Portugueses vão gastar 712 euros nas férias de verão

O orçamento médio das famílias portuguesas para as férias de verão é de 712 euros. O Algarve e a Europa estão no topo das preferências, de acordo com o estudo do IPAM.

Os portugueses têm cerca de 712 euros para gastar nas férias. A grande maioria (85%) opta pelo verão para tirar uma férias mais longas, entre o período de julho a setembro. A praia (52%) e o Algarve (48%) estão na lista de preferência dos portugueses. Enquanto 34% opta por viajar para a Europa, segundo um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM).

O orçamento é principal razão na escolha do destino, sendo que 54% dos inquiridos opta por recorrer ao subsídio de férias para abstrair a mente e repor a melanina. Até porque o Algarve é a região do país mais procurada, eleita por 48% dos inquiridos, seguido do Alentejo Litoral (29%) e Norte Litoral (13%).

Grande parte dos portugueses optar por gozar o período de férias em Portugal (61%). Aqueles com um budget mais elevado preferem viajar para fora do país, essencialmente para a Europa (34%), seguido de África (4%) e América do Sul (2%). Os portugueses que não gozam férias neste período alegam motivos profissionais (55%) e preferência por épocas do ano com menos movimento (45%).

A pesquisa na internet continua a ser a forma mais usada pelos inquiridos (67%) ao escolher o lugar de férias. De acordo com o estudo do IPAM, através da internet os portugueses têm maior conhecimento da variedade de tipo alojamentos. A destacar os hotéis (29%), aluguer temporário de casa (21%) e o alojamento local (20%).

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Andar de bicicleta na cidade? Já é possível fugir da poluição

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

Método desenvolvido por investigadores da faculdades de Ciências e Tecnologia e de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra identifica trajetos urbanos menos poluídos.

Investigadores das faculdades de Ciências e Tecnologia e de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra desenvolveram uma metodologia que identifica os trajetos urbanos onde os ciclistas estão menos expostos a poluentes, foi esta quarta-feira anunciado.

O novo método pretende contribuir para a “promoção de modos de transporte ativos”, como andar a pé ou de bicicleta nas cidades, identificando “os trajetos mais adequados”, designadamente do ponto de vista do esforço, da distância e do tempo e da “exposição a poluentes”, refere a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), numa nota enviada hoje à agência Lusa.

Publicado na revista internacional Transportation Research D, o estudo foi realizado no âmbito do projeto SoMoMUT (Soft Modes Modelling in Urban Trips), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

No trabalho, os investigadores apresentam uma metodologia para comparação de rotas alternativas para ciclistas, considerando “não apenas a distância e o tempo de viagem, mas também o esforço e a exposição a poluentes resultantes das emissões de tráfego”, explica Anabela Ribeiro, coordenadora do estudo e docente no Departamento de Engenharia Civil da FCTUC.

O modelo foi testado e validado em dois trajetos diferentes na cidade de Coimbra, entre os polos I e II da Universidade: um através das ruas do Brasil e dos Combatentes da Grande Guerra, outro pelo Parque Verde, Rua Ferreira Borges e Avenida Sá da Bandeira.

Numa primeira fase, a equipa de investigadores “calibrou a relação entre o esforço dos ciclistas e a inalação de poluentes, em laboratório, tendo em conta as características da pessoa, da bicicleta e do meio envolvente onde é efetuado o trajeto”, explica a FCTUC, adiantando que para a validação ‘in situ’ foi usada uma bicicleta instrumentada.

Considerando os dois percursos, concluiu-se que, “com um acréscimo de entre 05 e 06% na distância e tempo de viagem [trajeto via Parque Verde e Sá da Bandeira], consegue-se uma redução de cerca de 30% na inalação de poluentes”, salienta, citada pela FCTUC, Anabela Ribeiro.

“Além disso, o esforço total despendido pelos ciclistas em ambos os trajetos é praticamente o mesmo, ou seja, a rota do Parque Verde não exige nenhum esforço adicional, embora seja mais longa, e até requer menos esforço médio nas subidas”, sendo possível de realizar sem grande esforço por um adulto, com preparação física dentro de valores médios, sublinha ainda a especialista.

