Eleições nos EUA: Kamala Harris é a candidata escolhida por Joe Biden para vice-presidente

O candidato democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos, que vão acontecer em novembro, escolheu a senadora Kamala Harris como candidata a vice-presidente.

Joe Biden, o candidato democrata para ocupar a cadeira de Donald Trump, escolheu a senadora da Califórnia Kamala Harris para vice-presidente, avança a Reuters (conteúdo em inglês). A notícia já foi confirmada pelo próprio numa publicação no Twitter, referindo-se a Kamala Harris como uma “lutadora destemida”. Esta, por sua vez, diz que esta nomeação é uma honra.

“Tenho a grande honra de anunciar que escolhi @KamalaHarris — uma lutadora destemida a favor dos mais fracos e uma das melhores pessoas a servir o país [Estados Unidos] — como minha parceira” nas eleições, escreveu Joe Biden esta terça-feira, no Twitter.

“Na época em que Kamala era procuradora-geral, ela trabalhava em estreita colaboração com Beau [Beau Biden, filho de Joe Biden]. Observei enquanto ambos atacavam os grandes bancos, levantavam os trabalhadores e protegiam mulheres e crianças de abusos. Na altura estava orgulhoso e agora estou orgulhoso de tê-la como minha parceira nesta campanha“, acrescentou.

Com esta escolha, Kamala Harris, aos 55 anos, torna-se a primeira mulher negra a ser nomeada para uma posição destas em toda a história dos Estados Unidos. Com a recente agitação social à volta da injustiça racial e brutalidade policial contra negros norte-americanos, Joe Biden estava sob pressão para nomear uma mulher negra como parceira, diz a Reuters.

Kamala Harris também já reagiu no Twitter, afirmando que Joe Biden “pode unir o povo americano porque passou toda a vida a lutar” por isso. “Como Presidente, ele construirá uma América à altura de nossos ideais. É uma honra juntar-me a ele como candidata do nosso partido para vice-presidente e fazer o que for necessário para torná-lo o nosso comandante-chefe“, acrescentou.

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Tecnologia volta a penalizar Wall Street. S&P 500 cai ao fim de oito sessões

O setor tecnológico voltou a penalizar os índices norte-americanos, levando mesmo o S&P 500 a cair ao fim de oito sessões consecutivas de ganhos.

As bolsas norte-americanas encerraram a segunda sessão da semana em queda, penalizadas novamente pelo setor tecnológico. Com as descidas acentuadas de algumas das maiores empresas do setor tecnológico, o S&P 500 acabou mesmo por cair ao fim de oito sessões consecutivas a valorizar.

O índice de referência S&P 500 caiu 0,79% para 3.333,90 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que desvalorizou 0,38% para 27.686,91 pontos. Pelo mesmo caminho, e responsável por este cenário de perdas em Wall Street, esteve o índice tecnológico Nasdaq ao recuar 1,69% para 10.782,82 pontos.

Tal como aconteceu na sessão anterior, as empresas tecnológicas voltaram a penalizar as bolsas de Nova Iorque. Facebook e Amazon caíram mais de 2%, juntamente com a Microsoft. A Apple e a Netflix desceram cerca de 3%.

“Uma das preocupações nos mercados é que os investidores estão a vê-los tornarem-se cada vez mais rígidos”, diz Quincy Krosby, estrategista-chefe da Prudential Financial, citado pela CNBC (conteúdo em inglês).

Contrariando o início desta sessão, a notícia de uma vacina desenvolvida pela Rússia contra o coronavírus não foi suficiente para manter os mercados acima da linha de água.

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Hannover Re provisiona 600 milhões para Covid19 e lucra 402 milhões até junho

  • ECO Seguros
  • 11 Agosto 2020

Depois de provisões já constituídas em março, a pandemia obrigou a 3ª maior resseguradora do mundo a elevar reservas aos 600 milhões. No fim do semestre, a Hannover Rück lucrou 402 milhões.

A Hannover Re decidiu reforçar reservas para cobrir perdas relacionadas com o impacto da pandemia (Covid19), nomeadamente no resseguro de coberturas não Vida (Property & Casualty), que explica a quebra de 39% no resultado líquido da primeira metade de 2020.

