7 perguntas e respostas sobre a descida dos preços da luz em 2020

ERSE propôs uma descida de 0,4% nos preços da eletricidade no próximo ano. Fique a saber em quanto deverá baixar o valor da fatura da luz, a quem e quem não beneficia desta descida.

A fatura da luz vai descer pelo terceiro ano consecutivo. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) já avançou com a sua proposta para as tarifas de eletricidade em 2020, prevendo um corte de 0,4% nos preços a aplicar no mercado regulado a partir de janeiro.

Fique a conhecer em detalhe as principais implicações desta recomendação feita pelo regulador, nomeadamente, qual o impacto da redução anunciada — que terá ainda de ser validada até 15 de dezembro, entrando em vigor a 1 de janeiro de 2020 –, quem beneficia deste corte, mas também quem fica de fora.

1. O que vai acontecer aos preços da luz?

A ERSE divulgou a sua proposta de tarifas para a eletricidade a vigorar no próximo ano. O regulador propõe um “desconto” de 0,4% na tarifa a aplicar no mercado regulado.

2. Porque vão descer os preços?

A ERSE enquadra o previsível desagravamento dos encargos das famílias com a fatura da luz no mercado regulado como o resultado da redução da dívida tarifária.

“A proposta tarifária consolida o movimento iniciado nas tarifas de 2016 de diminuição da dívida tarifária, sendo esta diminuição, nas tarifas de 2020, de cerca de 460 milhões de euros, cerca de 14% do valor da dívida tarifária de 2019, situando-se agora abaixo do valor de 2012”, enquadra a este propósito o regulador.

3. Quem beneficia deste “desconto”?

A revisão em baixa do tarifário da luz aplica-se apenas aos consumidores que estão no mercado regulado de eletricidade. Os últimos dados apontam para a existência de 1,06 milhões de clientes neste mercado, uma fatia de 17% do total.

Para estes clientes tratar-se-á do terceiro ano consecutivo de alívio na fatura da energia dos portugueses, isto após 18 anos seguidos de aumentos.

4. Qual o impacto na fatura?

Para os clientes que ainda se mantêm no mercado regulado, esta redução de 0,4% no valor da eletricidade representa uma poupança mensal de 18 cêntimos numa fatura média mensal de 43,90 euros.

Simulação para um cliente-tipo no mercado regulado:

Fonte: ERSE

 

5. E qual o impacto na tarifa social?

No caso dos clientes com tarifa social, numa fatura média de 27 euros o corte será de 11 cêntimos mensais (valor que já integra a aplicação de um desconto social mensal de 13,81 euros).

Simulação para um cliente com tarifa social:

Fonte: ERSE

 

6. Quando chega essa descida na fatura?

Os valores divulgados pela ERSE são para já uma proposta de alteração ao tarifário da eletricidade. Este valor terá ainda de ser confirmado pelo regulador da energia até 15 de dezembro, entrando então em vigor a 1 de janeiro de 2020.

7. E como fica quem está no mercado liberalizado?

A proposta de alteração de preços por parte da ERSE aplica-se exclusivamente aos clientes que estão no mercado regulado de eletricidade. De fora ficam os cerca de 5,5 milhões de clientes que estão sujeitos às tarifas do mercado liberalizado.

Contudo, tal não significa que os operadores deste segmento não venham a repercutir de alguma forma essa evolução de preços nas respetivas faturas. Esta tem sido, aliás, a tendência recente.

O ECO contactou os principais operadores do mercado liberalizado de energia, mas não obteve ainda respostas de todos. Os que responderam afirmam estar a analisar a redução proposta pela ERSE para depois decidirem o que farão.

No ano passado, os preços da eletricidade baixaram 3,5% no mercado regulado, movimento que acabou por ser acompanhado de uma forma mais próxima ou afastada pela generalidade dos operadores do mercado livre.

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Depois dos professores, Alexandra Leitão enfrenta reivindicações da Função Pública

Depois do embate com os colégios veio a luta com os professores. Agora, com a "pasta" na mão, ministra terá de enfrentar a revisão das carreiras especiais da Função Pública. E os aumentos salariais.

