Depois do recorde, há 1.090 novos casos de Covid-19 e morreram mais 13 pessoas

As autoridades de saúde encontraram 1.090 novos casos de Covid-19, o quarto dia consecutivo de registos acima do milhar. Morreram mais 13 pessoas da doença.

Depois de ter batido o recorde de novos casos de Covid-19 no sábado, Portugal registou mais 1.090 novas infeções este domingo, uma subida diária de 1,27% que eleva para 86.664 o total de casos já confirmados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

É o quarto dia consecutivo acima da fasquia do milhar de novas infeções diárias, depois de a barreira ter sido ultrapassada na quinta-feira. Desde então, a DGS já detetou mais de 5.400 novas infeções, o que sugere uma degradação da situação pandémica.

Há agora 31.397 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, mais 693 pessoas do que no balanço anterior. Além disso, nas últimas 24 horas morreram mais 13 pessoas de Covid-19, num total de 2.080 vítimas mortais provocadas pelo novo coronavírus no país, indica a DGS.

A grande maioria das novas infeções foi detetada na região Norte do país, mais concretamente 625, e seis novos óbitos. A região de Lisboa e Vale do Tejo surge em segundo lugar com 329 novas infeções e, também, seis novos óbitos a lamentar. Mantendo a tendência das últimas semanas, o Centro é a terceira região mais fustigada, tendo sido identificados 82 novos casos de Covid-19, mas nenhuma morte ao longo do último dia.

Quanto à caracterização clínica, a maioria das pessoas que estão infetadas está a recuperar no domicílio, evitando-se assim o colapso do sistema de saúde. Mas há mais 12 pessoas internadas em enfermaria geral, num total de 843, e mais duas em unidades de cuidados intensivos, num total de 124, representando estas o universo de casos mais graves e que inspiram maiores cuidados médicos.

O último boletim diário da DGS mostra, por fim, existirem mais 384 pessoas dadas como recuperadas da doença, num total de 53.187 no país. Há também 48.413 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, por terem estado perto de doentes entretanto diagnosticados com Covid-19, um aumento expressivo de 811 face a sábado.

Boletim epidemiológico de 11 de outubro

Os números diários de novas infeções por Covid-19 atingiram um máximo histórico este sábado, quando a DGS reportou ter detetado 1.646 novas infeções, um aumento de quase 2% em relação a sexta-feira, bem como um aumento de mais de 1.000 nos casos ativos, para um patamar acima das 30 mil pessoas.

A manutenção de números elevados de novos casos sugere uma deterioração significativa da situação pandémica em Portugal, perante a retoma da atividade económica após as férias do verão e o regresso do ensino presencial. No entanto, apesar de o número de novos casos ser mais elevado do que nos meses de março e abril, estão também a ser feitos mais testes do que nesse período.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h46)

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Agências de viagens reclamam dívidas de “dezenas de milhões” à TAP

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) iniciou uma nova ronda de negociações com a TAP para ser reembolsada de "dezenas de milhões de euros de dívidas".

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) iniciou uma nova ronda de negociações com a TAP para ser reembolsada de “dezenas de milhões de euros de dívidas”, admitindo recorrer aos tribunais caso não seja alcançando um acordo.

Numa circular enviada na sexta-feira aos associados, a que a Lusa teve acesso, a APAVT começa por referir a dívida da TAP às agências de viagens Portuguesas, de “algumas dezenas de milhões de euros, decorrentes de vendas realizadas, pagas e não fornecidas pela companhia aérea”.

A associação recorda que, dado “o momento manifestamente anómalo” que se vive, a APAVT tinha tomado “a iniciativa de, junto da TAP, sugerir um acordo de reembolso faseado dos valores em dívida, até 31.12.2021”, um acordo que, refere, tinha por base a capacidade de emissão de novos bilhetes TAP, por parte das agências de viagens.

“Esta atitude do canal distribuidor, a de um credor que proativamente vem, junto do seu principal devedor, propor um prazo alargado para o pagamento da dívida, foi única no mundo, assumindo ainda mais significado se pensarmos que a TAP, quer pela lei, quer pelos quadros regulatórios nacionais e internacionais, está absolutamente obrigada a reembolsar imediatamente e em dinheiro, todas as empresas das quais recebeu dinheiro sem fornecer serviços”, acrescenta a APAVT na carta enviada aos seus associados.

No entanto, a APAVT explica que, “infelizmente”, nem “o mercado não conheceu a retoma inicialmente prevista”, como “muito mais grave, a TAP, que deve milhões de serviços pagos e não fornecidos, que aceitou pagar a prestações com base na emissão de novos bilhetes por parte das agências de viagens, tem vindo a restringir a capacidade da referida emissão”.