Segundo revelou a companhia germânica, depois dos 220 milhões provisionados nas contas do primeiro trimestre, a incerteza em torno da evolução da pandemia obrigou a constituir mais 380 milhões de euros de de provisões para prevenir perdas. Assim, o impacto total da Covid19 no termo do semestre eleva-se aos 600 milhões, na quase totalidade para o negócio de resseguro P&C. Isto explica a quebra no lucro apurado de janeiro a junho, o qual desceu 39,3% face aos ganhos de igual período em 2019, para se estabelecer nos 402,4 milhões de euros.

“Temos atravessado a crise relativamente bem até agora. Isto permite-nos fazer as provisões adequadas para as perdas previstas do Covid-19 e ter em conta a incerteza ainda considerável relativamente à escala da pandemia”, declarou Jean-Jacques Henchoz, presidente executivo da Hannover Re. “O nosso modelo empresarial está orientado para a gestão de tais eventos extremos. Oferecemos aos nossos clientes e parceiros comerciais o nosso apoio incondicional,” complementou.

O volume bruto de prémios consolidado pela resseguradora cresceu 12,2% (em consolidado e corrigido das variações cambiais) totalizando 13,1 mil milhões de euros, sendo que o valor líquido de prémios ganhos progrediu 10,9%, até aos 10,4 mil milhões. Do volume bruto de prémios, 9,2 mil milhões pertenceram a coberturas P&C, em acréscimo de 16,9% face a junho de 2019. No entanto, por causa de despesas (com perdas) que superaram largamente o antecipado, o resultado operacional P&C contraiu cerca de 56%, para 290 milhões no semestre e o rácio combinado agravou-se para 102,3%, contra 96,7% um ano antes.

Globalmente, o resultado operacional (ebit) da companhia encolheu perto de 47%, para 503,5 milhões de euros, mas a Hannover Re afirma que, ao longo do semestre, identificou oportunidades de crescimento, tanto em P&C (não Vida) como em Vida e Saúde, assinala a resseguradora sustentando que a dinâmica da procura refletiu-se na negociação de renovações de contratos, em abril, junho e julho, através de acréscimos percentuais de dois dígitos.

Ainda assim, a Hannover Re salienta que, devido à incerteza, continua a não ser possível avançar um objetivo para o resto do ano.

No negócio Vida e saúde, o efeito da pandemia foi mais moderado, lê-se no comunicado. O volume bruto de prémios cresceu 3,3%, para 4 000 milhões de euros. De acordo com Henchoz, a companhia registou procura acentuada na Ásia, especialmente no segmento de soluções financeiras para aquelas linhas de coberturas.

A título provisório, é indicado ainda que o requisito de capital da companhia situava-se nos 225% no final de junho.

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Airbnb planeia avançar para a bolsa ainda este mês

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

A empresa norte-americana anunciou em setembro do ano passado que pretendia fazer a sua estreia em bolsa durante 2020, mas a pandemia adiou os planos.

A plataforma de arrendamento de alojamentos Airbnb está a preparar avançar com a sua Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) ainda este mês, de acordo com o jornal norte-americano Wall Street Journal.

A publicação adianta que o grupo prevê enviar a documentação necessária à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) durante o mês de agosto, numa oferta pública liderada pelos assessores financeiros Morgan Stanley e Goldman Sachs.

Em abril, o CEO da empresa, Brian Chesky, disse em entrevista que a empresa estava a trabalhar para apresentar a documentação em março, mas que o impacto da pandemia de covid-19 no turismo mundial cancelou esses planos devido à incerteza gerada pelo novo coronavírus e à volatilidade dos mercados, recordou a agência Efe.

A empresa norte-americana anunciou em setembro do ano passado que pretendia fazer a sua estreia em bolsa durante 2020. A plataforma atingiu um milhão de noites faturadas em 8 de julho em todo o mundo, número que não conseguia desde 3 de março, de acordo com a Efe.

O IPO da Airbnb já era esperado pelos analistas, que comparam a operação aos IPO de outras empresas da chamada economia partilhada, como o caso das empresas de transporte Uber ou Lyft.

A plataforma foi avaliada recentemente em cerca de 15 mil milhões de euros, segundo a Efe, um valor abaixo de uma estimativa anterior que colocava o valor da empresa em cerca de 26 mil milhões de euros.

