Empresas em dificuldades para pagar subsídio de Natal

O pagamento do subsídio de Natal está a ser um problema para algumas empresas. Está prevista uma comparticipação para aquelas que estejam em lay-off, mas não é certo quando será paga.

O pagamento dos subsídios de Natal está a ser difícil para algumas empresas, este ano, já que as restrições impostas para controlar a pandemia de coronavírus continuam a prejudicar de modo significativo os negócios. Para os empregadores que aderiram ao lay-off ou ao apoio à retoma progressiva, está prevista uma comparticipação da Segurança Social para esse fim, mas não é certo quando será paga. Os empresários pedem celeridade.

De acordo com a lei laboral, o trabalhador tem direito a receber o subsídio de Natal “de valor igual a um mês de retribuição” até 15 de dezembro de cada ano. Em caso de incumprimento, o empregador arrisca uma coima entre 2.040 euros e 61.200 euros, estando em causa uma contraordenação muito grave.

Em ano de pandemia, as empresas estão, contudo, em dificuldades para cumprir esse compromisso.

Em conversa com o ECO, o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) salienta que há hoje “muitas empresas com problemas de tesouraria”, especialmente face ao endurecimento das restrições das últimas semanas. João Vieira Lopes reconhece que os encargos com os subsídios de Natal já estavam previstos, mas frisa que a pandemia veio prejudicar as contas dos empregadores e, consequentemente, retirar “fôlego” para fazer face a essa obrigação.

No mesmo sentido, o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) sublinha que as empresas estão a viver “uma fase em que a quebra de atividade traz um acréscimo de dificuldades a todos os compromissos“, incluindo o pagamento dos subsídios de Natal, apesar de este ser um encargo já esperado. “É um período que é difícil. Não traz o volume de negócios previsto, há acréscimo de encargos — nomeadamente com o subsídio de Natal — e as medidas de confinamento vêm trazer constrangimentos. No caso das empresas viradas para a exportação, os mercados externos também estão em recessão”, explica.

“Todos os setores da atividade económica encontram dificuldades de tesouraria para fazer face aos seus compromissos. Raras são as exceções que estão em contraciclo”, acrescenta o presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP). José Eduardo Carvalho salienta, contudo, que “há uma tendência para primeiro solver as obrigações com trabalhadores e com impostos passiveis de reversões”, pelo que é possível que a obrigação do subsídio de Natal seja cumprida, mesmo face às dificuldades.

Por sua vez, o líder da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) enfatiza que as empresas “estão descapitalizadas”, pelo que têm recorrido a créditos para pagar salários, contribuições sociais e agora subsídios de Natal. “Ou recorrem a crédito ou encerram”, afirma César Araújo. “Grande parte das empresas está em dificuldade. As empresas vão endividar-se para pagar salários, subsídio de Natal e as [contribuições para a] Segurança Social“, acrescenta o mesmo.

Em contraponto, o líder da AEP salienta que as medidas de lay-off — nomeadamente o lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva — têm vindo a ajudar no esforço financeiro com os recursos humanos. “As moratórias dos empréstimos e o lay-off foram as medidas que evitaram o colapso total do tecido empresarial”, corrobora o presidente da AIP.

De notar que estes regimes (lay-off simplificado e tradicional, bem como o apoio à retoma progressiva) também preveem um apoio para o pagamento dos subsídios de Natal (além das remunerações mensais), mas ainda não é certo quando será transferido para os empregadores. “Não tenho conhecimento de data prevista para o pagamento“, garante o líder da AEP. “A Segurança Social ainda não disse quando ia fazer o pagamento“, corrobora o presidente da ANIVEC.

No âmbito lay-off (tradicional ou simplificado), o apoio é o correspondente a 50% da compensação retributiva paga ao trabalhador.

Por exemplo, se um trabalhador com um salário bruto de 1.200 euros tiver o seu horário cortado em 50%, tem direito, todos os meses, a 600 euros pelas horas trabalhadas e 200 euros pelas horas não trabalhadas. É a esse último que se chama compensação retributiva e, portanto, a Segurança Social pagará 100 euros ao empregador para ajudar no subsídio de Natal, que deverá ser equivalente a 100% da remuneração devida em condições normais (isto é, não é afetado pelos cortes implicados no regime de lay-off).

Ou seja, este mês, o empregador terá de desembolsar 1.200 euros de subsídio de Natal e 800 euros de salário com esse trabalhador, recebendo mais tarde da Segurança Social 240 euros de apoio: 100 euros referentes ao subsídio de Natal e 140 euros à comparticipação retributiva (a Segurança Social paga 70% dos referidos 200 euros).

