Facebook anuncia acordo para pagar 106 milhões de impostos em França

  • Lusa
  • 24 Agosto 2020

A empresa de Mark Zuckerberg anunciou ter concluído um acordo fiscal com França para pagar 106 milhões de euros em impostos relativos ao período 2009-2018.

O Facebook anunciou esta segunda-feira ter concluído um acordo fiscal com o governo francês para pagar 106 milhões de euros em impostos relativos ao período 2009-2018.

Em 2019, o Facebook França pagou 8,46 milhões de euros de imposto sobre as empresas, um aumento “de perto de 50% em relação ao último ano”, indicou numa declaração o grupo norte-americano.

“Levamos a sério as nossas obrigações fiscais, pagamos o que devemos em todos os mercados em que operamos e trabalhamos de perto com as administrações fiscais em todo o mundo para assegurar o respeito por todas as leis fiscais aplicáveis e resolver qualquer litígio”, referiu o Facebook na declaração.

O Ministério das Contas Públicas, questionado sobre o acordo pela AFP, não quis comentar o assunto, alegando que há segredo fiscal.

A tributação dos grandes grupos tecnológicos norte-americanos tem sido motivo de discórdia entre a França e as empresas, apoiadas pelo governo dos Estados Unidos.

A França considera que os montantes pagos por estes grandes grupos em impostos nos países onde estão presentes são frequentemente baixos em relação ao seu peso económico real.

O parlamento francês aprovou a instauração de uma taxa para os grandes grupos digitais, em julho de 2019, tornando a França um país pioneiro na matéria.

Mas os Estados Unidos anunciaram medidas de retaliação na sequência da iniciativa francesa.

Estão em curso negociações na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para um acordo internacional sobre esta matéria.

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Bolsas europeias celebram tratamento para a Covid-19. Galp Energia avança 4,5% em Lisboa

A bolsa nacional terminou o dia pintada de verde. As cotadas da energia destacam-se nos ganhos, com a Galp Energia a subir 4,5%.

As bolsas europeias terminaram a primeira sessão da semana em alta, registando ganhos expressivos, numa altura em que os investidores estão otimistas relativamente aos tratamentos contra a Covid-19. A praça lisboeta ganhou quase 2%, impulsionada pelo setor da energia e pelas papeleiras.

O índice de referência nacional, o PSI-20, avançou 1,95% para 4.428,79 pontos. Entre as 18 cotadas, apenas duas registaram perdas nesta sessão, com as restantes em “terreno” positivo.

O setor energético impulsionou o desempenho da bolsa nacional. A Galp Energia liderou os ganhos, ao subir 4,53% para 9,368 euros, num dia positivo para o mercado petrolífero. O brent de referência europeia sobe 0,63% para 44,97 dólares por barril e o crude WTI ganha 0,61% para 42,60 dólares.

A EDP somou 3,32% para 4,425 euros e a EDP Renováveis avançou 2% para 14,26 euros. Segundo a Reuters, o Goldman Sachs adicionou as duas elétricas à sua conviction list, tendo subido o preço-alvo da EDP para 5,6 euros por ação, face aos anteriores 4,79 euros. Subiu também o price target da EDP Renováveis para 18 euros de 16,5 euros por ação.

As papeleiras destacaram-se também nos ganhos, com a Navigator a registar uma valorização de 3,11% para 2,32 euros. Já a Semapa subiu 1,54% para 7,92 euros, e a Altri ganhou 1,18% para 4,29 euros. Nota ainda para as retalhistas Sonae e Jerónimo Martins, que avançaram, respetivamente, 1,75% e 1,01%.

Em sentido contrário, os CTT perderam 0,89% para 2,795 euros e a Novabase caiu 0,30% para 3,28 euros.

No Velho Continente, o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 1,6%, no dia em que a Comissão Europeia anunciou negociações com a quinta farmacêutica para compra de vacinas. O Dax da Alemanha somou 2,4%, o francês CAC 40 subiu 2,3% e o britânico FTSE 100 valorizou 1,7%.