“Na realidade, a TAP, continuadamente, coloca à venda novos voos cujas reservas cobra, cancelando depois os voos e propondo-se, de forma absolutamente ilegal, entregar ‘vouchers’, aumentando assim a dívida que se pretendia diminuir”.

Acresce, segundo a APAVT, o facto de a TAP estar a desenvolver “uma série de promoções”, que “representam oportunidades de venda” para estas empresas, mas “excluindo a possibilidade de emissão por parte das agências”.

Assim, a APAVT sublinha que iniciou “uma nova ronda de negociações” junto da TAP, com o objetivo de regularizar a dívida existente, “sem que esta regularização esteja dependente” da capacidade de emissão de bilhetes por parte da transportadora.

“Este é o momento em que prosseguimos as nossas negociações com a companhia aérea, ao mais alto nível, existindo legítimas esperanças de que um acordo poderá ser alcançado a muito breve trecho”, reforçam.

Mas, “apesar disso, sabendo a preocupação e ansiedade com que os nossos associados estão a acompanhar assunto tão decisivo para o seu futuro a curto prazo, não queremos deixar de informar que já decidiu a APAVT que, não sendo possível alcançar êxito nas negociações que ainda prosseguem, desenvolveremos de imediato todas as ações, quer no âmbito dos quadros regulatórios português e europeu, quer judicialmente, para que os nossos associados possam ser ressarcidos dos valores pagos e não devolvidos”, acrescenta a associação na carta.

No entanto, a APAVT considera que, “de forma construtiva, próxima e leal”, mantém um diálogo que “está a ser produtivo”, esperando, desta forma, poder “atingir os objetivos muito brevemente”.”Porém, queremos que saibam também que não cairá nenhuma agência de viagens em insolvência, por causa da falta de reembolso dos valores em dívida por parte da TAP”, conclui a APAVT na missiva enviada aos associados.

A Lusa contactou a TAP, mas ainda não foi possível obter um comentário.

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Orçamento “não pode faltar” na resposta à crise social e económica

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE, afirmou que o partido não vai abdicar de uma “resposta fundamental a um período pandémico, a um período de crise social e crise económica” no OE.

O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, afirmou que o partido não vai abdicar de uma “resposta fundamental a um período pandémico, a um período de crise social e crise económica” no Orçamento do Estado para 2021.

A proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) “não pode faltar à resposta fundamental a um período pandémico, a um período de crise social e crise económica”, defendeu o deputado bloquista em Ponta Delgada, num encontro de candidatos que marcou o início da campanha para as eleições regionais dos Açores, que acontecem em 25 de outubro.

Pedro Filipe Soares elencou as áreas prioritárias para o Bloco de Esquerda, começando pelo Serviço Nacional de Saúde, que precisa de ser reforçado de acordo com as necessidades atuais, mas o Governo da República está “agarrado a uma lista de necessidades de dezembro de 2019”, declarou.

O líder parlamentar alertou que a “crise económica e social bateu de forma mais forte e mais rápida a quem perdeu o seu posto de trabalho” e que “os primeiros e primeiras que sofreram foram os precários, quem não tinha, na Lei de Trabalho, uma proteção sobre a sua vida”.

Nesse sentido, o Bloco de Esquerda defende que as empresas que tenham tido lucro não possam despedir pessoas e que a manutenção dos postos de trabalho seja uma condição para aceder aos fundos comunitários.

Frisando que o “subsídio de desemprego chega a pouco mais de metade dos desempregados”, os bloquistas querem garantir que “a pobreza, que está a aumentar com a crise social e económica, não chegue a mais gente” e, por isso, sugere a criação de um “novo tipo de apoio social”. A essa proposta, a “resposta do Governo é sim, mas…”, adiantou Pedro Filipe Soares.

O executivo socialista sugere que “um adulto, se for cabeça de casal, vale um, mas o segundo adulto já só vale 0,7 e uma criança vale 0,5. Tudo pesado, o que isto quer dizer é que quanto mais crianças tiver uma família, mais situação de pobreza é aceitável perante esta lei”, disse o deputado.

O líder parlamentar questionou, ainda, se “faz sentido”, “depois de tantos anos em que o país teve em cima de si um sistema financeiro que sugou” os seus recursos, continuar a “dizer que sim ao Novo Banco”.

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João Lourenço diz que anterior regime desviou 24 mil milhões de dólares dos cofres de Angola

João Lourenço calculou em quase 24 mil milhões de dólares o valor dos desvios alegadamente perpetrados pelo anterior regime. Já foram recuperados 4,9 mil milhões.

O presidente da república de Angola estima que tenham sido desviados 23,79 mil milhões de dólares dos cofres públicos angolanos pelo anterior regime de José Eduardo dos Santos e respetivos associados. Um número revelado por João Lourenço na primeira parte de uma entrevista ao The Wall Street Journal.