Já no âmbito do apoio à retoma progressiva (desenhado para suceder ao lay-off simplificado), o empregador tem direito a uma ajuda para o pagamento do subsídio de Natal correspondente ao duodécimo de metade da compensação retributiva relativa ao número de meses de atribuição do apoio.

Por exemplo, no caso de um trabalhador com o tal salário de 1.200 euros e cujo horário tenha sido cortado em 50%, a comparticipação prevista é de 93,32 euros, estima a Segurança Social.

Para chegar a esse valor é preciso dividir a compensação retributiva devida em cada mês (o montante assegurado pelas horas não trabalhadas) por 12 e depois por dois. Somam-se, depois, os resultados dessa operação relativa a todos os meses em que o empregador esteve no apoio à retoma progressiva para apurar a comparticipação do subsídio de Natal.

Mas quando será pago esse apoio? Num webinar em agosto, a Segurança Social explicou que, no caso das empresas que estejam no apoio à retoma progressiva, o pagamento só será feito quando o empregador sair do regime, já que a comparticipação é calculada com base nos meses em que esteve abrangida.

Ora, uma vez que o apoio à retoma progressiva foi prolongado para 2021, no âmbito do Orçamento do Estado, tal poderá significar, a manter-se essa regra, que a comparticipação só chegará no próximo ano, quando o empregador considerar estar pronto para voltar à “normalidade” e sair do regime extraordinário de apoio ao emprego.

O ECO questionou o Ministério do Trabalho por duas vezes para perceber se, perante o prolongamento do apoio à retoma progressiva previsto no OE, a previsão do pagamento será alterada, mas não obteve resposta.

Recorreu, então, à linha de apoio da Segurança Social, que informou que a regra do pagamento no fim da concessão do apoio se mantém, pelo menos por agora. Ainda não há diretrizes para 2021, pelo que não é certo quando será pago o apoio.

No caso da comparticipação devida aos empregadores em lay-off tradicional ou simplificado, a Segurança Social apenas adiantou que o pagamento será feito de forma oficiosa, não se conhecendo também a data.

O presidente da AEP apela à Segurança Social que seja “célere” no pagamento da comparticipação em causa, já que as empresas estão em dificuldades. É importante que o apoio chegue o mais rápido possível, diz Luís Miguel Ribeiro.

Também a Ordem dos Contabilistas Certificados assegura que não há indicação quanto à data ou quanto à adaptação da legislação face ao prolongamento do apoio à retoma e critica o valor da comparticipação, considerando-o “completamente irrisório”.

A comparticipação da Segurança Social no subsídio de Natal é insuficiente, mas ajuda”, diz o presidente da AIP. José Eduardo Carvalho deixa, ainda assim, um alerta: “Dado o términus do diferimento das obrigações fiscais e contributivas são cada vez mais as empresas que deixaram de ter acesso aos apoios, incluindo esse [o apoio à retoma progressiva]. Creio que o deferimento das obrigações fiscais tem de voltar a ser equacionado, permitindo o acesso das empresas após a adoção de um regime mais flexível de acordos com a administração tributária e Segurança Social”.

De acordo com o Ministério do Trabalho, há cerca de 14 mil empresas no apoio à retoma progressiva, abrangendo 89 mil trabalhadores. Em lay-off simplificado, há cerca de 200 empregadores, que têm, no conjunto, em torno de 880 trabalhadores.

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5 coisas que vão marcar o dia

Governo apresenta o plano de reestruturação da TAP, no dia em que termina a reunião dos chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da União Europeia.

Esta sexta-feira, o Governo vai apresentar o plano de reestruturação da TAP, um dia depois de ter sido entregue na Comissão Europeia. No Parlamento, há debate com o ministro da Economia, já por Bruxelas, chega ao fim o Conselho Europeu, depois de ter sido já anunciado o acordo final para a bazuca e 1,8 biliões.

Governo apresenta plano da TAP

O Governo já entregou o plano reestruturação da TAP em Bruxelas, no último dia do prazo estabelecido pela Comissão Europeia. Esta sexta-feira, o Executivo dará uma conferência de imprensa sobre esta reestruturação, que não deverá afinal ser votada na Assembleia da República. Incluindo o cheque de 1,2 mil milhões de euros deste ano, as necessidades financeiras da companhia aérea nacional deverão atingir um total de três mil milhões de euros.

