Celebrações de Natal vão “determinar as semanas seguintes”, avisa Marcelo

Com a quadra natalícia a aproximar-se, o PR e o primeiro-ministro reforçam os apelos para que haja a máxima contenção no Natal, com Marcelo a avisar que pode ser determinante para "o começo de 2021".

Primeiro-ministro e o Presidente da República reforçaram o apelo para que os portugueses tenham “o máximo de cuidado” nas celebrações de Natal. Lembrando o voto de “confiança” dado pelo Governo, quando permitiu o alívio de restrições. Marcelo Rebelo de Sousa deixou o aviso: “aquilo que se fizer nesses dias vai determinar as semanas seguintes” e, consequentemente, o começo do ano.

Com a quadra natalícia a aproximar-se, António Costa pediu “o máximo de cuidado neste Natal”, reforçando que é fundamental que os portugueses evitem “espaços fechados”, “pouco arejados” e que procurem “estar o máximo de tempo possível com máscara”. “Sei que isto é muito difícil porque de acordo com a nossa tradição, o Natal é, em grande parte, celebrado a mesa”, disse na sessão de Boas Festas ao Presidente da República, transmitida pela RTP3, explicando que num comportamento de risco “podemos ficar contaminados ou privados da nossa liberdade”.

Também o Chefe de Estado e candidato a um segundo mandato em Belém lembrou o “contrato de confiança que existe e tem de existir entre cada português”, avisando que o comportamento individual pode determinar “a vida dos demais” e a situação epidemiológica do país nos próximos tempos.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa “é bom” que os portugueses tenham a perceção de que “a sua vida não acaba dia 26 de dezembro”. “A quadra natalícia termina, mas a vida de todos nos continua e aquilo que se fizer ou não se fizer nesses dias vai determinar as semanas seguintes, os meses seguintes, o começo do ano de 2021“, detalhou.

Ao mesmo tempo, tanto Presidente da República como primeiro-ministro destacaram a “cooperação institucional” vivida durante este ano. Marcelo Rebelo de Sousa deu como exemplo as reuniões entre Governo, partidos com assento parlamentar, parceiros sociais e especialistas no Infarmed, salientando que “nenhum outro país adotou este tipo de procedimento” e com “esta periodicidade”, que permitiu “reforçar a coesão nacional”.

“A resistência durante a pandemia e o exemplo de cooperação institucional alargada mostra como a democracia está sólida ao fim de pouco mais de 40 anos. Mas mais sólida ficará se os portugueses contribuírem para essa solidez na forma como celebram o Natal”, concluiu.

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Uso obrigatório de máscara na rua prolongado por mais três meses

  • ECO
  • 22 Dezembro 2020

A fiscalização compete às forças de segurança e às polícias municipais e o incumprimento do uso de máscara constitui contraordenação, sancionada com coima entre os 100 e os 500 euros.

O uso de máscara em espaços públicos será obrigatório em Portugal até março. A iniciativa do PSD foi votada e aprovada esta terça-feira no Parlamento, prolongando por três meses a vigência da lei atual, que chegava ao fim a 5 de janeiro. As coimas para incumpridores variam entre os 100 e os 500 euros.

A proposta foi justificada pelos sociais-democratas com a situação epidemiológica. “A manutenção da situação de calamidade pública devido à pandemia da Covid-19, que tem determinado a declaração de estado de emergência, e os sucessivos alertas dos peritos para um crescente risco de agravamento dos contágios na ausência de medidas, desaconselham em absoluto o relaxamento das medidas de prevenção e mitigação da transmissão do vírus adotadas, particularmente das mais básicas como a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos”, refere a proposta.

Além do PSD, votaram a favor o PS e o CDS-PP. Bloco de Esquerda, PCP e a deputada Joacine Katar Moreira abstiveram-se, enquanto Chega e Iniciativa Liberal votaram contra. A anterior lei estava em vigor desde 28 de outubro e tinha uma vigência de 70 dias, que terminam em 5 de janeiro pelo que a matéria teve de ser votada no último plenário do ano, já que a Assembleia da República só voltará a reunir-se em 6 de janeiro.

