Um milhão de portugueses ainda não recicla por falta de hábito ou ecopontos ao pé de casa

Apenas 37,2% dos inquiridos acreditam que a solução são penalizações para os cidadãos que não fazem separação de resíduos, refere o relatório “Radar da Reciclagem” realizado pela Marktest para a SPV.

Nove em cada dez portugueses já reciclam as suas embalagens, revela um inquérito realizado em novembro de 2020 pela Marktest em colaboração com a Sociedade Ponto Verde. Um comportamento justificado pela forte consciência ambiental (79,1%), o civismo (72,2%) e o reaproveitamento dos resíduos em novos produtos (54,4%).

Em casa é o local onde é mais habitual os portugueses separarem embalagens para a reciclagem (95,5%), mas mais de metade também já faz separação fora de casa, no trabalho ou escola.

Já quem ainda não separa o lixo nem o encaminha para reciclagem (cerca de um milhão de portugueses) diz que o faz por falta de hábito (48,2%) ou por não ter um ecoponto perto de casa (42,8%). A falta de espaço em casa e não acreditar que os resíduos são efetivamente reciclados são também dois dos fatores mais referidos (27% e 26,3% respetivamente).

Apenas 37,2% dos inquiridos acreditam que a solução são penalizações para os cidadãos que não fazem separação de resíduos, refere o relatório “Radar da Reciclagem”.

O inquérito mostrou ainda que 89% dos inquiridos estão hoje mais preocupados com os problemas ambientais do que há dez anos e consideram que os gestos que mais podem contribuir para a proteção ambiental são a separação de embalagens para reciclagem, reutilização e reaproveitamento de tudo o que é possível, redução do consumo de água, não-utilização de produtos descartáveis e levar o próprio saco quando se vai às compras.

“Num registo totalmente espontâneo, os portugueses identificaram três grandes problemas ambientais que os preocupam: poluição, proteção marinha e aquecimento global, sendo a reciclagem de resíduos considerada por 2/3 dos portugueses como o maior contributo para um ambiente melhor”, segundo os autores do estudo.

Por outro lado, reduzir o consumo de plástico é um comportamento diferenciador entre gerações, sendo referido por 25% da geração Z (os mais novos, nascidos entre 1999 e 2005), mas por apenas apenas 8% da geração Baby Boomers (nascidos entre 1955 e 1962).

Para a geração Z, o aquecimento global é o problema mais referido e é esta a geração que mais refere a desflorestação. No caso dos Baby Boomers, destaque para o elevado número de referências à poluição atmosférica, comparativamente às restantes gerações.

Com este estudo, a Sociedade Ponto Verde (SPV) procurou conhecer os problemas ambientais que mais preocupam os portugueses, os comportamentos adotados para um ambiente melhor e, neste enquadramento, a sua posição face à reciclagem

Na realização do inquérito foram feitas 1.004 entrevistas a residentes em Portugal continental com idades entre os 15 e os 64 anos entre 6 e 17 de novembro.

No relatório é apresentada uma segmentação geracional, considerando as seguintes gerações: Geração Z (nascidos entre 1999 e 2005 – 15-21 anos); Geração Y (“Millennials” – nascidos entre 1984 e 1998 – 22-36 anos; Geração X (nascidos entre 1963 e 1983 – 37-57 anos); Geração Baby Boomers (nascidos entre 1955 e 1962 – 58-65 anos).

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5 coisas que vão marcar o dia

Serão conhecidos dados sobre a atividade turística no país, bem como sobre os gastos das famílias com comunicações. Lá fora, o Parlamento britânico vota o acordo do Brexit.

São conhecidos esta quarta-feira vários dados estatísticos, nomeadamente sobre a atividade turística em Portugal, bem com sobre os gastos das famílias europeias com comunicações. O dia será também marcado pela discussão do acordo entre o Reino Unido e a União Europeia no Parlamento britânico.

Trabalhadores da Petrogal debatem fim da refinação em Matosinhos

É um dos temas do momento: o encerramento da refinaria de Matosinhos, que será alvo de debate esta quarta-feira num plenário dos trabalhadores da Petrogal. O encontro vai servir para debater o fim da refinação de Matosinhos, anunciada pela Galp. A empresa estará a preparar a transformação da refinaria de produtos petrolíferos de Matosinhos numa refinaria de lítio.

Gastos das famílias com telecomunicações

Ao nível das estatísticas, o gabinete da União Europeia, o Eurostat, divulga esta quarta-feira os valores relativos às despesas das famílias com comunicações. Em 2018, as famílias da União Europeia gastaram mais de 200 mil milhões de euros, ou o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto, em comunicações. Portugal teve das maiores quedas da Europa nestes gastos.