Siza Vieira é ouvido no Parlamento

Na sessão plenária desta sexta-feira, no Parlamento, tomará lugar um debate com o Governo sobre política setorial. Vai marcar presença na Assembleia da República o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, para responder aos deputados, um dia depois de ter apresentado novas medidas de apoio para as empresas.

INE divulga dados da construção e serviços

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica vários dados sobre as empresas esta sexta-feira, nomeadamente o índice de Produção, Emprego, Remunerações na Construção e os índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços, ambos referentes ao mês de outubro. Serão também conhecidas as estatísticas dos serviços prestados às empresas em 2019.

Trabalhadores da Efacec exigem “nacionalização definitiva”

Os trabalhadores da Efacec concentram-se esta sexta-feira junto às instalações da empresa em Matosinhos, para exigir que o Estado a “nacionalize definitivamente”. Os funcionários reivindicam também a reintegração dos 21 trabalhadores alvo de despedimento coletivo em 2018. O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos para a reprivatização dos 71,73% do capital da Efacec que foram alvo de nacionalização, prevendo que o processo demore cerca de seis meses.

Depois de acordo para bazuca, termina Conselho Europeu

Chega ao fim a reunião dos chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da União Europeia, depois de ter sido alcançado um acordo final sobre a bazuca europeia. Em discussão neste Conselho Europeu está também uma maior coordenação sobre a Covid-19, alterações climáticas, segurança e relações externas.

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Grupo Mello e família doam 12 milhões à Católica

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2020

O grupo Mello e a família doaram 12 milhões de euros à Universidade Católica de Lisboa para a construção de um novo Campus.

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) recebeu esta quinta-feira um donativo de 12 milhões de euros do Grupo José de Mello, para investimento no novo ‘Campus’. A doação, anunciada pela UCP em comunicado, foi formalizada na reitoria da universidade pelo presidente do Grupo José de Mello, Vasco de Mello; pela reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, e pelo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

O Presidente do Grupo José de Mello disse, citado no comunicado da universidade, que o apoio atribuído à UCP “visa reforçar o papel das instituições universitárias na formação de jovens qualificados, que possam contribuir para o desenvolvimento de Portugal”.

O novo ‘Campus Veritati’ da UCP ficará localizado a norte da Avenida Lusíada, com ligação ao ‘campus’ atual, integrando um novo edifício para instalação da faculdade de Economia e Gestão da UCP (Católica Lisbon School of Business & Economics), um edifício multifunções e um edifício destinado à Reitoria da UCP.

No seguimento do donativo, apresentada como “uma das mais relevantes doações realizadas em Portugal a uma Universidade”, o novo edifício da Católica Lisbon School of Business & Economics passará a chamar-se “Edifício José Manuel de Mello”.

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Governo já enviou plano de reestruturação da TAP para Bruxelas

Documento define medidas para reequilibrar atividade e contas da companhia aérea nos próximos cinco anos. Implica cortes no número de trabalhadores, na frota e rotas.

O plano de reestruturação da TAP já foi entregue pelo Governo à Comissão Europeia. A data limite era esta quinta-feira, exatamente seis meses depois de Bruxelas ter aprovado o primeiro apoio público à TAP, de 1,2 mil milhões de euros. Depois deste cheque — que está a servir para garantir a liquidez até final do ano –, a empresa ainda deverá precisar de mais 2 mil milhões de euros.

“Foi entregue hoje à Comissão Europeia uma proposta inicial do plano de reestruturação da TAP, ao abrigo da Diretiva Europeia que regulamenta os auxílios de Estado”, diz o comunicado conjunto do Ministério das Infraestruturas e da Habitação e do Ministério das Finanças. “A proposta enviada será discutida conjuntamente com a Comissão Europeia, no contexto da crise pandémica que afetou o setor da aviação a nível europeu”, acrescenta, salientando que no cenário base se “prevê que em 2021 a TAP venha a necessitar de um apoio de Estado de 970 milhões de euros“.

O documento que o Governo enviou, e que será apresentado esta sexta-feira pelo Ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos e pelo secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, “incorpora uma transformação significativa da operação da TAP, de forma a garantir a viabilidade e sustentabilidade da companhia no médio prazo”. Esta reestruturação “engloba medidas de melhoria da eficiência operacional, um redimensionamento da frota e de redução das despesas com pessoal”, remata.