Pode haver dispensa desta obrigatoriedade em relação a pessoas que integrem o mesmo agregado familiar, quando não se encontrem na proximidade de terceiros ou mediante a apresentação de um atestado médico de incapacidade multiusos ou declaração médica que ateste que a condição clínica ou deficiência cognitiva não permitem o uso de máscaras.

Também não é obrigatório o uso de máscara quando tal seja incompatível com a natureza das atividades que as pessoas se encontrem a realizar. A fiscalização compete às forças de segurança e às polícias municipais e o incumprimento do uso de máscara constitui contraordenação, sancionada com coima entre os 100 e os 500 euros.

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Fusão AON-WTW requer análise aprofundada, confirma Bruxelas

  • ECO Seguros
  • 22 Dezembro 2020

O exame aprofundado ao projeto de fusão empurra a decisão da Comissão Europeia para 2021, com prazo limite previsto para maio de 2021.

A Comissão Europeia (CE) confirmou, em comunicado, que a operação de concentração (fusão) notificada em novembro, envolvendo a Aon e a Willis Towers Watson (WTW) vai ser submetida a uma análise aprofundada à luz do Regulamento europeu sobre concentrações.

Conforme antecipado e noticiado por ECO Seguros, o calendário de procedimentos deixava antever que a operação seria sujeita a exame mais detalhado por parte das autoridades europeias da concorrência.

A CE justifica a passagem do processo à 2ª fase de avaliação com a necessidade de averiguar se o projeto de combinação entre as duas das 3 maiores companhias no setor global de corretagem de seguros e consultoria de risco será suscetível de causar “restrições significativas e resultar em limitação efetiva da concorrência no mercado”.

Margrethe Vestager, vice presidente da CE e responsável pela política de Concorrência na UE, citada no comunicado de Bruxelas, afirma que Aon e a Willis Towers Watson (WTW) são líderes globais no setor de corretagem de seguros e resseguro. “Ajudam empresas na gestão de risco e a encontrarem seguradoras adequadas às suas necessidades. Abrimos uma investigação aprofundada para avaliar cuidadosamente se a transação pode produzir efeitos negativos ao nível de concorrência, reduzir alternativas e escolha e significar um aumento de preços para os clientes europeus do mercado comercial de corretagem de risco.”

A Comissão considera que a Aon Plc e a WTW são “duas de muito poucas corretoras capazes de prestar serviços a uma escala multinacional”. Em particular, lê-se no comunicado de Bruxelas, o órgão executivo da UE teme que o ambiente concorrencial seja afetado ao nível dos serviços de corretagem para grandes clientes multinacionais nas classes de risco Propriedade e Acidentes, Serviços Financeiros e Profissionais, Crédito e Risco Político, Cibernético e Marítimo.

A operação poderá ainda condicionar a concorrência nos serviços de corretagem a clientes “de todas as dimensões para riscos no setor Espacial e Aeroespacial, bem como em algumas classes de risco adicionais em mercados nacionais específicos”, nota a Comissão.

A projetada fusão, criando uma entidade líder global detida maioritariamente pela Aon Plc, foi notificada aos serviços europeus da Concorrência a 16 de novembro de 2020. Durante a fase preliminar da análise ao projeto (encerrada a 21 de dezembro), Aon e Willis Towers Watson não apresentaram compromissos para responder aos receios de Bruxelas.

A Comissão tem agora 90 dias úteis, até 10 de maio de 2021, para emitir uma decisão. A abertura de uma investigação aprofundada “não condiciona o resultado do procedimento”, ressalva a CE.

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Ageas Seguros inaugura em Coimbra novo espaço “premium”

  • ECO Seguros
  • 22 Dezembro 2020

A companhia soma mais um espaço renovado à imagem de um conceito "mais próximo das pessoas e que realça ainda mais o mundo colorido" da Ageas Seguros.

