Lisboa acompanha Europa. Setor energético puxa pelo PSI-20

Investidores estão a reagir positivamente à recuperação do presidente dos EUA, que está infetado com Covid-19. Na praça nacional, os títulos ligados ao setor energético puxam pelo PSI-20. 

Lisboa está a valorizar, acompanhando a tendência de positiva sentida na Europa, depois de Donald Trump ter regressado à Casa Branca onde continuará a receber tratamento para a Covid-19. Na praça nacional, os títulos ligados ao setor energético puxam pelo PSI-20.

Na Europa, o Stoxx 600 valoriza 0,2%, enquanto o francês CAC-40 ganha 0,2% a par com o alemão DAX, o britânico FTSE 100 avança 0,1% e o espanhol Ibex-35 valoriza 0,3%, animados pela recuperação do presidente norte-americano Donald Trump que está de regresso à Casa Branca, depois de ter sido hospitalizado por precaução por estar infetado com a Covid-19.

Lisboa acompanha o sentimento vivido na Europa, negociando acima da linha de água. O PSI-20 avança 0,21%, para 4.144,490 pontos. A puxar pelo índice de referência nacional estão as cotadas ligadas ao setor energético.

A Galp Energia avança 0,83% para os 8,3040 euros, depois do disparo de 5% na sessão anterior. Segue a tendência do petróleo nos mercados internacionais: o Brent, de referência europeia, avança 0,85% para os 41,64 dólares, ao passo que o WTI está a subir 0,74% para os 39,51 euros, em Nova Iorque.

A EDP soma 0,73% para 4,2730 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis ganha 0,68% para 14,82 euros. Ao mesmo tempo, a REN valoriza 0,63% para 2,3950 euros.

Entre os “pesos pesados” da praça nacional, as ações da Nos avançam 0,45% para 3,1180, depois de ter arrancado a sessão no “vermelho”. Nota positiva ainda para os títulos ligados ao setor da pasta e papel, com a Semapa a avançar 0,80% para os 7,56 euros e a Navigator soma 0,57% para os 2,1320 euros.

Em contraciclo, a impedir um ganho mais expressivo do PSI-20 estão as ações da Jerónimo Martins, cujos títulos recuam 0,25% para os 14,2250 euros, bem como os do BCP, a desvalorizar 0,13% para 7,88 cêntimos, depois de ter arrancado a sessão a subir cerca de 0,25%.

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Energias renováveis já custaram 11 mil milhões às famílias portuguesas

Está ainda por pagar uma dívida acumulada com a chamada Produção em Regime Especial no valor de 2,4 mil milhões de euros, mostram os números da ERSE.

Em 2020, mais de um terço do valor que as famílias pagam todos os meses na sua fatura de eletricidade diz respeito aos custos de interesse económico geral (CIEG). De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), estes custos pesam assim 37% nos preços pagos pelos clientes, com a maior fatia de todas (26,7%) a dizer respeito ao sobrecusto com a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Só nos últimos oito anos, os portugueses já pagaram nas suas faturas quase 11 mil milhões de euros por causa deste sobrecusto revelou a ERSE ao ECO/Capital Verde: “O valor total (juros e amortizações) incorporado nas tarifas desde 2012 (o primeiro ano em que parte do sobrecusto da Produção em Regime Especial (PRE) [renováveis] foi adiado ao abrigo da legislação atualmente em vigor) corresponde a cerca de 10.756 milhões de euros”, esclarece fonte da ERSE.

No entanto, sublinha o regulador, este valor deverá ser muito mais elevado, já que “desde o primeiro ano para o qual a ERSE definiu tarifas, 1999, as tarifas de acesso incorporam valores de sobrecusto de PRE”. Este sobrecusto diz respeito ao diferencial do custo da energia adquirida a produtores em regime especial com tarifa fixa, “baseado em acordos estabelecidos no passado quando a energia elétrica estava muito mais cara antes da crise financeira de 2008”, explica Pedro Amaral Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

Em 2019 os consumidores domésticos saldaram 1,3 mil milhões de euros relativos ao sobrecusto com as renováveis, e mais 1,2 mil milhões em 2020. Apesar disso, neste momento está ainda por pagar uma dívida acumulada com a chamada Produção em Regime Especial (PRE) no valor de 2.374 milhões de euros, mostram os números da ERSE.

Tendo em conta este valor acumulado e “os efeitos adversos da crise pandémica”, que impactaram as variáveis tidas em conta no cálculo das tarifas de eletricidade — consumo de eletricidade, preços da energia primária e preços da eletricidade nos mercados grossistas –, o Governo decidiu autorizar a ERSE a adiar os custos com renováveis e assim travar a subida do preço da eletricidade. O objetivo é minimizar as consequências da pandemia de Covid-19 nas faturas dos cidadãos e das empresas.