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Leilão português de energia solar alcançou preço mais baixo de sempre a nível mundial

  • ECO
  • 24 Agosto 2020

Dados avançados pelo Expresso indicam que o preço tocou um mínimo histórico mundial abaixo dos cinco euros por MWh. O leilão decorre esta segunda e terça-feira.

O leilão de energia solar que está a decorrer em Portugal esta segunda e terça-feira já alcançou os preços mais baixos de sempre a nível mundial, segundo apurou o Expresso (acesso livre) junto de uma fonte que está a participar no leilão. Estão em cima da mesa 700 megawatts para novas centrais solares.

No primeiro dia de leilão, um dos lotes tocou 4,54 euros por megawatt hora (MWh), de acordo com o semanário. Até aqui, o valor mais baixo registado por energia solar era de 13,5 dólares por MWh (equivalente a cerca de 11,44 euros por MWh) registado em abril em Abu Dhabi. Já em Portugal, o valor mais baixo tinha sido de 14,76 euros por MWh em julho de 2019.

A quebra deverá estar relacionada com a forte procura por parte de promotores de projetos de energia renovável, mas levanta dúvidas sobre a rentabilidade dos mesmos, escreve ainda o Expresso. O preço da eletricidade em Portugal no mercado grossista ronda os 40 euros por MWh, enquanto no retalho as famílias pagam pela eletricidade cerca de 150 euros por MWh.

(Notícia atualizada às 19h30)

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Novas regras do IVA no comércio eletrónico foram publicadas e entram em vigor em janeiro

  • Lusa
  • 24 Agosto 2020

Entre as alterações criadas com este novo regime está o alargamento do âmbito do balcão único do IVA a todos os operadores que passam a poder aí registar-se.

O diploma que transpõe uma diretiva comunitária criando um novo regime do IVA nas transações intracomunitárias e novas regras do imposto no âmbito do comércio eletrónico foi publicado esta segunda-feira, entrando em vigor em 1 de janeiro de 2021.

Entre as alterações criadas com este novo regime está o alargamento do âmbito do balcão único do IVA a todos os operadores que passam a poder aí registar-se deixando, como sucede atualmente, de terem de registar-se junto de cada Estado-membro para onde pretendam exportar os seus produtos ou serviços.

Durante o debate da proposta de lei no parlamento, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, sublinhou que estas mudanças vão permitir às empresas (a nível comunitário) reduzir os custos em cerca de dois mil milhões de euros e, ao mesmo tempo, reforçar a receita dos estados-membros com este imposto.

Com o balcão único do IVA uma empresa portuguesa que queira vender para qualquer país da UE deixa de ter de se registar nesse país, podendo passar a tratar de todas as obrigações declarativas e de pagamento do IVA através deste balcão.

O novo regime determina por exemplo que, no âmbito da transmissão de bens, quando um sujeito passivo “facilitar, mediante a utilização de uma interface eletrónica, a realização de vendas à distância de bens importados em remessas de valor intrínseco não superior a 150 euros” se considera que adquiriu e transmitiu pessoalmente esses bens.

O diploma prevê também que a regra de tributação passa a ser a do destino, o que significa que a liquidação e pagamento do imposto é feita no país de destino do consumidor final.

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Angola já arrecadou 44 milhões de euros com privatização de 14 ativos desde 2019

  • Lusa
  • 24 Agosto 2020

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro de Angola referiu que a venda do 14 ativos deverá permitir a criação de 150 postos de trabalhos diretos e 320 indiretos.

O Governo angolano encaixou 31 mil milhões de kwanzas (44 milhões de euros) com a privatização de 14 empresas, de 2019 até abril deste ano, anunciou o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro de Angola.

Osvaldo Victorino João, que falava no final de oitava reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, dirigida esta segunda-feira pelo Presidente angolano, João Lourenço, disse que até ao final deste ano a expectativa é de arrecadação de mais de 100 mil milhões de kwanzas (142,1 milhões de euros), com a privatização de 51 ativos, excluindo as empresas do setor financeiro.