A Ageas Seguros acaba de inaugurar em Coimbra um novo conceito de loja. O novo espaço comercial “totalmente adaptado à nova imagem de loja premium da marca, é composto por uma equipa de seis profissionais, e disponibiliza aconselhamento sobre uma vasta gama de serviços e seguros”, anunciou a companhia.

Segundo afirma Sofia Baptista, sócia gerente da loja (AGE II – Mediação de Seguros): “A Ageas Seguros garante uma equipa experiente e que está preparada para adaptar a proteção da Seguradora às necessidades de cada Cliente. A renovação do nosso espaço físico reforça o posicionamento de uma relação cada vez mais transparente com os nossos Clientes e consumidores, pela arquitetura do espaço sem barreiras ou ruídos visuais.”

Depois da inauguração de mais uma loja premium, desta vez em Coimbra, a companhia avança no posicionamento baseado num conceito “mais próximo das pessoas e que realça ainda mais o mundo colorido da Ageas Seguros“.

A seguradora reitera a aposta no seu plano de renovação de agências “de Norte a Sul do país, nos próximos meses, contando com mais de 150 lojas em todo o país”, acrescenta o comunicado.

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TAP, Portugália e Cateringpor declaradas empresas “em situação económica difícil”

Conselho de Ministros efetivou declaração que o ministro Pedro Nuno Santos já tinha anunciado e que permite suspender os acordos de empresa no âmbito do plano de reestruturação da companhia aérea.

A TAP, a Portugália e a Cateringpor foram declaradas como empresas em “situação económica difícil”, por iniciativa do Conselho de Ministros, que se reuniu esta terça-feira. É este regime, pedido no âmbito do plano de reestruturação da companhia aérea, que vai permitir suspender os acordos de empresa.

“Foi aprovada a resolução que declara a TAP, a Portugália e a Cateringpor em situação económica difícil”, anunciou o Governo, em comunicado. “A estas empresas são, assim, atribuídos os efeitos previstos na legislação, nomeadamente a alteração de condições de trabalho e a não aplicação ou a suspensão, total ou parcial, das cláusulas dos acordos de empresa ou dos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis, com estabelecimento do respetivo regime sucedâneo”.

Podem ser declaradas em situação económica difícil empresas públicas ou com participação maioritária de capitais públicos (como é o caso da TAP) que tenham responsabilidades junto da banca superiores a 60% do ativo líquido de amortizações, que precisem de apoio público para cobrir saldos negativos de exploração e não reembolsados ou em risco de incumprimento, sobretudo quando reiterado, de obrigações para com o Estado, a Previdência Social ou o sistema bancário.

A declaração dá margem de manobra ao Governo para avançar com medidas como a suspensão dos acordos de empresa do grupo. O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos tinha já anunciado que esta seria a estratégia no âmbito do plano de reestruturação, no qual a TAP poderá receber até 3,7 mil milhões de euros de apoio público.

Estas medidas são determinadas pelo prazo máximo de um ano, eventualmente prorrogável por despacho do Governo. Enquanto se mantiverem no regime de situação económica difícil, as empresas privadas não podem proceder à distribuição de lucros, sob qualquer forma, nomeadamente a título de levantamentos por conta, nem aumentar as remunerações dos membros dos corpos sociais ou proceder ao reembolso de prestações suplementares de capital ou de suprimentos.

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Governo prorroga regime da Zona Franca da Madeira por mais um ano, mas com mudanças

O Governo decidiu estender o atual regime da Zona Franca da Madeira por um ano, mas o prolongamento prevê uma alteração do regime para ir ao encontro das preocupações da Comissão Europeia.

O Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que visa, entre outras coisas, prorrogar por um ano o regime da Zona Franca da Madeira (ZFM). Contudo, o prolongamento implica alterações ao regime vigente para ir ao encontro das preocupações da Comissão Europeia. Este mês o Executivo comunitário concluiu que foram dados apoios ilegais ao abrigo da ZFM, os quais terão de ser devolvidos.