Em pleno cenário de pandemia, a queda abrupta no consumo de eletricidade em 2020 levou a uma descida dos preços nos mercados grossistas, o que aumentou ainda mais o sobrecusto com as renováveis. Já para as tarifas de energia o efeito foi positivo, com a ERSE a ditar uma descida de 3% em abril. Por outro lado, a quebra do consumo acaba por ter um efeito negativo sobre as tarifas de acesso às redes, que recuperam os custos de interesse económico geral, onde se insere o sobrecusto da PRE.

"Alteração [legislativa] permite que a ERSE possa continuar, como até agora, a proceder ao alisamento do sobrecusto da PRE pelos exercícios tarifários subsequentes (até 5 anos), evitando-se, assim, que este sobrecusto seja integralmente repercutido nas tarifas de eletricidade do próximo ano [2021].”

Ministério do Ambiente e da Ação Climática

Com todas estas “pressões adicionais e inesperadas sobre as tarifas do setor energético” previstas para os próximos anos, o mais recente diploma governamental prevê então o “prolongamento da aplicação do mecanismo de alisamento do custo da energia adquirida a produtores em regime especial”. Na prática, isto quer dizer que os sobrecustos com renováveis registados até 31 de dezembro de 2025 podem ser repercutidos de forma faseada nas tarifas ao longo dos anos seguintes.

“Atendendo ao atual contexto, é necessário prorrogar o prazo de aplicação deste mecanismo por forma a evitar uma alteração abrupta nas tarifas de acesso às redes, a qual prejudicaria a estabilidade da trajetória tarifária alcançada nos últimos anos, sem prejuízo de se manter como objetivo a eliminação da dívida tarifária no horizonte temporal mais próximo possível”, pode ler-se no Decreto-lei nº 79/2020, de 1 de outubro.

Ao ECO/Capital Verde, fonte do Ministério do Ambiente e Ação Climática explicou que “esta alteração permite que a ERSE possa continuar, como até agora, a proceder ao alisamento do sobrecusto da PRE pelos exercícios tarifários subsequentes (até 5 anos), evitando-se, assim, que este sobrecusto seja integralmente repercutido nas tarifas de eletricidade do próximo ano [2021], o que, dada a sua expressão atual, iria gerar um aumento significativo das tarifas de acesso às redes”.

Até ao próximo dia 25 de outubro a ERSE vai apresentar a proposta para os preços da eletricidade do ano seguinte, que depois é submetida ao Conselho Tarifário.

De acordo com o Governo, “este alisamento quinquenal não agrava automaticamente a dívida tarifária, havendo outros fatores que concorrem para a sua evolução, designadamente as medidas mitigadoras consignadas ao Sistema Elétrico Nacional, como por exemplo a contribuição extraordinária para o setor elétrico (CESE) e as receitas da venda de licenças de emissão de CO2)”.

A mesma fonte do MAAC esclarece ainda que a medida não tem qualquer impacto para a SU Eletricidade (ex-EDP Serviço Universal) enquanto comercializador do mercado regulado, que deverá continuar a recorrer a “operações de titularização do défice tarifário”. Em julho, a EDP acordou precisamente a venda de 23,4% do défice tarifário de 2020 relativo ao sobrecusto com a produção em regime especial, por 273 milhões de euros. Em março, tinha já anunciado a venda de 70,6% do mesmo défice tarifário – de 2020, com ajustes relativos aos dois anos anteriores, por 825 milhões de euros.

Do lado da APREN, Pedro Amaral Jorge garante que “há muita gente que quer denegrir as renováveis por via do sobrecusto que é pago como parte dos CIEG, que têm muito mais do que a PRE, têm também os contratos de aquisição de energia (CAE) e os custos de manutenção do equilíbrio contratual ( CMEC)”.

“À medida que a procura de eletricidade baixa, o mercado grossista tem aumentado a incorporação de renováveis, e isso faz com que o preço médio baixe. Ou seja, a tarifa ao cliente também baixa. Os CIEG incluem o sobrecusto da PRE, que mais não é do que o diferencial de custo baseado em acordos estabelecidos no passado quando a energia elétrica estava muito mais cara antes da crise financeira de 2008”, defende o presidente da APREN, sublinhando que as renováveis representaram quase 70% da produção em Portugal nos primeiros seis meses do ano, “o que fez com que baixasse o preço da eletricidade”.

E explica porquê: “As renováveis quando entram no mercado grossista baixam o preço médio da eletricidade, e por outro lado Portugal poupa o pagamento das licenças de emissão ao estar a produzir energia renovável em vez de fóssil. Estes dois efeitos reduzem o preço da eletricidade, mas só olham para as renováveis nos CIEG e este outro efeito positivo na fatura também tem de ser contemplado”, remata.

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Comissão Europeia está a avaliar se há auxílios de Estado no leilão do 5G

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

As dúvidas suscitadas pela Comissão Europeia partiram de uma queixa apresentada na direcção-geral da Concorrência. O objetivo é saber se o leilão do futuro 5G poderá comportar algum auxílio do Estado.

A Comissão Europeia está a avaliar se o projeto de regulamento que a Anacom apresentou para o futuro leilão do 5G poderá comportar algum tipo de auxílios de Estado que devam ser notificados por Portugal, avança o Público (acesso pago).