Segundo o presidente, 13,52 mil milhões terão sido desviados por via de “contratos fraudulentos com a Sonangol”, 5,09 mil milhões de dólares por via das empresas públicas de diamantes Sodiam e Endiama e os restantes 5,19 mil milhões “de outros setores e empresas públicas”, elencou o chefe de Estado angolano.

Nem todo o dinheiro estará perdido e João Lourenço assegura que “o Estado recuperou definitivamente cerca de 4,9 mil milhões de dólares em dinheiro e bens até ao momento”. Concretamente, elencou, 2,71 mil milhões em cash e 2,19 mil milhões em imobiliário, fábricas, terminais portuários, estações de televisão e de rádio, em Angola, Portugal e Brasil”, indicou.

Além disso, segundo João Lourenço, a justiça angolana já solicitou que sejam confiscados ou congelados ativos e dinheiro no valor de 5,43 mil milhões de dólares, em localizações como Suíça, Holanda, Portugal, Luxemburgo, Chipre, Mónaco, Reino Unido e “a lista tende a alargar-se”, referiu o presidente.

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Surto de Covid-19 no serviço de pneumologia do Amadora-Sintra impede novos internamentos

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

O Serviço de Pneumologia do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) deixou de receber novos doentes para internamento, depois de detetados pelo menos cinco casos de Covid-19.

O Serviço de Pneumologia do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) deixou de receber novos doentes para internamento, depois de detetados pelo menos cinco casos de Covid-19 entre os utentes internados, revelou fonte da unidade hospitalar.

Questionada pela Lusa, a mesma fonte disse que o Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF) identificou na passada quinta-feira um doente com Covid-19 no Serviço de Pneumologia, “onde se encontrava internado por outra patologia e com teste prévio negativo”.

“De acordo com os procedimentos internos, foram retestados todos os doentes do serviço, tendo sido identificados cinco doentes Covid-19 positivos, que se encontram clinicamente estáveis”, explicou a fonte. Os mais de cem profissionais do serviço foram testados em menos de 24 horas, segundo o hospital, tendo sido todos negativos.

Por causa dos casos detetados, o hospital decidiu encerrar temporariamente a novos internamentos o Serviço de Pneumologia. O HFF tem atualmente internados 42 doentes com covid-19 em enfermaria e oito em cuidados intensivos.

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Greco sucede a Buberl na presidência do Fórum pan-europeu de seguros

  • ECO Seguros
  • 11 Outubro 2020

Mario Greco, presidente executivo do grupo Zurich, vai exercer mandato de dois anos na liderança do Pan-European Insurance Forum (PEIF).

O secretariado do fórum pan-europeu da indústria seguradora, entidade que reúne os responsáveis executivos dos maiores grupos seguradores sediados na Europa, anunciou que o italiano Mario Greco assumiu a presidência da plataforma que prossegue os interesses do setor a nível político e regulatório na Europa.

Depois de saudar o colega Thomas Buberl, CEO do grupo AXA, que o antecedeu no cargo, Mario Greco referiu: “O papel das seguradoras” no apoio às pessoas quando mais precisam e na mitigação do risco “nunca esteve tão em foco como hoje”. “A pandemia Covid-19” e consequentes efeitos económicos globais “tiveram um impacto sísmico na sociedade e no panorama de risco global. Ao mesmo tempo, as alterações climáticas, a sustentabilidade e a rápida digitalização da sociedade e das economias continuam a ser alguns dos mais importantes desafios de longo prazo que a nossa indústria tem de enfrentar,” disse Greco em comunicado do PEIF.

O atual presidente do Fórum iniciou carreira profissional na área de consultoria de gestão na McKinsey, tendo acumulado dezenas de anos em postos de liderança no setor seguros. Depois de ocupar posição de CEO na Generali e cargos executivos na Allianz e em outras companhias, é atualmente Chief Executive Officer do grupo Zurich, função que assegura desde março de 2016.

O PEIF, entidade que desenvolve relação estreita com a Insurance Europe (federação europeia de associações nacionais do setor), é um fórum que integra os dirigentes das maiores seguradoras e resseguradores com sede na Europa, nomeadamente Aegon, Alllianz, Aviva, AXA, Generali, Mapfre, Munich Re, RSA, Swiss Re, UNIQA e Zurich. A principal função do PEIF é o intercâmbio de perspetivas em matérias (política e regulação) com impacto na indústria europeia de seguros.

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AHP espera que Fórmula 1 beneficie “quase todo” o Algarve

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

A presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal espera que a realização do Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 tenha um "efeito de arrasto" que beneficie "quase todo" o Algarve.

A presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse à Lusa esperar que o impacto do prémio de Fórmula 1 em Portimão tenha um “efeito de arrasto” em hotéis de outros concelhos da região algarvia.