Segundo Osvaldo Victorino João, desde o início do Programa de Privatizações 2019-2022 (PROPRIV) até abril deste ano, foram registados 14 ativos, maioritariamente da Zona Económica Especial, e também da área agroindustrial, com relevo para a Fazenda de Camaiangala, além de ativos do setor de frios, nomeadamente entrepostos e matadouros.

O governante angolano referiu que, com os 14 ativos, se espera a criação de 150 postos de trabalhos diretos e 320 indiretos.

“A maior parte dos ativos que mencionamos são localizados em Angola, mas existem pelo menos dois dos 14 que se localizavam em Lisboa e que faziam parte da esfera de ativos da Sonangol [petrolífera estatal]”, disse.

Em curso, prosseguiu, estão 51 processos de privatização, que o Governo espera que estejam concluídos até ao final do ano, devendo metade deles ter os seus concursos já terminados entre setembro e outubro.

“Entre esses ativos, referir ativos do setor financeiro, temos o concurso aberto para a privatização do BCI [Banco de Comércio e Indústria], está também em processo de privatização a ENSA [seguradora estatal] e as ações da Sonangol no banco BAI [Banco Angolano de Investimento] e no banco Caixa Geral de Angola”, enumerou.

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro angolano sublinhou que fora do sistema financeiro existem ativos no setor da agroindústria, para o qual foram já recebidas, nesta segunda fase de lançamento de concursos, várias propostas para a compra de dois ativos.

“Pensamos que até ao final do mês de setembro teremos parte desses ativos da agroindústria privatizados e aqui estamos a falar de silos, matadouros e de uma fábrica de latas em Benguela e diversos ativos do mesmo sector”, disse.

No setor da agropecuária, está em curso a privatização de cinco ativos, entre os quais duas grandes fazendas (Kizenga e Pungo Andongo, localizadas na província de Malanje), processo que está já em curso há algum tempo, esperando-se a sua conclusão ao longo de setembro.

“Temos mais alguns setores relevantes. Do ponto de vista de processos em curso, está em fase final a segunda vaga de concursos para privatização de indústrias da Zona Económica Especial”, disse Osvaldo Victorino João, realçando que foram lançadas 13 unidades, para as quais receberam 67 propostas de compra, devendo estar concluído também no próximo mês.

As participações sociais do Estado nas cervejeiras Cuca, EKA e Ngola estão também a ser privatizadas, processos que deverão terminar a breve trecho.

A nível do setor industrial, acrescentou Osvaldo Victorino João, estão em privatização os três maiores ativos do Estado angolano no setor, nomeadamente as fábricas têxteis TEXTANG II, África Têxtil e SATC.

Para a venda destes ativos foram já recebidas dez candidaturas, perspetivando-se que até setembro estejam concluídos os processos de privatização destas unidades fabris.

Lançado em 2019, o PROPRIV prevê a alienação de 195 ativos detidos ou participados pelo Estado angolano.

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Bruxelas negoceia com Moderna compra de 80 milhões de doses de vacina contra Covid-19

A vacina que está a ser desenvolvida pela Moderna está já na terceira fase de testes, que começou a 27 de julho.

A Comissão Europeia concluiu discussões preliminares com a farmacêutica norte-americana Moderna para comprar 80 milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19. A Moderna está a expandir a produção global para ser capaz de entregar cerca de 500 milhões de doses por ano e possivelmente até mil milhões de doses por ano, a partir de 2021.

O anúncio foi feito pela empresa em comunicado e já confirmado pela Comissão Europeia na rede social Twitter. “Concluímos conversações exploratórias com a Moderna para a compra de uma potencial vacina conta o coronavírus“, escreveu a autoridade europeia. “Esta é a quinta empresa com a qual concluímos negociações, o que aumenta a probabilidade de haver vacinas seguras e eficazes para a Europa e para o mundo”.