Assim, “trajetos mais rápidos ou mais curtos podem não ser os melhores no que respeita à exposição a poluentes ou ao esforço médio exigido”, observa Anabela Ribeiro.

A docente, que também é investigadora do Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente (CITTA), considera que a metodologia agora desenvolvida poderá ser uma ferramenta poderosa de apoio à decisão tanto para as autarquias como para os cidadãos.

“Por exemplo, com base em informação sólida, os municípios poderão decidir quais os melhores locais para instalar uma ciclovia do ponto de vista da exposição a poluentes”, acrescenta.

Já os cidadãos, através de uma plataforma amiga do utilizador, “poderão decidir se preferem o trajeto mais rápido ou um alternativo menos sujeito a poluição. Em simultâneo conseguem identificar as ruas ou os percursos onde terão de efetuar mais ou menos esforço”, exemplifica ainda a investigadora.

“O estudo está neste momento em novas fases de desenvolvimento e aprofundamento, de modo a consolidar os resultados obtidos e a torná-los diretamente úteis para a sociedade”, conclui a FCTUC.

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Indústria farmacêutica pede serviços mínimos para distribuição de medicamentos

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

A Apifarma pede que serviços mínimos incluam abastecimento de combustíveis às empresas de distribuição de medicamentos.

A indústria farmacêutica solicitou esta quarta-feira ao Governo que inclua a distribuição de medicamentos nos hospitais e farmácias e a assistência técnica a equipamentos de análises clínica nos serviços mínimos decretados para a greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas.

“Esta medida torna-se premente, sob pena de ser criada uma grave situação de saúde pública, durante o anunciado período de greve dos motoristas de camiões de combustíveis, motivada pela falta de medicamentos nos hospitais e farmácias e pelo risco de comprometer a deslocação de técnicos que garantem a assistência a equipamentos de análises clínicas, em caso de avaria”, adverte a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) em comunicado.

O pedido foi feito aos ministérios da Administração Interna e das Infraestruturas e da Habitação na sequência do anúncio de greve dos motoristas de matérias perigosas, a partir de 12 de agosto.

A Apifarma pede que seja incluído no despacho, que vier a ser aprovado, o abastecimento de combustíveis às empresas responsáveis pela distribuição de medicamentos, à semelhança do sucedido no passado mês de Abril.

O pedido estende-se às empresas que dispensam dispositivos para diagnóstico in vitro, nomeadamente aos técnicos que prestam assistência técnica a equipamentos instalados nos laboratórios de análises clínicas dos hospitais e instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), refere a Apifarma em comunicado.

A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.

O Governo terá que fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

A greve do SNMMP iniciada em 15 de abril levou à falta de combustíveis em vários postos de abastecimento em todo o país, tendo o Governo acabado por decretar uma requisição civil e convidar as partes a sentarem-se à mesa das negociações.

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias já veio dizer que as consequências desta greve serão mais graves do que as sentidas em abril, já que, além dos combustíveis, vai afetar o abastecimento às grandes superfícies, à indústria e aos serviços, podendo “faltar alimentos e outros bens nos supermercados”.

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Catástrofes causam perdas de 42 mil milhões em seis meses

  • ECO Seguros
  • 31 Julho 2019

Relatório da Munich Re afirma que muitos desastres naturais aconteceram em países de fraco desenvolvimento e com baixa penetração de seguros, mas na Europa 75% dos prejuízos estavam cobertos.

A Munich Reinsurance Co. revelou em relatório que as perdas devidas a catástrofes naturais nos primeiros seis meses deste ano atingiram os 42 mil milhões de dólares, dos quais 15 mil milhões foram ou terão de ser indemnizados pela indústria seguradora. Este valor fica abaixo da média de longo prazo de 18 mil milhões e do registado em igual período de 2018 que atingiu os 23 mil milhões de dólares.

