, diretor geral da Sanitas Seguros, considera que colocar estes pacotes de saúde na Amazon “permite responder às necessidades dos clientes, oferecendo uma nova forma de relacionamento com a companhia através de novos canais e novos produtos digitais e personalizados.

A Sanitas Seguros foi fundada em 1954, assumindo-se hoje como a companhia líder em saúde e bem-estar em Espanha. Desde 1989 que faz parte do grupo Bupa, companhia internacional especializada na prestação de serviços de saúde sem acionistas tradicionais, o que lhe permite “reinvestir os lucros no seu negócio para melhorar os serviços que presta”.

O grupo Bupa foi criado em 1947, no Reino Unido, por 17 associações. Transformou-se num negócio global de saúde, que emprega mais de 80 mil pessoas em todo o mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguro paramétrico rende 745 mil dólares à Costa do Marfim

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2019

Foi detetada seca prolongada através de dados fornecidos pelos serviços meterológicos locais. Depois de tratados por um software da African Risk Capacity, despoletou o processo de indemnização.

O défice de chuvas na Costa do Marfim levou uma agência especializada em cobertura de riscos da União Africana a pagar 745 mil dólares ao governo do país depois de ter sido acionada uma apólice de risco paramétrico.

O dinheiro recebido será distribuído por mais de 32 mil pessoas cuja atividade agrícola foi afetada pela falta de chuvas, o correspondente a 6500 famílias. A verba foi paga pela African Risk Capacity (ARC), um organismo da União Africana especializado no apoio aos governos africanos para melhorarem as suas capacidades de resposta a desastres naturais e alterações climáticas.

Uma das formas de apoio é o seguro paramétrico, que oferece cobertura em situações relacionadas com as alterações climáticas, sendo utilizado habitualmente um parâmetro meteorológico que se combina com o fluxo de receitas ou estrutura de custos. No âmbito deste tipo de seguro a ARC também pagou 23 milhões de dólares ao governo do Senegal devido a uma crise de seca.

A ARC utiliza um modelo de risco paramétrico chamado Africa RiskView que, no caso da Costa do Marfim, detetou que a falta de chuva na região central do país iria colocar em risco a segurança alimentar de 400 mil pessoas.

A missão da ARC é usar os modernos mecanismos financeiros, como uma pool de riscos e transferência de riscos, para criar sistemas pan-africanos de resposta climática que permitam aos países do continente corresponder às necessidades de populações afetadas por desastres naturais.

Ao agrupar os riscos, a ARC tem acesso aos mercados globais de resseguros que lhe permitem assegurar capacidade para gerir o seu portfolio, passando as eficiências do resseguro aos países africanos participantes.

A Costa do Marfim aderiu ao seguro paramétrico em 2019, tendo comprado a cobertura do défice de chuvas nas regiões centro e norte do país.

A ARC conta com 33 países africanos como estados membros, entre eles os membros da CPLP Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau. Já efetuou 36,8 milhões de dólares de pagamentos rápidos, assiste 2,1 milhões de pessoas e tem 400 milhões de dólares de coberturas por risco de seca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Generali quer estar no top 3 dos seguros de arte em 2024

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2019

A seguradora italiana quer ser protagonista de um segmento de mercado que cresce 6% ao ano e atingirá 2,3 mil milhões de euros em 2024. Uma campanha de comunicação disruptiva marca o lançamento.

A Generali apresentou a Arte Generali, segundo a empresa, trata-se de “uma inovadora unidade de negócio global que se posiciona como o parceiro de seguros dos colecionadores de arte” e que aspira a ser um dos três maiores players globais no segmento de seguros de arte nos próximos cinco anos.

Esta nova unidade é inspirada na vontade do Grupo de reforçar a sua proposta de valor para os clientes – como parte integrante do seu pilar estratégico “crescimento lucrativo” – ao entrar no segmento de seguros de arte. A Generali estima que o valor global do segmento arte vai aumentar mais de 20% entre 2017 e 2022 e que as receitas dos prémios de seguro neste segmento cresçam 6% ao ano a nível mundial, atingindo 2,3 mil milhões de dólares.

Campanha da Arte Generali: Fotografado por Oliviero Toscani, o artista italiano Maurizio Cattelan, satiriza com o roubo da retrete de ouro de uma exposição em Inglaterra em setembro último. A peça é de sua autoria e fazia parte da instalação “América”.