Alexandra Leitão não é uma cara nova no Governo, mas ganhou mais poder no Executivo que António Costa apresentou a Marcelo Rebelo de Sousa para enfrentar os próximos quatro anos. De secretária de Estado Adjunta e da Educação, na alçada de Tiago Brandão Rodrigues, onde enfrentou a contestação dos professores, passa a ministra. “Rouba” a Função Pública às Finanças de Mário Centeno, assumindo as rédeas de negociações que se preveem tensas com os trabalhadores do Estado.

Licenciada, Mestre e Doutora em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi também professora auxiliar, estreou-se nas lides governativas como adjunta de Gabinete do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros entre 1997 e 1999. Passou também pela Procuradoria-Geral da República e pelo Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros, até voltar, em novembro de 2015, a assumir um lugar no Executivo. E, desta vez, com um papel que acabou por ser preponderante.

Foi como secretária de Estado Adjunta e da Educação que Alexandra Leitão se tornou conhecida dos portugueses. Logo desde o início da anterior legislatura “chocou de frente” com os colégios privados quando o Governo decidiu cortar com os contratos de associação, para, logo no final do ano seguinte, começar uma batalha muito maior, desta vez com os professores devido ao descongelamento das carreiras e reposição do tempo de serviço, que tinham sido congelados desde 2011 devido à crise.

Enquanto o Executivo contabilizava 2 anos, 9 meses e 18 dias do tempo de serviço dos professores, os professores mostravam, na rua, cartazes com os 9 anos, 4 meses e 2 dias. Após várias rondas de negociações (que tiveram início em 2017), seria Alexandra Leitão, em conjunto com Fátima Fonseca (secretária de Estado da Administração e Emprego Público), a apresentar a proposta do Governo aos representantes dos professores. Em março deste ano, foi publicado em Diário da República o decreto-lei que “mitiga os efeitos do congelamento” na carreira docente, prevendo a recuperação sempre defendida pelo Executivo.

A luta dos professores continua. E Alexandra Leitão deverá continuar a contar com a oposição de Mário Nogueira, o líder da Fenprof, que mantém a “guerra aberta” com o Executivo. Continuará a enfrentar o sindicato dos professores, mas já não pelo cargo de secretária de Estado, mas como ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública. Ou seja, assume toda a Função Pública, que abarca os professores, numa altura em que a se avistam mudanças nas progressões nas carreiras especiais do Estado.

Ainda recentemente, Mário Centeno, que agora perde a “pasta” da Função Pública para a nova ministra, lembrou que houve “uma mudança de paradigma” na administração pública que “deixou apenas de fora as carreiras especiais”, como, por exemplo, as “militares e as de segurança” ou os professores e funcionários judiciais. Aventou a possibilidade de a progressão nestas carreiras especiais ter de mudar, aproximando-se “à noção de mérito”.

Essa mudança terá de ser feita por Alexandra Leitão, até porque o Executivo tem alertado para o enorme custo que estas progressões nas carreiras especiais têm. E que se juntam às progressões nas restantes carreiras da Função Pública, num total de cerca de 500 milhões de euros. Uma fatura pesada que levou Mário Centeno, na apresentação do cenário macroeconómico do PS, antes das legislativas de 6 de outubro que deram a vitória a António Costa, a baixar expectativas para os trabalhadores do Estado em termos de aumentos salariais nos próximos anos.

“A margem que existe para 2020, após paga a prestação da recuperação do congelamento das carreiras (na ordem dos 500 milhões de euros), é suficiente para aumentar os salários à margem da inflação que hoje se observa. Nos anos seguintes, o esforço de recuperação das carreiras diminui significativamente, passando a valer pouco mais de 200 milhões de euros. Por isso, a margem entre 200 para 400 milhões de euros, caso se cumpra o Programa de Estabilidade, é a margem que o próximo Governo tem para adotar medidas de atualização salarial e outras na administração pública”, disse Centeno.