As dúvidas suscitadas pela Comissão Europeia partiram de uma queixa apresentada na direção-geral da Concorrência. Em causa estarão queixas de operadores de telecomunicações portugueses sobre as condições definidas pela Anacom para promover a entrada de mais empresas no mercado.

Salvo algumas exceções, quando estão em causa ajudas de Estado a determinados projetos ou entidades, os Estados-membros devem notificar previamente a Comissão para que a entidade avalie a sua compatibilidade com as regras europeias, caso contrário o país arrisca-se a ser punido. Ao Público, a secretaria de Estado das telecomunicações diz que o Executivo está “a analisar o tema, juntamente com a Anacom”.

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São roubados 270 carros por mês em Portugal

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

É no Grande Porto que se regista o maior número de furtos de automóveis. Criminosos procuram essencialmente os veículos mais valiosos.

Está a aumentar o roubo de carros em Portugal. Todos os meses são registados 270 furtos de automóveis no país, revela o Jornal de Notícias (link indisponível).

O aumento da criminalidade está a ser sentido sobretudo em relação a veículos mais valiosos, sendo que é no Grande Porto que se regista o maior número de ocorrências.

A PSP criou uma equipa especial para dar resposta ao aumento destes furtos. Está a utilizar tecnologia para combater estes criminosos, procurando travar a escalada neste tipo de criminalidade.

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Hoje nas notícias: Vistos gold, 5G e furtos de carros

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Bruxelas está a averiguar se o futuro leilão do 5G comporta algum tipo de auxílios de Estado. A marcar a atualidade nacional está a notícia de que o Governo se prepara para acabar com os vistos gold em Lisboa e Porto ainda este ano, depois de a medida ter sido adiada devido à pandemia. E os roubos de automóveis estão a aumentar, sobretudo no Porto.

Comissão Europeia está a avaliar se há auxílios de Estado no leilão de 5G

A Comissão Europeia está a avaliar se o projeto de regulamento que a Anacom apresentou para o futuro leilão do 5G poderá comportar algum tipo de auxílios de Estado que devam ser notificados por Portugal. Ao Público, a secretaria de Estado das telecomunicações diz que o Executivo está “a analisar o tema, juntamente com a Anacom”, e sublinhou que “um projeto de regulamento que tenha sido submetido a consulta pública não é um instrumento constitutivo de auxílios de Estado, porquanto não se trata de uma decisão final”. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Vistos gold acabam ainda este ano em Lisboa e no Porto

O Governo vai mesmo acabar com os vistos gold em Lisboa e Porto. A medida, que estava prevista no Orçamento do Estado para 2020 sob a forma de autorização legislativa, foi adiada por causa da pandemia, mas agora o Executivo, por instruções expressas do primeiro-ministro, que quer cumprir tudo o que foi acordado com Bloco e PCP no Orçamento deste ano, prepara-se para lhe dar seguimento. Diploma deverá estar pronto até ao final do ano. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Marcelo e Costa sob vigilância após caso de Covid-19 de Lobo Xavier

Depois de António Lobo Xavier ter testado positivo para a Covid-19 e apesar de todos os outros conselheiros que participaram na reunião do Conselho de Estado da semana passada terem testado negativo, as autoridades de saúde vão manter a monitorização por 14 dias. “O período de incubação é de dois dias. Por isso, todos os contactos, nesta reunião ou noutras que tenham acontecido desde o período estimado para a incubação do vírus, vão ser alvo de uma avaliação de risco. Poderão ficar em vigilância ativa ou não, consoante o nível de risco que for reconhecido, mas todos terão de ser monitorizadas durante 14 dias”, confirmou António Carlos Silva, delegado de saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, ao Correio da Manhã. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

 

São roubados 270 carros por mês em Portugal

Está a aumentar o roubo de carros em Portugal. Todos os meses são registados 270 furtos de automóveis no país, com o Grande Porto no topo da lista das ocorrências. Aumento da criminalidade, sentido sobretudo sobre veículos mais valiosos, levou a PSP a criar uma equipa especial com recurso a tecnologia para tentar travar estes furtos. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Exportações de calçado impermeável contrariam tendência e estão a crescer

O calçado impermeável representa já quase 3% das exportações nacionais de calçado e é mesmo a única categoria a crescer num ano marcado pela pandemia de Covid-19. Até julho, as exportações nacionais de calçado continuaram em terreno negativo, com uma quebra acumulada de 19,3%. Nesse período, Portugal vendeu 23,265 milhões de euros de calçado impermeável, mais 3,8 milhões de euros do que em igual período do ano passado. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

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Ramirez vai vender conservas na Amazon

Ramirez aposta no comércio eletrónico e prepara-se para entrar na Amazon ainda este ano. "É um player muito importante que vai abrir caminhos para potenciais consumidores", revela a empresa ao ECO.

A Ramirez, que é a mais antiga fábrica de conservas em laboração no mundo, viu no e-commerce uma oportunidade de negócio. Abriu a sua loja online no início de 2019, poucos meses depois entrou na Dott e prepara-se para entrar na Amazon ainda este ano.