“A nossa estimativa, de acordo com essas expectativas [da organização do evento] é que, efetivamente, possa ter um efeito de arrasto, não só no concelho onde ocorre a prova, em Portimão, mas estendendo-se, inclusivamente, aos concelhos limítrofes”, afirmou Cristina Siza Vieira, em declarações à agência Lusa.

O Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, região do Algarve, vai receber o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, em 25 de outubro.

Apesar de ainda não ter dados concretos fornecidos pelos associados da AHP relativamente às reservas na altura do evento, a responsável lembrou que, só ligadas à organização, a prova de Fórmula 1 leva ao Algarve 10 mil pessoas.

“Já se percebe que tem um impacto numérico também importante […] e, portanto, temos uma expectativa, efetivamente, que o Algarve venha quase todo a vibrar com este evento”, acrescentou Cristina Siza Vieira.

Temos uma expectativa, efetivamente, de que o Algarve venha quase todo a vibrar com este evento.

Cristina Siza Vieira

Presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal

Apesar de ser a primeira vez que o Algarve recebe uma prova deste género, a presidente da AHP sublinhou que a região já tem recebido eventos de automóveis topo de gama, pelo que a expectativa é de que o impacto seja mais sentido em hotéis de categorias superiores (quatro e cinco estrelas). “Prova como esta nunca tivemos, mas sabemos que, efetivamente, o cliente de Fórmula 1, até pelo próprio preço dos bilhetes, é um cliente exigente”, apontou.

Relativamente ao aproximar da época baixa para o turismo, Cristina Siza Vieira adiantou que há alguns grupos hoteleiros que já sinalizaram a intenção de fechar algumas unidades, devido à falta de procura.

No entanto, a presidente da AHP espera que a campanha de descontos comparticipados pelo Turismo de Portugal (#TUPODES), à qual a AHP se associou através da plataforma de reservas click2portugal, possa ajudar a dinamizar a hotelaria. “A nossa expectativa não é de que isto venha mudar o panorama. É que estimule a procura com a reserva direta”, ressalvou.

No final de setembro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou, durante o encerramento da V Cimeira do Turismo Português, o lançamento de um programa de comparticipação pública aos operadores dos setores da restauração, alojamento, transportes e cultura, que ofereçam descontos aos clientes. A medida visa estimular a procura e ajudar a recuperação de um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19.

Em entrevista à Lusa, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, esclareceu que os descontos que os operadores turísticos aplicarem entre 5 de outubro e 15 de dezembro têm de ser superiores a 30% para que o Turismo de Portugal comparticipe metade.

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PEV volta a propor subsídio de risco e penosidade entre 10% e 20%

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

Apesar de ter visto rejeitada a proposta em julho, o PEV vai voltar a apresentar ao Parlamento uma proposta para atribuir subsídio de risco e penosidade entre 10% e 20% da remuneração base.

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) vai voltar a propor à Assembleia da República que aprove a atribuição de um subsídio de risco aos trabalhadores em condições de risco, penosidade ou insalubridade, entre 10% e 20% da remuneração base.

Depois de em julho ter visto rejeitada esta proposta, o PEV voltou a apresentá-la através de dois projetos de lei que já deram entrada no parlamento. As iniciativas estabelecem o regime de atribuição desta compensação bem como os montantes da mesma.

Os ecologistas defendem um acréscimo à remuneração base dos trabalhadores que exerçam funções em condições de risco, penosidade ou insalubridade deve ser de 10%, 15% ou 20% quando o risco é baixo, médio ou alto, respetivamente.

O PEV propõe que, além da função pública, estas regras se apliquem também aos trabalhadores das autarquias locais.

As iniciativas de “Os verdes” preveem também a possibilidade de os trabalhadores terem direito a mais dias de férias, verem o seu horário de trabalho reduzido entre uma a quatro horas por semana, bem como um acréscimo de tempo de serviço de 20% ou a antecipação dos limites de idade para efeitos de aposentação.

Na votação de 23 de julho, na anterior sessão legislativa, as duas iniciativas do PEV sobre este assunto foram rejeitadas com o voto contra do PS e as abstenções do PSD, CDS e Iniciativa Liberal.

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Apoios extraordinários da Covid-19 contam para o cálculo do IRS

  • ECO
  • 11 Outubro 2020

Os eventuais novos apoios aos trabalhadores incluídos no Orçamento do Estado para 2021 também deverão contar para o cálculo do IRS no ano seguinte.

Os apoios extraordinários pagos este ano pela Segurança Social aos trabalhadores, devido à pandemia, vão contar para o cálculo do IRS no ano que vem. O mesmo deverá aplicar-se aos novos apoios que se espera que sejam incluídos no Orçamento do Estado para 2021.