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Boston Consulting Group escolhida para elaborar plano de reestruturação da TAP

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

O objetivo é o de conhecer a empresa, as pessoas e até as competências que já nela existem. Os trabalhos da Boston Consulting começam na próxima segunda-feira.

A Boston Consulting Group foi a consultora selecionada para a elaboração do plano de reestruturação da TAP, anunciou esta terça-feira o presidente do Conselho de Administração do grupo, Miguel Frasquilho, numa carta aos colaboradores a que a Lusa teve acesso.

A Boston Consulting Group (BCG), consultora selecionada para a elaboração do referido plano [de reestruturação] e para apoiar a TAP até à sua aprovação nas instâncias comunitárias, irá iniciar os seus trabalhos na próxima segunda-feira, dia 17 de agosto”, lê-se na mensagem de Miguel Frasquilho.

No seguimento da aprovação pela Comissão Europeia de um auxílio estatal à TAP, o grupo aéreo procedeu a uma consulta no mercado para selecionar uma entidade que preste serviços de consultoria, no sentido de auxiliar na elaboração de um plano de reestruturação, a apresentar à Comissão Europeia.

Queremos que este plano de reestruturação que se irá iniciar seja e se transforme num verdadeiro Plano de Recuperação da TAP”, refere, no mesmo documento, o presidente do Conselho de Administração do grupo TAP. “Os tempos que estamos a enfrentar, e que aí vêm, não são, nem serão, fáceis. Mas, trabalhando todos em conjunto e unidos, ultrapassaremos estas dificuldades e asseguraremos o futuro sustentável da nossa TAP”, acrescenta Miguel Frasquilho.

Em 21 de julho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos anunciou que a TAP iria contratar uma consultora de recursos humanos para fazer a avaliação dos gestores da empresa, para “apoiar” o processo de reestruturação. “Haverá outra empresa de ‘head hunting’ [consultora de recursos humanos], que não é contratada por nós, para fazer a avaliação das primeiras linhas da TAP, das segundas linhas, dos quadros da TAP, para percebermos quem são, que valências têm, que experiência têm, que competências têm”, disse aos jornalistas o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, à saída de uma audição na Assembleia da República.

O objetivo, esclareceu o governante, é o de conhecer a empresa, as pessoas e até as competências que já nela existem. O ministro explicou ainda que era a própria TAP que estava a fazer o processo de escolha da empresa consultora, bem como do banco de investimento. Cabe ao Governo fazer a escolha da empresa que terá como função selecionar o novo presidente executivo (CEO) da TAP, que vai suceder a Antonoaldo Neves na liderança do grupo.

O Conselho de Ministros aprovou em 17 de julho a concessão de um empréstimo de até 1.200 milhões de euros à TAP, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia. “O Conselho de Ministros aprovou hoje [17 de julho], por via eletrónica, a concessão de um empréstimo à Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (TAP), no montante máximo de 1.200 milhões de euros, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia […] de 10 de junho de 2020, bem como as minutas dos respetivos contratos de financiamento e acordo complementar”, indicou, em comunicado, o Governo.

Além do empréstimo remunerado a favor do Grupo TAP de 946 milhões, ao qual poderão acrescer 254 milhões, sem que, contudo, o Estado se encontre vinculado à sua disponibilização, as negociações tinham em vista a aquisição, por parte do Estado Português, “de participações sociais, de direitos económicos e de uma parte das prestações acessórias da atual acionista da TAP SGPS, Atlantic Gateway, SGPS, Lda.”.

Desta forma, o Estado Português passa a deter uma participação social total de 72,5% e os correspondentes direitos económicos na TAP SGPS, pelo montante de 55 milhões de euros, referiu. Com esta operação, estabelece-se “a transmissão de participações sociais representativas de 22,5% do capital social e dos direitos de voto na TAP SGPS, passando o Estado a deter uma participação social total de 72,5%, e os correspondentes direitos económicos, pelo montante de 55 milhões de euros”.

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Governo propõe orientações para setor “muito complexo” dos eventos

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

Na Ministério da Economia já há “uma proposta que está em discussão com as várias secretarias de Estado". O setor dos eventos é “muito complexo” dado que envolve várias áreas de atividade.

O Ministério da Economia já tem uma proposta de orientações para o funcionamento do setor dos eventos que é “muito complexo” dado que envolve várias áreas de atividade, disse a secretária de Estado do Turismo à Lusa.

