Rui Rio diz que a app StayAway devia ter alertado para o coronavírus. É mesmo assim?

O presidente do PSD criticou a aplicação StayAway Covid por não o ter alertado de que António Lobo Xavier estava infetado com Covid-19 no Conselho de Estado da semana passada. O que falhou?

“Uma vez que estive na reunião do Conselho de Estado, a aplicação StayAway Covid devia-me ter alertado. E não alertou.” O comentário partiu do presidente do PSD, Rui Rio, depois de se saber que um dos conselheiros de Estado presentes no encontro da semana passada foi depois diagnosticado com Covid-19.

A consideração do líder da oposição causou polémica e levanta duas questões. A aplicação de rastreio devia mesmo ter emitido um alerta de exposição à Covid-19? E o que significa o facto de não o ter feito, como revela Rui Rio?

Respondendo ao primeiro ponto: não necessariamente. Apesar de ter sido feita para detetar o máximo de possíveis contágios por Covid-19, recorrendo a informação da proximidade entre dispositivos, importa não esquecer que a StayAway Covid é de uso voluntário. Por esse motivo, não pode ser garantia de que todos os contactos entre o utilizador e pessoas entretanto diagnosticadas motivam um alerta.

Imaginemos o caso do Pedro e do João. O Pedro não usa a aplicação StayAway, mas o João sim. O Pedro e o João encontram-se para beber café e pôr a conversa em dia. Dias depois, o Pedro é diagnosticado com o novo coronavírus. Neste caso, o João nunca poderia ser alertado pela aplicação, pois não haveria registo desse contacto.

Num outro cenário, mesmo que o Pedro usasse a aplicação, tal não seria garantia de que o João seria alertado para o facto de ter estado próximo de alguém com Covid-19. Isso aconteceria apenas se o Pedro, enquanto utilizador da StayAway, introduzisse na aplicação o código de 12 dígitos que lhe foi, eventualmente, entregue pelos médicos aquando do diagnóstico.

Há ainda a hipótese de o Pedro e o João não terem estado suficientemente próximos para o contacto ser detetado pela StayAway e considerado “de risco”. Para tal, o Pedro e o João teriam de estar a menos de dois metros de proximidade durante, pelo menos, 15 minutos.

Em todos os casos, sendo alertado, o João saberia apenas que esteve perto de uma pessoa com Covid-19 nos últimos dias. Não receberia informação nem da identidade, nem do momento em que se deu esse contacto (dados que, aliás, também não são recolhidos pela StayAway Covid, asseguram os promotores e o Governo).

Como tem vindo a apontar o INESC TEC, que promoveu o desenvolvimento da aplicação, haveria outras formas de a tornar muito mais eficaz. Uma app que recorresse ao GPS dos telemóveis, e que obrigasse ao reporte de todos os casos de Covid-19 encontrados no país, seria muito mais eficaz a quebrar cadeias de transmissão. No entanto, tal não é sequer desejável, nem seria legalmente possível, visto levantar sérias dúvidas do ponto de vista da privacidade dos cidadãos.

E com isto se explica também o significado de Rui Rio não ter sido alertado para a exposição à Covid-19 na reunião do Conselho de Estado, como afirmou no Twitter. Ou António Lobo Xavier (o conselheiro que testou positivo à Covid-19) não tinha a aplicação; tendo, não introduziu o código; tendo introduzido o código, não houve proximidade suficiente a Rui Rio para ser considerado um contacto de risco.

Entretanto, como noticiou o ECO, o comentário do presidente do PSD mereceu resposta da equipa que desenvolve a aplicação: “A StayAway Covid alerta-o apenas se a pessoa infetada 1) tinha a aplicação ativa, 2) esteve a menos de dois metros de si por mais de 15 minutos. 3) tiver recebido do médico um código aquando o diagnóstico positivo, e 4) tiver inserido esse código na aplicação.”