A seguradora pretende oferecer “soluções inovadoras e personalizáveis que vão muito além da cobertura de seguro para peças de arte, joalharia e outros bens de valor”, afirma. A oferta Arte Generali inclui, por exemplo, um leque de serviços de assistência para restauração, transporte e armazenamento, bem como ferramentas digitais com recente tecnologia.

A nova unidade de negócio está sediada em Munique, na Alemanha, sendo que este hub central apoia a subscrição local de seguros e equipas de gestão de contencioso. Tem como CEO Jean Gazançon, um licenciado em Ciências Politicas uma vasta experiência internacional na Europa, Japão e América Latina no campo das artes, seguros de arte e gestão de fortunas.

Para Philippe Donnet, CEO do Grupo Generali, esta nova unidade é “um marco na execução do Generali 2021 (a designação do plano estratégico). Com ela damos início a um novo capítulo na história da Generali na indústria seguradora”, acrescentando que “a Arte Generali repercute fortemente a experiência, legado e ADN da Generali e pode alicerçar-se na liderança do Grupo em termos de performance técnica seguradora e na sua tradição de mecenas das artes e cultura”.

Já Giovanni Liverani, CEO da Generali Alemanha e membro do Group Management Committee, afirma: “A Arte Generali vem complementar a oferta de serviços da Generali em todas as geografias e oferecer soluções e serviços inovadores para responder às mais altas expectativas enquanto explora um mercado em crescimento”.

Liverani referiu-se ainda “ao apoio de artistas de renome mundial como Oliviero Toscani e Maurizio Cattelan como embaixadores desta iniciativa”. Toscani foi o fotógrafo em que o artista contemporâneo Maurizio Cattelan satiriza o roubo da retrete em ouro, parte de uma instalação por si realizada denominada “America”, de um castelo em Inglaterra no passado mês de setembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cisco põe Wall Street na linha de água mas S&P 500 atinge máximos

As previsões desanimadoras da Cisco pesaram em Wall Street, com os índices de referência a fechar próximo da linha de água. Ainda assim, o S&P 500 conseguiu atingir um recorde.

Os pratos da balança em Wall Street estiveram equilibrados nesta sessão. Se, por um lado, receios de um abrandamento da economia global e previsões pessimistas da Cisco pesaram no sentimento dos investidores, ganhos da Walmart e as perspetivas da Fed fizeram subir a moral. Os índices de referência fecharam próximo da linha de água, mas o S&P 500 atingiu um recorde.

O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, disse que o risco de a economia dos EUA enfrentar uma quebra dramático é uma probabilidade remota, o que animou os investidores. Para além destas palavras, as contas da cadeia de lojas Walmart, que reviu em alta as estimativas do ano e apresentou resultados mais altos do que o esperado, contribuíram para o sentimento positivo.

O S&P 500 fechou a sessão com um novo máximo, ao subir 0,09% para os 3.096,76 pontos, enquanto o industrial Dow Jones ficou na linha de água, totalizando os 27.783,12 pontos.

Por outro lado, o aviso da Cisco de que a receita do trimestre atual iria cair entre 3% a 5% devido à queda nos gastos globais com os produtos que oferece, alguns dos quais fabricados na China pesou no sentimento. Depois de anunciar estas previsões, os títulos da tecnológica afundaram 7,33% para os 44,91 dólares.

Com este desempenho, a Cisco arrastou consigo o índice do setor, o Nasdaq, que caiu 0,04% para os 8.479,02 pontos. As cotadas tecnológicas foram também penalizadas pela contínua incerteza comercial face às tensões com a China, sendo que muitas delas estão expostas a esse mercado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fnac investe sete milhões de euros até 2022 para chegar às 40 lojas em Portugal

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

A Fnac está a planear abrir entre duas a quatro lojas em Portugal, em 2020. O objetivo da marca é atingir as 40 lojas no país em 2022.

O grupo FNAC vai investir cerca de sete milhões de euros até 2022 para atingir as 40 lojas no país, disse esta quinta-feira à Lusa o diretor-geral da FNAC Portugal, na abertura do 32.º espaço, em Viana do Castelo. “Temos a ambição de chegar às 40 lojas até 2022, num investimento de cerca de sete milhões de euros”, afirmou Nuno Luz.