Rita Marques explicou que esta área inclui segmentos ligados a congressos e outros e, “tendo em conta que até ao momento a Direção-Geral da Saúde (DGS) ainda não definiu orientações específicas para a organização de eventos”, o Ministério da Economia “tem vindo a trabalhar para aclarar e interpretar os princípios e orientações aplicáveis aos eventos corporativos”, sendo que esta área está praticamente parada, devido à covid-19.

Rita Marques indicou que em causa estão “reuniões, congressos, exposições, feiras comerciais, seminários, toda uma panóplia muito grande de eventos que pode ser organizada por entidades públicas e privadas a colaboradores da própria instituição organizadora ou abertos ao público. Entendemos que devem começar a migrar paulatinamente para uma nova normalidade e daí a nossa necessidade de trabalhar nestes princípios e orientações aplicadas que é justamente uma das grandes reivindicações dos operadores económicos”, referiu.

De acordo com a governante, no Ministério da Economia já há “uma proposta que está em discussão com as várias secretarias de Estado”. “Já temos uma proposta de despacho interpretativo para o qual estamos a tentar reunir o máximo de consenso possível. É um assunto complexo, dada a disparidade das atividades económicas que estão aqui em causa”, indicou.

Hoje foi publicado o Decreto-Lei que permite que as empresas desta área possam reaver o IVA em despesas relativas à organização de eventos. “Estas empresas têm direito a passar a usufruir de um benefício que incide sobre em que incorrem e não é dedutível junto da Autoridade Tributária. Neste momento, temos um código de IVA que estabelece que as empresas possam deduzir 50% e os outros 50% não eram dedutíveis e passam a ser”, sendo que podem começar, a partir de quarta-feira, a submeter estas despesas ao Turismo de Portugal, através do portal ePortugal, que as vai depois reembolsar.

“O pedido de restituição pode ser já apresentado e tem que se reportar a períodos mensais. Infelizmente não tiveram grandes eventos, mas se eventualmente existirem o IVA é deduzido e pode ser pedido”, indicou. No diploma esclarece-se que o pedido pode ser feito a “partir do segundo mês seguinte à emissão dos documentos de suporte, até ao termo do prazo de um ano a contar da data de emissão daqueles” e, esclareceu a governante, não tem efeitos retroativos.

Rita Marques garantiu ainda que a linha de crédito para os organizadores de eventos, no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social, está praticamente concluída, faltando apenas “enquadramento orçamental”.

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) organiza hoje um protesto, no Terreiro do Paço, em Lisboa, que pretende sensibilizar o Governo para a necessidade de medidas urgentes para o setor. O protesto vai decorrer entre as 20:00 e as 22:00 e consiste na colocação de várias instalações compostas por malas de porão, com as insígnias de cada empresa, ocupando o perímetro da Praça do Comércio.

Nas fachadas do Terreiro do Paço serão ainda projetadas imagens, vídeos e frases que refletem o estado do setor. Segundo um inquérito realizado pela APSTE, em maio, 60% das empresas do setor recorreram ao ‘lay-off’ e mais de metade (56%) não têm liquidez para pagar os salários nos meses de agosto e setembro.

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Ouro regista maior queda diária desde 2011 e fica abaixo de 2.000 dólares por onça

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

A evolução hoje registada está ligada à incerteza quanto à recuperação da economia face a crise gerada pela pandemia de covid-19.

A cotação da onça de ouro recuou 4,21% esta terça-feira, a maior descida percentual diária em quase nove anos, ficando abaixo dos 2.000 dólares (1.700 euros), segundo dados do mercado citado pelas Efe.

Pelas 18:00, a onça de ouro registava a maior queda desde 26 de setembro de 2011, ficando nos 1.942,03 dólares.

Naquela data, o ouro perdeu cerca de 90 dólares por onça, após ter sido divulgada a situação da economia grega e as respetivas medidas monetárias, como a redução das taxas de juro.

A evolução hoje registada está ligada à incerteza quanto à recuperação da economia face a crise gerada pela pandemia de covid-19, bem como ao otimismo dos investidores que optaram por ativos de maior risco, segundo fontes consultadas pela agência Efe.