A prorrogação, por um ano, da data limite para a emissão de licenças para operar na Zona Franca da Madeira, e alteração do respetivo regime“, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros desta terça-feira. Sem este prolongamento — o qual ainda terá de ser aprovado no Parlamento e promulgado pelo Presidente da República –, deixaria de poder existir novas adesões de empresas à ZFM, mantendo-se os impostos reduzidos para as que já lá estão.

O Governo prorroga assim o período de aplicação das normas relativas aos auxílios estatais que permitem a existência da Zona Franca da Madeira. Foi em julho que a Comissão Europeia deu “luz verde” à prorrogação deste tipo de regimes na União Europeia de forma excecional, sem negociações com os Estados-membros, por causa da pandemia.

A 10 de dezembro, o secretário de Estado dos Assuntos, António Mendonça Mendes, enviou uma carta ao Governo Regional da Madeira onde explicava que o Governo pretendia prolongar por um ano, até dezembro de 2021, o regime da Zona Franca da Madeira, indo ao encontro do que é pedido pela região autónoma.

Contudo, o Executivo também dizia que ia aproveitar a iniciativa legislativa desta prorrogação para introduzir alterações à lei que clarifiquem o regime e evitem utilizações abusivas, ou seja, para responder às preocupações levantadas pela Comissão Europeia na decisão da semana passada, nomeadamente a ligação dos apoios estatais à criação de emprego por parte das empresas que os recebem. Porém, neste momento, ainda não se conhece em concreto quais são essas alterações.

Apesar de ainda ser possível disputar a decisão nos tribunais europeus, neste momento Portugal está obrigado a pedir de volta os apoios ilegais dados às empresas (as que tenham recebido mais de 200 mil euros de benefícios) que violaram as regras deste auxílio de Estado. A decisão da Comissão Europeia incidiu sobre o regime III iniciado em 2007, que acaba este ano, enquanto a prorrogação refere-se ao regime IV que arrancou em 2015, o qual deverá manter-se em vigor até 2027.

A mesma proposta de lei aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros irá alterar “matéria de benefícios fiscais, na sequência da avaliação dos benefícios fiscais existentes em Portugal”, explica o Governo. Além da Zona Franca da Madeira, o diploma prevê mais cinco alterações:

  1. A prorrogação pelo período de cinco anos dos benefícios fiscais com demonstrada eficácia e eficiência para as políticas públicas;
  2. A inclusão do benefício fiscal referente ao mecenato cultural na lista de benefícios fiscais sem caráter marcadamente temporário, deixando este de ter uma vigência temporalmente limitada;
  3. A prorrogação, pelo período de um ano, do benefício fiscal relativo aos rendimentos provenientes da propriedade literária, artística e científica;
  4. A prorrogação dos benefícios previstos no Código Fiscal do Investimento, por forma a acompanhar a recente extensão autorizada pela Comissão Europeia;
  5. A criação de uma medida extraordinária de contagem de prazos no âmbito do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e do Código Fiscal do Investimento durante o período de tributação de 2020 e o seguinte.

Este projeto de lei do Executivo será enviado à Assembleia da República. Os deputados terão de o discutir, podem apresentar alterações e só depois este será votado. Caso seja aprovado, só quando for publicado em Diário da República é que entrará em vigor, podendo ter efeitos retroativos caso a legislação assim o diga.

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Concessão dos CTT prolongada até setembro de 2021

Prorrogação da concessão do serviço postal universal foi aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros.

O atual contrato de concessão dos CTT para serviço postal universal vai ser prorrogado até setembro de 2021. O prolongamento, que já tinha sido anunciado pelo Governo por considerar que a pandemia impede que haja condições para a renegociação, foi decidido esta terça-feira em Conselho de Ministros.