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Ministra das Finanças de Angola abre conferência dos supervisores de seguros

  • ECO Seguros
  • 6 Outubro 2020

A Associação dos Supervisores de Seguros Lusófonos (ASEL) realiza em Lisboa a 14ª conferência anual em conjunto com a ASF. Será virtual e tem cibersegurança, catástrofes e pandemia como temas.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) em parceria com a Associação de Supervisores de Seguros Lusófonos (ASEL), vai realizar, no próximo dia 8 de outubro, a XXIV Conferência Internacional da ASEL, na qual serão debatidos dois temas principais: “Impacto dos riscos cibernéticos no setor segurador” e “Riscos catastróficos/pandemia COVID-19”.

A sessão de abertura da conferência estará a cargo da Presidente da ASF, Margarida Corrêa de Aguiar, e da Ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa.

O impacto dos riscos cibernéticos no setor segurador será o primeiro tema abordado na Conferência que contará com os contributos de Lino Santos, Coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança e de Rui Shantilal, Managing Partner e co-fundador da INTEGRITY, que farão uma caracterização e uma avaliação dos principais riscos e ciber-ameaças para a atividade seguradora.

Constantino Sakellarides, académico e investigador na área das políticas e serviços de saúde, abre o segundo painel com uma apresentação sobre a evolução da pandemia numa perspetiva científica, seguindo-se uma intervenção de Matthias Marwege, Divisional Director for Iberia and Latin America and Caribbean da Munich RE, sobre o impacto dos riscos catastróficos / pandemia COVID-19 na atividade seguradora.

São membros efetivos da ASEL a ARSEG – Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros, SUSEP – Superintendência de Seguros Privados (Brasil), Banco de Cabo Verde, Autoridade Monetária de Macau, Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Banco Central de S. Tomé e Príncipe e Banco Central de Timor-Leste. É membro observador a Direção-Geral de Supervisão de Atividades Financeiras e de Seguros do Ministério da Economia e Finanças da Guiné-Bissau.

Atendendo às circunstâncias impostas pela pandemia e pela necessidade de adoção de medidas de contenção para limitar a propagação da COVID-19, a conferência decorrerá em formato presencial apenas para os oradores, no auditório da ASF em Lisboa, e em videoconferência para os convidados, sendo transmitida em direto através do site da ASF .

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Tempestade Alex provoca mil milhões de prejuízo em França

  • ECO Seguros
  • 6 Outubro 2020

Após danos provocados por chuvas torrenciais e ventos muito fortes em França, a federação de seguros afirma que, face à catástrofe, as companhias estão mobilizadas e vão acelerar indemnizações.

A região francesa dos Alpes Marítimos e parte do norte de Itália foram fortemente fustigados por intensa chuva da tempestade Alex que, na última semana, provocou vítimas mortais e dezenas de pessoas desaparecidas em resultado de inundações e violentas correntes em linhas de água, aluimentos de terra, árvores arrancadas e destruição de diversas infraestruturas, em particular em França.

De acordo com estimativa adiantada pela Saretec, empresa especialista na modelação de danos causados por eventos de grande dimensão, uma aproximação preliminar dos estragos da catástrofe, que também varreu parte da região oeste de França ascende, por enquanto, a 20 milhões de euros abrangendo cerca de 7800 edifícios afetados pela borrasca.

Nos Alpes-Maritimes, o efeito da tempestade terá sido ainda mais grave. Éric Ciotti, deputado pelo departamento que confina com parte da Itália e, mais a norte, com a Suíça (Hautes Alpes-Maritimes), adiantou que o custo de reconstrução de equipamentos públicos destruídos pela tempestade rondará 1000 milhões de euros, segundo avaliação das equipas de engenheiros que visitaram a zona.

Declarada situação de catástrofe pelo Governo francês, a federação francesa de seguradoras (FFA) já afirmou que o setor fará tudo para acelerar os procedimentos de indemnização aos sinistrados titulares de apólices de seguro. Em nota divulgada na página eletrónica da federação, Florence Lustman, presidente da FFA, recorda que “todos os contratos de seguro de bens (multirrisco habitação, multirrisco empresas, …) comportam obrigatoriamente a garantia de catástrofes naturais”, e precisa ainda que “o estado de catástrofe natural foi decretado por despacho ministerial”, lê-se na nota publicada na página eletrónica da federação.