INE publica dados do turismo

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica esta quarta-feira a estimativa rápida da Atividade Turística no país durante o mês de novembro, marcado pela segunda vaga da pandemia. Em outubro, as quebras na atividade turística em Portugal acentuaram-se sendo que o setor registou um milhão de hóspedes e 2,4 milhões de dormidas, respetivamente quebras de 59,7% e de 63,3%, acima das verificadas em setembro. O Banco de Portugal vai também divulgar o indicador preliminar das viagens e turismo da balança de pagamentos de novembro.

Falências em tempo de pandemia

O Instituto Nacional de Estatística vai também divulgar os dados relativos à constituição e dissolução de empresas no país, durante novembro, permitindo perceber o impacto da pandemia no ecossistema empresarial. O gabinete de estatísticas vai ainda publicar os índices de Produção Industrial relativos ao mês passado.

Parlamento britânico vota acordo com UE

Depois de os negociadores europeus e britânicos terem alcançado um acordo para a relação futura dos dois blocos na véspera de Natal, os parlamentos nacionais têm de dar o seu aval. Esta quarta-feira é a vez do Parlamento britânico, que foi convocado para discutir e votar o acordo feito para o Brexit, um dia antes de terminar o período de transição.

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António Costa testa negativo à Covid-19 pela segunda vez e põe fim à quarentena

  • ECO
  • 30 Dezembro 2020

António Costa acaba o isolamento esta quarta-feira. É o último dos líderes europeus a sair de isolamento por ter estado em contacto com Emmanuel Macron, que testou positivo à Covid-19.

Foi na véspera de Natal que o Presidente francês, Emmanuel Macron, saiu do isolamento. Sete dias de ter testado positivo, Macron não já apresentava sintomas e pôde sair do isolamento, segundo as regras sanitárias em vigor em França.

Porém, devido à infeção do Presidente francês, vários responsáveis europeus tiveram de ficar em isolamento. É o caso do primeiro-ministro português que almoçou com Macron a 16 de dezembro no Palácio Eliseu, em Paris, para preparar a presidência portuguesa da União Europeia. António Costa foi então considerado um contacto de alto risco pelas autoridades de saúde e ficou em isolamento profilático, em São Bento, que acaba esta quarta-feira, 30 de dezembro.

António Costa fez novo teste à Covid-19 e o resultado foi novamente negativo. “O primeiro-ministro testou negativo para a Covid-19 no teste que efetuou ontem [terça-feira] e termina hoje o período de isolamento profilático de 14 dias que havia sido determinado pela autoridade de saúde”, refere nota do gabinete do PM. A mesma nota sublinha que António Costa “manteve toda a atividade executiva e a agenda de trabalho não presencial” e que sairá esat quarta-feira “do confinamento que cumpriu na Residência Oficial, em São Bento, retomando a atividade pública regular”.

Também o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, ficou de quarentena preventiva. Saiu a 24 de dezembro, passados dez dias desde a sua reunião com o Emmanuel Macron, em Paris.

Jean Castex, primeiro-ministro francês, esteve com o Presidente a 14 de dezembro e ficou em isolamento durante sete dias (período de isolamento exigido em França).

Outro contacto de risco foi o de Alexander de Croo, primeiro-ministro belga, que esteve numa reunião do Conselho Europeu com Macron no dia 10 de dezembro. O responsável ficou em quarentena assim que soube, mas dia 17 fez logo um teste que deu negativo, segundo o The Brussel Times. Aliás, tal como António Costa. Como já tinham passado sete dias desde o contacto e Alexander de Croo não tinha sintomas pode deixar o isolamento.

No seguimento da reunião europeia, também o Presidente da Comissão Europeia, Charles Michel, entrou em isolamento voluntário. No entanto, Charles Michel fez dois testes no espaço de uma semana, a 17 e 22 de dezembro, ambos deram negativo. Assim, Michel pode finalizar a quarentena ainda antes do Natal.

Também Xavier Bettel, primeiro-ministro do Luxemburgo, se isolou ao saber do teste positivo do Chefe de Estado francês. No entanto, o isolamento não durou muito. De acordo com a televisão nacional RTL, Bettel fez o teste dia 17 e dia 18 recebeu o resultado negativo, deixando assim o isolamento pois não foi considerado contacto de alto risco.

A seguir à reunião do Conselho Europeu mais um líder testou positivo. Foi Igor Matovic, primeiro-ministro eslovaco, revelou estar infetado apenas um dia depois de Macron. Matovic teve de fazer dez dias de quarentena, acabando dia 28. Porém, o responsável não esclareceu onde foi infetado.

(Notícia atualizada às 12h00 com o segundo teste de António Costa)

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Avaliação das casas continua a subir. Veja os preços por região

A avaliação bancária das casas continua a subir e, atualmente, a média nacional está em 1.144 euros por metro quadrado. Mas há zonas do país onde este valor é superior.