Na sexta-feira, o ouro tinha atingido o valor recorde de 2.075,47 dólares.

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Pandemia afetou mais de 70% dos jovens que estudam e trabalham. Um em cada seis perdeu o emprego

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

Um em cada seis estudantes trabalhadores ficaram sem emprego durante o confinamento imposto pela covid-19 e 38% afirmam sentir incerteza sobre o seu futuro.

Mais de 70 por cento dos jovens estudantes ou trabalhadores-estudantes foram afetados negativamente pela pandemia, alertou esta terça-feira a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que aponta o “efeito devastador” da pandemia na educação, formação e trabalho da juventude.

Num inquérito sobre os impactos do novo coronavírus sobre o emprego, educação, direitos e saúde mental, a agência das Nações Unidas assinala que 65% de mais de 12.605 jovens entre os 18 e os 34 anos inquiridos online relataram ter aprendido menos com o fim das aulas presenciais.

No inquérito, conduzido entre 21 de abril e 21 de maio, metade responderam ainda que ter aulas à distância iria atrasar os seus estudos e nove por cento afirmaram recear uma reprovação.

Um em cada seis estudantes trabalhadores ficaram sem emprego durante o confinamento imposto pela covid-19 e 38% afirmam sentir incerteza sobre o seu futuro, uma vez que muitos trabalham em setores especialmente afetados, como serviços ou vendas.

Dos que não perderam o emprego, 42% tiveram cortes no vencimento, assinala a OIT, que afirma que a crise pós-covid-19 vai “criar mais obstáculos no mercado laboral e aumentar o período de transição da escola para o emprego”.

Tudo isto tem impacto na saúde mental e no estudo: Estima-se que é possível que 50% dos inquiridos estejam sujeitos a depressão ou ansiedade e que é provável que 17% estejam mesmo afetados.

O impacto da pandemia na educação dos jovens é superior nos países de rendimentos mais baixos por causa de terem menos acesso à Internet, menos computadores e casas mais pequenas.

Enquanto 65% dos jovens em países com rendimentos mais altos tiveram acesso a aulas por vídeo, isso aconteceu com apenas 18% dos inquiridos que vivem em países mais pobres.

O director-geral da OIT, Guy Ryder, afirmou que a pandemia está causar “vários choques” na vida dos jovens: “não só destrói empregos e perspetivas de emprego como perturba a educação e formação e tem impactos sérios no bem-estar mental”. “Não podemos deixar que isto aconteça”, defendeu, na véspera do Dia Mundial da Juventude, que se assinala na quarta-feira.

A OIT advoga a reintegração no mercado laboral dos jovens que perderam o seu trabalho ou que estão em regime de ‘lay-off’ e perderam rendimento, bem como apoio psicológico e acesso a benefícios sociais. Durante a pandemia, um quarto dos jovens inquiridos foi fazer voluntariado, demonstrando “a sua energia para se mobilizarem e fazerem ouvir a sua voz na luta contra a crise”, salienta a OIT.

Exigem-se “resposta políticas urgentes e em grande escala para proteger uma geração inteira de jovens cujas perspetivas de emprego podem ficar permanentemente afetadas pela crise”.

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Prova dos 9: Os festivais não estão proibidos? E a Festa do Avante?

O PCP defende a realização da Festa do Avante, argumentando que os festivais não foram proibidos. Já Marques Mendes questiona se a lei não é igual para todos. Quem tem razão? Eis a Prova dos 9.

A polémica face à realização da Festa do Avante em plena pandemia continua a marcar as conferências de imprensa da Direção-Geral da Saúde e até levou à realização de uma conferência de imprensa do PCP sobre o tema. Mais recentemente, os comentários duros vieram de Marques Mendes e a defesa de António Filipe. O comentador questionou se a lei não é igual para todos enquanto o deputado do PCP disse que “não é verdade que os festivais estejam proibidos”. Quem tem razão?

“Como é que se explica que proíbam os festivais de música de verão e depois autorizem o festival de música que faz parte da Festa do Avante?”, perguntou Luís Marques Mendes no seu comentário semanal no Jornal de Noite, da SIC, criticando tanto o Governo como a DGS pela falta de coerência e o próprio PCP por não dar o exemplo à sociedade portuguesa, ao contrários dos outros partidos que cancelaram os eventos públicos e de massas da rentrée política. “Afinal, há filhos e enteados? Então a lei não é igual para todos?“, questionou o ex-líder do PSD.