Os tornados e tempestades ocorridas em Maio no midwest dos Estados Unidos causaram 2,5 mil milhões de prejuízos a seguradoras, constituindo o mais volumoso sinistro de catástorfes naturais. O ciclone Idai que afetou Moçambique e países vizinhos, atingiu os 2 mil milhões de prejuízos, sendo estes dos mais significativos entre os 370 sinistros devidos a causas naturais anotados pela Munich Re de Janeiro a Junho deste ano.

Na Europa as perdas foram de 900 milhões de euros, estando mais de 75% cobertos por seguros, valor percentual muito superior aos registados em consequências de fenómenos idênticos na Ásia ou em África, onde existe baixa penetração de seguros. Ainda assim perdas elevadas foram causadas por uma vaga de calor e tempestades, em junho na Alemanha. Só um evento, ocorrido no dia 10 de junho, gerou 100 mil participações de segurados.

“Estudos científicos indicam que vagas de calor e tempestades estão a aumentar devido às alterações climáticas”, afirma Ernest Rauch, geocientista e responsável pela área de clima da Munich Re, “ os seguradores devem estar atentos a estes fenómenos causadores de potenciais perdas devido a ativos mais expostos a este tipo de risco”, conclui.

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Bruxelas dá luz verde a ajuda estatal de 12 milhões de euros à portuguesa Navigator

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

O apoio de Portugal à Navigator destina-se ao investimento na construção do complexo industrial da empresa em Cacia, em Aveiro.

A Comissão Europeia aprovou esta quarta-feira uma ajuda estatal de Portugal no valor de 12 milhões de euros à empresa de produção de papel Navigator, relativamente ao investimento de 114 milhões feito no complexo industrial de Cacia, em Aveiro.

Em comunicado, o executivo comunitário dá conta da ‘luz verde’, justificando que “o auxílio de Portugal ao investimento, em 12 milhões de euros, para a Navigator Tissue Cacia S.A., está em conformidade com as regras da União Europeia [UE] em questão de ajudas estatais”.

“A Comissão entende que, sem o financiamento público, o projeto não teria sido realizado em Portugal ou em qualquer outro país da UE, uma vez que não teria sido economicamente viável. Além disso, o auxílio [estatal] é limitado ao mínimo necessário para tornar o projeto suficientemente rentável para a empresa realizar o investimento”, argumenta Bruxelas.

Acresce que, para o executivo comunitário, “os efeitos positivos do projeto no desenvolvimento regional são superiores a qualquer possível impacto na concorrência provocado pela ajuda estatal”.

Em causa está o investimento de cerca de 114 milhões de euros para construção do complexo industrial da Navigator em Cacia, dedicado à produção de papel ‘tissue’ (como papel higiénico, lenços e guardanapos), implicando a criação de pelo menos 133 empregos diretos.

A Comissão Europeia observa ainda que a zona geográfica do projeto, a freguesia de Cacia, é “elegível para auxílios regionais”, o que também fundamentou a decisão. Estas ajudas estatais estão enquadradas no financiamento comunitário para fins regionais, no âmbito do qual os Estados-membros podem apoiar o desenvolvimento económico e o emprego nas regiões menos desenvolvidas da UE, promovendo ainda a coesão regional.

No ano passado, a Navigator teve um resultado líquido de 225 milhões de euros, uma subida de 8% face ao período homólogo. Já no primeiro semestre deste ano, os lucros da companhia portuguesa caíram 20,5% para 94,9 milhões de euros.

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Dívida pública dá impulso aos lucros do Totta. Ganha mais 5% para 276 milhões no semestre

Banco liderado por Pedro Castro e Almeida registou uma subida do resultado líquido nos primeiros seis meses do ano. Ganhou mais 4,7% para 275,9 milhões de euros.

O Santander Totta registou uma subida do lucro em 4,7% para 275,9 milhões de euros na primeira metade do ano, anunciou esta quarta-feira o banco liderado por Pedro Castro e Almeida. Resultado foi muito impulsionado pela “gestão das carteiras de dívida pública”, que gerou um rendimento de 100 milhões de euros.