O problema é que Executivo e Função Pública não deverão concordar na proporção do ajustamento salarial assumido por Centeno, antes de passar a “pasta”. Os sindicatos da Função Pública pedem, já para o próximo ano, uma atualização bem acima da inflação, cabendo, a partir de agora, a Alexandra Leitão enfrentar os anseios dos quase 700 mil funcionários do Estado.

A Frente Comum exige um “aumento real dos salários”, que tenha por base a subida da remuneração mínima garantida para 850 euros. O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e das Entidades Com Fins Públicos quer aumentos de 3%, enquanto a FESAP quer a retoma das atualizações salariais, mas mediante a celebração de acordos plurianuais. E uma base remuneratória da Administração Pública deve ser “diferenciada” do Salário Mínimo Nacional.

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5 coisas que vão marcar o dia

O PSD reúne a comissão política para analisar os resultados das eleições, isto quando se aguarda a divulgação dos dados finais das legislativas. O IGCP vai ao mercado para fazer o último leilão de BT.

No dia em que o IGCP realiza um duplo leilão de bilhetes do Tesouro, o último do ano, o PSD reúne os órgãos de decisão para discutir os resultados das eleições. A propósito, esta quarta-feira poderá ficar marcada pela divulgação dos resultados finais das legislativas e o Banco de Portugal publica as estatísticas das empresas da central de balanços. E haverá acordo do Brexit à vista?

Tesouro quer captar até 1.250 milhões em duplo leilão

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza, esta quarta-feira, dois leilões das linhas de bilhetes do Tesouro (BT) com maturidades a 17 de janeiro de 2020 e 18 de setembro de 2020, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros. Esta será a última emissão de dívida de curto prazo deste ano e acontece na mesma semana em que Portugal vai fazer mais um reembolso antecipado dos empréstimos da troika. A última vez que o país emitiu BT a três e 11 meses foi a 21 de agosto tendo, na altura, conseguido os juros negativos mais baixo de sempre para colocar 1.000 milhões de euros.

Rui Rio convoca comissão política

O presidente do PSD convocou a Comissão Política Nacional do partido e a Comissão Permanente para esta quarta-feira. Neste encontro, Rui Rio deverá aproveitar para fazer uma análise dos resultados eleitorais e anunciar se se irá recandidatar ou não à liderança dos laranjas contra, pelo menos, um adversário já confirmado: Luís Montenegro. Isto numa altura em que têm crescido as críticas a Rio face ao resultado eleitoral conseguido nestas legislativas (o mais baixo desde há 30 anos). Os sociais-democratas conseguiram apenas 27,9% dos votos (77 mandatos), estando ainda por apurar dois círculos eleitorais.

Resultado final das legislativas à vista?

Uma semana e meia depois da ida às urnas, os resultados finais destas eleições legislativas ainda estão por conhecer, faltando apurar dois círculos eleitorais, o que pode acontecer esta quarta-feira. Em causa estão os círculos da emigração, que dão direito a quatro mandatos. Com 99,13% dos votos apurados, o PS ficou com 106 mandatos (36,65% dos votos), o PSD com 77 mandatos (27,9% dos votos), o BE com 19 mandatos (9,67% dos votos), a CDU com 12 mandatos (6,46% dos votos), o CDS-PP com cinco mandatos (4,25% dos votos), o PAN com quatro mandatos (3,28% dos votos) e o Chega, o Iniciativa Liberal e o Livre com um mandato (com 1,3%, 1,29% e 1,09% dos votos, respetivamente).

Como estão a evoluir empresas?

O Banco de Portugal publica, esta quarta-feira, as estatísticas das empresas da central de balanços. Em causa estão empresas não financeiras e dados relativos ao segundo trimestre do ano. Nos primeiros três meses de 2019, a rendibilidade bruta do ativo das empresas não financeiras foi de 7,8%, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, sublinhou o BdP. Tanto no privado como no público, as empresas viram a sua rentabilidade diminuir na generalidade dos setores. E por dimensão, a rendibilidade das PME reduziu 0,1 p.p., para 7,1%, e a das grandes empresas decresceu 0,2 p.p., para 9,9%.

Acordo do Brexit à vista?