Segundo a Moderna, o potencial acordo com Bruxelas prevê ainda a possibilidade de comprar outros 80 milhões de doses adicionais, totalizando 160 milhões de unidades desta vacina, adianta a empresa, em comunicado. A terceira fase dos testes desta vacina começou a 27 de julho, com o recrutamento de 30.000 participantes a caminho de ser concluído em setembro.

A farmacêutica definiu uma cadeia para fornecer a Europa e outros países que não os Estados Unidos que chegam a acordo para aquisições. Na Europa, a empresa está a trabalhar com parceiros estratégicos, nomeadamente a suíça Lonza e a espanhola ROVI, para fazer alguns procedimentos fora dos Estados Unidos.

A Comissão Europeia já celebrou quatro acordos com farmacêuticas para garantir que o fornecimento de vacinas contra a Covid-19 aos Estados-membros. Do primeiro lote, Portugal avançou com a compra de 6,9 milhões de doses, que poderão começar a chegar em dezembro deste ano.

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CEO da Barkyn é “líder mais inovador da área pet da Europa”

O fundador da startup portuguesa dedicada à nutrição e saúde canina acaba de vencer o prémio internacional na categoria de animais de companhia nos Global CEO Excellence Awards 2020.

André Jordão, CEO e cofundador da Barkyn, startup que entrega comida personalizada e disponibiliza assistência veterinária de 24 horas em Portugal, Espanha e Itália, acaba de ser distinguido internacionalmente nos Global CEO Excellence Awards 2020 ao receber o prémio de “líder mais inovador na área pet da Europa” (Most Innovative Pet Care Business Leader).

“O setor pet está em alta, sendo dos mercados online com maior crescimento e propensão contínua para tal. As famílias investem cada vez mais nos seus cães porque são considerados membros do núcleo. Com a Barkyn queremos entregar uma experiência nova, nunca antes vista, alicerçada numa marca forte e com significado, e solucionado o problema da fragmentação tão característico deste setor. Mais do que inovar, a missão é criar o novo futuro do e-commerce numa perspetiva de personalização e de conveniência recorrendo a tecnologia”, explica André Jordão, vencedor do prémio internacional na categoria de animais de companhia.

Esta distinção foi feita pela CEO Monthly, uma revista internacional dedicada a negócios e liderança. Para a coordenadora dos prémios Global CEO Excellence, Katherine Benton, este momento sem precedentes na história “está a testar os skill-sets e perícia dos líderes e das suas empresas em todo o mundo. E são os visionários que rapidamente se distinguem, como água do fogo. Não há melhor altura para reconhecer e destacar aqueles CEOs, que estão a desafiar a atual conjuntura económica para trazer mais esperança e um futuro melhor”.

A Barkyn foi fundada em 2017 por André Jordão e Ricardo Macedo e, em apenas três anos, já quadruplicou a equipa. A startup portuguesa já expandiu o negócio para Espanha e Itália e nem a pandemia da Covid-19 está a impedir a empresa de crescer e de ser distinguida internacionalmente.

Web Summit 2019, dia 1 - 04NOV19

A startup portuguesa já conquistou figuras públicas como a atriz portuguesa Rita Pereira ou Esther Acebo, atriz espanhola conhecida como “Estocolmo” na série de sucesso da Netflix, Casa de Papel. A Barkyn fez ainda parte do programa de aceleração de startups da Google e foi considerada, em 2019, como uma das startups mais sexy da Europa pela revista Wired.

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Travão em 2021 no salário mínimo vai obrigar Governo a maior esforço em 2022 e 2023

Costa quer subir o salário mínimo em 150 euros até ao final da legislatura. Com uma travagem em 2021, esse meta fica agora a depender de aumentos mais robustos em 2022 e 2023.

António Costa arrancou a legislatura com os olhos postos na subida do salário mínimo para 750 euro até 2023, tendo avançado logo com um aumento de 35 euros em jeito de “pontapé de partida”. A pandemia de coronavírus veio, contudo, complicar o cumprimento dessa meta do Governo e o primeiro-ministro admite agora que, em 2021, o reforço da remuneração mínima garantida será mais modesto, isto é, será adaptado à atual “dinâmica económica”.