Uma semana antes, outras regiões de França foram também varridas pelo mau tempo, igualmente causador de danos materiais. No seguimento destes eventos extremos, o Presidente Emmanuel Macron agendou para esta semana uma visita à região dos alpes marítimos.

Citado no site L’Argus de L’Assurance, Jean-Vincent Raymondis, diretor-adjunto da Saretec, afirma que o aparecimento de eventos como estes questiona a gestão de riscos e a sua previsibilidade, sendo necessário adaptar as ferramentas de previsão meteorológica. “Mais do que a recorrência dos fenómenos climáticos, o que vai mudando é a intensidade, localização e a sua natureza”, afirmou Raymondis.

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Francisco Assis: “Temos de refletir sempre sobre a sustentabilidade da Segurança social”

  • ECO Seguros
  • 6 Outubro 2020

O presidente do Conselho Económico e Social afirmou em webinar da APS que a sustentabilidade financeira e social do Estado- providência tem de estar sempre em escrutínio.

A Associação Portuguesa de Seguros (APS) realizou o webinar “Demografia, Pensões e Poupança para a Reforma”, apresentando os resultados de um estudo europeu de pensões realizado pela Insurance Europe, uma federação que reúne 37 associações de seguros de estados europeus.

Debate Poupança e Pensões: Maria João Valente Rosa, socióloga, Francisco Botelho, moderador ECOseguros, Galamba de Oliveira, presidente da APS, Francisco Assis, presidente do CES, Fernando Alexandre, economista, Margot Jilet, Insurance Europe e Nelson Machado, grupo Ageas.

A iniciativa contou com a intervenção de Francisco Assis, Presidente do Conselho Económico e Social, Margot Jilet Vesentini, Policy Advisor Pensions, Insurance Europe e como oradores Maria João Valente Rosa, Professora do Departamento de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa, Fernando Alexandre, Professor de Economia, Universidade do Minho e Nelson Machado, CEO Ocidental e Ageas Vida e Pensões e Presidente da Comissão Técnica Vida – APS.

Após uma exposição de Margot Jilet Vesentini, especialista em pensões da Insurance Europe, sobre os resultados dos portugueses no estudo europeu de pensões que inquiriu, mais de dez mil pessoas, sobre a sua opinião sobre poupança e pensões, Francisco Assis comentou que o facto 53% dos portugueses afirmarem não ter capacidade financeira de poupar para a reforma se deve às fracas disponibilidades financeiras e não a uma razão cultural. Assis lembrou o fraco crescimento da economia portuguesa nos últimos 20 anos e que os baixos salários e problemas de produtividade colocam a falta de poupança como um problema estrutural da economia portuguesa. Defendendo o Estado Providência, instou a que exista discussão permanente sobre a sustentabilidade da segurança social a nível financeiro e social “sem tabus nem receios“.

Para Maria João Valente Rosa “a causa do envelhecimento populacional é o desenvolvimento económico”, que causou baixos níveis de natalidade e baixos níveis de mortalidade, disse. Indicou que 89% dos portugueses com mais de 65 anos sobrevive graças a transferências sociais. A socióloga concluiu que a demografia não é culpada pela insustentabilidade do atual sistema de reformas, “as sociedades é que não de adaptaram à evolução demográfica”, revelando que uma criança que um português que nasce hoje tem 50% de probabilidades de viver mais cem anos.

O economista Fernando Alexandre, relacionou o comportamento dos portugueses com diferentes momentos, “numa sociedade em crescimento económico as pessoas tendem a poupar menos” e referiu ainda que 20% dos portugueses são detentores de 40% das poupanças e que a distribuição de riqueza no país é muito desigual e resulta de décadas “ou talvez séculos” de desigualdades. Chamou a atenção ao setor segurador que tem um “papel fundamental na captação de poupanças e fixá-las para investimento em Portugal”, contribuindo para os co-financiamentos que serão necessários para utilizar os fundos europeus que estão destinados a Portugal pela União Europeia nos próximos seis anos.