O diretor-geral acrescentou que “na primeira semana de dezembro abrirá a 33.ª loja, no Arena Shopping, em Torres Vedras“, adiantando que esta “será a quarta loja de 2019, num investimento global de quatro milhões de euros”, tendo sido criados “mais de uma centena de postos de trabalhos diretos”.

Em 2020 estimamos abrir entre duas a quatro lojas, prevendo-se o mesmo investimento e a criação do mesmo número de postos de trabalho deste ano. Para nós é significativo, uma vez que em 21 anos estamos hoje a abrir a 32.ª loja. Abrir quatro lojas num ano é um passo grande”, considerou Nuno Luz.

O diretor-geral da FNAC explicou que a insígnia francesa está a “apontar muito no conceito de proximidade, abrindo lojas com espaços mais reduzidos e maximizando a ‘omnicanalidade’, com as referências disponíveis em loja e os artigos do catálogo ‘on-line'”.

“É um conceito diferenciador porque vemos hoje o retalho a apostar muito no ‘on-line’, a reduzir espaços e a fechar lojas, e a FNAC continua a apostar em espaços físicos porque quer estar mais perto de todos os portugueses que estão longe dos grandes centros urbanos”, referiu.

A loja em Viana do Castelo representou um investimento de cerca de meio milhão de euros e a criação de 18 postos de trabalho diretos. Na inauguração da nova loja de bens culturais, tecnológicos e de lazer, Nuno Luz explicou que o espaço pretende “servir os 85 mil habitantes do concelho de Viana do Castelo e das zonas limítrofes, abrangendo, no total, cerca de 200 mil habitantes”.

“As previsões apontam para uma faturação anual a rondar os 3,2 milhões de euros”, salientou. A inauguração da loja, com uma área comercial de 500 metros quadrados, incluiu uma breve atuação de Pedro Abrunhosa, padrinho do espaço.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Costa quer dar “primeiro passo” para diminuir peso do IRS na classe média

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

O primeiro-ministro considerou a hipótese de se assistir a um aumento da carga fiscal em 2020 "uma ideia bastante prematura".

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que o objetivo do Governo no próximo Orçamento é dar “um primeiro passo” para conferir uma maior progressividade no IRS e diminuir o peso deste imposto sobre os vencimentos da classe média.

António Costa assumiu esta posição depois de interrogado pelos jornalistas sobre a possibilidade de haver um aumento da carga fiscal no próximo ano e momentos antes de ter um jantar de trabalho com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, em Estocolmo, onde permanecerá até sexta-feira.

O primeiro-ministro considerou a hipótese de se assistir a um aumento da carga fiscal em 2020 “uma ideia bastante prematura”.

“Não é isso que está previsto que aconteça. Pelo contrário, espero que já neste primeiro Orçamento se possa dar um primeiro passo para cumprir um dos principais objetivos orçamentais do Governo. Queremos iniciar uma maior progressividade do IRS, procurando diminuir o peso do IRS sobre os vencimentos da classe média”, respondeu o líder do executivo português.

Perante os jornalistas, António Costa reforçou essa ideia de um desagravamento do IRS para alguns escalões, acrescentando: “Espero que já neste primeiro Orçamento possamos começar a concretizar esse objetivo que temos para a legislatura”.

Tanto o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio, como o deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, consideram que haverá um aumento de impostos para muitos portugueses caso o Governo caminhe no sentido do englobamento dos diversos tipos de rendimentos em sede de IRS, eliminando as diferenças entre taxas.

O Governo ainda não clarificou se alguns tipos de rendimentos passarão a ser englobados, tal como defende o Bloco de Esquerda. Durante o debate quinzenal na Assembleia da República, em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal, António Costa respondeu que uma proposta nesse sentido pode surgir, mas não no próximo Orçamento do Estado.

O primeiro-ministro precisou que “o programa de governo prevê, como o programa eleitoral do PS já previa, que haja um progressivo englobamento de rendimentos”, mas ressalvou que nunca foi dito que “neste Orçamento para 2020 haveria qualquer medida em matéria de englobamento, e muito menos foi dito que tipo de rendimentos seriam englobados, e em que medida”.