A subida dos preços das casas tem estado a abrandar, mas a avaliação que os bancos fazem dos imóveis na altura de concederem crédito não está a acompanhar essa tendência. Este indicador está a subir há mais de três anos consecutivos e nem a pandemia foi suficiente para abalar este crescimento. Em novembro a média nacional foi de 1.144 euros por metro quadrado. Mas há zonas do país onde este valor é bastante superior.

A avaliação bancária subiu durante 35 meses consecutivos até fevereiro deste ano, mas em março essa cadeia foi quebrada e o indicador caiu um euro, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, desde março, a avaliação bancária voltou às subidas — apenas tendo estabilizado de agosto para setembro. Em outubro a tendência regressou com um novo aumento, tal como em novembro.

No décimo primeiro mês do ano, a subida foi de 13 euros face a outubro. No caso dos apartamentos o aumento foi de sete euros para 1.252 euros por metro quadrado, mas nas moradias foi um pouco menor: uma subida de 13 euros para 954 euros por metro quadrado.

Analisando o mapa, percebe-se que há regiões onde o valor médio é superior à média nacional. Lisboa está, como seria de esperar, no top, mas não no topo. A liderança é do Algarve, com uma avaliação bancária de 1.562 euros por metro quadrado. Atrás vem a capital, com uma média de 1.507 euros por metro quadrado e a região do Porto com 1.248 euros por metro quadrado.

No extremo oposto está a região de Beiras e Serra da Estrela, com um valor médio do metro quadrado a ficar-se pelos 669 euros. Veja, em baixo, os valores para as restantes regiões.

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Justificações do Governo sobre a TAP não convencem partidos nem sindicatos

Executivo confirma aumentos salariais dos administradores, mas alega que os custos totais diminuem. Porém, os partidos mantêm os pedidos de reversão da decisão. Entre os trabalhadores há indignação.

Apesar dos aumentos salariais de três administradores, a TAP não terá mais custos. É com esta justificação que o Governo confirma as revisões dos salários de Ramiro Sequeira, Miguel Frasquilho e Alexandra Reis dias antes do envio do plano de reestruturação para Bruxelas. Os partidos que pediram explicações ao Governo não ficam, no entanto, convencidos e defendem a reversão da decisão, enquanto os representantes dos trabalhadores estão indignados.

Com a passagem a CEO interino da TAP, o salário de Ramiro Sequeira passou para 35 mil euros brutos por mês (contra os 17 mil de chief operating officer), segundo avançou o ECO. O ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos clarificou que o aumento resulta de uma acumulação das funções anteriores com as novas. O mesmo acontece com Alexandra Vieira Reis, que já era diretora da TAP e ganhava 14 mil euros mensais, tendo passado a 25 mil euros com a entrada na comissão executiva.

Já Miguel Frasquilho, que era presidente do conselho de administração da TAP SA e assumiu novas funções na TAP SGPS e na Portugália, passou a ganhar 13,5 mil euros brutos por mês face aos anteriores 12 mil euros. O gestor abdicou deste aumento um dia depois da notícia do ECO. “A TAP não teve qualquer acréscimo de custos salariais com as funções desempenhadas pelos três administradores, bem pelo contrário. Comparando o mês de março com o mês de dezembro do atual ano, os encargos com o Conselho de Administração da TAP, na sua atual configuração, reduziram-se em 33% em valores brutos”, explicou o Governo.

"O sinal de desconsideração pelos portugueses e pelos trabalhadores da TAP está dado. Repor a situação anterior com efeitos retroativos é de bom senso, que é uma coisa que o Governo tem pouca.”

Cristóvão Norte

Deputado do PSD

Mas nem o PSD nem o Bloco de Esquerda — os dois partidos que questionaram o Governo sobre o assunto — estão convencidos. “Mantém-se a pertinência das questões”, diz o deputado social-democrata Cristóvão Norte. “Estão a ser pedidos 3,7 mil milhões de euros aos portugueses, estão em vias do maior despedimento coletivo de que há memória e ao mesmo tempo este Governo dedica-se a aumentar os que estão em exercício de funções“, critica.

O partido considera “moralmente inaceitável” que sejam feitos aumentos numa altura em que a empresa está prestes a entrar em reestruturação. “Do ponto de vista da paz social, é uma péssima decisão”, sublinha. “O sinal de desconsideração pelos portugueses e pelos trabalhadores da TAP está dado. Repor a situação anterior com efeitos retroativos é de bom senso, que é uma coisa que o Governo tem pouca“.

"As justificações vêm já tarde e sobre uma decisão que não devia ter sido tomada. Devia haver uma tomada de decisão política por parte do Governo e é isso que está a falhar.”