À medida que o prazo para a saída do Reino Unido da União Europeia se aproxima, as negociações para chegar a um acordo têm-se intensificado. Este é o último dia para firmar um acordo antes da reunião do Conselho Europeu, onde os líderes europeus poderão discutir e aprovar o texto final. De acordo com a lei recentemente aprovada pelos deputados britânicos, se não houver acordo até sábado, o primeiro-ministro britânico terá de pedir um adiamento do Brexit por três meses

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“É desonesto eu pagar um aval quando a Maló Clinic pode mas não quer”

  • ECO
  • 16 Outubro 2019

Paulo Maló, fundador da Malo Clinic, diz que "neste momento não há processos de execução". Diz-se revoltado, criticando a Malo Clinic por não pagar quando pode fazê-lo.

Paulo Maló, fundador da Malo Clinic, foi afastado após a venda da clínica dentária ao fundo Atena Equity Partners, numa altura em que o fundo obteve um perdão de dívida no valor de 40 milhões de euros ao abrigo de um Processo Especial de Revitalização (PER). Saiu, mas tem os credores, nomeadamente o Novo Banco e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), através do Banco Nacional Ultramarino, atrás de si. Diz-se revoltado, afirmando que a Malo Clinic “pode pagar mas não quer”.

Em declarações ao Expresso (acesso livre), o empresário diz que “neste momento não há processos de execução”, mas tem os dois bancos atrás de si para cobrarem avales pessoais dados para obter financiamento de ambas as instituições. O Novo Banco aceitou perdoar cerca de metade de uma dívida superior a 51 milhões de euros, já a CGD reclama 6,9 milhões de euros.

“Fui avalista de boa fé em conjunto com a empresa. Se a empresa fugir às suas responsabilidades (como tem feito desde que o fundo [Atena Equity Partners] tomou a empresa), a começar com o PER – Processo Especial de Revitalização, eu serei chamado a pagar o aval que dei à empresa”, diz Paulo Maló.

“Estamos a negociar. Vamos ver se chegamos a acordo. Certamente é desonesto eu pagar um aval para a empresa quando a empresa pode pagar mas não quer”, acrescentou ao Expresso.

O fundador das clínicas diz que o “aval foi feito para garantir um empréstimo para a Malo Clinic! A Malo Clinic também é avalista. O processo PER distorce as responsabilidades porque dá a possibilidade à Malo Clinic de fugir ao pagamento [da sua dívida]. A Malo Clinic tem capacidade para pagar. O PER é pura ganância“.

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Despesa com juros desceu mais no 1.º semestre do que previsto para todo o ano, diz a UTAO

  • Lusa
  • 15 Outubro 2019

Projeções orçamentais do Programa de Estabilidade 2019–23 consideram uma redução da despesa com juros de 1,1% em termos nominais. Redução foi "mais acentuada", de 4,2%.

A redução da despesa com juros no primeiro semestre foi mais acentuada do que a prevista para o conjunto deste ano, de acordo com um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

“A despesa com juros registou no primeiro semestre uma redução mais acentuada do que a prevista para o conjunto do ano”, indica a UTAO no relatório sobre “Contas das Administrações Públicas: janeiro a junho de 2019”, em contabilidade nacional, a que a Lusa teve acesso.

Os técnicos do parlamento indicam que as projeções orçamentais do Programa de Estabilidade 2019–23 (PE/2019–23) consideram uma redução da despesa com juros de 1,1% em termos nominais face ao nível apurado para 2018 e, no primeiro semestre, “a redução alcançada na despesa com juros foi mais acentuada, tendo-se observado uma diminuição de 4,2% face ao período homólogo”.

A UTAO explica que a redução verificada na primeira metade do ano esteve associada a uma descida da taxa de juro implícita da dívida pública, que se reduziu em 0,1 pontos percentuais para 2,7%, “refletindo a substituição de dívida com taxas mais elevadas por dívida com taxas de juro mais favoráveis, no âmbito da gestão da dívida pública”.