Este valor compara com os 263,4 milhões de euros de resultado líquido apurado no mesmo período do ano passado.

“É um bom resultado. É o melhor resultado de uma operação em Portugal. Reflete a eficiência, terminámos com um cost-to-income de 42,5%, o que é um indicador muito bom”, começou por explicar Pedro Castro e Almeida, CEO do banco desde o início do ano. “O banco continua a crescer, é eficiente e continua a ser muito rentável”, acrescentou.

A explicar a subida dos resultados está o crescimento do produto bancário, que aumentou 7,5% para 708 milhões de euros. O banco aumentou o negócio sobretudo devido à subida das receitas com comissões (+5,8% para 193 milhões de euros) e da atividade seguradora (+17,3% para 12 milhões de euros). Já a margem financeira — que resulta da diferença dos juros cobrados nos créditos e nos juros pagos nos depósitos — contraiu 3,4% nos seis primeiros meses do ano, para 430 milhões de euros.

outros bancos também viram a margem financeira pressionada devido à ação de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que sinalizou recentemente que pode voltar a baixar as taxas de juro de referência e durante mais tempo.

“Nos últimos três meses houve uma série de acontecimentos que nos próximos três anos vão condicionar muito. Quando fazemos um plano a três anos, quando víamos a taxa Euribor a 12 meses em terreno positivo no final de 2019, e ainda mais positivas em 2020 e 2021, agora só teremos lá para 2024. Isto condicionará muito a atividade dos bancos”, explicou Castro e Almeida. “O nosso mandato é preparar o banco para os tempos de vêm”, acrescentou.

Dívida dá brilho aos resultados

Há um outro fator a dar força aos lucros estão ainda os resultados em operações financeiras, que dispararam 142% para quase 100 milhões de euros, “fruto da gestão das carteiras da dívida pública”. Este fator já tinha sido anunciado nos resultados do primeiro trimestre.

Manuel Preto, administrador financeiro do banco, explicou que este resultado “inclui 70 milhões de gestão de dívida pública e privada. Faz parte da gestão normal das carteiras dos bancos. O objetivo de termos dívida pública é termos uma estabilização da margem financeira“. Acrescentou ainda que os títulos de dívida pública (que têm taxa fixa) servem de hedging para a carteira de crédito (que tem taxa mais variável).

O banco destaca ainda o decréscimo dos custos operacionais: desceram 3,2% para 303 milhões de euros, “refletindo a redução dos custos com pessoal (-3,2%) e a redução dos em gastos gerais (-6,8%).

Evidencia-se ainda a melhoria da qualidade da carteira de crédito, com o rácio de non performing exposure a atingir os 3,3%.

De resto, no lado do balanço, o stock de crédito cai 2% no período em análise, ascendendo a 40,5 mil milhões de euros com o segmento de empresas a contrair 4% para 18,2 mil milhões. Os recursos (depósitos) avançam 4,5% para 41,9 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 13h06)

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Governo está a cumprir código de conduta, garante Augusto Santos Silva

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, seria "absurdo" uma interpretação literal da lei das incompatibilidades, que tem de ser lida com "razoabilidade e bom senso".

O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu que o Governo não está a violar o código de conduta, numa altura em que se discute a lei das incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos. Em causa estão casos de negócios entre empresas de familiares de titulares e o Estado, em áreas onde o titular não tenha influência.

“Nenhuma norma do código de conduta está a ser violada”, defendeu Augusto Santos Silva, em declarações transmitidas pelas televisões. Para o ministro, seria “absurdo” fazer uma interpretação literal da lei das incompatibilidades, sendo que se deve “olhar para esta questão com razoabilidade, bom senso e com sentido de proporcionalidade”, acrescentou ainda.

A discussão acontece depois de serem conhecidos contratos públicos celebrados com uma empresa detida em parte pelo filho do secretário de Estado da Proteção Civil.O caso do filho do secretário de Estado da Proteção Civil é um caso típico que mostra bem o absurdo a que levaria uma interpretação literal da lei”, que ditaria a demissão deste, apontou Augusto Santos Silva.