Isabel Pires

Deputado do BE

Tal como o PSD, também o BE quer mais. “As justificações vêm já tarde e sobre uma decisão que não devia ter sido tomada“, diz a deputada do BE, Isabel Pires, ao ECO. “Comparar momentos que não são comparáveis parece-nos que não faz sentido”. Apesar de ter conseguido perceber a resposta à primeira questão colocada pelo partido — “que sim, o Governo deu aval” à decisão –, mas mantém-se o pedido de reversão.

E o recuo de Frasquilho não é suficiente para tirar a responsabilidade do Executivo, na perspetiva do BE. “Acabou por ser uma tomada de decisão do ponto de vista pessoal. Devia haver uma tomada de decisão política por parte do Governo e é isso que está a falhar. Decisões individuais cabem a cada um, tem de existir uma posição política”, acrescentou Isabel Pires.

Além das questões destes dois partidos, o único outro partido a pronunciar-se sobre o assunto foi o Chega, cujo líder André Ventura classificou a situação de “vergonhosa”. Em declarações citadas pela Lusa, o candidato presencial e deputado disse esperar que a decisão seja revertida. “É um insulto a todos os portugueses, é um insulto a quem está a lutar para se manter à superfície, é um insulto aos funcionários da TAP”.

"Claro que as pessoas estão indignadas e incrédulas. É uma vergonha. Liderar pelo exemplo não existe aqui. Caiu que nem uma bomba dentro da TAP.”

André Teives

Presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos

Sindicatos indignados com aumentos em tempos de cortes

Mais do que os partidos foi entre os trabalhadores que a decisão mais gerou surpresa. “As pessoas que dão a cara pela reestruturação, pelos cortes e pelos despedimentos é que são aumentadas. A única coisa que nos apraz dizer é que queremos o mesmo: primeiro um aumento de 100% e depois até podem cortar 50%”, diz André Teives, presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) e representante da plataforma que agrega sete sindicatos afetos à TAP. “Claro que as pessoas estão indignadas e incrédulas. É uma vergonha. Liderar pelo exemplo não existe aqui. Caiu que nem uma bomba dentro da TAP”.

A principal razão para as críticas prende-se com o plano de reestruturação que irá implicar o despedimento de cerca de 3.000 trabalhadores (entre efetivos e não renovação de contratos a termo), acompanhada pela suspensão dos acordos de empresa e por cortes nos salários de 25% para a generalidade dos trabalhadores e de 30% para a administração. Segundo Pedro Nuno Santos, a redução dos custos é imprescindível para a reestruturação da companhia aérea.

Que moral terão estes senhores administradores para aplicar os cortes por si propostos, empurrando milhares para o desemprego e reduzindo em 25% os respetivos ordenados dos que ficam, ao mesmo tempo que vêm a sua conta bancária aumentar?“, questionou igualmente Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), pedindo a suspensão do plano. Questionado pelo ECO, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) não quis fazer comentários, não tendo sido possível contactar a Comissão de Trabalhadores.

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Candidatos vão gastar um milhão com campanha às presidenciais. Veja quem gasta mais e menos

O custo da campanha das presidenciais vai cair por causa da pandemia, passando para um terço do valor gasto em 2016 pelos candidatos. Tino de Rans e Marcelo são os que planeiam gastar menos.

A campanha para as eleições presidenciais é atípica. O país continua mergulhado numa pandemia e os candidatos decidiram adaptar as ações à nova realidade, o que ditou uma redução significativa dos orçamentos das Presidenciais 2021. Ao todo, os sete candidatos que entregaram o orçamento de campanha esta semana à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos pretendem gastar um milhão de euros, o que compara com os três milhões de euros efetivamente gastos pelos candidatos em 2016.

1.005.067 euros. É este o total que os sete candidatos — falta o orçamento do candidato Eduardo Baptista, o primeiro nome da lista do boletim de voto — antecipam que vão gastar na campanha das presidenciais que arranca a 10 de janeiro, sendo que as eleições estão marcadas para 24 de janeiro. O valor representa um terço do que gastaram efetivamente os 10 candidatos de 2016.

O orçamento de Vitorino Silva, conhecido por “Tino de Rans”, será o mais baixo, com 16 mil euros, o que corresponde ao dobro dos 8,2 mil euros gastos na sua campanha presidencial em 2016. Segue-se Marcelo Rebelo de Sousa com um orçamento de 30,5 mil euros para a campanha da sua recandidatura, o que compara com os 179 mil euros que efetivamente gastou nas presidenciais em que foi eleito. Este valor fica acima dos 25 mil euros referidos inicialmente pelo atual Presidente da República, o qual deveria estar a referir-se apenas ao valor com que contava de subvenção pública, sendo o restante donativos.

O terceiro orçamento mais baixo é o de Tiago Mayan, o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal, que pretende gastar 38,5 mil euros, contando com 25 mil euros da IL. Ana Gomes, ex-eurodeputada do PS, fará uma campanha com um custo global de 53,5 mil euros, contando com 30 mil euros de donativos.