A notícia foi avançada pelo Público (acesso condicionado), que indica que esses apoios são vistos pelo Fisco como rendimentos. A dúvida já tinha surgido em março, e o Governo apresentou argumentos legais do Fisco para que tal aconteça. Por isso, o jornal destaca ser expectável que também os apoios que forem criados com o novo Orçamento do Estado contem para o cálculo do imposto no ano a seguir.

A exceção dar-se-ia se as novas medidas passassem a ser vistas como “apoios sociais”, um conceito previsto nas bases gerais da Segurança Social. Mas, para já, é o entendimento da Autoridade Tributária que prevalece, ou seja, que os apoios são rendimentos e devem ser sujeitos a imposto sobre o rendimento.

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Presidência portuguesa da UE dá “segurança e confiança” a Espanha

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, considerou que o facto de Portugal assumir a presidência da UE neste período de crise é fator de "confiança e segurança" para Espanha.

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou este sábado, na Guarda, que o facto de ser Portugal a assumir a presidência da União Europeia no primeiro semestre de 2021 lhe dá “segurança” e “confiança”.

“Para o Governo de Espanha, num momento tão transcendente para a Espanha e para o mundo, o facto de ser Portugal a liderar a União Europeia no primeiro semestre do próximo ano é uma fonte de segurança e de confiança”, disse Pedro Sánchez na conferência de imprensa final da Cimeira Luso-Espanhola que se realizou hoje na Guarda.

O chefe do Governo espanhol elencou, em seguida, os “temas muito importantes” que têm de ser tratados nos próximos meses pelos Estados-membros da UE e que afetam milhões de espanhóis e de portugueses: como a saída do Reino Unido do clube europeu e a execução dos planos de recuperação para contrariar os efeitos negativos da pandemia de Covid-19.

O pacto europeu de migração e asilo e as relações com os países da América Latina e também os países africanos foram igualmente referidos por Sánchez como pontos importantes a tratar durante a direção de Portugal do Conselho de Ministros europeu.

Portugal substitui, em 1 de janeiro próximo, a Alemanha na presidência rotativa semestral do Conselho, uma das principais instituições da União Europeia, onde estão representados os seus Estados-membros.

Os governos de Portugal e Espanha chegaram este fim de semana a acordo, na Guarda, sobre uma estratégia comum de desenvolvimento da fronteira para os próximos anos, que foi a decisão principal da 31ª Cimeira Luso-Espanhola.

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Economista Francisca Guedes de Oliveira teme “tentação” de João Leão no défice e dívida

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

A economista Francisca Guedes de Oliveira teme que haja uma "tentação" de João Leão no défice e na dívida, aplicando um controlo "mais restrito e mais apertado" do que aquele que o país necessitaria.

A economista Francisca Guedes de Oliveira disse à Lusa temer que o Ministério das Finanças caia na “tentação” de exercer um controlo “mais restrito e mais apertado” da dívida e do défice face ao que o país necessitaria.

“Conhecendo o anterior Ministério das Finanças e os secretários de Estado que trabalharam com o professor Mário Centeno [ex-ministro], e eu tenho uma enorme consideração e admiração pelo atual ministro das Finanças [João Leão, ex-secretário de Estado do Orçamento] […], acho que vai haver a tentação”, disse a professora da Universidade Católica do Porto, em entrevista à agência Lusa.

Não obstante, Francisca Guedes de Oliveira, que realizou um estudo sobre benefícios fiscais para o anterior Governo, afirmou que João Leão “é das pessoas mais capazes” que conhece.

“Acho que é alguém que tem uma visão da economia, da sociedade e do mundo que é uma visão que eu gosto que um ministro das Finanças tenha”, disse, considerando que “uma das coisas que correu bem no anterior Governo foi um bocadinho o pecar por excesso”.

Segundo a economista, no anterior Governo “havia eixos de política que foram definidos e nesses sabia-se que tinha de se gastar dinheiro, mas depois percebeu-se rapidamente que para, de facto, se conseguir consolidar défice e dívida, tinha que haver um bocadinho a política do ‘não'”.

“À parte de coisas que obviamente serão criticáveis […], a verdade é que acho que o Ministério das Finanças ganhou uma reputação por ter conseguido fazer as coisas que fez, e em grande medida ganhou-a por ser muito restrito nas linhas que traçava”, considerou, lembrando o “papel fundamental” do então secretário de Estado do Orçamento, e hoje ministro, João Leão.

Assim, Francisca Guedes de Oliveira crê que já se observa “um bocadinho esse discurso” de controlar gastos, havendo “a tentação de pôr um ‘stop’ a determinada altura se se começar a perceber que as coisas estão a ir um bocadinho mais longe que aquilo que se pensava”.

“Tenho medo que esse ‘stop’ seja mais baixo do que aquilo que eu gostaria, mas não sei. Acho que há esse risco”, disse, numa altura em que o país se prepara para receber dinheiro vindo da União Europeia.