As ajudas públicas à TAP são condicionadas a cortes, a começar pelos custos com pessoal. Entre não renovação de contratos a prazo, despedimentos ou reformas antecipadas, está prevista a saída de dois mil trabalhadores. Estes juntam-se aos 729 trabalhadores cujos contratos a termo chegaram ao fim entre o início do ano e o final de setembro e não foram renovados. O quadro de efetivos situava-se, no fim do terceiro trimestre, em 8.510 trabalhadores.

Quem fica, terá uma redução nos salários. Esse corte será progressivo (entre 20% e 25%), sendo que há a intenção de proteger os salários mais baixos, fixando um teto mínimo a partir do qual serão aplicados os respetivos cortes, que incidem sobre as remunerações base, mas também os complementos. O ECO sabe que esse valor mínimo deverá ser de 900 euros mensais.

Além dos trabalhadores, também a frota será reduzida. A companhia aérea abandonou encomendas que tinha e começou já a negociar a devolução de alguns aviões. No final do primeiro semestre de 2020, a frota total da TAP era composta por 108 aviões, dos quais 102 aviões disponíveis para a operação comercial. O plano prevê que venham a ser 88 aviões.

O objetivo da TAP é atingir o equilíbrio operacional em 2023, de acordo com os números provisórios a que o ECO teve acesso e que servirão de base ao plano. Só que tanto nesse ano como no seguinte a empresa tem de reembolsar as emissões de obrigações a investidores particulares e a institucionais, respetivamente 200 milhões e 375 milhões de euros. Assim, resultados líquidos positivos só mesmo no último ano do plano, em 2025.

(Notícia atualizada)

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TAP: Cortes de 25% nos salários deixam de fora remunerações até 900 euros, diz administração

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

"O montante mínimo (garantia mínima) acima do qual incidirá a redução salarial anunciada, será de 900 euros, considerando para o efeito o vencimento base", definiu a administração da TAP.

Os trabalhadores da TAP terão reduções salariais de 25%, no âmbito do plano de reestruturação, ficando isentas de corte as remunerações base até 900 euros, informou esta quinta-feira o Conselho de Administração, numa carta a que a Lusa teve acesso.

“Todos sabem da necessidade de adequar os salários à realidade atual, o que implica reduções salariais de 25%”, lê-se na carta enviada hoje aos trabalhadores, último dia do prazo para o Governo entregar o plano de reestruturação à Comissão Europeia.

Contudo, “como sempre nos comprometemos a fazer, tentamos reduzir o impacto social desta medida e queremos informar que o montante mínimo (garantia mínima) acima do qual incidirá a redução salarial anunciada, será de 900 euros, considerando para o efeito o vencimento base”, segundo o presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, e o presidente da Comissão Executiva, Ramiro Sequeira. “Conforme sempre foi nosso compromisso, protegem-se as remunerações mais baixas”, acrescenta.

A administração reconhece que se trata de “um plano muito duro e exigente, com as medidas laborais que já são do conhecimento de todos”. “Sabemos que têm muitas questões relacionadas com o detalhe e com o calendário da implementação das medidas apresentadas”, prosseguem, garantindo que os detalhes serão comunicados assim que estejam definidos.

O prazo para a entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, condição dada por Bruxelas para aprovar o auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à companhia aérea, termina esta quinta-feira.

Segundo administração, “cumpre-se, assim, a primeira etapa de várias necessárias para assegurar a sobrevivência, a viabilidade e o futuro da TAP, garantindo simultaneamente o maior número possível de empregos”, referindo que “foram meses de trabalho intenso, envolvendo as equipas”, às quais agradecem “o esforço, a dedicação e o empenho”.

Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas, o Governo entrega esta quinta-feira o plano de reestruturação exigido por Bruxelas, no âmbito do apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, aprovado pela Comissão Europeia, em 10 de junho.

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Airbnb sobe 112% na estreia em Wall Street

O índice tecnológico Nasdaq avançou nesta sessão que marcou a estreia da Airbnb em bolsa. Já o S&P 500 e o Dow Jones terminaram o dia em queda.

O dia foi misto em Wall Street, com o Dow Jones e o S&P 500 a registar quedas, enquanto o tecnológico Nasdaq valorizou. Esta sessão foi marcada pela estreia do Airbnb, cuja avaliação chegou a ultrapassar os 100 mil milhões dólares, naquele que foi o maior IPO (oferta pública inicial) dos Estados Unidos este ano.