“O salário mínimo nacional evoluirá em cada ano, ouvidos os parceiros sociais em função da dinâmica do emprego e do crescimento económico, [mas o Governo tem] o objetivo de atingir os 750 euros em 2023”, afirmou o chefe do Executivo, no seu no discurso de tomada de posse, em outubro do ano passado.

Um mês depois, a ministra do Trabalho rumou à Concertação Social e propôs uma subida da remuneração mínima garantida de 35 euros, de 600 euros para 635 euros. Sem acordo entre os parceiros, o Governo avançou com esse reforço em janeiro de 2020, dando um passo em frente em direção ao cumprimento da meta referida.

A expectativa era, então, de que o futuro fosse marcado, à semelhança dos últimos anos, por aumentos consecutivos do salário mínimo, mas a pandemia de coronavírus veio complicar essa tarefa.

Este fim de semana, em entrevista ao Expresso, António Costa deixou claro que deseja voltar a puxar pela remuneração mínima em 2021, apesar do impacto da crise pandémica no tecido empresarial. Ainda assim, o primeiro-ministro avisou que a subida será adaptada à atual “dinâmica económica” e, portanto, não deverá ser tão expressiva como aquela sentida a partir de janeiro deste ano.

De notar que, segundo as projeções que o Governo incluiu no Orçamento Suplementar, em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá crescer 4,3%, depois de afundar 6,9% em 2020. Acerca desta última previsão, as Finanças já estão a contar com uma recessão de 9%, este ano, estando a preparar uma revisão das projeções oficiais, adiantou o Jornal de Negócios. A Comissão Europeia, por sua vez, vê a economia lusa a recuar 9,8% em 2020 e aumentar 6% em 2021.

Na primeira legislatura de António Costa, período marcado por algum crescimento económico, o salário mínimo aumentou 95 euros, tendo passado de 505 euros mensais para para 600 euros em 2019. E durante esse período, as subidas anuais variaram entre 20 euros e 27 euros. Para esta legislatura, António Costa queria um aumento total de 150 euros, não tendo definido à partida os degraus para chegar a esse objetivo.

Durante a crise da dívida, SMN ficou estacionado nos 485 euros

Fonte: Pordata

Se em 2021 o salário mínimo for alvo, por exemplo, de um aumento igual à menor das variações (20 euros) verificadas na legislatura passada, subirá para 655 euros, deixando prever que 2022 e 2023 trarão uma subida média superior a 47 euros, mais robusta do que todos os outros reforços feitos por Costa. Isto se o Governo continuar empenhado na meta dos 750 euros até ao final da legislatura.

A confirmar-se o aumento no próximo ano, mais de um quarto dos trabalhador por conta de outrem a tempo completo beneficiarão, de resto, desse reforço dos seus rendimentos.

Além disso, tal subida terá maior incidência num dos setores mais afetados pela pandemia, o do alojamento, restauração e similares, já que, de acordo com os dados recentes, é aí que se concentra a maior fatia (39,2%) de trabalhadores a receber a remuneração mínima garantida.

Alojamento e restauração têm a maior percentagem de trabalhadores com SMN

Fonte: MTSSS e GEP

Por um lado, esse crescimento do salário mínimo poderá ser sinónimo de um reforço dos rendimentos dos trabalhadores cujos salários foram dos mais afetados, nos últimos meses. Por outro, significará um esforço acrescido para as empresas que já estão entre as mais prejudicadas pela pandemia.

A discussão sobre o salário mínimo será levada nos próximos meses pelo Governo à Concertação Social, como dita o Código do Trabalho, mas a última palavra caberá sempre ao Executivo. Em 45 anos, só houve consenso uma única vez entre as partes.

Para já, os sindicatos defendem um aumento substancial, em linha com o registado em 2020. Do lado dos patrões, o apelo é que a decisão seja fundamentada nos sinais da retoma económica, para perceber que capacidade têm as empresas para suportar qualquer variação do salário mínimo e que setores estarão mais propensos a um aumento.