“Estamos a ultimar o processo para entrar na Amazon entre outubro e novembro. A Amazon é um player muito importante que nos vai abrir caminhos para outro tipo de cliente, e é uma forma de estarmos presentes na Europa de uma forma diferenciada”, revela ao ECO, Luís Avides Moreira, adjunto da administração das Conservas Ramirez.

Para Luís Avides Moreira a entrada na Amazon vai abrir portas a outro de mercados e consumidores que caso contrário não estariam ao alcance da empresa.”Com a entrada na Amazon temos acesso a um mercado brutal de potenciais consumidores que não nos conhecem e que para nos conhecerem teríamos que fazer um investimento enormíssimo em marketing digital“, explica ao ECO, Luís Avides Moreira.

“O mercado europeu é vastíssimo e a nossa loja online tem um alcance de 800 mil visualizações, quando olhamos para o mercado europeu falamos em muitos milhões de consumidores. Através da nossa loja online alcançamos uma pequena franja desse mercado. Para alcançar um mercado tão vasto como a Amazon teríamos que gastar milhões em marketing digital. O digital tem esta questão, para crescer é preciso investir”.

A conserveira que conta com uma herança de cinco gerações vai entrar no gigante do e-commerce com duas marcas e uma gama selecionada de conservas mais direcionadas para exportação. Luís Avides Moreira levanta a ponta do véu e diz que vão “apostar mais nas sardinhas, cavalas e petingas que são o produto que vende mais lá fora”. Luís Avides Moreira destaca que o cliente online é diferente do tradicional. “Quem procura o nosso produto online vai à procura de um produto diferenciado, de produtos de topo, de maior valor acrescentado”.

Cerca de 25% da faturação online mensal da Ramirez é investida em marketing digital. O investimento está a dar frutos e durante a pandemia a Ramirez viu as suas vendas online dispararem. “A pandemia da Covid-19 acelerou bastante as vendas online e felizmente estávamos com a máquina a funcionar. A loja online da Ramirez registou um crescimento de 500%, sendo que o nosso objetivo era alcançar os 300%”, conta o adjunto da administração das Conservas Ramirez.

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Taxas e taxinhas. CIP diz que existem mais de 4.300 taxas em Portugal

Em Portugal são cobradas mais de 4.300 taxas, das quais 2.900 são cobradas pela Administração Central e 600 são “unicamente, da competência da Agência Portuguesa do Ambiente”.

Os impostos representavam 20% do volume de negócios das empresas em Portugal, em 2017, o que colocava o país em 11.º lugar entre os 27 países da União Europeia. Isto significa que em nove anos Portugal registou a quinta maior subida no conjunto da União Europeia e está em contraciclo já que em 19 países houve uma redução da carga fiscal entre 2008 e 2017.

Receita fiscal total em percentagem do volume de negócios (2017)

Fonte: EY & Sérvulo, dados do Eurostat

Esta é uma das principais conclusões do estudo sobre carga fiscal em Portugal, apresentado esta terça-feira pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Um estudo que apresenta uma fórmula de “cálculo inovador” do peso da carga fiscal das empresas”, considerando os impostos pagos sobre o volume de negócios, ao invés do critério geralmente utilizado dos impostos sobre o PIB.

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, a carga fiscal renovou máximos em 2019 ao atingir 34,7% do PIB, exatamente o mesmo valor de 2018, após uma revisão em baixa. Neste caso, a carga fiscal são os impostos e contribuições sociais efetivas (excluindo-se as contribuições sociais imputadas) cobrados pelas administrações públicas nacionais e pelas instituições da União Europeia. Mas, a EY e a Sérvulo, que elaboraram este estudo para a CIP, tentaram criar uma “medida alternativa” que permita “mensurar a carga fiscal das empresas enquanto esforço financeiro efetivo e não tanto como referencial macroeconómico”.

O presidente da CIP lamenta a “tendência de aumento contínuo da carga fiscal” e a “elevada tributação que incide sobre as empresas”, fatores que “afetam a competitividade da economia”. António Saraiva aponta ainda como “entraves ao desenvolvimento” a “falta de estabilidade e de previsibilidade fiscais” no país, já que “condicionam o investimento”, mas também “a difícil relação entre os contribuintes e a máquina fiscal, minada pela desconfiança e por uma relação de forças desigual”.

Ao promover este estudo, o patrão dos patrões pretende demonstrar os custos fiscais e para fiscais a que as empresas estão sujeitas e que vão muito para além das taxas de IRC ou de IVA que sobre elas recaem. António Saraiva critica a “multiplicação de taxas, contribuições e outros tributos e figuras paralelas, com custos que se tornam cada vez mais relevantes para as empresas e cuja aplicação é discricionária, muitas delas extraordinárias, mas que acabam por se tornar permanentes”.