Os orçamentos maiores pertencem aos outros três candidatos apoiados por partidos, a começar por André Ventura, com um orçamento de 160 mil euros, contando com 100 mil euros de donativos e 25 mil euros do Chega. De seguida surge Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, com um orçamento de 256,6 mil euros, menos de metade dos 601 mil euros gastos na campanha presidencial de 2016 em que ficou em terceiro lugar.

João Ferreira tem a previsão de maiores gastos, seguido de Marisa Matias e André Ventura

Fonte: Orçamentos de campanha entregues pelos candidatos ao Tribunal Constitucional.

O orçamento maior pertence ao candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira, com gastos de 450 mil euros, contando com 50 mil euros do PCP. Contudo, este orçamento também representa uma redução face à candidatura de Edgar Silva de 2016, a qual gastou 581 mil euros.

Estes orçamentos, consoante os resultados finais das eleições, deverão determinar um gasto menor do Estado com a campanha das presidenciais face ao previsto. Há três milhões e meio de euros (80% de 10 mil vezes o Indexante de Apoios Sociais, que este ano é de 438,81 euros) disponíveis para pagar as campanhas das presidenciais através das subvenções públicas. Mas estas não pagam tudo, segundo a lei.

Desde logo, a subvenção pública só é atribuída aos candidatos que consigam pelo menos 5% dos votos. Para os que cheguem lá, o valor é distribuído da seguinte forma: 20% é distribuído em partes iguais entre os candidatos e 80% são entregues proporcionalmente, tendo em conta os votos obtidos. Contudo, a subvenção só é paga até ao valor das despesas efetivamente realizadas (não pode haver lucro).

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Marcelo acredita que esquerda vai viabilizar próximos Orçamentos do PS

O Presidente da República não antevê uma crise política nos próximos dois anos, argumentando que não será "mais difícil" aprovar os dois próximos Orçamentos do Estado.

O Presidente da República acredita que os partidos que têm apoiado o atual Governo do PS vão continuar a fazê-lo nos próximos dois Orçamentos do Estado. Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que os orçamentos são sempre de difícil negociação e que não prevê que o grau de dificuldade aumente nos OE para 2022 e 2023, antes das eleições legislativas de 2023.

Eu acredito que há condições que, quem viabilizou dois Orçamentos, viabilize mais dois“, disse Marcelo numa entrevista esta terça-feira à noite à RTP. O agora recandidato às presidenciais de 2021 considera que as negociações do Orçamento do Estado para 2021 foram tão difíceis quanto as da legislatura anterior em que havia um acordo escrito assinado pelo PS, PCP, BE e PEV. Ainda assim, o Bloco desta vez votou contra o OE 2021 pela primeira vez desde 2016.

“Se por ventura isso vier a acontecer, naturalmente o Presidente da República eleito a 24 de janeiro, supondo que sou eu, terei de aplicar a teoria que defini na minha primeira candidatura: há uma solução de Governo com a mesma composição parlamentar? Sim, vamos formá-lo. Não há uma composição de Governo, então aí há que ponderar a dissolução“, descreveu Marcelo Rebelo de Sousa sobre o futuro da estabilidade governativa.

O Presidente da República disse ainda que “nunca” achou que o atual primeiro-ministro, António Costa, quisesse realmente criar uma crise política para provocar eleições antecipadas. Apesar de haver essa tentação num Governo minoritário, Marcelo é de opinião que o Executivo não caiu nessa tentação, até porque considera que “avançar para eleições por iniciativa do próprio Governo é um risco enorme para o próprio Governo”.

Questionado sobre as críticas de alguma direita ao seu mandato, o candidato às eleições presidenciais argumentou que esteve sempre do lado dos portugueses e que não foi um Presidente de “fação”. Admitiu que “apertou” o Governo em algumas situações, mas que a maioria dos estudos de opinião apontam para uma maioria de portugueses a querer uma continuação da atual maioria de esquerda até ao final da legislatura.

Em relação especificamente ao OE 2021, o qual promulgou esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa deu ênfase a alguns reparos feitos na sua justificação, relembrando que “as empresas têm defendido um aligeirar dos impostos”, o que acabou por não se concretizar neste orçamento, e que é preciso não só olhar para o défice mas também para o drama social.

O Presidente da República admitiu também que poderia ter feito um “comentário mais duro” ao OE caso o país não estivesse mergulhado na crise pandémica. Contudo, afastou a possibilidade de estar a chumbar o OE ou enviá-lo para o Tribunal Constitucional: “Não é aconselhável”, concluiu.

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Wall Street desliza em sessão de baixa negociação

Os principais índices norte-americanos deslizaram esta terça-feira, após terem renovado máximos históricos no início da sessão.