Para a economista, um dos exemplos desse discurso materializou-se na declaração do primeiro-ministro no dia 29 de setembro, ao dizer que Portugal apenas utilizará subvenções e prescindirá dos empréstimos no seu Programa de Recuperação e Resiliência, ao abrigo do Fundo de Recuperação Europeu.

“Não gostando muito de ser treinadora de bancada, e sabendo que as decisões no local são sempre mais difíceis do que quem está de fora, tenho um bocadinho de dificuldade em perceber que à partida não se vai utilizar”, disse à Lusa.

Numa altura em que é necessária “coragem e ambição” para fazer “um ‘ataque’ [positivo] à nossa estrutura quer a curto prazo, quer no médio quer no longo”, de forma a elevar “o nível mais baixo de tal maneira que ele nunca mais volte a cair”, Portugal vai “precisar de dinheiro”, considerou.

Francisca Guedes de Oliveira lembra que “as taxas de juro são simpáticas, as maturidades também” nos empréstimos europeus, entendendo que o não recurso a eles “assume-se por causa de pressões de dívida, como é evidente”, pois “o empréstimo a que poderíamos recorrer teria obviamente um impacto direto na dívida”.

“Não podemos pensar em défice e dívida do Estado como se pensa — e muitas vezes eu vejo essa comparação, e é errada — a nível das famílias”, considerou a académica, acrescentando que “este não é o momento” para se pensar nesses dois temas.

Para a professora universitária, com o respaldo da Zona Euro, “uma dívida de 130% do PIB e de 140% do PIB não é uma dívida preocupante se os juros não dispararem, e se nós não passarmos outra vez a ser, em termos sinistros, o ‘lixo’ em que as agências de rating americanas nos colocaram”.

“Aquilo que aconteceu em 2011, e quando nós temos o défice a disparar para 10% e depois a seguir entra tudo em pânico — e bem, porque estávamos numa rota de consolidação de contas públicas e de repente o défice disparou para se fazer face a necessidades da economia real — aquilo foi tudo um bocadinho esquizofrénico”, recordou a economista.

Porém, Francisca Guedes de Oliveira crê que “que desta vez as coisas estão, de facto, a ser bastante diferentes”, e vê, mais à frente, que “uma Europa unida, capaz” pode ultrapassar os desafios económicos impostos pela pandemia de covid-19.

Educação deve ser “um foco brutal” do investimento

Francisca Guedes de Oliveira defendeu que quer o Orçamento do Estado para 2021 quer os fundos que Portugal vai receber da União Europeia devem contemplar uma atenção “brutal” à educação, sem descartar a saúde.

“O que eu vejo de imediato é que há duas áreas que são absolutamente cruciais: a área da saúde e a área da educação”, disse em entrevista à Lusa a académica da Universidade Católica do Porto.

Confessando-se uma “defensora acérrima da escola pública”, a economista entende que a educação nacional “precisa de um investimento brutal a todos os níveis”, e de ser “um foco brutal no Orçamento do Estado”.

“Desde revisão de currículos, a infraestruturas, à maneira como se tratam os professores e se dignifica a carreira dos professores, que são umas almas santas – eu não consigo imaginar qual é o serviço que alguns dos professores fazem nas escolas públicas deste país”, disse à Lusa.

A professora universitária entende que devia ser dada “uma volta de 180 graus” ao sistema educativo nacional, da pré-escolar à universidade, e com “coragem e ambição”.

“Uma das coisas que eu acho que ficou claro com esta pandemia foi a desigualdade brutal no acesso às infraestruturas digitais”, lembrou, pelo que “a exclusão do ponto de vista digital” é uma das áreas para as quais “se tem de olhar e não é hoje, é ontem ou anteontem”.

Francisca Guedes de Oliveira entende que há “uma perceção no sentido de se achar que a dicotomia pública-privada é positiva em algumas coisas que não o é”, e nesse sentido a escola pública “tinha que ter um papel muito mais valorizado e muito mais cuidado”.

Como exemplo dessa dicotomia, a economista apresentou a não gratuitidade dos manuais escolares para alunos do ensino privado, cujas “vozes discordantes” são “completamente incompreensíveis”.

“E isso só me leva a crer que há de facto uma noção muito errada do papel da escola pública”, cuja valorização “tem que ser tal que pessoas que têm os filhos no privado queiram ter os filhos na escola pública”.

No entender da académica, “a escola pública só funciona bem, como elevador e como algo que ajuda à mobilidade social se lá estiver toda a gente, ou uma variedade muito grande de pessoas”, e que tal como no Serviço Nacional de Saúde, se “for só para quem não tem dinheiro para pagar o privado, a qualidade vai piorar dramaticamente”.