Após o comentário, António Filipe ironizava na sua página de Facebook: “Estou destroçado. Tinha tanta esperança de vender uma EP [entrada permanente] ao Marques Mendes”. Anteriormente, o deputado do PCP tinha feito uma longa publicação onde defendia a realização do Festa do Avante, desde logo atacando uma das premissas de Marques Mendes ao dizer que “não é verdade que os festivais estejam proibidos”. E adiantou que, apesar de haver capacidade para 100 mil pessoas, não quer dizer que seja esse o número efetivo de festivaleiros.

A questão impõe-se: afinal, podem realizar-se festivais ou não?

A afirmação

“Também não é verdade que os festivais estejam proibidos. Eles podem ser feitos desde que sejam cumpridas as regras impostas pela DGS. Que os promotores não queiram assumir essa responsabilidade é problema deles. Não venham é acusar o PCP de querer exceções. Até por que, como é notório, há festivais a serem realizados.”

António Filipe, deputado do PCP, no Facebook, 9 de agosto

Os factos

Logo quando anunciou a proibição dos festivais até 30 de setembro, o Governo foi obrigado a mudar o comunicado do Conselho de Ministros por causa do PCP: onde se lia anteriormente “festivais de música” passou a ler-se “festivais e espetáculos de natureza análoga”, depois de os comunistas terem dito que o Avante é uma “grande realização político-cultural que se realiza desde 1976, muitos anos antes da existência daquele tipo de festivais”. Desde então, a maioria dos festivais de música cancelou a edição de 2020, adiando-a para o próximo ano, mas o PCP decidiu manter a realização da sua maior festa.

O decreto do Executivo, que viria a ser aprovado pela Assembleia da República e promulgado pelo Presidente da República, é mais complexo do que uma simples proibição. De facto, no primeiro ponto, lê-se que “é proibida, até 30 de setembro de 2020, a realização ao vivo em recintos cobertos ou ao ar livre de festivais e espetáculos de natureza análoga”. Esta definição deixa de fora os eventos definidos como iniciativa política, religiosa ou social pela entidade promotora, como é o caso da Festa do Avante que se realiza entre 5 a 7 de setembro, na Quinta da Atalaia, no Seixal, num recinto com trinta hectares.

Além disso, no segundo ponto, abre-se uma exceção aos “festivais e espetáculos de natureza análoga”: “Os espetáculos referidos no número anterior podem excecionalmente ter lugar, em recinto coberto ou ao ar livre, com lugar marcado, após comunicação nos termos do número anterior e no respeito pela lotação especificamente definida pela Direção-Geral da Saúde em função das regras de distanciamento físico que sejam adequadas face à evolução da pandemia da doença COVID-19″.

Esta foi a leitura que Marcelo Rebelo de Sousa deixou bem patente quando promulgou o decreto. “Mesmo os assim qualificados festivais e espetáculos de natureza análoga podem realizar-se desde que haja lugares marcados e a lotação e o distanciamento físico sejam respeitados”, escreveu o Presidente da República, apelando à “garantia do princípio da igualdade entre cidadãos, a transparência das qualificações, sua aplicação e fiscalização e a clareza e o conhecimento atempado das regras sanitárias aplicáveis nos casos concretos”. Ou seja, o decreto deixou a porta aberta a eventos de grande dimensão — sejam classificados como políticos ou não — desde que devidamente coordenados com a DGS, como está a acontecer atualmente com o PCP e a Festa do Avante.

Essa interpretação foi confirmada então pelo primeiro-ministro: “A atividade política do PCP ou de qualquer outro partido não está proibida”, disse António Costa, deixando no ar a ideia de que o festival comunista poderá realizar-se, desde que cumpra as recomendações da DGS. A ministra da Cultura, Graça Fonseca, explicou também que fica prevista “a possibilidade de realização de alguns eventos culturais, desde que sejam cumpridas as regras de lugares marcados, mesmo que ao ar livre, a limitação de entradas e se forem cumpridas as regras da Direção-Geral da Saúde (DGS)”.