Foi aprovado decreto-lei que prorroga a concessão do serviço postal universal, que assim continuará a ser prestado pelos CTT até ao final do mês de setembro de 2021“, anunciou o Governo em comunicado após o Conselho de Ministros que decorreu esta terça-feira. Em causa está o contrato do serviço postal universal, que vai terminar no fim deste mês.

O Governo tinha-se comprometido em lançar o concurso para renegociar com os CTT um novo contrato, que determina como é prestado este serviço de utilidade pública, tendo estado em cima da mesa novos critérios mais exigentes para a empresa liderada por João Bento. No entanto, a pandemia acabou por atrasar o processo, levando à sua prorrogação por um prazo que, sabe-se agora, é de nove meses.

Num comunicado ao mercado, os CTT lamentam que “apesar dos esforços dos CTT” não ter sido possível, “por razões que transcendem o controlo da empresa”, que a transição para um novo contrato de concessão pudesse ocorrer em tempo devido, “tal como foi anunciado pelo Governo”.

Reiterando a necessidade de “um contrato de concessão equilibrado e sustentável”, os CTT garantem que vão continuar a assegurar o serviço postal universal, manter os serviços à população e assegurar a integridade das cadeias de logística, sobretudo tendo em conta a pandemia. E que, no imediato, não haverá mudanças nos termos e condições do serviço.

Notícia atualizada às 8h08 de quarta-feira, dia 23, com informação sobre o comunicado enviado pelos CTT à CMVM)

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Governo aprova reabertura das moratórias a novas adesões até 31 de março

O Governo aprovou esta terça-feira em conselho de ministros a reabertura do regime das moratórias para permitir novas adesões até 31 de março.

O Governo aprovou esta terça-feira, em conselho de ministros, a reabertura do regime das moratórias que permite novas adesões até 31 de março, numa alteração que visa “acautelar os constrangimentos de liquidez e tesouraria decorrentes do impacto económico da segunda vaga da pandemia”.

Em comunicado, o Executivo adianta que, com vista à preservação dos rendimentos das famílias e a manutenção do financiamento das empresas, o decreto-lei define que:

  • As famílias e empresas que adiram à moratória beneficiam dos seus efeitos por um período de até nove meses, aplicando-se as demais regras previstas no regime atual;
  • As empresas que integrem os setores mais afetados da pandemia continuam ainda a beneficiar de uma extensão da maturidade dos seus créditos, pelo período de 12 meses, que acresce ao período em que os créditos foram diferidos, permitindo que os pagamentos sejam feitos de forma mais faseada e em linha com a evolução da atividade económica.

Os últimos dados do Banco de Portugal revelam que mais de 20% do crédito dos bancos está “protegido” pelas moratórias. São 46 mil milhões de euros. De acordo com os dados das autoridades europeias, é o terceiro nível mais elevado na Europa. Até setembro de 2021, que é quando o regime expira, o supervisor estima que as moratórias empurrem cerca de 13 mil milhões de euros em prestações devidas e não pagas por famílias e empresas aos bancos.

Ainda esta terça-feira, o governador Mário Centeno considerou tratar-se da “uma dimensão significativa” e que as moratórias deviam ser reavaliadas nos próximos meses para se ajustar à evolução da crise.

(Notícia atualizada às 18h15)

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Galp “obrigada a fazer mais do que a lei” com trabalhadores de Matosinhos, diz ministro do Ambiente

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2020

Galp “obrigada a fazer mais do que a lei” no que toca aos trabalhadores da refinaria de Matosinhos, graças à descontinuação das operações a partir de 2021, considera João Pedro Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente considerou esta terça-feira que a Galp “está obrigada a fazer mais do que a lei” no que diz respeito à situação dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos, cujas operações serão descontinuadas a partir do próximo ano.

“Não tenho a mais pequena dúvida de que a Galp, em primeiro lugar, está obrigada a cumprir a lei e, em minha opinião, está obrigada a fazer mais do que a lei”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, à margem das declarações aos jornalistas, no Palácio da Ajuda, sobre a montaria a veados e a javalis na Herdade da Torrebela, na Azambuja.