Nelson Machado chamou a atenção para a necessidade da educação para a poupança e literacia financeira que faltam em Portugal: “Há uma baixa perceção das pessoas sobre qual vai ser o seu gap entre salário e reforma quando chegar a altura”. Com expectativa muito positiva em relação ao PER, o novo PPR europeu, comentou e apelou a uma intervenção estatal no estímulo a constituição de fundos de pensões por empresas, salientando sempre que há uma mentalidade a mudar, a ideia que “poupar não é divertido, é uma coisa que só os chatos fazem”, ironizou.

José Galamba de Oliveira, presidente da APS, inaugurou e encerrou a sessão que resultou da análise do estudo promovido pela Insurance Europe.

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Wall Street cai mais de 1% após Trump cancelar negociações de novos estímulos

Presidente americano suspendeu as negociações com os democratas em torno de uma nova ronda de estímulos para fazer face à crise pandémica até às eleições. Bolsas em Nova Iorque em correção acentuada.

As bolsas norte-americanas fecharam a cair mais de 1% depois de o Presidente norte-americano ter cancelado as negociações com os democratas em torno de um novo pacote de estímulos para fazer face à crise provocada pela pandemia. Donald Trump só pretende retomar conversas depois das eleições.

“Dei instruções para os meus representantes pararem as negociações até depois das eleições, quando, imediatamente depois de minha vitória, aprovaremos um grande pacote de estímulos que irá focar-se no trabalhadores americanos e nas pequenas empresas”, anunciou o Presidente dos EUA no Twitter.

Wall Street chegou a perder mais de 2%, mas aligeirou as perdas. Ainda assim, o S&P 500 cedeu 1,40% para 3.360,97 pontos, ao mesmo tempo que o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones caíram 1,57% e 1,34%, respetivamente.

“Os investidores estão focados em qualquer tipo de estímulos que possam ter. A Reserva Federal está basicamente a dizer que terminou o seu papel, que não há muito mais a fazer e que os mercados financeiros estão a funcionar, e que agora cabe aos legisladores dar o próximo passo”, referiu Paulo Nolte, da Kingsview Investment Management, citado pela Reuters.

(Notícia atualizada às 21h27 com cotações de fecho)

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Maioria dos trabalhadores receia perder flexibilidade no pós-pandemia, revela estudo

  • Trabalho
  • 6 Outubro 2020

Num cenário de incerteza devido à pandemia, a prioridade para a maioria dos trabalhadores é manter o emprego, mas a maior parte receia perder flexibilidade, revela estudo da Manpower.

Devido à crise causada pela pandemia, a maioria dos trabalhadores está preocupada em manter o seu emprego e cuidar da sua saúde mental. Apesar disso, na maior parte dos casos, estes profissionais receiam perder benefícios — como a flexibilidade —, que surgiram durante o confinamento, e que a longo prazo poderão trazer vantagens. Estas são algumas conclusões do estudo “Flexibilidade, modelos híbridos e mais confiança: a visão dos trabalhadores para o Futuro do Trabalho”, da ManpowerGroup, que reuniu respostas de 8.000 trabalhadores em França, Alemanha, Itália, México, Singapura, Espanha, Reino Unido e EUA.

A maioria dos trabalhadores acredita que a Covid-19 marca o início do fim do trabalho a tempo inteiro no escritório. De acordo com o inquérito, são os jovens e, em particular, os homens, quem se sente positivo no regresso aos escritórios.

Flexibilidade precisa-se

Além da saúde e da manutenção do seu posto de trabalho, os trabalhadores mostram-se preocupados com a possibilidade de perderem a flexibilidade conquistada nos últimos meses. Cerca de 43% dos participantes consideram que o horário de trabalho convencional está ultrapassado e a maioria quer mais equilíbrio entre emprego e vida pessoal.