“Portanto, qualquer especulação ou exercício de figuração como aquele que aqui fez [João Cotrim de Figueiredo] não assenta em mais nada, a não ser na pura imaginação”, criticou António Costa. “Não vale a pensa especularmos e, quando tivermos de fazer o debate, façamos o debate com base na proposta concreta, e essa proposta há de surgir”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Somos rentáveis e disto não abdicamos”, diz Pedro Soares dos Santos. Mas só lucro “não chega”

Apesar de o lucro ser essencial, os fatores ambientais e sociais assumem hoje em dia um peso maior nas decisões de negócio da Jerónimo Martins, assegura o CEO.

30 anos, 19 aumentos de capital, 9,4 mil milhões de euros de capitalização. Foi a 14 de novembro de 1989 que a Jerónimo Martins entrou na bolsa, e, apesar de algumas coisas se manterem na mesma, muito mudou. O lucro continua a ser um dos focos imprescindíveis da empresa, mas entram novos fatores na fórmula: ambientais e sociais.

“Somos rentáveis e disto não abdicamos”, disse Pedro Soares dos Santos, “Chairman” e CEO da Jerónimo Martins, na celebração do 30º aniversário da entrada da empresa na bolsa, na Euronext Lisboa. Mas hoje, “o lucro não chega”, porque “o mundo está cada vez mais incerto e complexo”, continuou.

Apesar de os resultados financeiros serem essenciais para “se merecer a confiança do mercado, estão longe se ser suficientes”, reitera Pedro Soares dos Santos. “A forma como chegamos aos resultados que entregamos é fundamental e é por isso que o respeito por critérios ambientais e sociais pesa nas nossas decisões de negócio”, explicou o CEO.

Esta é uma das coisas que mudou no grupo que detém a cadeia de supermercados Pingo Doce, ao longo dos anos que já passaram desde que entrou no mercado de capitais. A capitalização bolsista multiplicou por mais de 30 vezes, e as vendas aumentaram em 18 mil milhões de euros.

Para a Jerónimo Martins, a entrada na bolsa “representou muito mais que uma operação de financiamento”, indicou Pedro Soares dos Santos. Permitiu, por exemplo, desenhar uma estratégia de internacionalização, apontou, sendo que o grupo poderá abrir “este ano, possivelmente, a loja 3.000 da Biedronka”, cadeia de supermercados na Polónia.

Tornou também possível a “sucessão de aquisições que marcaram os anos 90 e o crescimento orgânico com que fomos construindo a posição de liderança na distribuição alimentar em Portugal”, completou o CEO da Jerónimo Martins. Por todas estas razões, apesar de também terem existido pontos baixos na trajetória, Pedro Soares dos Santos reitera que o tempo da empresa na bolsa foram “30 anos de um casamento muito exigente mas bem-sucedido”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UTAO diz que são precisas novas medidas de consolidação no valor de 245 milhões

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

"Serão necessárias novas medidas de consolidação orçamental para que Portugal possa continuar numa trajetória de ajustamento estrutural e cumprir as regras de disciplina orçamental", diz a UTAO.

A UTAO estima que o Governo terá de avançar no próximo Orçamento do Estado com novas medidas de consolidação orçamental, além das previstas no Programa de Estabilidade, no valor de 245 milhões de euros para cumprir as regras europeias.

A conclusão consta do relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) sobre o Projeto de Plano Orçamental para 2020 (PPO/2020) do Governo, enviado em 15 de outubro à Comissão Europeia, a que a Lusa teve acesso.

“Com as projeções orçamentais apresentadas para 2020 no PPO, o Ministério das Finanças deixa uma mensagem muito clara a ter em conta na elaboração do próximo Orçamento do Estado: serão necessárias novas medidas de consolidação orçamental para que Portugal possa continuar numa trajetória de ajustamento estrutural e cumprir as regras de disciplina orçamental definidas no plano europeu e na legislação nacional”, afirma a UTAO.

De acordo com os peritos, em causa está a necessidade de cumprir o ajustamento em direção ao Objetivo de Médio Prazo (OMP), que para ser concretizado obrigará a “implementar novas medidas, para além das já previstas [no Programa de Estabilidade] de montante equivalente a 0,11% do PIB, o equivalente a cerca de 245 milhões de euros”.

O OMP para Portugal, definido em termos do respetivo saldo estrutural, para o triénio 2020–2022 corresponde a um saldo estrutural de 0,0% do PIB potencial depois de em 2019, a Comissão Europeia ter revisto este valor que em 2019 era de 0,25% do PIB potencial.