“Eu penso que todos nós somos clientes da Galp, é uma grande marca portuguesa e a Galp quererá certamente garantir o seu bom nome em face de todos os portugueses”, acrescentou, ressalvando que a Galp é uma empresa privada e que “os trabalhadores são trabalhadores da Galp”.

A Galp anunciou, na segunda-feira, que vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir do próximo ano. Em causa estão 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos.

Segundo o ministro do Ambiente, a questão dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos compreende “três tempos de ação”: o entendimento da empresa com os trabalhadores e com as estruturas que os representam, a ação do Ministério do Trabalho que será chamado, a partir de “março, abril”, a complementar as medidas de necessidade social e de reconversão profissional, e um terceiro tempo que o Governo espera iniciar ainda no próximo ano e que se prende com a aplicação do Fundo para a Transição Justa.

“É um fundo complementar ao próximo ciclo de fundos comunitários, não tem a ver com a ‘bazuca’, com o Plano de Recuperação e Resiliência, tem a ver com o ciclo comum dos quadros comunitários de apoio, que aporta, numa verba que não esta fechada, mas que é aproximadamente de 200 milhões de euros para Portugal, exatamente para situações deste tipo”, explicou o governante.

Matos Fernandes sublinhou que “a emergência climática em que nos encontramos vai fazer com que as empresas de energia mudem muito, é isso que vai levar a que, por exemplo, a central de carvão de Sines encerre já no início do próximo ano, e a do Pego no final do próximo ano”.

De acordo com o governante, o Fundo para a Transição Justa inicialmente proposto aos Estados-membros da União Europeia “era muito focado no carvão”, isto é, nos sítios onde há minas ou centrais a carvão.

O Governo português, em bom tempo, decidiu alargar na sua proposta a sítios onde existem indústrias poluentes, em primeiro lugar as refinarias. Não estou a dizer que estávamos à espera que isto acontecesse com esta brevidade, mas era de imaginar que um dia destes, um ano destes, essa situação viesse a colocar-se”, esclareceu o ministro.

Aquele fundo, prosseguiu, foi criado com o objetivo de “acudir à situação social dos trabalhadores”, requalificar aqueles mesmos trabalhadores e criar novos negócios nos territórios onde ocorra a descontinuação de atividades ligadas a energia produzida a partir de combustíveis fósseis.

“No meu ministério gostaremos muito que esses negócios sejam ligados à energia, mas a partir de fontes renováveis ou de gases renováveis”, apontou Matos Fernandes.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte) acusou esta terça-feira o ministro do Ambiente de ser um dos responsáveis pelo encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos, impondo “uma rotura” para demonstrar a Bruxelas avanços na transição energética.

“Eles invocam a pandemia como pretexto, mas o que há aqui é uma estratégia concertada de corrida aos fundos monetários por parte da administração da empresa e de assim, em parceria com o Governo, demonstrar à União Europeia o que está a fazer no que à transição energética diz respeito. A refinaria do Porto sucumbe em troca de outra coisa qualquer”, afirmou o dirigente do sindicato Telmo Silva, em declarações à Lusa, adiantando que vão ser postas em prática formas de luta.

Conforme vincou Telmo Silva, o ministro do Ambiente, “Matos Fernandes, tem grandes responsabilidades nestas decisões”, tendo em conta que estão a ser tomadas opções com “pouca ponderação”.

O sindicato viu ainda com surpresa as declarações do titular da pasta do Ambiente, na segunda-feira, quando afirmou estar preocupado com o destino dos trabalhadores, uma vez que a estrutura solicitou várias reuniões com o executivo, mas nunca teve resposta.

“O senhor ministro garantiu que em cinco anos não ia fechar nenhuma refinaria, mas ao fim de quatro ou cinco meses surge esta decisão. Para nós é evidente, há negociações claras com partes governamentais e com a empresa desde há muito tempo”, referiu.