Para Francisca Guedes de Oliveira, estar no ensino privado “é um privilégio, porque tipicamente as escolas privadas, do ponto de vista de infraestruturas, de capacidade de acompanhamento dos miúdos e de uma série de outras coisas têm condições que as escolas públicas não conseguem ter”.

“Independentemente de ser uma opção individual de tirar os filhos da escola pública e pô-los no privado, como cidadã, tenho que continuar a acreditar que tudo o que for feito para potenciar a escola pública, para beneficiar quem opte pela escola pública, é para o bem de todos nós, porque é aquilo que vai permitir depois, efetivamente, a mobilidade social”, disse.

A escola pública de qualidade tem “um clima que beneficia todos e que trata todos da mesma maneira, como não poderia deixar de ser”, puxando também “o nível e o ambiente para exigência académica e capacidade de aprendizagem, que é o que é preciso”.

“Os pais não podem ter a sensação que têm que tirar o filho da escola pública porque se tornarmos a confinar e tornarmos a ter que partir para o ‘online’, a escola pública não dá resposta. Isso não pode acontecer”, vincou.

Quanto à saúde, e apesar de considerar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “inacreditável, pela positiva”, a pandemia de Covid-19 “expôs a fragilidade que o sistema tem”.

“Na perspetiva de utente, acho que há aqui uma série de coisas que têm de ser olhadas, quer do ponto de vista de infraestruturas físicas, do ponto de vista de recursos humanos, e do ponto de vista da relação público e privado, que eu acho que há imensas confusões que tinham que ser resolvidas”, referiu.

A economista crê que o setor da saúde “tem de continuar a contar com o privado”, questionando “algumas medidas que foram tomadas nesse sentido”.

Burocracia tem “aspetos culturais complicados de mudar”

A economista entende ainda que a desburocratização da sociedade portuguesa passa também por uma aprendizagem coletiva, uma vez que “há aspetos culturais que são muito complicados de mudar”.

“À partida desconfiamos. Nós, à partida, montamos regras para se alguém quiser defraudar, ser difícil. É assim que nós funcionamos”, disse, em entrevista à Lusa, quando questionado sobre a desburocratização em face dos novos fundos europeus que chegarão durante a próxima década.

Para a professora da Universidade Católica do Porto, “há aspetos culturais que nestas coisas são muito complicados de mudar”, pelo que “temos de tentar ir progressivamente educando-nos no sentido de termos uma atitude diferente”.

O acesso aos futuros fundos europeus “tem de ser rápido”, entende a académica, dado que se se demorar “um ano a aprovar um projeto de qualquer natureza, o projeto já morreu”.

“Eu tenho exemplos de muitas empresas aqui na região [Porto]. Temos pequenas e médias empresas, que eu conheço bem, que tiveram de despedir trabalhadores porque tiveram projetos aprovados por fundos estruturais, mas a burocracia que era necessária para receberem algum do dinheiro fazia com que quando recebiam, o projeto já tinha morrido”, relatou.

A professora universitária salientou também que “a corrupção, os compadrios, os favores” se evitam “com o máximo de transparência possível”.

“Tudo tem de ser claro, a informação tem de estar disponível, ser rápida e de fácil acesso, todas as decisões tomadas têm que ser óbvias, explicadas, claras, transparentes — para poder haver uma monitorização muito grande da sociedade e por parte da economia, por parte dos agentes individuais, por parte das empresas”, enumerou.

A economista considera também que sem comprometer a rapidez, deve haver “um sistema de punição a sério quando se prevarica, e aí o sistema de justiça tem que mudar radicalmente, porque não se pode estar cinco anos sem que um caso de corrupção seja decidido”.

Francisca Guedes de Oliveira pede “medidas sérias” para “as pessoas perceberem que quando erram e quando pecam a coisa funciona bem, funciona rápido e funciona a sério”, estimando que assim “metade dos problemas se resolvem”.

Comparando a onda de fundos europeus que virá na próxima década com o período em que Portugal aderiu à então Comunidade Económica Europeia (CEE, hoje União Europeia), em 1986, a académica considera “somos outro país” e que “que estamos noutro planeta em relação a 1986”.

“A sensação que eu tenho é que há uma capacitação das pessoas para uma série de coisas, que não tem a ver só com a evolução do nosso país, tem a ver com o acesso à informação, com a internet, com a globalização”, considerou.

A académica deu como exemplo o programa de intercâmbio do ensino superior Erasmus, que permite aos estudantes “conhecerem as realidades, da Alemanha, da França, Polónia, Itália, o que for”, que são “muito diferentes” da portuguesa.

Francisca Guedes de Oliveira entende que houve uma “aculturação” e “europeização dos nossos hábitos em muitas coisas”.

Hoje, “a população está muito mais capaz e capacitada para aceitar processos céleres, fáceis”, mas desde que tudo seja “feito de tal forma transparente que qualquer um de nós acede à informação, compreende a informação, denuncia e reclama se for caso disso, se achar que o deve fazer”.