Os títulos do Airbnb começaram a negociar a 146 dólares cada no Nasdaq, muito acima do preço da oferta pública inicial (IPO) de 68 dólares cada, que levantou 3,5 mil milhões para a empresa. As ações chegaram a valorizar 142,6% após a estreia, tendo terminado a sessão com uma subida de 112,81% para os 144,71 dólares.

Olhando para os principais índices de referência, a sessão foi mista. Os investidores continuam a aguardar progressos nas negociações de um novo pacote de estímulos para apoiar a economia, sendo que os dados do mercado de trabalho mostraram um aumento nos pedidos de subsídio de desemprego.

O S&P 500 recuou 0,08% para os 3.670,04 pontos, enquanto o industrial Dow Jones caiu 0,17% para os 30.016,22 pontos. Já o tecnológico Nasdaq subiu 0,58% para os 12.410,94 pontos.

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Angola prepara aplicação móvel para verificar seguro automóvel pela matrícula

  • ECO Seguros
  • 10 Dezembro 2020

A par da reforma do quadro legal da atividade dos seguros e fundos de pensões, o organismo angolano de supervisão do setor está a desenvolver aplicações móveis e ações de literacia financeira.

Numa conferência realizada em Luanda, Elmer Serrão, presidente da entidade supervisão de seguros em Angola, apresentou uma perspetiva da situação atual no setor, objetivos e ações em curso.

A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) espera concluir, em 2021, a materialização das ações previstas num protocolo de cooperação celebrado com o Ministério da Educação, nos termos do qual a ARSEG contribuirá para a criação de conteúdos sobre seguros e fundos de pensões a serem inseridos nos manuais académicos do ensino primário e secundário, revelou o presidente do organismo regulador num evento que o semanário Expansão realizou sobre seguros.

O mercado angolano evidencia taxa de penetração baixa (cerca de 0,9%), sendo ainda mais baixos os níveis de literacia financeira. Por isso, Angola tem “um longo caminho a percorrer para o aumento da cultura de seguros e no incremento dos níveis de proximidade entre o Regulador e o mercado”, realçou o presidente do organismo de supervisão (ARSEG), durante um evento em Luanda, antes de referir medidas que visam a mudança desse paradigma, entre as quais figuram o lançamento de uma campanha de comunicação e literacia financeira.

Nesse domínio, Elmer Serrão anunciou que “está para breve o lançamento público de um novo e mais interativo website da ARSEG, acompanhado de uma APP para smartphones, disponível em formato Android e IOS. Um e outro, além de um mecanismo público de verificação do seguro por via da matrícula, dispõem de ferramentas que irão promover uma maior aproximação entre o Regulador e o mercado, quer através da disponibilização e acesso a conteúdos e informações relevantes, quer através da submissão célere e mais eficiente de informações obrigatórias e periódicas por via do portal dos operadores”, detalhou o responsável.

Ao longo da sua comunicação, o presidente da agência reguladora destacou a reforma do quadro legal dos seguros e fundos de pensões, através de dois instrumentos legais fundamentais “que visam dotar o setor de ferramentas modernas que permitam uma melhor gestão e controlo dos riscos, criando assim um mercado que transmita a confiança necessária para garantir o aumento do volume de subscrições por um lado, e uma mais eficiente regularização de sinistros, por outro.”

A reforma do quadro legal e regulatório passa pela nova Lei Geral da Atividade Seguradora Resseguradora, recentemente aprovada, e pelo Novo Regime Jurídico da Mediação de Seguros, um diploma que se encontra ainda em consulta pública.

Segundo explicou, os dois instrumentos legislativos têm objetivos abrangentes, desde a proteção dos tomadores de seguros, segurados e beneficiários e a prevenção e repressão de atuações contrárias à lei. Definem o enquadramento ao papel da Banca na distribuição de seguros, consagram deveres de informação dos mediadores, regras para movimentação de fundos relativos ao contrato de seguro e, finalmente, “mas não menos importante, a figura do mediador de seguros a título acessório”, permitindo que outras entidades exerçam mediação de seguros em complemento da sua atividade profissional.

Elmer Serrão recordou também que, em 2020, a ARSEG concretizou adesão aos organismos internacionais IAIS – Associação Internacional dos Supervisores de Seguros e IOPS – Associação Internacional dos Supervisores de Fundos de Pensões, salientando a crença de que estas adesões “irão contribuir para uma maior credibilização do setor financeiro” do país “e colocar o mercado segurador e dos Fundos de Pensões angolano no mapa da indústria financeira mundial”.