As reuniões entre a DGS e o PCP começaram ontem e o subdiretor-geral da DGS, Rui Portugal, já admitiu que podem ser recomendados “eventuais ajustes” ao evento após se concluir a análise do plano enviado pela organização comunista. Os encontros têm um “caráter técnico”, existindo “um trabalho conjunto a fazer com grande ponderação”, fruto de avaliação do risco e da atividade epidémica, explicou o secretário de Estado da Saúde, António Sales. Não se conhece em pormenor todas as regras, mas o PCP já divulgou um vídeo com as medidas sanitárias que pretende implementar.

Um exemplo de outro festival que já ocorreu durante a pandemia é o Festival ao Largo, patrocinado pelo Millennium BCP, entre 10 a 25 de julho, no Palácio Nacional da Ajuda. Contudo, a dimensão deste festival, face ao Avante, não é comparável (é menor). Segundo o PCP, há ainda “o Jazz ao ar livre em Leiria, o Jardim de Verão na Gulbenkian, programação do CCB, ‘Noites do Palácio’, no Porto”. “A proibição dos Festivais de Verão correspondeu a uma decisão adotada de acordo com os interesses específicos dos seus promotores face a problemas concretos que estes identificaram”, escreveu o partido, referindo-se possivelmente ao problema financeiro que se coloca aos privados com a realização destes eventos com uma lotação reduzida.

A Prova dos 9

Da leitura estrita da lei, a conclusão é que nada proíbe a realização da Festa do Avante, segundo a interpretação que o Governo e o Presidente da República fazem do decreto aprovado pela Assembleia da República. O mesmo se aplica aos restantes festivais que, em coordenação com a DGS e cumprindo determinadas regras, podem realizar-se este ano. Assim, não se verifica a insinuação de Marques Mendes de que há “filhos e enteados” e uma aplicação diferenciada da lei. E confirma-se a veracidade das palavras de António Filipe quando diz que os festivais não estão totalmente proibidos à luz da lei.

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“Falta saber quem é o último beneficiário desta coisa”, avisa Rui Rio sobre venda da GNB Vida

  • ECO
  • 11 Agosto 2020

O presidente do PSD reagiu à notícia de que a GNB Vida foi vendida pelo Novo Banco com um desconto de 70%, lembrando que "falta saber quem é o último beneficiário" da operação.

O presidente do PSD reagiu à notícia de que o Novo Banco vendeu a GNB Vida com um desconto de 70%. Numa mensagem publicada no Twitter, Rui Rio critica o Novo Banco porque “pagaram os contribuintes” a perda gerada pelo negócio e alertou que “ainda falta saber quem é o último beneficiário desta coisa”.

“Em 2016, no balanço do Banco Bom, a GNB Vida valia 620 milhões de euros. Em junho de 2019, tinha capitais próprios de 391 milhões de euros. Três meses depois, é vendida por 123 milhões de euros. As perdas, que dizem ser de 268 milhões de euros, pagaram os contribuintes. E ainda falta saber quem é o último beneficiário desta coisa”, atirou Rui Rio, num comentário a uma notícia do Público.

O Público denunciou esta segunda-feira que o banco liderado por António Ramalho vendeu a GNB Vida com um desconto de 70% e indica que as autoridades portuguesas e europeias terão desvalorizado alegados indícios de ligação do comprador do ativo ao magnata do setor dos seguros Greg Lindberg, que foi condenado já este ano nos EUA por corrupção e fraude fiscal.

O Novo Banco assegura que o “preço final da transação foi o melhor” e a empresa, agora designada de Gama Life, garante não ter relação com o referido gestor.

A notícia voltou a atirar o Novo Banco para uma polémica, num dia em que o próprio PSD veio a público reagir à situação. “Começa a ser evidente que este caso terminará com uma comissão de inquérito parlamentar”, afirmou o deputado Duarte Pacheco em declarações à rádio TSF.

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Governo lança ferramenta de autoavaliação para inovar administração pública

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

o objetivo para 2020 é realizar 15 exercícios de autoavaliação em entidades da Administração Pública, envolvendo 1.800 trabalhadores, e implementar nove planos de melhoria de competências.

O Governo lançou esta terça-feira a “ferramenta de autoavaliação da cultura de inovação na administração pública”, uma medida do programa Simplex’20-21, com vista a avaliar as capacidades das entidades do Estado e implementar planos de melhoria de competências.