A empresa, Zerca Lda, fez dois contratos públicos com a Universidade do Porto e um com a Câmara Municipal de Vila Franca. O secretário de Estado, José Artur Neves, não se demitiu e negou ter favorecido o filho, defendendo que não teve qualquer influência nos contratos celebrados.

O ministro salientou que os titulares dos cargos não deveriam ser responsabilizado na atividade de familiares numa área onde não têm nenhuma interferência. Augusto Santos Silva adiantou ainda que vão “aguardar com serenidade” o parecer pedido pelo primeiro-ministro ao Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República para auxiliar na interpretação da lei relativamente a este caso.

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Lucro da Samsung cai para menos de metade. Vendas recuaram

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

O lucro da Samsung caiu 55% no primeiro semestre deste ano, para 7.753 milhões de euros. As vendas também registaram uma quebra de 8,8% no segundo trimestre do ano.

O lucro da Samsung Electronics caiu 55% no primeiro semestre deste ano, para 10,22 biliões de won (7.753 milhões de euros), face a igual período do ano passado, indicou esta quarta-feira a multinacional sul-coreana.

As vendas da Samsung Electronics recuaram 8,8%, para 108,52 biliões de won (82.288 milhões de euros), refere o grupo empresarial em comunicado.

O resultado operacional, ou EBITDA (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) foi de 12,83 biliões de won nos seis primeiros meses do ano (9.728 milhões de euros), uma queda de 57,9% que em idêntico período do ano anterior.

No segundo trimestre deste ano, o lucro da multinacional foi de 5,18 biliões de won (3.929 milhões de euros), o que representou uma queda homóloga de 53% em relação a igual período do ano precedente.

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Bom salário? Oeiras é o município que tem os rendimentos mais altos do país

A diferença entre os rendimentos mais elevados, registados em Oeiras, e os mais baixos, verificados em Resende, ultrapassa os sete mil euros. A média nacional era de 8.687 euros em 2017.

Dos cerca de 300 municípios portugueses, há 64 que apresentaram, em 2017, valores medianos do rendimento superiores à referência nacional. O primeiro lugar do pódio pertence a Oeiras, seguindo-se Lisboa e Cascais. Em todos eles, os valores estão acima dos dez mil euros anuais.

De acordo com os dados divulgados estar quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Portugal, o valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) liquidado por sujeito passivo foi de 8.687 euros.

Em Oeiras, este valor foi 12.935 euros, enquanto em Lisboa o rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo foi 11.212 euros e em Cascais foi 11.130 euros. Além dos três municípios do pódio, também o Entroncamento, Alcochete, Coimbra, Almada, Porto, Vila Franca de Xira, Évora, Seixal, Aveiro, Marinha Grande, Odivelas e Setúbal apresentam valores acima dos dez mil euros.

Por outro lado, Resende é o município onde o rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo é mais baixo. Em Resende, o valor situa-se nos 5.481 euros. Significa isto que a diferença entre os valores de Oeiras e os verificados em Resende superam os sete mil euros.

Desigualdade nos rendimentos é maior nos Açores. Lisboa vem a seguir

Outra leitura feita pelo INE com base nos dados dos valores medianos de rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo é a da desigualdade, medida através do coeficiente de Gini — indicador que visa sintetizar num único valor a assimetria da distribuição dos rendimentos.

Em 2017, dos 34 municípios com coeficientes de Gini superiores ao valor nacional, de 26,7% (quanto mais elevada a percentagem, maior a desigualdade de rendimentos), 11 registaram também valores medianos de rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo superiores à referência nacional.

“A Região Autónoma dos Açores (28,1%), a Área Metropolitana de Lisboa (27,7%), e as sub-regiões contíguas do Douro (27,7%), do Alto Tâmega (27,6%) e de Terras de Trás-os-Montes (27,0%) apresentaram coeficientes de Gini superiores ao valor nacional, evidenciando uma maior desigualdade na distribuição do rendimento”, explica o INE.