Já o nível de dívida pública aumentou, apontam os técnicos do parlamento, indicando que, entre o final do primeiro semestre de 2018 e o final do primeiro semestre do ano corrente, a dívida pública aumentou 441 milhões de euros em termos nominais, ainda que em percentagem do PIB, “por via do maior crescimento relativo deste indicador, tenha evidenciado uma redução de 4,5 pontos percentuais, para 121,2% do PIB”.

O relatório da UTAO tem por base o destaque de Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, relativas ao segundo trimestre de 2019, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 23 de setembro de 2019, e a 2.ª Notificação do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), enviada na mesma data pelo INE ao Eurostat.

O défice das Administrações Públicas em contabilidade nacional, que é a que interessa a Bruxelas, fixou-se em 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre, “claramente aquém do objetivo de 0,2% do PIB fixado pelo Governo para o conjunto do ano”, mas sem colocar em causa o cumprimento daquela meta, recorda a UTAO.

No documento, a UTAO indica que a melhoria do saldo orçamental no primeiro semestre, face ao período homólogo, ajustado do efeito de medidas de natureza temporária e/ou não-recorrente, “beneficiou da redução da despesa com juros, embora tenha decorrido, principalmente, do aumento do excedente orçamental primário”, ou seja, antes do pagamento dos juros.

Os técnicos explicam que, “para a melhoria do saldo primário em percentagem do PIB observada no primeiro semestre, contribuíram o aumento na receita total das Administrações Públicas e, em simultâneo, a redução no peso da despesa primária no PIB”.

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Esboço orçamental já foi entregue em Bruxelas. É divulgado esta quarta-feira

  • Lusa
  • 15 Outubro 2019

Documento, que terá uma atualização das projeções macroeconómicas e orçamentais, só será publicado na quarta-feira de manhã no portal do Governo.

O esboço de plano orçamental para 2020 já foi enviado pelo Ministério das Finanças para Bruxelas, mas só será publicado na quarta-feira de manhã no portal do Governo, disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças.

O documento, que terá uma atualização das projeções macroeconómicas e orçamentais, também deverá ser publicado na manhã de quarta-feira pela Comissão Europeia.

De acordo com o calendário estabelecido para os países da Zona Euro, a Comissão deve ter em sua posse os planos orçamentais dos Estados-membros para o ano seguinte até 15 de outubro, de modo a emitir um parecer até final de novembro (ou mesmo pedir a reformulação do documento, caso considere que há riscos de incumprimento das regras europeias), antes de os orçamentos serem aprovados nos respetivos parlamentos nacionais, até final de dezembro.

Na segunda-feira, véspera da data-limite para o envio a Bruxelas dos planos orçamentais para o próximo ano, fonte comunitária contactada pela Lusa recordou que o código de conduta da legislação comunitária nesta matéria prevê um regime excecional para os Estados-membros cujos governos não estejam no uso pleno dos seus poderes orçamentais, designadamente devido à celebração de eleições, mas salientou que o prazo de entrega é o mesmo para todos.

Nesses casos, indicou, “o prazo limite de 15 de outubro ainda se aplica, e o Estado-membro deve submeter um esboço de plano orçamental elaborado com base num cenário de políticas inalteradas” – ou seja, sem medidas orçamentais já discriminadas e quantificadas -, devendo o novo Governo “submeter um esboço de plano orçamental à Comissão Europeia e ao Eurogrupo assim que assumir funções”.

António Costa já foi indigitado primeiro-ministro, mas aguarda-se pelo apuramento dos votos dos círculos da emigração para o Governo tomar posse – o que poderá suceder na próxima semana.

Na passada quinta-feira, o primeiro-ministro indigitado, António Costa, afirmou que “gostaria muito” de poder apresentar à Assembleia da República o Orçamento do Estado para o próximo ano ainda em 2019, mesmo que a discussão se prolongue para 2020.

No Programa de Estabilidade 2019-2023, apresentado em abril, o Governo antecipou uma expansão de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e um excedente orçamental de 0,3% do PIB.

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CES vê desvio de 2 mil milhões no investimento público

  • Lusa
  • 15 Outubro 2019

Desvio entre o valor do investimento público efetivo e o previsto nos anos de 2016, 2017 e 2018 “totaliza mais de 2 mil milhões de euros”.