A medida foi apresentada hoje pela secretária de Estado da Inovação e da Modernização Administrativa, Maria de Fátima Fonseca, em Lisboa.

Segundo um comunicado do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, o objetivo para 2020 é realizar 15 exercícios de autoavaliação em entidades da Administração Pública, envolvendo 1.800 trabalhadores, e implementar nove planos de melhoria de competências.

Para 2021 estão previstos, no mínimo, 40 exercícios de autoavaliação, envolvendo 4.800 trabalhadores, e a implementação de 24 planos de melhoria de competências.

A autoavaliação é feita tendo em conta dez áreas: estratégia, liderança, pessoas, estrutura, incentivos, ferramentas, gestão do risco, redes e conhecimento, compras públicas e financiamento.

Cada uma dessas áreas é avaliada através de um conjunto de evidências relativas às capacidades específicas que são essenciais para que exista uma cultura de inovação no contexto da gestão pública”, afirma a tutela.

A medida, continua o ministério liderado por Alexandra Leitão, “tem como objetivo imediato avaliar a capacidade das entidades públicas para formular e alinhar uma estratégia de inovação com a estratégia organizacional”.

Após a autoavaliação, será elaborado um plano de melhoria da capacidade de inovação, “que irá contribuir para o desenvolvimento das competências de inovação nos trabalhadores, dirigentes e nos serviços”, pode ler-se no comunicado.

A Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA) apoiará as entidades no exercício de autoavaliação.

O reforço da cultura de inovação é, segundo o ministério, “um propósito particularmente relevante num momento em que a Administração Pública é solicitada a tomar parte ativa no desenvolvimento de estratégias mobilizadoras e na execução das medidas necessárias à recuperação económica e ao reforço da coesão social do país”.

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Investigadores portugueses em projeto para detetar cancro com inteligência artificial

  • Lusa
  • 11 Agosto 2020

Investigadores da Universidade do Porto, ligados ao projeto CADPath.AI, estão a desenvolver uma ferramenta baseada em inteligência artificial para diagnóstico automático de patologias oncológicas.

Investigadores da Universidade do Porto, ligados ao projeto CADPath.AI, estão a desenvolver uma ferramenta baseada em inteligência artificial para diagnóstico automático de patologias oncológicas.

“Tarefas como, por exemplo, a identificação das células tumorais, a contagem de células mitóticas, ou a identificação de crescimento invasivo, assim como a sua medição, podem agora ser realizadas através da utilização da inteligência artificial”, explica o investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), da Universidade do Porto, Jaime Cardoso, citado em comunicado.

De acordo com o investigador, que é também professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), além de possibilitar a realização de um diagnóstico em rede, auxiliada por outras ferramentas tecnológicas, a ferramenta que está a ser desenvolvida no âmbito do projeto CADPath.AI vai permitir diminuir o tempo que o patologista despende na observação microscópica.

O CADPath.AI (Computer Aided Diagnosis in Pathology) é um projeto do laboratório IMP Diagnostics, numa parceria com o INESC TEC e com a empresa de dispositivos médicos Leica Biosystems, que conta com um financiamento de cerca de 70% do programa COMPETE2020, num investimento total de um milhão de euros.

Segundo o INESC TEC, esta a “solução inovadora” permitirá “dar um salto considerável na forma como o diagnóstico anátomo-patológico de amostras histológicas é atualmente realizado” e o processo de diagnóstico “poderá passar a ser, a partir de 2022, totalmente digital, introduzindo os algoritmos como complemento ao trabalho dos anatomopatologistas na identificação de anomalias”.

“Sabendo-se que o diagnóstico atempado e rigoroso é um instrumento essencial para o combate ao cancro, os anatomopatologistas vão passar a dispor, a partir de 2022, de uma importante ferramenta baseada em inteligência artificial”, acrescenta.

Citada no documento, a gestora de projetos do IMP Diagnostics, Ana Monteiro, destaca o foco “na melhoria contínua do diagnóstico”. “Pretendemos ir mais longe e disponibilizar ao mercado uma ferramenta de diagnóstico automático de patologias oncológicas; uma base de dados, contemplando as lâminas digitalizadas e respetivas anotações, história clínica e diagnóstico; e uma plataforma para geração de conhecimento científico”, conclui.

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