“De 1986 para agora, eu acho que se pararmos um bocadinho vemos a evolução a acontecer, porque acho que é verdadeiramente notável”, concluiu.

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Portugal Fashion regressa ao Porto com menos 80% do público nos desfiles

  • Lusa
  • 11 Outubro 2020

O Portugal Fashion regressa na quinta-feira ao Porto, mas num modelo diferente e com menos público, conjugando desfiles presenciais e outros transmitidos através da internet.

O Portugal Fashion regressa na quinta-feira ao Porto com um corte de 80% no número de espectadores e num modelo especial onde se vão conjugar desfiles presenciais ao ar livre e desfiles via internet devido à Covid-19.

Em ano de celebrar o 25.º aniversário e após o evento ter sido suspenso em março por causa do coronavírus, o Portugal Fashion regressa agora para três dias dedicados à moda portuguesa com desfiles no edifício da Alfândega do Porto, mas também no Hotel Neya e no Café Vogue, num modelo de apresentação diferente do habitual devido à pandemia com o corte de 80% no público nos desfiles presenciais e a realização de outras apresentações online.

O primeiro dia arranca às 12h00, com a apresentação da nova coleção primavera/verão 2020/21 da marca portuguesa Sophia Kah. O desfile, que vai decorrer no Neya Porto Hotel, com vista para o rio Douro e a 350 metros do edifício da Alfândega do Porto, vai ter um número limitado de público, com acesso só por convite.

O Portugal Fashion continua durante toda a tarde no edifício da Alfândega, com desfiles presenciais do jovem designer João Sousa (14h00), no espaço Bloom, seguido pelo desfile presencial e em formato vídeo do designer David Catalán (15h00), e depois o desfile presencial de Vírus e Carolina Sobral (16:00), no espaço Bloom.

A designer Katty Xiomara apresenta a sua nova coleção às 17h00 num modelo de desfile presencial e em vídeo, seguida pelo desfile também presencial do criador Estelita Mendonça (18h00).

O primeiro dia da 47.ª edição do Portugal Fashion encerra com o desfile da marca portuguesa Ernest W. Baker — estreante no Portugal Fashion —, que fez parte, em julho, do calendário oficial da Semana de Moda de Paris, e está à venda em Itália, Canadá, Japão, Hong Kong, China e Coreia do Sul

Nunca foi tão importante “proteger o talento nacional”

Para a diretora do Portugal Fashion, Mónica Neto, talvez nunca como nunca nestes 25 anos de Portugal Fashion foi tão importante “proteger o talento nacional”. “Não me parece que haja melhor maneira do que esta de assinalar o 25.º aniversário”, considerou.

O segundo dia do Portugal Fashion vai ter como “cabeça de cartaz” o desfile do ‘designer’ Miguel Vieira, que vai acontecer a partir das 20h30 no café Vogue, junto à Praça Filipa de Lencastre e à Avenida dos Aliados.

Ainda no dia 16 de outubro estão previstos decorrer os desfiles presenciais de Inês Torcato (15h00), de Maria Gambina (17h00) e da marca Pé de Chumbo (18:00), na Alfândega.

A designer Susana Bettencourt estará no Hotel Neya às 12:00 para se apresentar via digital e por marcação. A marca de joias Together We Stand apresenta os seus novos trabalhos pelas 12:30, também no Neya Porto Hotel, via digital e por convite.

O último e terceiro dia da 47.ª edição do PF termina na Alfândega do Porto com os desfiles presenciais da dupla de ‘designers’ Alves/Gonçalves (20:00), Luís Onofre (18:00), Hugo Costa (15:00), Júlio Torcato (14:00) e Alexandra Moura (12:30).

Para amortecer os efeitos da crise sanitária e económica na fileira da moda, o Portugal Fashion destaca três iniciativas direcionadas para a promoção de vendas e a dinamização de negócios, designadamente o protocolo com a Câmara Municipal do Porto, acordos com plataformas de e-commerce e a parceria com a Lupabiológica.

O Portugal Fashion e a Câmara Municipal do Porto assinaram um protocolo que define o “apoio institucional” da autarquia ao evento, garantindo recursos acrescidos para reforçar a posição daquela organização no ecossistema de moda nacional e internacional, fortalecendo “dinâmicas da cidade/região enquanto hub de inovação, empreendedorismo, manufatura, exportações, criatividade e cultura”, explica a estrutura.

A 46.ª edição, em março, foi interrompida, no âmbito da prevenção da pandemia de covid-19.

O Portugal Fashion é um projeto da responsabilidade da Associação Nacional de Jovens Empresários, que conta com o apoio dos seus parceiros estratégicos e é cofinanciado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, com fundos provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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