O estudo identifica três grandes prioridades dos colaboradores no “novo normal”: a autonomia, através do recurso a um modelo híbrido que contemple a possibilidade de trabalhar remotamente dois ou três dias por semana; o desenvolvimento de competências; e a conciliação entre a vida pessoal e profissional a longo prazo.

“A evolução que já observávamos nas preferências e ambições dos trabalhadores está agora a desenrolar-se a um ritmo muito mais acelerado, e esta é uma extraordinária oportunidade para as empresas redefinirem as suas estratégias de talento e construírem de raiz um modelo melhor para todos. Flexibilidade, confiança e transparência, colaboração e desenvolvimento dos colaboradores são prioridades, já hoje e para o futuro”, refere Rui Teixeira, chief operations officer do ManpowerGroup Portugal, citado em comunicado.

Jovens são os que mais querem regressar ao escritório

A maioria dos trabalhadores, 94%, revela apreensão com o regresso ao local de trabalho, mas a forma como este é encarado difere segundo a geração e o género. Neste campo, a Geração Z — jovens nascidos entre meados dos anos 90 e 2010 é a que mais deseja voltar para desenvolver a sua carreira e socializar (51%), enquanto os millennials são os menos positivos (38%). A Geração X valoriza o trabalho presencial para se concentrar, longe das responsabilidades domésticas, e os boomers apontam a socialização e a colaboração com os colegas (34%) como o principal motivo para regressar ao escritório.

A análise por género indica que quase metade dos homens questionados (46%) se sentem positivos em relação ao regresso ao escritório, mas o número desce para um terço no caso das mulheres (35%), sendo que ambos os géneros consideram a ausência de deslocações e a maior flexibilidade de horários para trabalhar como os maiores benefícios de trabalhar em casa.

Quanto aos pais que trabalham, os homens com filhos apontam a possibilidade de passar mais tempo com a família como a grande vantagem do teletrabalho. Já as mulheres encaram o retorno ao local de trabalho com mais apreensão, sendo que esta preocupação aumenta quanto menor for a idade dos filhos: 61% no caso das mães com crianças entre os 0 e os 5 anos; 53% para crianças de 6 a 17 anos e 50% para maiores de 18 anos.

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Marcelo quer novo presidente do TdC “na mesma linha” de Vítor Caldeira

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

Presidente da República considera que Vítor Caldeira foi um "ótimo" presidente do Tribunal de Contas e espera que o Governo proponha um novo nome "na mesma linha", com o "mesmo grau de exigência".

O Presidente da República considera que Vítor Caldeira foi um “ótimo” presidente do Tribunal de Contas e aguarda agora que o primeiro-ministro proponha um substituto dentro “da mesma linha” e “exatamente com o mesmo grau de exigência”. “Foi um ótimo presidente do Tribunal de Contas, elogiei-o várias vezes”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa ao jornal Expresso (acesso pago).

Questionado esta terça-feira sobre a não renovação do mandato de Vítor Caldeira à frente do Tribunal de Contas, que terminou a 30 de setembro, António Costa afirmou que o Governo e o Presidente da República fixaram o critério de não haver renovação de mandato para cargos de natureza judiciária, aplicando-se tanto ao presidente Tribunal de Contas como ao Procurador-Geral da República (PGR).

Isto depois da polémica que se gerou depois da notícia do Sol de que o primeiro-ministro telefonou a Vítor Caldeira para lhe informar sobre a não renovação do mandato, numa altura em que o Tribunal de Contas tem sido bastante crítico de algumas opções do Governo.

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LV= está em negociações exclusivas com Bain Capital

  • ECO Seguros
  • 6 Outubro 2020

A Royal London era apontada pela imprensa como parte interessada e envolvida nas negociações para uma fusão com a LV= que, em 2019, vendeu o controlo de negócio de seguros gerais à alemã Allianz.