Em Portugal, são cobradas mais de 4.300 taxas

O estudo revela que, em Portugal, são cobradas mais de 4.300 taxas, das quais 2.900 são cobradas no âmbito da Administração Central e 600 são “unicamente, da competência da Agência Portuguesa do Ambiente”. Os autores do estudo revelam “diversas dificuldades” na recolha de informação, como falta de transparência sobre as taxas cobradas, dificuldade em identificar a base legal aplicável “(não sendo, por vezes, possível a sua determinação)”, falta de uniformização e “consequente dispersão e incompletude da informação”, complexidade da estrutura de cobrança e alocação de receita das taxas, “competência cumulativa de diversas entidades sobre diferentes aspetos de uma mesma taxa”. “Inclusivamente, tornou-se evidente o desconhecimento, por parte de algumas entidades, de parte das taxas cobradas por si próprias”, escrevem os autores.

A tendência de cobrar mais taxas em detrimento da tributação tradicional não é exclusiva de Portugal, mas apenas fortalece os argumentos da CIP para “defender uma reforma da política fiscal para que esta se torne promotora do investimento, da criação de emprego e da dinamização da economia”. “Mas terá de ser uma reforma abrangente, revisitando os fundamentos e os processos de toda a panóplia de formas de tributação alternativa criadas, para que exista transparência e previsibilidade e para o incentivo seja a criação de riqueza, para todo”, escreve António Saraiva.

O estudo aponta ainda uma nova tendência que passa por impor “obrigações de serviço público às empresas”, que acabam, também, por “ser tributos, menos transparentes, mas igualmente onerosos, sem que exista, em muitos casos, a necessária fundamentação”. Um exemplo deste serviço público, segundo os autores, é “a tarifa social da energia, ou de todas as limitações à progressão tarifária nos diferentes setores regulados”.

Defendendo que o sistema fiscal português se “encontra esgotado”, o estudo critica o “aparecimento e crescimento de novas realidades tributárias” como por exemplo um modelo de tributação setorial. A contribuição sobre o setor bancário, introduzida no Orçamento do Estado para 2011, foi “a primeira das contribuições de âmbito setorial a surgir no ordenamento jurídico português e que deu o mote a figuras semelhantes que se seguiram”. O estudo recorda ainda a “recente criação da contribuição sobre os dispositivos médicos, do adicional de solidariedade sobre o setor bancário e a autorização legislativa da contribuição especial para a conservação dos recursos florestais, com o objetivo de promover a coesão territorial e a sustentabilidade dos recursos florestais”.

Apesar de numa comparação internacional da carga fiscal Portugal surgir “a meio da tabela”, o estudo da EY e da Sérvulo pretende demonstrar que estes “comparadores internacionais não oferecem um contributo totalmente válido para o cálculo da tributação efetiva em Portugal”.

De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está na 17.ª posição entre os Estados-membros, em termos de receita fiscal total em percentagem do PIB (34,9%). Já de acordo com a OCDE é de 35,4%. Mas, se o indicador usado for o da receita fiscal em percentagem do PIB, então Portugal sobe para a nona posição entre os 27, com um rácio de 8,7%, em 2018. O topo da tabela é ocupado pela Croácia com a maior carga tributária em sede de IVA (13,5%). De salientar que em Portugal, a receita de IVA correspondeu a 23,6% da receita fiscal total, constituindo quase um quarto do total de receita arrecadada. Já o IRC representou apenas 9%, um decréscimo de um ponto percentual face há dez anos. Prova do peso crescente dos impostos indiretos na estrutura tributária, algo que se passa também noutros países europeus.

Receita de IVA em percentagem do PIB (2018)

Fonte: EY & Sérvulo, dados do Eurostat

Portugal sobe ainda mais na tabela, para a sétima posição ao nível da receita de IRC em percentagem do PIB (3,3%). Em Portugal, em 2018, a receita de impostos sobre o rendimento das empresas correspondeu a 9% da receita fiscal total, acima da média europeia de 7,9%, revela o estudo. Malta (17%), Chipre (16,2%) e Luxemburgo (14,3%) são os países com maior peso de receita de IRC em relação à receita fiscal com Itália (4,4%), Letónia (3,4%) e Hungria (3,2%) a apresentarem as percentagens mais baixas. Por outro lado, entre 2007 e 2018, entre os países em que o peso do IRC sobre o PIB desceu, Portugal registou o terceiro menor decréscimo com uma descida de apenas 0,2 pontos percentuais.

Receita de IRC em percentagem do PIB (2018)

Fonte: EY & Sérvulo, dados do Eurostat

TABELA 3

Portugal persiste na sétima posição quando a avaliação é feita por cada euro de receitas das empresas quanto foi suportado em IVA. Em 2017, a receita de IVA correspondeu a 4,8% do volume de negócios das empresas portuguesas e, em termos históricos (2008 e 2017) Portugal registou a quarta maior subida entre 2008 e 2017, com um aumento de 0,7%.

Receita de IVA em percentagem do volume de negócios (2017)

Fonte: EY & Sérvulo, dados do Eurostat

Finalmente, é ao nível da receita de IRC em percentagem do volume de negócios que Portugal compara pior. “A receita de IRC correspondeu, em 2017, a 1,8% do volume de negócios total das empresas portuguesas, sendo o quinto país com maior carga fiscal corporativa em função do volume de negócios”, revela o estudo que alerta, contudo, que Malta e Chipre, os países no topo da tabela, são “outliers na amostra” e por isso não devem ser considerados na análise comparativa.