O Conselho Económico e Social diz que houve um desvio de 2 mil milhões de euros entre o investimento público orçamentado e o executado entre 2016 e 2018 e quer que estas diferenças constem da Conta Geral do Estado.

A conclusão integra o projeto de parecer do Conselho Económico e Social (CES) sobre a Conta Geral do Estado (CGE) relativa a 2018 a que a Lusa teve acesso.

“O CES gostaria de ver nas próximas CGE, uma análise dos desvios face às previsões”, afirma o órgão de consulta e de Concertação Social, defendendo que a análise “ajudaria a perceber melhor a execução das políticas” previstas no Orçamento do Estado e “as opções feitas” pelo Governo para os anos seguintes.

Segundo o documento, o desvio entre o valor do investimento público efetivo e o previsto nos anos de 2016, 2017 e 2018 “totaliza mais de 2 mil milhões de euros”, representando uma execução orçamental no triénio de menos 18% em relação ao orçamentado.

O CES realça que, em 2018, o investimento público aumentou 11,3% face ao ano anterior, mas o valor ficou “muito aquém (quase metade) do que estaria previsto no OE2018 [Orçamento do Estado de 2018]”.

“O desvio entre o valor efetivo e o previsto representou mais de 600 milhões de euros” em 2018, realça o órgão presidido por António Correia de Campos.

Além disso, o CES volta a alertar para os “valores excessivos de cativações e reserva orçamental, determinados sem critérios óbvios que não o quantitativo, e para o impacto que os mesmos podem ter na previsibilidade e estabilidade do funcionamento de serviços públicos fundamentais”.

As cativações registaram um valor inicial de 1.057 milhões de euros em 2018 e “perto de um terço ficou por gastar”, refere aquele órgão consultivo.

Para o CES, a CGE é “o principal documento de prestação de contas” do Estado” e “deveria servir de base a um debate alargado na sociedade” e “permitir o controlo da política orçamental através de uma clara comparabilidade entre as políticas públicas implícitas no OE e a sua execução”.

Porém, o CES considera que a CGE de 2018 “continua a ter limitações na prossecução destes dois objetivos”.

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Duas estreias e meia, mais mulheres e cinco ministérios diferentes. São estas as alterações no Governo de Costa

Novo Governo liderado por António Costa foi conhecido esta terça-feira. A principal alteração é a criação do cargo de "ministro de Estado" atribuído a quatro ministros, mas há mais mudanças.

O novo Governo de António Costa traz duas estreias e meia ao Executivo (além de outras três promoções de secretários de Estado a ministros), mais mulheres e alterações em cinco ministérios. Há quatro ministros que ganham um estatuto mais elevado dentro da hierarquia governativa, passando a ser ministros de Estado.

No total, além do primeiro-ministro, são 19 ministros e três secretários de Estado que na orgânica do Governo são equiparados a ministros. Passam a ser oito mulheres (contra cinco no anterior Governo), mostra a lista entregue esta terça-feira pelo primeiro-ministro indigitado António Costa ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e divulgada após uma reunião entre os dois.

Augusto Santos Silva (com a pasta dos Negócios Estrangeiros), Mariana Vieira da Silva (com a Presidência), Mário Centeno (com as Finanças) e Pedro Siza Vieira (com a Economia e Transição Digital) passam a ter o estatuto de ministro de Estado, o que lhes dá mais poder em comparação com os restantes líderes dos vários ministérios.

Se os três primeiros mantêm funções, Siza Vieira tem outra alteração: o seu ministério — que era apenas da Economia — passa a chamar-se Ministério da Economia e da Transição Digital.

Outro ministério que muda é o liderado por João Pedro Matos Fernandes, que deixa de ser Ministério do Ambiente e da Transição Energética e passa a Ambiente e da Ação Climática. A energia deverá voltar assim à responsabilidade de um secretário de Estado, mas estes ainda não são conhecidos.

O Ministério da Agricultura perde as florestas e do desenvolvimento rural, que lhe completavam o nome, passando a ser comandado por Maria do Céu Albuquerque, que era secretária de Estado do Ministério do Planeamento. Substitui Capoulas Santos.