O Conselho de Administração (CA) da Liverpool Victoria Financial Services Ltd, também conhecida no mercado segurador pela marca LV=, anunciou que está em negociações exclusivas para “potencial transação envolvendo a Bain Capital,” revelou a instituição numa breve nota ao mercado.

Reiterando ideia já formalizada em comunicado anterior, após a venda dos seguros gerais à Allianz (em maio de 2019), a instituição afirma que “o CA da LV= está empenhado em maximizar o valor de longo prazo da companhia em benefício dos seus membros, assegurando também que a entidade continuará a assegurar os melhores interesses dos seus associados,” concilia a administração da antigamente designada Liverpool Victoria Friendly Society.

As conversas entre a seguradora LV= e a Bain Capital, uma das gigantes norte-americanas de private equity (sociedade de capital privado dedicada a investimento), estão a decorrer e não existe certeza de que resultem em algum acordo de negócio, nem quanto aos termos em que a eventual transação se poderá realizar, conclui a informação à London Stock Exchange (LSE), a bolsa londrina.

O anúncio de negociações com a Bain Capital surge dias depois de especulações na imprensa britânica, adiantando que a LV= se encontrava a falar com interessados e que, além da Bain, a Royal London seria potencial candidata a uma fusão-aquisição com a LV=. No caso de hipotética combinação com a Royal London, a operação daria origem a uma mútua de seguros e pensões com cerca de 10 milhões de associados.

No arranque da última semana de setembro, a imprensa britânica especulava sobre a possível venda da LV=, também conhecida por Liverpool Victoria Financial Services, uma mútua histórica nascida em Liverpool e sediada em Londres desde 1930 e alicerces em seguros, planos de poupança e reforma.

As referências, pela cadeia Sky News e, separadamente, pelo jornal Financial Times (FT), adiantavam que as conversações para a possível venda da LV= estavam em curso e que o anúncio de uma operação estaria iminente. Enquanto a Sky identificava o grupo Royal London Mutual Insurance como potencial comprador, a notícia do FT referia que a entidade alvo mantinha negociações com várias partes interessadas, esperando-se que ao longo da semana a LV= assumiria, pelo menos, a existência desses contactos. A existência de contactos acabaria por se confirmar, a meio da semana, mas sem identificação dos pretendentes.

A meio de junho último, a LV= reagiu em comunicado a notícias no mesmo sentido. Nessa altura, a companhia já assumia que dispunha de várias opções estratégicas e não excluía a possibilidade de uma transação, mas nada estava decidido.

O grupo de natureza mutualista que, no início de 2020, alterou a forma jurídica para se constituir como sociedade mútua de responsabilidade limitada (Liverpool Victoria Financial Services Limited), vendeu a titularidade dos restantes 30% do negócio de seguros gerais à Allianz SE, em 2019. Antes desta operação a LV= geria uma carteira com mais de cinco milhões de clientes, dos quais 1,25 milhões são sócios da mutualidade e muitos têm direito a parte dos rendimentos da LV=. Por isso, seriam contemplados com o encaixe de uma eventual venda.

A LV=, cujas raízes históricas remontam ao mutualismo britânico do século XIX, registou lucro de 15 milhões de libras esterlinas (antes de impostos) em 2019, sobre receita de 1,8 mil milhões de libras e gerindo ativos estimados em 14 mil milhões de libras esterlinas (mais de 15 mil milhões de euros), após a venda dos seguros gerais.

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Furto de automóveis cresce mais no Porto do que em Lisboa. PSP cria unidade especial

  • ECO Seguros
  • 6 Outubro 2020

O valor comercial dos carros desviados por redes criminosas subiu de oito milhões para 8,7 milhões de euros. A média nacional de furtos avançou quase 10%, sendo de nove veículos/dia, segundo a PSP.

O número de carros furtados em Portugal está a aumentar e a área do Grande Porto está no topo da lista negra de veículos roubados, que são cada vez mais valiosos. Os números de furto e de recuperação de carros furtados em Portugal têm vindo a aumentar desde há dois anos, atingindo cerca de 270 veículos roubados por mês, referiu o ECO na ronda diária pela imprensa escrita.