Por outro lado, os autores do estudo sublinham que esta comparação é feita apenas com base na receita de IRC, não considerando os restantes encargos tributários que recaem sobre as empresas, e defendem por isso que este indicador não é uma verdadeira medida de tributação efetiva, mas “um indicador que nos permite determinar a carga em função das receitas obtidas pelas empresas no âmbito do desenvolvimento da sua atividade económica”.

Receita de IRC em percentagem do volume de negócios (2017)

Fonte: EY & Sérvulo, dados do Eurostat

O estudo conclui ainda que Portugal é o terceiro país com maior taxa de imposto implícita sobre o rendimento das empresas (25%), sendo apenas ultrapassado por França (36,4%) e pela Eslováquia (29,3%). “A taxa de imposto implícita é definida como o rácio entre a receita de impostos sobre o rendimento das empresas (incluindo ganhos de detenção) e todo o capital e rendimento tributável das empresas”, explicam os autores. Também ao nível da taxa máxima de imposto sobre o rendimento das empresas, Portugal apresenta, em 2019, uma das taxas mais elevadas (31,5%), muito acima da média da UE-28 (21,7%) e sendo apenas ultrapassado por Malta (35%) e França (32%).

Assim, Portugal está na 33.ª posição (nos 36 países avaliados) no Índice de Competitividade Fiscal desenvolvido pela Tax Foundation, situando-se em 34.º no ranking do imposto sobre o rendimento das empresas e em 35.º (penúltima posição) no ranking das taxas efetivas marginais.

O estudo conclui sobre a necessidade de reduzir a carga tributária sobre as empresas porque esta, a par da complexidade do sistema fiscal, acaba “por reduzir as suas margens, afetando a sua capacidade financeira para investir e crescer e, consequentemente, condicionando a sua capacidade competitiva nos mercados internacionais”.

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Vistos gold acabam ainda este ano em Lisboa e no Porto

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

O Executivo, por instruções expressas do primeiro-ministro, decidiu que quer cumprir tudo o que foi acordado com Bloco e PCP no Orçamento deste ano.

O Governo vai mesmo acabar com os vistos gold em Lisboa e Porto. A medida, que estava prevista no Orçamento do Estado para 2020 sob a forma de autorização legislativa, foi adiada por causa da pandemia, mas agora o Executivo vai acelerar o processo.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), que cita fonte governamental não identificada, o Executivo, por instruções expressas do primeiro-ministro, decidiu que quer cumprir tudo o que foi acordado com Bloco e PCP no Orçamento deste ano.

O diploma deverá estar pronto até ao final do ano, levando a que os estrangeiros que pretendam adquirir uma autorização de residência no país mediante através de um investimento em imobiliário tenham de o fazer fora dos grandes centros do país. Vistos só serão atribuídos a quem apostar em regiões do interior.

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Prova dos 9: Se Portugal tivesse juros de 2015, dívida custava mais 5 mil milhões como diz João Leão?

A dívida vai disparar, mas os custos de gestão não porque as taxas não agravaram como na crise anterior. O ECO fez a prova dos 9 às contas do ministro das Finanças João Leão sobre a poupança.

A crise pandémica está a obrigar Portugal a aumentar o endividamento para fazer face, por um lado, aos custos com o vírus e, por outro, para implementar medidas de apoio social e económico. A dívida pública disparou e não vai parar de agravar, mas — ao contrário do que aconteceu na última crise — os custos de gestão de Portugal não estão a subir. Até pelo contrário.

Em entrevista à RTP — a primeira desde que substituiu Mário Centeno à frente do Ministério das Finanças –, João Leão defendeu exatamente isso, dizendo que são os baixos juros da dívida que permitem às finanças públicas acomodarem o grande aumento no stock. E até avança com um número: se Portugal pagasse hoje a mesmo taxa de juro do que em 2015, o custo seria superior em cinco mil milhões de euros. Será mesmo assim? O ECO fez as contas.

A afirmação

“Se a taxa de juro fosse a de 2015 estaríamos a pagar 5 mil milhões de euros a mais. Juros baixos permitem gerir grandes volumes de dívida sem grandes custos sociais”, disse João Leão à RTP.

Os factos

Os custos de financiamento de Portugal nunca foram tão baixos e os juros da nova dívida têm caído de forma consistente nos últimos anos, no seguimento da crise da dívida. Após a saída do país dos procedimentos por défices excessivos e as revisões em alta do rating nacional, os juros começaram a cair e a renovar mínimos históricos.

Desde o início da pandemia, a taxa pedida pelos investidores subiu ligeiramente por duas razões: por um lado, o stress vivido temporariamente nos mercados no início do surto e, por outro, a necessidade de o país de reforçar o financiamento em mercado, nomeadamente através de alternativas mais caras.