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Mais recordes em Wall Street com otimismo no tratamento da Covid-19

"Está toda a gente focada na mesma coisa: na erradicação do vírus", diz um analista em Wall Street, que arrancou a semana num novo máximo histórico perante otimismo na cura da doença.

A semana em Wall Street começou tal como tinha terminado a anterior: com o S&P 500 e o Nasdaq em alta e a pulverizarem recordes, depois de o regulador da saúde dos EUA ter aprovado o uso de plasma sanguíneo no tratamento de doentes com Covid-19 e com os investidores animados com notícia de que a administração Trump poderá criar uma “via rápida” para uma potencial vacina.

Os recordes surgem numa altura em que os republicanos se preparam para nomear, durante a Convenção Nacional Republicana, o Presidente Donald Trump para liderar o partido por mais quatro anos, dando início à corrida presidencial rumo às eleições de 3 de novembro.

É neste cenário que o S&P 500, o índice de referência mundial, abriu a somar 0,62% para 3.418,09 pontos, o nível mais elevado de sempre. Também o Nasdaq pisou terreno desconhecido ao ganhar 1,22% no arranque de sessão, cotando nos 11.449,25 pontos, um nível recorde. O industrial Dow Jones aproveitou a boleia e ganha 0,53%.

“Está toda a gente focada na mesma coisa: na erradicação do vírus, seja através de um tratamento ou, preferencialmente, através das vacinas”, referiu Thomas Hayes, da Great Hill Capital, citado pela Reuters.

“Isso será a chave para abrir a economia, porque todos os estímulos e liquidez estão já no terreno. Precisamos que as pessoas voltem à normalidade e que a economia mundial possa acelerar”, acrescentou.

A Apple está em destaque: ganha 2,95% e supera os 500 dólares por ação pela primeira vez (está nos 512 dólares), depois de ter sido a primeira cotada a superar a fasquia dos 2 biliões de dólares de valor de mercado na semana passada.

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Sacyr Somague lidera lista de propostas para construção do futuro Hospital de Lisboa Oriental

  • Lusa
  • 24 Agosto 2020

Sacyr Somague lidera a fase preliminar de análise e avaliação das propostas para a construção e gestão do novo Hospital de Lisboa Oriental, com uma oferta de cerca de 270 milhões.

O consórcio formado pela Sacyr Somague e Aberdeen lidera a fase preliminar de análise e avaliação das propostas para a construção e gestão do novo Hospital de Lisboa Oriental, com uma oferta de cerca de 270 milhões de euros.

De acordo com a Efe, que cita fontes do setor, o projeto deste consórcio ­- Tejo Infraestruturas Hospitalares (TIH) – prevê uma poupança de 40,7 milhões de euros durante os próximos 30 anos, uma informação que tinha sido avançada pelo jornal espanhol El Confidencial.

O consórcio posicionado em segundo lugar, nesta fase preliminar, prevê poupanças de 1,5 milhões de euros.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) disse que “nesta fase não há decisão sobre um vencedor”.

A ARSLVT “confirma que o júri do concurso público internacional para a construção e manutenção do futuro Hospital de Lisboa Oriental (HLO) em regime de parceria público-privada terminou a avaliação das propostas, mas a primeira fase do concurso também integra a audiência prévia e aprovação do relatório de avaliação por parte do Governo”, acrescentou a mesma fonte.

Neste momento “está a decorrer a audiência prévia dos concorrentes”, referiu. “Posteriormente, terá início a segunda fase do concurso – a fase de negociação com a short list das propostas aprovadas – que será decisiva para o apuramento do vencedor, concluiu a mesma fonte.

Na primeira análise preliminar e relatório de avaliação das propostas de concurso, “o júri destacou a poupança que o projeto apresentado pela Sacyr representa para o Estado português, que através da sua filial Somague apresentou um EPC (Engenharia, Aquisições e Construção, segundo a sua sigla em inglês) de 269 milhões de euros, contra 315 milhões de euros para a segunda proposta”, adianta a Efe, citando as mesmas fontes.