Apesar do otimismo dos estímulos orçamentais e da vacina, os principais índices norte-americanos acabaram por deslizar esta terça-feira, revertendo os ganhos do início da sessão que levaram Wall Street para máximos históricos. Contudo, as sessões desta semana acontecem num período especial em que muitos estão de férias, o que contribui para a redução do volume de negociação. Uma sessão menos participada acaba por ser mais permeável à volatilidade.

O Dow Jones desceu 0,23% para os 30.334,69 pontos, o S&P 500 desvalorizou 0,37% para os 12.852,29 pontos e o Nasdaq cedeu 0,19% para os 3.728,10 pontos. A desvalorização dos principais índices norte-americanos pode ser explicada pelo esperado chumbo da proposta dos democratas para que o cheque dado aos norte-americanos suba de 600 dólares para 2.000 dólares. A proposta tem o apoio do presidente Donald Trump, mas deverá esbarrar no senado norte-americano controlado pelos republicanos, tal como sinalizou o líder Mitch McConnell.

Além disso, há o perigo de uma nova onda de infeções na sequência das celebrações do natal e do Ano Novo. O doutor Anthony Fauci alertou este domingo que o país poderia ser afetado por uma nova vaga de infeções após as celebrações do Natal e do Ano Novo.

Apesar desta queda ligeira, os investidores têm várias razões para estarem otimistas neste momento. A expectativa é que os estímulos orçamentais, nomeadamente o cheque de 600 dólares dado aos norte-americanos pelo Estado, ajudem a acelerar a recuperação económica à medida que a administração de vacinas — que já chegou a dois milhões de norte-americanos — comece a restaurar a confiança dos consumidores e das empresas.

Além dos estímulos orçamentais e da vacinação, os índices bolsista continuam a ser ajudados pelos estímulos monetários administrados pela Reserva Federal norte-americana (Fed) quase sem precedentes desde que a pandemia atingiu a economia no início deste ano.

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Pós-Brexit: 45 seguradoras impedidas de renovar apólices em Portugal

  • António Ferreira
  • 29 Dezembro 2020

No período pós-Brexit, que começa a 1 de janeiro, 45 seguradoras não vão poder prorrogar contratos de seguros, a não ser que abram sucursal em Portugal.

O Governo aprovou um decreto-lei (DL n.º 106/2020, de 23 de dezembro) estabelecendo um regime transitório aplicável à prestação de serviços financeiros por entidades com sede no Reino Unido no período pós-Brexit.

No que respeita ao setor segurador, após o termo do período de transição (que termina a 31 de dezembro), “as empresas de seguros sediadas no Reino Unido deixam de beneficiar do sistema de “passaporte da União Europeia” e de poder exercer a atividade seguradora ao abrigo da liberdade de estabelecimento ou da liberdade de prestação de serviços, a não ser que estabeleçam uma sucursal em Portugal” ao abrigo do regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora, aprovado em 2015, refere a Autoridade e Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) numa nota que assinala a publicação do decreto-lei em Diário da República (DR).

Em causa estão 45 empresas de seguros, sediadas no Reino Unido e registadas em território português para operarem em regime LPS (Livre Prestação de Serviços).

Dados: ASF; Tratamento da informação e infografia: ECOseguros

 

De acordo com informação disponível na página eletrónica da ASF, um total de 75 empresas de seguros britânicas estão autorizadas em Portugal (95% não Vida, 4% Vida e 1% com atividade mista), sendo que 28 são sucursais instaladas na União Europeia (algumas das seguradoras registaram em Portugal mais de uma sucursal das que têm a operar no mercado único europeu).

A Society of Lloyd’s, sediada em Londres, é um caso efetivo de transferência do negócio na UE para a sucursal na Bélgica (Lloyd’s Insurance Company SA/NV), entidade igualmente autorizada pela ASF. Isto significa que as entidades registadas no Reino Unido e com sucursal na UE, num total de 13, já acomodam (ou terão tido a possibilidade de requerer a transferência das) respetivas carteiras em sucursais instaladas nos países da União Europeia.

Dados: ASF; Tratamento da informação e infografia ECOseguros


Se não o fizeram, deverão observar o que está vertido no Capítulo III do decreto-lei nº 106/2020, de 23 de dezembro
, nomeadamente nos artigos 9º, 10ª e 11º do diploma legislativo aprovado em Conselho de Ministro de 10 de dezembro.

De acordo com o diploma legislativo: “Este novo regime clarifica que os contratos de seguro celebrados com empresa de seguros com sede no Reino Unido (…), permanecem em vigor até à data de cessação prevista no contrato, embora não sejam prorrogáveis nem alteráveis, exceto em benefício do tomador do seguro ou quando a alteração resulte da aplicação de norma legal imperativa” (artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 106/2020, de 23 de dezembro).