Além dos três ministérios que mudam, há outros dois criados de raiz. É o caso do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, que acumula funções que estavam divididas pelo Ministério da Presidência e das Finanças e que será liderado por Alexandra Leitão (que exercia funções de secretária de Estado no anterior Executivo).

É também o caso do Ministério da Coesão Territorial. O ministério é novo e é liderado por uma das caras novas que chega ao Executivo: Ana Abrunhosa. O outro ministro que se estreia é Ricardo Serrão Santos com a pasta do Mar.

Ana Mendes Godinho (nova ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) abandona assim as funções de secretários de Estado que tinha no anterior Governo, sendo promovida.

Entre os três secretários de Estado que têm estatuto equiparado ao dos ministros também há mudanças. O terceiro “novo” nome no Executivo é o de André Caldas, que fica com o cargo de secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. André Caldas abandonou o cargo de chefe de gabinete do Ministério das Finanças em fevereiro deste ano para assumir a presidência do conselho de administração da Opart, a empresa que gere o Teatro São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.

Tiago Antunes (que exercia funções de Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros) passa a ter responsabilidades numa nova secretaria de Estado, passando a ser Adjunto do Primeiro-Ministro. O único que não muda é o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

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Gallagher compra broker sueco Proinova

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2019

A corretora multinacional expande as suas operações no norte da Europa juntando um parceiro especializado no setor imobiliário.

A norte-americana Arthur J. Gallagher & Co. anunciou a aquisição do broker sueco de seguros Proinova, especializado em soluções de grupo para o sector imobiliário.

A Proinova foi fundada em 1989 e presta também serviços aos seus clientes em áreas como autarquias, hotéis e conferências, propriedade comercial e proprietários individuais de imóveis.

A firma continuará a ser gerida pelo atual equipa de gestão, sob a supervisão de Anders Mjaaland, responsável pelas operações da Gallagher na Escandinávia.

J. Patrick Gallagher, Jr., e e CEO da Gallagher, afirmou que esta aquisição “reforça a presença na Suécia e também as capacidades da empresa e de oferta de produtos aos clientes”.

Vyvienne Wade, CEO da divisão internacional da Gallagher, considera que a Proinova tem “gente de qualidade focada numa cultura de colocar os clientes em primeiro lugar, tal como a Gallagher”.

A Arthur J. Gallagher & Co. é uma corretora de seguros global e de serviços de consultoria e gestão de riscos. Opera em 48 países e disponibiliza os seus serviços em mais de 150 países através de uma rede de corretores e consultores correspondentes.

A corretora Costa Duarte é a representante exclusiva da Gallagher em Portugal.

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Allianz com campanha para lançar o seu Plano A

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2019

A seguradora lança produto para assegurar que os planos de vida se cumprem e reforça com campanha de publicidade e patrocínios para TV e plataformas digitais.

Mostrar uma companhia mais próxima, mais acessível e digital é um dos objetivos da nova campanha institucional da Allianz Portugal. Intitulada “Plano A”, convida os portugueses a “aproveitar e viver melhor a vida”.

Em comunicado a seguradora refere que a campanha mostra que “através da sua oferta completa de seguros procura estar ao lado dos seus clientes, colaboradores, mediadores e parceiros, com soluções simples que melhoram a experiência de cada um, para que todos possam seguir em frente com os seus sonhos e planos”.

Ou seja, “convida todos os portugueses a aproveitar e viver melhor a vida, mostrando que a marca está presente para garantir que o Plano A de cada um dê certo”.

José Francisco Neves, Membro do Comité de Direção e Diretor de Market Management, afirma que se pretendeu criar uma campanha “que transmitisse claramente a missão da Allianz. Uma companhia mais próxima, mais acessível e mais digital, que acompanha de perto os seus Clientes, Colaboradores, mediadores e parceiros, e que os incentiva a viverem a vida que sempre idealizaram, com a confiança de terem a melhor seguradora ao seu lado”.

“Plano A” conta com um spot publicitário para TV, patrocínio de programas em canais como a SIC e Fox Life, presença na rede de escritórios dos Mediadores com a imagem da Campanha, para além de ativação de marca nas redes sociais.