Apesar disso, o custo da dívida emitida por Portugal situa-se em 0,5%, de acordo dados da Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP. Esta realidade reflete essencialmente a atuação do Banco Central Europeu (BCE) que, em plena pandemia, lançou uma “bazuca” para comprar dívida de países do euro numa altura em que os diferentes estados são forçados a gastos avultados para darem resposta à crise sanitária.

O programa de financiamento do IGCP indica que o país vai emitir 20,3 mil milhões de euros em nova dívida este ano. Feitas as contas, a uma taxa média de 0,5%, significa que o peso dos juros é de 101,5 milhões de euros. Ora, se Portugal pagasse por essa mesma dívida, a taxa média registada em 2015 (de 2,7%), então o juro seria de 548,1 milhões de euros. A diferença é de 446,6 milhões de euros, um valor muito diferente ao que aponta o ministro.

Para chegar aos 5 mil milhões de euros de diferença, é preciso aplicar os mesmos juros ao stock total da dívida portuguesa, na ordem dos 255 mil milhões de euros. Mas essa conta tem um problema: é que o juro médio do stock é muito diferente do juro médio da nova dívida.

Neste caso, só há dados referentes ao final de 2019. A aplicar a taxa de juro do stock registada no ano passado (2,5%), o valor é de 6.375 milhões de euros, o que compara com os 8.670 milhões pagos em juros em 2015 a uma taxa de 3,4%. Ou seja, também neste caso, a prova dos 9 revela um diferencial inferior, de 2,3 mil milhões de euros.

No Orçamento do Estado para 2020, o próprio Governo apontava para um valor mais baixo: “O equilíbrio das contas públicas e o aumento da credibilidade internacional de Portugal que lhe está associado contribuíram de forma decisiva para uma poupança nos juros da dívida pública de mais de 2.100 milhões de euros em 2019 face a 2014″, diz. O ECO tentou contactar o Ministério das Finanças para clarificar esta questão, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

A Prova dos 9

Efetivamente, Portugal paga hoje juros da dívida muito mais baixos do que pagava há cinco anos. Aliás, mesmo com o aumento da dívida para recordes, o Governo está a contar com uma poupança de 161 milhões de euros na fatura dos juros da dívida pública, em 2021 face a 2020, de acordo com o Quadro de Políticas Invariantes entregue pelo Ministério das Finanças. Mas a prova dos 9 chegou à conclusão que se Portugal pagasse hoje pela nova dívida, a mesma taxa de juro que pagava em 2015, não estaria a gastar mais 5 mil milhões de euros.

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5 coisas que vão marcar o dia

A apresentação do Governo das linhas gerais da proposta de OE2021 aos partidos e a divulgação do boletim económico do Banco de Portugal em destaque nesta terça-feira.

No dia em que o Banco de Portugal divulga o boletim económico de outubro, com uma primeira análise detalhada da evolução da economia em 2020, o Governo reúne-se com os partidos da oposição para lhes apresentar as linhas gerais da proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano. Decorrem também reuniões com sindicatos da Administração Pública.

BdP divulga Boletim Económico de outubro

O Banco de Portugal divulga o Boletim Económico de outubro, documento que faz uma primeira análise detalhada da evolução da economia em 2020. Os dados a disponibilizar pela entidade liderada por Mário Centeno incluem projeções para o conjunto do ano e análises ao impacto da crise pandémica.

Governo apresenta linhas gerais da proposta de OE aos partidos

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, apresentam aos partidos as linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2021. Reuniões terão lugar na Assembleia da República, sendo que o primeiro partido a ser recebido será o PSD, seguindo-se, durante a manhã, BE, PCP, CDS-PP, PAN e Verdes. À tarde, será a vez do Chega, seguindo-se a Iniciativa Liberal, a deputada Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e a deputada Cristina Rodrigues (ex-PAN).

Governo reúne com sindicatos da Administração Pública

Esta terça-feira decorre a primeira reunião negocial coletiva entre o Secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, e os sindicatos da Administração Pública. A Frente Comum é a primeira a ser recebida às 9h00, segue-se a Frente Sindical às 11h30 e a FESAP às 17h00.

CIP apresenta estudo sobre carga fiscal em Portugal

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal apresenta as conclusões do estudo que promoveu sobre a carga fiscal em Portugal. O estudo resulta de uma análise da efetiva carga fiscal incidente sobre o tecido empresarial, com a recolha e identificação dos principais tributos a vigorar no território português, bem como outras figuras de natureza “para tributária”. A presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré da Costa Cabral, participa no evento.

Ministros dos Assuntos Económicos e Financeiros da UE reúnem

Os ministros dos Estados-membros da UE responsáveis pela Economia e pelas Finanças, presidida por Olaf Schol, ministro das Finanças da Alemanha reúnem-se esta terça-feira. Vão debater o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o pacote de financiamento digital da Comissão e os ensinamentos retirados do Semestre Europeu de 2020. Portugal estará representado pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes.

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Facebook, Google e Twitter ouvidos no senado norte-americano a 28 de outubro

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

Audição dos lideres das gigantes tecnológicas será centrada no controlo das empresas tecnológicas sobre o discurso do ódio e a desinformação nas suas redes sociais.