De acordo com dados estatísticos da PSP citados pelo Jornal de Notícias, o número médio de furtos de automóveis passou de oito, um ano antes, para nove veículos por dia no primeiro trimestre deste ano em Portugal. “Verificamos um aumento do número de crimes de furto de veículo motorizado e roubo de viatura na ordem dos 9,4%, comparativamente com os dados do primeiro trimestre de 2019. O valor total atribuído aos furtos e roubos de viaturas denunciados no primeiro trimestre de 2020 aumentou cerca de 9,8 %, relativamente ao verificado em 2019″, explicou fonte da PSP citada pelo JN.

A mesma tendência foi registada de 2018 para 2019, passando de 6281 desvios de veículos para 6346. No mesmo período, o número de carros recuperados pela PSP subiu de 3338 veículos para 3542.

As áreas do Porto e de Lisboa são aquelas onde se regista maior número de furtos. Em 2018, foram roubados 1560 veículos no Grande Porto e 1275 na capital. No ano seguinte, registaram-se 1572 furtos no Norte e 1240 na área do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa – ou seja, mais 332 carros.

Nos primeiros três meses de 2020, só na região Grande Porto, foram furtados 541 carros, mais 21 do que no mesmo período do ano passado. Na região de Lisboa, o número caiu de 484, um ano antes, para 468 em janeiro, fevereiro e março de 2020.

Na maior parte dos casos, os veículos são levados por redes criminosas e depois desmantelados, para abastecerem o mercado de venda de peças usadas, ou são simplesmente falsificados, “passando a circular como se fossem veículos genuínos”, refere o JN.

Para travar este tipo de criminalidade, a PSP criou uma equipa especial (em outubro de 2019), denominada UNICA (Unidade Nacional de Investigação da Criminalidade Automóvel), que aposta na análise criminal e nas mais recentes técnicas forenses.

Além de concentrar informação dos roubos, esta equipa de polícia tem equipamento que permite perceber, de forma rápida, se um carro foi viciado. Outra aparelhagem faz a análise do local onde tudo aconteceu o que facilita as investigações e a identificação dos autores do crime.

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Governo alerta que burocracia pode dificultar uso dos fundos europeus

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

Ana Paula Zacarias, secretária de Estado dos Assuntos Europeus, disse no Parlamento que um esquema muito burocrático de controlo do uso dos fundos da UE pode "inviabilizar" a sua aplicação.

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus alertou que “um esquema muito burocrático” de controlo da utilização dos fundos europeus “pode inviabilizar que sejam efetivamente despendidos” nos apertados prazos previstos.

“Os fundos têm que ser geridos com transparência [e] com uma capacidade de boa utilização. Acho que estamos todos de acordo com isso, absolutamente de acordo. […] Mas isso não pode significar que ficamos embrulhados num conjunto de decisões que depois impedem que haja um efeito prático destes fundos”, disse Ana Paula Zacarias na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, que respondia ao deputado Sérgio Marques (PSD).

Ana Paula Zacarias frisou que as verbas a disponibilizar pelo Fundo de Recuperação da União Europeia (UE) têm “uma duração relativamente curta”, em que “tudo tem que estar implementado até 2026 e, neste bloco inicial, até 2022”, salientado a importância de “todo o mecanismo que a União Europeia está a pôr em cima da mesa para a verificação dos fundos que são distribuídos no quadro do Next Generation”, o fundo de recuperação.

O deputado Bruno Dias (PCP) apontou na sua intervenção que “o problema” na gestão dos fundos europeus “é a profunda burocracia” da UE que, considerou, “não se traduz de modo nenhum em mais transparência”. A secretária de Estado admitiu essa complexidade, mas frisou que “as regras são tão complexas exatamente para responder a acusações falta transparência, corrupção ou má utilização”, mas salientou um relatório do Tribunal de Contas europeu de 2019 segundo o qual “não eram generalizados os erros […] e que o nível de irregularidades tem vindo a diminuir ao longo tempo”.