A Allianz Portugal integra o grupo Allianz, um dos maiores grupos financeiros do mundo, presente em mais de 70 países, tem 90 milhões de clientes e cerca de 142.000 colaboradores. Em Portugal conta atualmente com cerca de 600 colaboradores e mais de 6 mil mediadores em todo o país.

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DS Seguros aumenta a faturação em 60% no 3º trimestre

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2019

A rede de mediadoras manteve elevado crescimento no último trimestre juntando mais sete agências e aumentando os negócios em 60% face a igual período do ano passado.

A DS Seguros, marca do Grupo Decisões e Soluções que atua na área da mediação de seguros, fechou o terceiro trimestre de 2019 com um aumento de 60% na faturação de toda a sua rede de agências face ao período homólogo do ano anterior, revelou a empresa em comunicado.

No mesmo período DS Seguros inaugurou as seguintes agências: Coimbra Celas, Coimbra Solum, Lixa Serrinha, Marinha Grande; Paredes Eficaz, São Brás de Alportel e Fernão Ferro. Deste modo a organização conta atualmente com 85 agências e mais de 300 colaboradores a nível nacional, “prestando aos seus clientes e à população em geral um serviço gratuito de aconselhamento especializado na área da mediação de seguros”, afirma o comunicado.

Segundo Luís Tavares, Diretor Coordenador Nacional da DS seguros, “Os resultados deste terceiro trimestre estão alinhados com as nossas expectativas e os nossos objetivos de crescimento”, acrescentando que “estes bons resultados serão para manter”.

Conforme informação anterior, a DS Seguros trabalha com a Tranquilidade, Liberty, Allianz, Mapfre, Victoria, Caravela, MetLife, Real Vida, APRIL, ASISA, Prevoir, Saúde Prime, Hiscox e ARAG.

No entanto, está em negociação com outras seguradoras do mercado. “O objetivo futuro será trabalharmos com todas, para que os clientes possam aceder aos melhores seguros de todas as seguradoras”, referiu fonte da empresa.

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Duas estreias e meia. Quem são os novos governantes do Executivo de Costa?

Ricardo Serrão Santos e Ana Abrunhosa são as duas novas caras entre os ministros. André Caldas, até ao início do ano chefe de gabinete de Mário Centeno, regressa como secretário de Estado.

Ricardo Serrão Santos, Ana Abrunhosa e André Caldas são os três novos rostos do elenco governamental apresentado esta terça-feira pelo primeiro-ministro ao Presidente da República, num Governo com várias promoções, entre elas a subida de Siza Vieira a número dois do Governo, ultrapassando Santos Silva na hierarquia do Governo. Dois são uma estreia absoluta no Governo, o outro é um regresso num novo estatuto.

Ricardo Serrão Santos, de 65 anos, vai substituir Ana Paula Vitorino como novo ministro do Mar. É natural de Portalegre e licenciado em psicologia e doutorado em biologia ambiental. Professor universitário e cientista do mar, Serrão Santos foi eurodeputado pelo Partido Socialista entre 2014 e 2019, tendo sido membro da comissão das Pescas no Parlamento Europeu. Também foi diretor do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e presidente do Instituto do Mar.

Ana Abrunhosa, de 49 anos, vai ser a próxima ministra da Coesão Territorial. Doutorada em economia, fez toda a sua carreira na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) tendo também dado aulas na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Assumiu mais visibilidade depois dos incêndios de 2017, que ocorreram na região Centro do país e que obrigaram o Governo a estabelecer relações mais constantes com as entidades públicas daquela região.

Já André Caldas não é propriamente novo nestas andanças. O novo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros é um homem do aparelho do PS, foi presidente da Junta de Freguesia de Alvalade e entre 2015 e o início deste ano, chefe de gabinete do ministro das Finanças, Mário Centeno.

André Caldas deixou o Ministério das Finanças em fevereiro deste ano para assumir a presidência do conselho de administração da Opart, a empresa que gere o Teatro São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado. É mestre em direito e em medicina dentária.

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