Adicionalmente, “prevê-se a prestação à ASF de informação inicial e contínua sobre estes contratos de seguro que permita a verificação do exercício da atividade e a monitorização do processo de run-off da carteira“, conforme dispõe o artigo 11º do decreto-lei:

Prestação de informação à ASF: Passos a dar

1 — As empresas de seguros enviam à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) informação sobre os contratos de seguro que cobrem riscos situados em território português ou relativamente aos quais Portugal seja o Estado -Membro do compromisso e que sejam mantidos em carteira após o termo do período de transição previsto no Acordo de saída.
2 — A informação prevista no número anterior é enviada no prazo de dois meses a contar do termo do período de transição previsto no Acordo de saída e renovada anualmente até 31 de março, por correio eletrónico, nos termos definidos no anexo IV ao presente decreto -lei e do qual faz parte integrante.
3 — Para o exercício das suas funções, a ASF pode solicitar quaisquer informações de que necessite sobre os contratos de seguro que permanecem em vigor nos termos do presente capítulo.”

Recorde-se que a ASF emitiu a Circular n.º 2/2020, de 3 de novembro, que informa sobre o termo do período de transição da saída do Reino Unido da União Europeia, onde se salienta a necessidade de as empresas de seguros e mediadores de seguros sediados no Reino Unido que exercem atividade em território Português disponibilizarem informação adequada aos tomadores de seguros, segurados e beneficiários por referência aos seus contratos.

Segundo justifica o Governo no referido DL, no dia 31 de dezembro de 2020 “termina o período de transição fixado no artigo 126.º do Acordo sobre a saída do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte da União Europeia e da Comunidade Europeia da Energia Atómica”. Após o termo do período de transição, o direito da União Europeia deixa de ser aplicável ao Reino Unido, incluindo o regime aplicável à prestação de serviços e ao exercício de atividades no território da União, “o que pode constituir um fator de insegurança jurídica no que respeita à validade e continuidade dos contratos em vigor e da atividade prosseguida por entidades do setor financeiro”.

“Torna-se, por isso, necessário aprovar medidas que garantam uma adequada transição, prevenindo a inexistência de um quadro jurídico que substitua o atualmente em vigor, após a saída do Reino Unido do mercado interno”, explica o legislador. Concretizando, o DL define um regime transitório através do qual se permite que as instituições de crédito, as empresas de investimento e as entidades gestoras com sede no Reino Unido que, no primeiro dia pós-Brexit, se encontrem autorizadas a prestar serviços e atividades de investimento ou serviços relativos a organismos de investimento coletivo em Portugal, continuem transitoriamente a fazê-lo em território português até 31 de dezembro de 2021.

No âmbito dos seguros, o legislador afirma a importância de “clarificar o regime aplicável aos contratos de seguro que cobrem riscos situados em território português ou relativamente aos quais Portugal seja o Estado -Membro do compromisso, cujo segurador seja empresa de seguros com sede no Reino Unido, e que tenham sido celebrados ao abrigo de uma autorização para o exercício da atividade seguradora em Portugal antes do termo do período de transição da saída do Reino Unido do mercado interno, sem que tivessem sido transferidos antes dessa data para uma empresa de seguros com sede no território da União Europeia ou para uma sucursal de empresa de seguros de país terceiro autorizada a exercer atividade em Portugal“.

A proteção dos interesses dos tomadores de seguros, segurados ou beneficiários “determina que esses contratos ou operações de seguro permaneçam em vigor até ao respetivo termo, ainda que não sejam prorrogáveis nem alteráveis, exceto em benefício do tomador de seguro ou quando a alteração resulte da aplicação de norma legal imperativa. Por outro lado, importa que a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões tenha informação inicial e contínua sobre estes contratos de seguro que lhe permita verificar o exercício da atividade e monitorizar o processo de run-off da carteira”, diz a lei.

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“Apelaria ao bom senso de não haver aumentos”, diz Marcelo sobre salários da TAP

Em entrevista à RTP, o chefe de Estado explicou que pediu justificações ao Governo sobre o caso dos aumentos salariais na TAP.

O Governo justificou ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa os aumentos salariais na TAP, incluindo a duplicação do salário de Ramiro Sequeira quando assumiu funções de CEO. Apesar de o chefe de Estado considerar que o “bom senso” determina que não se aumentassem salários, sublinha que o caso é isolado. Ainda assim, alerta o Governo que “em política, a perceção é importante”.

Apelaria ao bom senso de não haver aumentos“, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado sobre a TAP, em entrevista à RTP, na condição de candidato presidencial. Em causa está o aumento do salário de Ramiro Sequeira para 35 mil euros (de 17 mil de chief operating officer), segundo avançou o ECO.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos clarificou, esta terça-feira, que o aumento resulta de uma acumulação das funções anteriores com as novas. O presidente explicou ter falado o Governo sobre o assunto, que lhe explicou exatamente a acumulação de cargos, bem como que Sequeira fica a receber 33% abaixo do antecessor, Antonoaldo Neves.