No PPO/2020, o Governo reviu em alta o saldo orçamental em 2019, estimando um défice de 0,1% contra a anterior previsão de 0,2%, e previu um saldo próximo do equilíbrio para 2020, tendo em conta um cenário de políticas invariantes, ou seja, tendo apenas em consideração medidas já implementadas e não medidas novas.

“A revisão do saldo orçamental de 2019 face à meta inicialmente estabelecida para o conjunto do ano, que apontava para um objetivo de –0,2% do PIB, reflete, essencialmente, uma avaliação mais positiva por parte do Ministério das Finanças quanto à execução orçamental em curso”, sublinham os peritos do parlamento.

Porém, continuam os técnicos, para 2020, o Governo projeta uma deterioração do saldo estrutural, “o que seria uma evolução contrária às recomendações do Conselho da UE para a trajetória de ajustamento em direção ao Objetivo de Médio Prazo e que levaria a que o saldo estrutural permanecesse aquém do mesmo até 2020”.

O Governo enviou o PPO/2020 a Bruxelas em 15 de outubro, estando a entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2020 no parlamento prevista para 15 de dezembro.

Em 22 de outubro, a Comissão Europeia solicitou ao Governo português uma versão atualizada do PPO/2020 “tão cedo quanto possível”, observando que o “esboço” recebido apontava para o risco de um desvio das metas fixadas.

Na carta enviada ao ministro das Finanças, a Comissão Europeia pediu um documento atualizado que garantisse “o cumprimento” das regras europeias a nível de saldo estrutural e dívida pública, advertindo que o PPO/2020 apontava no sentido oposto projetando “uma deterioração do saldo estrutural em 0,2% do PIB”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sabe o que aconteceu nos mercados na 5ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 14 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ex-administrador da TAP Luís Rodrigues é o novo presidente da SATA

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

Luís Rodrigues vai substituir António Luís Gusmão Teixeira, que se demitiu em novembro por motivos de "ordem pessoal" e pelo atraso na "implementação de medidas de reestruturação" da SATA.

O antigo administrador da TAP Luís Rodrigues é o novo presidente da transportadora aérea açoriana SATA, informou esta quinta-feira o executivo regional.

“O presidente do Governo [Regional], Vasco Cordeiro, comunicou à Assembleia Legislativa o nome de Luís Manuel da Silva Rodrigues como novo presidente do conselho de administração da SATA, a fim de, nos termos legais, ser ouvido antes da tomada de posse para essas funções“, referiu o executivo em nota de imprensa.

Luís Rodrigues, precisou o Governo dos Açores, foi entre junho de 2009 e dezembro de 2014 administrador executivo na ‘holding’ TAP SGPS e da TAP S.A (negócio da aviação), e foi também presidente do conselho de administração da TAP Manutenção e Engenharia Brasil e administrador executivo na empresa SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A.

“Como administrador executivo da TAP, liderou a gestão de escalas em mais de 90 destinos para onde a companhia voava, criou e implementou um programa de redução global de custos da companhia e, em abril de 2014, assumiu as funções de ‘chief financial officer’ [CFO, equivalente a responsável financeiro], tendo liderado, igualmente, as áreas de Recursos Humanos, Relações Laborais, T&I, Compras, Legal, Auditoria e Serviços de Saúde”, explica a nota.

Luís Rodrigues é licenciado em Economia pela então Faculdade de Economia da Universidade de Lisboa, Nova SBE.

Recentemente, desde abril de 2015, foi presidente executivo (CEO) da Nova School of Business and Economics Executive Education, no concelho de Cascais (distrito de Lisboa), e professor em Estratégia, Corporate Governance e Liderança Aplicada na mesma instituição.

O até agora presidente do conselho de administração da transportadora aérea SATA, António Teixeira, apresentou no início de novembro a sua demissão por motivos de “ordem pessoal” e pelo atraso na “implementação de medidas de reestruturação”, anunciou a empresa.

“Além de razões de ordem pessoal, por entre as principais razões que motivaram a sua decisão, encontram-se o atraso verificado na implementação de medidas de reestruturação, que considerou urgentes e necessárias, bem como a impossibilidade de reduzir, até ao final do ano 2019, os prejuízos do Grupo SATA, para metade do valor registado em 2018”, declarou então a SATA em nota enviada à imprensa.