Em Portugal, a Sacyr Somague já participa em conjunto com o fundo Aberdeen na gestão de três hospitais que somam mais de 1.200 camas disponíveis: Hospital Vila Franca de Xira, Hospital de Braga e Hospital Ilha Terceira, refere a agência de notícias espanhola.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Sacyr Somague escusou-se a fazer comentários.

Em fevereiro do ano passado, a ARSLVT anunciou que oito empresas tinham apresentado propostas no concurso público internacional para a construção e manutenção do futuro Hospital de Lisboa Oriental: Servicios Hospitalarios CHUT; Agrupamento Hygeia; Alberto Couto Alves, SA; Tejo Infraestruturas Hospitalares (TIH); Ferrovial Agroman; SA, Ferrovial Serviços SA; Bastos, Amorim & Araújo – Consultoria e Trading, Lda; e Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.

O concurso público internacional em curso visa a conceção, construção e manutenção do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de Parceria Público-Privada, a instalar em Marvila numa área total de 180.000 metros quadrados.

O novo hospital de Lisboa deverá estar construído em 2023 e terá uma capacidade mínima de 875 camas. O HLO vai representar para o operador privado um investimento total de cerca de 330 milhões de euros e, para o Estado, estima-se uma renda anual que poderá rondar os 16 milhões de euros durante os 27 anos do contrato, segundo a ARSLVT.

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SNS investe 8,4 milhões de euros para duplicar capacidade de testagem

Este investimento, que se vai dividir entre infraestruturas e equipamentos, vai permitir duplicar a capacidade para os 22 mil testes diários.

Vão ser investidos 8,4 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para aumentar a capacidade de testagem. Atualmente são feitos cerca de 10 mil testes de diagnóstico de Covid-19 por dia, e, com este investimento, será possível duplicar este número, para chegar aos 22 mil testes diários.

Do valor investido, cerca de 4,8 milhões terão como destino infraestruturas e aproximadamente 3,5 milhões são para equipamentos, adiantou Fernando Almeida, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), na conferência de imprensa habitual, transmitida pelas televisões.

O objetivo “não é fazer testes avulsos, sem critério, mas aumentar a capacidade de resposta”, apontou o responsável. O presidente do INSA adiantou também que este investimento não é exclusivamente dedicado ao diagnóstico de Covid-19 mas também a outras patologias que possam vir a ocorrer.

Fernando Almeida esclareceu também que, mesmo com este investimento, irá continuar a colaboração com o setor privado na realização dos testes. A testagem está a ser feita por três grupos de laboratórios, sendo eles “os do SNS, que fazem 47% do total dos testes diariamente, o setor privado, que fazem 40%, e as universidades e outros laboratórios associados, que fazem cerca de 12%”, explicou.

(Notícia atualizada às 14h55)

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Estas marcas cortaram a meta com Miguel Oliveira. E dão-lhe os parabéns

O piloto português Miguel Oliveira venceu a primeira corrida no MotoGP e com ele também ganharam os seus patrocinadores.

Miguel Oliveira conquistou este domingo pela primeira vez uma vitória no Mundial de MotoGP. O piloto português venceu o Grande Prémio de Estíria, em Spielberg, na Áustria, a quinta prova do campeonato de motociclismo.

A vitória foi conseguida na última curva da corrida quando Oliveira aproveitou um deslize no duelo entre o australiano Jack Miller (Ducati) e o espanhol Pol Espargaró (KTM) para passar para a frente e cortar a meta em primeiro lugar.

A vitória histórica de Miguel Oliveira mereceu rasgados elogios na imprensa e nas redes sociais. Os seus principais patrocinadores também não deixaram escapar a oportunidade para felicitar o jovem piloto português que se estreia no escalão principal do Campeonato do Mundo de Motociclismo. MEO, Hyundai, Red Bull, KTM e Alpinestars são algumas das marcas que “cortaram a meta” com Miguel Oliveira.

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