É preciso que genericamente haja bom senso nestes casos. Mas um caso pontual é uma situação diferente do geral”, apontou, mas alertou: “nestes casos é preciso dar o exemplo”. Elogiou, ainda assim, a atitude de Miguel Frasquilho de abdicar do aumento que também recebeu (neste caso para 13,5 mil euros, dos anteriores 12 mil).

Em política, o que parece é. A perceção é fundamental. É preciso atenção“, respondeu o presidente quando questionado sobre se discordou da decisão do Governo, que, mesmo não estando na comissão de vencimentos, validou as revisões salariais. “Deve fazer-se mais para a perceção ser melhor”, acrescentou, apontando a possibilidade de voltar a ser negociada uma parceria com a Lufthansa como a que estava em cima da mesa em fevereiro, antes da pandemia.

(Notícia atualizada às 21h35)

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IHRU já tem 9 milhões para apoiar conversão do alojamento local em arrendamento acessível

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana já tem nove milhões de euros para apoiar a conversão de imóveis de alojamento local em arrendamento acessível. A verba é para 2020 e 2021.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) já tem disponíveis as verbas de nove milhões de euros para apoiar a reconversão do alojamento local em arrendamento acessível. A portaria foi que autoriza essa despesa foi publicada esta terça-feira e assinada pela secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, e a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves.

“Está publicada a portaria que autoriza o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P. (IHRU, I.P.) a assumir encargos plurianuais até ao montante global de nove milhões de euros (4,5 milhões em 2020 e 4,5 milhões em 2021) para apoiar a reconversão do alojamento local para arrendamento acessível”, anuncia o Ministério das Infraestruturas e da Habitação em comunicado enviado às redações.

O Ministério enquadra esta medida na “resposta concertada à crise habitacional”, com o objetivo de fomentar a conversão destes imóveis de turismo de curta duração em casas para famílias com rendas acessíveis. Este apoio estava previsto no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) aprovado pelo Governo em junho. Contudo, há regras para que os proprietários possam aceder a estas verbas:

  • Têm acesso à comparticipação as entidades públicas que intervenham num programa municipal de arrendamento para subarrendamento a custos acessíveis, relativamente a pedidos feitos até 31 de dezembro de 2021 e que acumulem dois critérios: serem titulares dos prédios ou frações que tenham estado afetos a alojamento local; destinarem esses prédios ou frações a subarrendamento habitacional a custos acessíveis.
  • A comparticipação será correspondente a 50% da diferença entre o valor da renda mensal da habitação paga pela entidade pública e o valor da renda mensal devida pelo subarrendatário no primeiro ano.
  • No caso de cessação de um dos arrendamentos que participem num programa municipal o beneficiário terá de devolver a comparticipação, nos termos determinados na portaria.

Como se aproxima o final deste ano, a portaria prevê que “o montante fixado para o ano de 2021 pode ser acrescido do saldo que se apurar na execução orçamental do ano anterior”.

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Vacinação contra a Covid-19 nos lares vai arrancar na próxima semana

A vacinação nos lares vai arrancar em 25 concelhos que têm uma maior incidência da Covid-19. Tratam-se de cerca de 150 estruturas residenciais para idosos.

A vacinação contra a Covid-19 nos lares vai arrancar na próxima semana, em 25 concelhos que têm uma incidência da doença mais elevada, adiantou a ministra da Saúde, Marta Temido, num balanço da vacinação. Estão identificadas cerca de 150 estruturas residenciais para pessoas idosas nestes concelhos.

Já foram vacinados 16.701 profissionais de saúde, sendo que será no início da próxima semana que se vai avançar para a próxima linha de vacinação, nos lares. “Está prevista uma entrega da Pfizer na semana que se inicia a 4 janeiro, e nesse momento iremos proceder à vacinação de profissionais de saúde mas também em estruturas residenciais para pessoas idosas”, explicou a ministra.

O critério para esta linha está então relacionado com a maior incidência de Covid-19, em 25 concelhos com risco extremo, que têm cerca de 150 estruturas residenciais para idosos e da rede nacional de cuidados continuados integrados. Tratam-se de 11 concelhos da região Norte, cinco do Centro, um de Lisboa e Vale do Tejo e oito do Alentejo.

A ministra adiantou também que “até agora não foram detetadas reações graves em relação à administração da vacina”, sublinhando que a atuação perante essas eventuais circunstâncias está protocolada. Aponta ainda que como até agora o universo vacinado foi de profissionais de saúde, as pessoas sabem como proceder, sendo que quando se avançar para a população mais geral poderão existir indicações para tal, como ligar para a linha SNS 24.

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