Os diretores-executivos do Facebook, Google e Twitter deverão testemunhar no dia 28 de outubro, numa audição no Senado norte-americano, centrada no controlo das empresas tecnológicas sobre o discurso do ódio e a desinformação nas suas redes sociais.

A Comissão de Comércio do Senado votou na semana passada a autorização para usar intimações para Mark Zuckerberg do Facebook, Sundar Pichai da Google e Jack Dorsey do Twitter para os obrigar a testemunhar se não concordassem em fazê-lo voluntariamente.

Os porta-vozes das empresas disseram esta segunda-feira que os responsáveis das gigantes tecnológicas irão cooperar.

A audição “deve ser construtiva e centrada no que mais interessa ao povo norte-americano: como trabalhamos juntos para proteger as eleições”, disse a empresa Twitter numa publicação naquela rede social.

A audição será realizada a menos de uma semana das eleições de 03 de novembro e marca uma nova iniciativa bipartidária contra as empresas tecnológicas que têm estado sob escrutínio crescente sobre questões de concorrência, privacidade do consumidor e discurso de ódio.

O testemunho é necessário “para revelar a extensão da influência que as suas empresas têm sobre o discurso norte-americano durante um período crítico do processo democrático”, disse o senador Roger Wicker, um republicano do Mississippi que dirige a Comissão do Comércio.

O Facebook, entretanto, está a aumentar as restrições à propaganda política, incluindo novas proibições de mensagens que alegam fraude generalizada aos eleitores.

As novas proibições surgiram dias depois do Presidente Donald Trump ter levantado a perspetiva de fraude em massa no processo de votação por correio durante o debate na semana passada com o rival democrata Joe Biden.

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PR diz que contratação pública é matéria de “equilíbrio difícil”

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

Proposta de lei do Governo pretende simplificar os processos de contratação pública, tendo recebido críticas de várias entidades, incluindo do Tribunal de Contas.

O Presidente da República diz que a matéria de contratação pública é “importante, sensível e de equilíbrio difícil”, apontando o choque entre os valores da salvaguarda da transparência e a pressão do tempo para aplicação dos fundos comunitários.

A proposta de lei do Governo, em discussão no parlamento desde junho, pretende simplificar os processos de contratação pública, tendo recebido críticas de várias entidades, incluindo do Tribunal de Contas (TC).

Relativamente à substituição do presidente do TC, Marcelo Rebelo de Sousa disse não ter novidades e remeteu para as suas declarações de domingo à noite em que afirmou que ainda não recebeu do Governo nenhuma proposta de nomeação para presidente do Tribunal de Contas e que nada sabe sobre este assunto além do que é do conhecimento público.

Questionado pelos jornalistas sobre o tema da contratação pública, lembrou que é uma matéria que “está pendente de debate parlamentar, uma matéria importante e sensível e de equilíbrio difícil”.

“Já se encontra pendente desde antes do verão e continua em debate e qual é o equilíbrio? Há aqui, no fundo, o choque entre dois valores, o valor da salvaguarda da transparência e isenção, próprias de um Estado de direito democrático e de uma ética republicana de que eu falei hoje, na minha intervenção a propósito do 05 de Outubro, que implica que as regras têm de ser acompanhadas de uma aplicação, de um controlo e de uma monitorização e elas próprias têm de salvaguardar esse valor”, afirmou,

E do outro lado, apontou, há “uma pressão de tempo, que é a pressão de se tratar de fundos que têm um tempo muito curto de aplicação”.

“E nós temos uma taxa de execução tradicional baixa em relação à execução dos fundos europeus por razões administrativas e muitas delas burocráticas”, acrescentou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, encontrar uma “fórmula de reduzir a burocracia sem por em causa o valor da transparência, o valor do controlo da isenção de quem participa e de quem decide para que não haja suspeição em matéria de crimes económicos, o que se chama normalmente a corrupção, este é o desafio que os deputados têm entre mãos”.

“Eu não me pronuncio sobre o processo que está no parlamento e espero para ver quando a lei chegar às minhas mãos”, sublinhou.

Perante a insistência dos jornalistas nesta matéria, o Presidente da República fez questão de dizer que há “dois pontos importantes” aos quais “está muito sensível”, um deles é “haver orçamento para o ano que vem”.

“A segunda questão eu percebo, os portugueses em relação aos fundos querem ter a certeza de uma gestão atempada e criteriosa dos fundos e este equilíbrio entre não perder fundos porque não são utilizados a tempo, mas utilizá-los com a certeza do controlo da fiscalização e do respeito pela transparência esse é o equilíbrio que é fundamental e todos nós esperamos que seja atingido”, afirmou.

E continuou: – “primeiro porque é muito dinheiro, segundo porque é uma hipótese única, terceiro porque há pouco tempo para o gastar e quarto porque os portugueses sentem que é fundamental que não haja a sensação de que há um desperdício na utilização do fundos em termos de controlo e de monitorização”.

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