Segundo a transportadora, “não obstante alguma melhoria dos resultados operacionais alcançados na SATA Azores Airlines no corrente ano, bem como a restruturação operacional efetuada nas transportadoras do Grupo SATA”, António Teixeira “considerou não terem sido alcançados os objetivos a que se propôs” quando entrou em funções, em 2018.

Em 2018, a SATA registou um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.

Na apresentação das contas de então, o presidente da empresa, que agora abandona a função, manifestou a intenção de baixar os prejuízos em 2019 para cerca de metade do registado em 2018, o que foi já assumido como um “compromisso comprometido”, após prejuízos nos primeiros seis meses de mais de 32 milhões de euros.

António Luís Gusmão Teixeira foi indicado em julho de 2018 pelo Governo dos Açores para a presidência do conselho de administração da SATA, substituindo Paulo Meneses, que ocupava o cargo desde o final de 2015.

A empresa prepara atualmente um novo concurso para privatizar 49% da Azores Airlines – ramo da SATA que opera de e para fora do arquipélago -, após o primeiro ter sido cancelado devido à divulgação de informação tida por sensível.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Gomes Mota: “Houve uma evolução no tecido empresarial português”

  • Ana Baptista
  • 14 Novembro 2019

O gestor volta a ser, pela segunda vez consecutiva, o presidente do júri do prémio EY Entrepreneur of the Year.

O prémio Entrepreneur of the Year (EY) 2020 já está a aguardar as candidaturas de empresários e gestores das mais variadas áreas da economia, e as expectativas para este ano são grandes. “A filosofia do prémio é a mesma”, ou seja, reconhecer a figura que se destacou como empreendedor do ano em Portugal, disse ao ECO o presidente do júri, António Gomes da Mota. Mas “a minha expectativa é de que, nesta 8ª edição, haja mais empresas e mais gestores de negócios diferentes e interessantes. Felizmente, em Portugal, tem havido uma grande dinâmica de empreendedorismo e, há dois anos, olhámos para alguns projetos que ainda estavam numa fase inicial e agora já devem estar mais desenvolvidos”, considera.

Além disso, continua, “nos últimos anos houve uma evolução no tecido empresarial português, com mais inovação e internacionalização”. E estes dois fatores serão relevantes. Segundo Gomes da Mota, a capacidade de inovar dentro de uma empresa – não só na parte de processo, mas também nos recursos humanos, na sustentabilidade, e na própria forma de gestão – é um dos fatores que o júri terá em conta na análise dos candidatos e, por isso, espera que haja exemplos nesse sentido.

A internacionalização é também “um critério importante”, até porque “tem uma dimensão de inovação”. “Queremos projetos que tenham ambição global. Só se podem ter projetos grandes se se olhar para o estrangeiro”, disse ao ECO.

Por fim, procuram projetos “que se diferenciem, que tenham impacto social ou criação de valor, com o arrastamento de outras empresas” e um empreendedor que tenha estado à altura de tudo isto, ou seja, “que tenha sido um líder, atento à sustentabilidade e aos aspetos sociais dentro da empresa”, conclui.

Esta é a segunda vez consecutiva que António Gomes da Mota assume o papel de júri deste prémio da EY. O gestor foi também o júri da a 7ª edição que premiou o presidente da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim.

Presidente não executivo do Conselho de Administração dos CTT, desde 2017, António Gomes da Mota, é também presidente da Direção do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) e professor catedrático de Finanças no ISCTE.

No júri do prémio EY juntam-se a ele mais sete elementos. São eles Clara Raposo, reitora do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Steven Braekeveldt, presidente executivo (CEO) da seguradora Ageas, Isabel Ucha, CEO da Euronext; Vera Pinto Pereira, membro do conselho de administração da EDP e CEO da EDP Comercial; Vasco Pereira, presidente e CEO do grupo Lusíadas; Dionísia Ferreira, gestora que saiu dos CTT; e ainda António Rios de Amorim, CEO da Corticeira Amorim e o vencedor do ano passado. Note-se que é tradição neste prémio da EY alterar os nomes do júri a cada edição, podendo ou não manter-se o presidente, e ainda convidar o vencedor do ano anterior a integrar o painel da edição seguinte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.