Este responsável disse ainda que tomou esta terça-feira conhecimento da possibilidade de construção de uma refinaria de lítio no local da antiga refinaria de Matosinhos, o que considerou ser um “ataque aos trabalhadores da Petrogal, que têm vínculos laborais e direitos adquiridos”, notando ainda que “ainda não são conhecidos os impactos ambientais” deste elemento químico.

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Isenção dos beneficiários da ADSE passa a estar fixada nos 635 euros

A isenção de contribuição para a ADSE para os funcionários públicos que se aposentam deixa de estar indexada à Remuneração Mínima Mensal Garantida.

O Conselho de Ministros aprovou esta terça-feira uma medida na qual a isenção de contribuição para a ADSE para os funcionários públicos que se aposentam deixa de estar indexada à Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG). Este limite passa agora a estar definido nos 635 euros, valor atual do salário mínimo nacional.

Hoje, as pessoas que têm ADSE ficam isentas quando, com a aposentação e o desconto da ADSE, tenham um salário inferior à RMMG, sendo a alteração no sentido desse número ficar definido em 635 euros, explicou a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, na conferência após o Conselho de Ministros.

Alexandra Leitão sublinha também que ninguém que tivesse a isenção a perde, “na medida em que esse era o limite que estava hoje em vigor”. “Isto é algo que não tira nada a quem já tem, quem estiver no limiar continuará”, esclarece a ministra. O que acontece é que “esta isenção deixa de acompanhar o aumento sucessivo dos salários mínimos futuros”, nota.

“Sendo a ADSE um sistema inteiramente suportado pelos beneficiários”, estava a ser verificado um aumento “muito significativo” do número das pessoas isentas, algo que era “pesado na sustentabilidade” do subsistema de saúde dos funcionários públicos, sinaliza ainda Alexandra Leitão.

O Governo aprovou ainda neste Conselho de Ministros o alargamento da ASDE aos trabalhadores com contratos individuais com o Estado. O objetivo é que estes profissionais, sobretudo de áreas como a saúde, mas também trabalhadores de universidades e de outros organismos públicos, passem a ter acesso ao subsistema de saúde da Função Pública. Estima-se que a medida pode beneficiar cerca de 100 mil pessoas.

“Se todos os 100 mil trabalhadores aderissem e se inscrevessem, estimamos que representasse sensivelmente cerca de 67 milhões de euros por ano para a ADSE“, adiantou a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, salientando que dependerá então da adesão.

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Novo Banco vende gestora de ativos espanhola por 13 milhões

Operação terá impacto positivo de 3,5 milhões de euros, refere o banco liderado por António Ramalho em comunicado enviado ao mercado.

O Novo Banco anunciou esta terça-feira a conclusão da venda da gestora de ativos espanhola por 12,9 milhões de euros, num negócio que terá um impacto positivo de 3,5 milhões nos resultados deste ano.

A informação consta de um comunicado enviado enviado ao mercado. “O Novo Banco, através da sua subsidiária GNB Gestão de Ativos, anuncia a conclusão da venda da totalidade do capital social da Novo Ativos Financieros Espanha (NAFE), à Team & Work 5000, que por sua vez detém 100% do capital social da Trea Asset Management, por um montante total de 12,9 milhões de euros”, informa a instituição liderada por António Ramalho.

A NAFE detém a Novo Banco Gestion e a Novo Banco Pensioes, que geriam ativos na ordem dos 678 milhões de euros em novembro, de acordo com o banco.

O Novo Banco assinala que a transação, que vai ter um impacto positivo de 3,5 milhões na demonstração de resultados de 2020, “representa mais um marco relevante no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos”, permitindo que prossiga a “estratégia de foco no negócio bancário doméstico”.

Há um ano, o Novo Banco já tinha anunciado o acordo para a venda da NAFE à Trea, mas só agora o processo ficou concluído.