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Quer um elétrico? Por 8.500 euros pode transformar o seu carro a diesel

  • ECO
  • 31 Julho 2019

Uma startup francesa quer transformar o seu carro a diesel num elétrico. Deverá começar a aceitar as primeiras encomendas em setembro, sendo a fatura de 8.500 euros.

Para quem gostava de ter um carro elétrico, mas não tem dinheiro para o comprar, a startup francesa Transition-One pensou numa solução. Por cerca de 8.500 euros é possível transformar um automóvel a diesel num automóvel elétrico. A startup, que está ainda a aguardar aprovação de França e de Bruxelas, espera começar a aceitar encomendas a partir de setembro.

“Isto é para pessoas que não podem comprar um carro elétrico novo de 20 mil euros”, ou mais, diz Aymeric Libeau, fundador da Transition-One, à Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). “Estamos a transformar os modelos mais vendidos na Europa em carros elétricos”, continua, afirmando que já tem mesmo o primeiro protótipo: um Renaul Twingo de 2009 com autonomia para 180 km.

Neste protótipo de Twingo, foram instaladas três baterias na parte da frente e duas na parte traseira, onde costuma estar o depósito de combustível. O pacote completo, comprado a um revendedor de peças da Tesla, pesa 120 quilos. Em jeito de comparação, o elétrico Renault Zoe tem uma bateria que pesa 290 quilos e uma autonomia de 210 km. O carro custa, em França, cerca de 23 mil euros.

O processo de transformação demora menos de um dia, garante o fundador, que está neste momento à espera da aprovação por parte do Governo francês e da Comissão Europeia, que deverá sair até ao final do ano. Esta solução da startup francesa é compatível com modelos como o Citroen C1, Peugeot 107, Fiat 500, Toyota Aygo, Twingo II e Volkswagen Polo.

Em setembro, Aymeric Libeau espera começar a receber as primeiras encomendas. Para os franceses, este processo custará apenas 5.600 euros, dado que o Governo oferece incentivos que fazem descer a fatura dos 8.500 euros. Em Portugal, há incentivos à compra de veículos elétricos novos de 2.250 euros, mas os cheques são limitados e já esgotaram.

Para o fundador da Transition-One, o facto de cada vez mais cidades europeias proibirem carros a diesel mais antigos — depois do escândalo que envolveu a Volkswagen — é mais um motivo que pode conquistar os condutores a aderirem a esta técnica. Mas a ambição de Aymeric Libeau não fica por aqui: quer arrecadar seis milhões de euros para construir uma fábrica capaz converter até 4.000 veículos já no próximo ano.

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Nova lei das incompatibilidades publicada em Diário da República

Publicação acontece um dia depois de o primeiro-ministro António Costa ter pedido um parecer à PGR sobre a aplicação do mesmo diploma ao Secretário de Estado da Proteção Civil no caso das golas.

A nova lei das incompatibilidades dos titulares de cargos públicos chegou, esta quarta-feira, ao Diário da República. A publicação acontece um dia depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter pedido à Procuradoria-Geral da República um parecer sobre a aplicação do diploma no caso das golas inflamáveis que envolve o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.

“A presente lei regula o regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, suas obrigações declarativas e respetivo regime sancionatório”, pode ler-se no texto publicado em Diário da República.

Clarifica que os cargos políticos a que a lei tem efeitos incluem o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, o Primeiro-Ministro, os deputados da Assembleia da República, os membros do Governo, o representante da República nas Regiões Autónomas, os membros dos órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas, os deputados ao Parlamento Europeu, os membros dos órgãos executivos do poder local e os membros dos órgãos executivos das áreas metropolitanas e entidades intermunicipais.

Esta lei “entra em vigor no primeiro dia da XIV Legislatura da Assembleia da República”. O Governo pediu esta terça-feira um parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República ao abrigo da atual legislação. O objetivo é esclarecer se o secretário de Estado da Proteção Civil a violou ou não.

Em causa está a polémica em torno de três contratos assinados entre a Zerca Lda, detida pelo filho de José Artur Neves, e o Estado. O secretário de Estado negou qualquer favorecimento, alegando que “as entidades públicas contratantes são totalmente independentes do Governo, designadamente na decisão de contratar, não tendo comigo, enquanto governante, qualquer relação de tutela ou superintendência”.