“Temos de encontrar um justo equilíbrio entre a necessidade de implementação dos fundos e a questão da luta pela transparência”, defendeu. “Não podemos ter um esquema muito burocrático aqui, outro na UE, e com isto inviabilizar que os fundos sejam efetivamente despendidos”, acrescentou.

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Michelle Obama diz que Trump é racista e semeia “o medo e a confusão”

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

A ex-primeira-dama dos EUA, Michele Obama, criticou Donald Trump, acusando o presidente norte-americano de ser “racista” e semear o “medo e a confusão”.

A ex-primeira-dama Michele Obama criticou Donald Trump, acusando o presidente norte-americano de ser “racista” e semear o “medo e a confusão”.

“O que o presidente está a fazer é claramente errado, é moralmente errado e, sim, é racista”, disse Michele Obama, referindo-se à onda de manifestações contra a violência policial, que Donald Trump classificou como “terrorismo interno”.

Algumas das manifestações antirracistas desencadeadas pela morte de George Floyd transformaram-se em motins, nomeadamente após a intervenção de milícias da extrema-direita.

“Apenas em uma pequena parte das manifestações houve violência”, afirmou a ex-primeira-dama, numa mensagem vídeo em que apela aos norte-americanos para se mobilizarem em torno do candidato democrata Joe Biden. Biden, disse Michele Obama, é um líder que tem “o coração, a experiencia e o temperamento necessários para nos conduzir” a América a “melhores dias”.

Perante as “mentiras” de Donald Trump e as “conspirações repetidas continuamente”, até “as pessoas razoáveis podem ter medo”, acrescentou, salientando que “a única coisa em que este Presidente é bom é em usar o medo, a confusão, e a espalhar mentiras para vencer”.

No final de agosto, na convenção republicana, Donald Trump disse que se “a esquerda chegar ao poder, vai acabar com os subúrbios residenciais”, acusando os democratas de defenderem “os anarquistas, agitadores, desordeiros” e aqueles que “queimam a bandeira”.

“Imaginem o que é estar sob suspeita desde o dia em que nasceram só por causa da cor da pele”, argumentou a mulher do primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos da América, numa mensagem dirigidas aos indecisos para as eleições que se realizam no início de novembro. “Racismo, medo, divisão. Essas são armas poderosas que podem destruir uma nação se não os atacarmos pela frente”, sustentou.

As eleições para a presidência norte-americana estão marcadas para 03 de novembro e opõem o candidato democrata Joe Biden ao candidato republicano e atual Presidente, Donald Trump.

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AdC chumba compra do Grupo Fundão pela Transdev

O regulador da Concorrência proibiu a compra do Grupo Fundão pela Transdev, por considerar que o negócio eliminaria a concorrência nos transportes de passageiros na região centro.

A Autoridade da Concorrência (AdC) chumbou a compra do grupo Fundão pela Transdev, considerando que a transação tinha “potencial para eliminar a concorrência na região centro de Portugal”. O negócio, através da Rodoviária da Beira Interior, envolvia também as concessões de serviço público detidas pela Transerramar e Auto Transportes do Fundão.

“A AdC concluiu que a aquisição resultaria na eliminação da concorrência pelas futuras concessões ou contratos para a prestação de serviços de transporte público, com claros prejuízos para os consumidores e para as entidades adjudicantes”, informa o regulador num comunicado.

Após investigação aprofundada à operação, a entidade presidida por Margarida Matos Rosa entende que as duas empresas teriam tendência a “limitar a entrada de outros operadores nos futuros procedimentos concursais para a exploração do serviço de transporte público de passageiros por via rodoviária” nas regiões em causa.

Segundo o regulador, “a AdC recolheu as opiniões de interessados no mercado, nomeadamente os municípios envolvidos, que, de forma geral, manifestaram preocupação com os resultados da operação”. Além disso, os dois grupos “não apresentaram quaisquer compromissos que permitissem eliminar as preocupações identificadas”, conclui a AdC.

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