A conclusão deste dossiê surge numa altura em que o banco está de saída do mercado espanhol. A operação do Novo Banco em Espanha foi posta à venda em maio. Segundo a imprensa espanhola, entre os bancos que já terão manifestado o interesse estão o Abanca, que adquiriu o banco espanhol da Caixa Geral de Depósitos no ano passado e esteve perto de comprar o EuroBic, e ainda o Andbank. Quem comprar deverá pagar menos de 100 milhões de euros, o que equivale a metade do seu book value.

Com o ECO avançou, a filial espanhola do Novo Banco acumulou prejuízos de 450 milhões de euros desde 2014.

(Notícia atualizada às 17h28)

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Governo vai dar subsídios a quem tem baixos rendimentos para pagar a renda de casa

Além de prolongar os empréstimos para pagar as rendas, o Governo vai dar um apoio a fundo perdido para quem tem rendimentos baixos e uma taxa de esforço igual ou superior a 35%.

Quem aceder aos empréstimos para pagar rendas habitacionais poderá vir a ter um apoio a fundo perdido caso tenha rendimentos baixos e uma taxa de esforço igual ou superior 35%. A decisão foi tomada esta terça-feira pelo Conselho de Ministros.

Em relação ao arrendamento habitacional, “procede-se à prorrogação do regime excecional para as situações de mora do pagamento de rendas, sendo criado um apoio a título de participação financeira não reembolsável para os mutuários de empréstimos com baixos rendimentos cuja taxa de esforço destinada ao pagamento de rendas seja ou se torne superior a 35%“, anunciou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, esta terça-feira, após a reunião do Governo.

Este decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros concretiza a proposta do PCP que foi aprovada pelo Parlamento em que se prolonga este apoio ao pagamento das rendas para os cidadãos que perderam mais de 20% dos seus rendimentos. Em 2020, apenas houve empréstimos, mas no próximo ano prevê-se uma parte de apoio através de subsídios a fundo perdido, uma possibilidade que já tinha sido antecipada pela secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves.

“Uma das questões que estamos a ponderar, e que, aliás, decorre também do que foi apresentado no Plano de Estabilização Económica e Social (PEES) é que parte destes apoios, tendo em conta os rendimentos das famílias, possam ser convertidos em subsídios. Ou seja, não serem empréstimos do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), mas sim subsídios do IHRU”, avançou Marina Gonçalves no início deste mês no Parlamento.

Segundo o PEES, “deve também ser acautelada a situação das famílias mais vulneráveis, prevendo-se que nestes casos o empréstimo possa ser convertido em subsídio não reembolsável. O apoio adicional a estas famílias irá assim garantir que estas podem permanecer na sua habitação, evitando novas situações de precariedade habitacional”. O apoio financeiro estimado era de quatro milhões de euros em empréstimos, dos quais 1,5 milhões de euros seriam convertidos em subsídios não reembolsáveis.

A mesma secretária de Estado disse, em entrevista ao ECO, que prevê um aumento dos pedidos para aceder a esta ajuda em 2021. “Tendo em conta aquilo que são os efeitos da pandemia na economia, estimamos que possa haver aqui um aumento do número de pessoas a aceder ao apoio, mas é uma perceção nossa”, disse. O montante do apoio varia consoante o caso particular.

Os empréstimos do IHRU arrancaram no final de abril mas, desde então, de acordo com os números mais recentes adiantados pelo Governo, o número de pedidos aprovados tem sido baixo. No início de novembro tinham sido recebidos 2.932 pedidos de apoio, mas apenas 713 tinham sido aprovados. 1.001 pedidos tinham sido indeferidos, enquanto 1.195 estavam em análise.

O Governo tem justificado estes números com o não cumprimento de requisitos — quebra de 20% dos rendimentos e existência de contrato de arrendamento –, como referiu o ministro da Habitação a 4 de novembro, durante uma audição no âmbito do OE2021. “Estas são razões que impedem, obviamente, que o apoio seja dado. Sem a apresentação dessa documentação torna-se difícil de o fazer”, disse Pedro Nuno Santos.

(Notícia atualizada às 17h59 com mais informação)

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