O primeiro-ministro defende que os titulares de cargos de Governo não devem ser alvos de demissão por causa dos negócios de familiares com entidades públicas, que não tenham qualquer relação ou interferência dos titulares de cargos políticos. Referiu ainda que a interpretação literal da lei seria de grande “complexidade institucional e social”. Ainda assim, será o parecer a esclarecer.

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Montepio perde 6 milhões de euros com venda de malparado

Panorama Jubilante comprou carteira de malparado de 320 milhões de euros ao Montepio, com perda de 6 milhões para o banco. Empresa do grupo da Whitestar tem nome "pomposo" porque foi criada na hora.

O Banco Montepio teve um prejuízo de seis milhões de euros com a venda de uma carteira de malparado com o valor bruto de mais de 300 milhões de euros, apurou o ECO. E quem comprou estes créditos em incumprimento foi a Panorama Jubilante, uma empresa criada através do serviço “Empresa na Hora” no passado dia 28 de novembro e que pertence ao grupo Arrow, a mesma dona da Whitestar.

No passado dia 12 de julho, o banco alienou uma carteira com 13 mil contratos de crédito em situação de incumprimento. Este portefólio de malparado tinha o valor bruto de 321 milhões de euros, segundo comunicou a instituição ao mercado.

Não se sabe o valor que foi pago pela Panomara Jubilante, para adquirir esta carteira, uma vez que haverá uma imparidade associada a estes créditos problemáticos, pelo que o seu valor real será inferior ao valor bruto. Mas o ECO apurou que a transação terá gerado uma perda de cerca de seis milhões para o banco liderado por Dulce Mota. E que foi este o preço a pagar para baixar o rácio de malparado em 1,8 pontos percentuais — o Banco Montepio chegou a março deste ano com um rácio de exposições não produtivas (NPE) 14,3%.

Uma vez que a operação ocorreu em julho, o impacto só deve refletir-se nas contas do terceiro trimestre. Nos três primeiros meses do ano, o Montepio registou um lucro de 6,5 milhões de euros

Contactado pelo ECO, o banco não quis fazer comentários, remetendo as informações para o que já havia dito no comunicado da passada sexta-feira.

São vários os bancos nacionais que têm apostado na venda de carteiras de ativos problemático. O Novo Banco é quem tem estado mais ativo. Ainda na semana passada fechou a venda de um portefólio de imobiliário de 400 milhões de euros ao fundo Cerberus. O BPI anunciou esta segunda-feira que pretende vender um conjunto de créditos em incumprimento até final do ano, ainda que o seu rácio de malparado já esteja abaixo do objetivo fixado pelas autoridades europeias, que apontam para nível de ativos problemáticos abaixo 5% nos próximos anos.

Jubilante criada na hora

Após o anúncio do negócio por parte do Banco Montepio, a Whitestar esclareceu que a Panorama Jubilante, criada no final de novembro do ano passado, é uma sociedade de direito português detida pelo grupo Arrow Global, “que no âmbito do seu papel no apoio a originadores e investidores nestas transações, adquiriu a sociedade com o intuito de permitir a estruturação do investimento”.

Tem como administrador único João Bugalho, que é o CEO da Whitestar, fundada em 2007, e que é a entidade que ficou responsável pela gestão dos imóveis e créditos detidos pela Panorama Jubilante.

Em relação ao nome pomposo da empresa, a designação de Panorama Jubilante foi automaticamente atribuída à sociedade, pelo Instituto dos Registos e Notariado, através do serviço “Empresa na Hora”, referiu a empresa.

Em 2015, a Whitestar foi adquirida pelo grupo Arrow Global, do Reino Unido, passando a integrar um dos principais grupos a operar no mercado de aquisição e gestão de carteiras de crédito. A Arrow tem sob gestão mais de 54 mil milhões de euros em ativos e mais de 2.000 colaboradores.

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