Na sua intervenção, o responsável abordou a evolução da atividade do setor, apontando números do relatório setorial de 2019 noticiado por ECO Seguros, segundo os quais o volume de prémios de seguro direto no mercado angolano cresceu acima de 30% face a 2018.

Face aos constrangimentos da Covid-19 na economia, a atividade seguradora deverá registar “alguma queda no nível de produção, admitiu. No entanto, “o setor tem, de forma resiliente, procurado encontrar soluções que minimizem o impacto negativo do atual contexto, tornando mais eficiente a gestão das suas operações de negócio e investindo em meios tecnológicos que permitiram a subscrição e resolução de sinistros online, bem como a oferta on-line de produtos de fundos de pensões”, desenvolveu Elmer Serrão.

Na perspetiva da cooperação com outros organismos angolanos, a ARSEG celebrou protocolo com a IGT – Inspecção Geral do Trabalho, “instrumento fundamental para fortalecer a fiscalização da adesão ao Seguro Obrigatório de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, bem como materializar outros mecanismos de apoio aos tomadores de seguros, com destaque para a criação do Fundo de Actualização das Pensões decorrentes de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais (FUNDAP) e a institucionalização da Comissão Nacional de Avaliação das Incapacidades decorrentes de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais”.

No mesmo sentido, o dirigente referiu “ações preparatórias para assinatura de protocolo com a Polícia Nacional, visando, sobretudo, uma maior eficiência na fiscalização do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel e no tratamento dos processos de sinistros pelo Fundo de Garantia Automóvel”.

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Marcelo conquista 66% dos votos na corrida a Belém

  • ECO
  • 10 Dezembro 2020

Sondagem do ISCTE e ICS dá vitória a Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais. Ana Gomes surge em segundo lugar, com 13% das intenções de voto.

Marcelo Rebelo de Sousa é o favorito dos portugueses nas eleições presidenciais que vão decorrer dia 24 de janeiro. Alcança 66% das intenções de votos na sondagem realizada pelo ISCTE e ICS para o Expresso.

Naquela que é a primeira sondagem realizada após o anúncio oficial de Marcelo Rebelo de Sousa de que será candidato às presidenciais, o atual Presidente consegue a reeleição logo à primeira volta. Fica bem à frente da candidata Ana Gomes, que conquista 13% das intenções de voto.

André Ventura, líder do Chega, ocupa o terceiro lugar desta sondagem ao reunir 9% dos votos. Marisa Matias do Bloco de Esquerda surge em quarto lugar com 7% das intenções de voto, seguido de João Ferreira com 5%.

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Acordo sobre orçamento e fundo de recuperação permite “vencer crise a social e económica”

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

O primeiro-ministro considera que o acordo no Conselho Europeu sobre o orçamento comunitário e o fundo de recuperação dá aos estados-membros os “meios para vencer a crise social e económica”.

O primeiro-ministro português, António Costa, considerou esta quinta-feira que o acordo no Conselho Europeu sobre o orçamento comunitário e o fundo de recuperação dá aos estados-membros os “meios para vencer a crise social e económica”.

“Acordo alcançado no Conselho Europeu sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o Plano de Recuperação Europeu. Ultrapassámos o impasse e temos agora os meios para vencer a crise social e económica”, reagiu António Costa através da sua conta oficial na rede social Twitter.

Na mensagem, o primeiro-ministro português salientou também que a “implementação dos Planos de Recuperação e Resiliência será uma das prioridades da presidência portuguesa”, que terá início a 01 de janeiro.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia fecharam esta quinta-feira em Bruxelas um acordo em torno do quadro orçamental até 2027 e do Fundo de Recuperação, anunciou o presidente do Conselho Europeu.

“Acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o Pacote de Recuperação ‘NextGenerationEU’. Podemos começar agora com a implementação e reconstruir as nossas economias”, anunciou Charles Michel na sua conta oficial na rede social Twitter.

O presidente do Conselho Europeu acrescenta que este pacote de recuperação de um montante global de 1,8 biliões de euros, por muitos designado como a ‘bazuca’ para combater a crise provocada pela pandemia da Covid-19, está assim a postos para impulsionar “a transição verde e digital” da Europa.

Este pacote constituído por um orçamento plurianual de 1,08 biliões de euros para os próximos sete anos e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões havia sido já acordado pelo Conselho Europeu em julho, mas estava bloqueado por um veto de Hungria e Polónia, que discordavam do mecanismo sobre o Estado de direito que lhe estava associado, agora ultrapassado.

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Insuficiente proteção de riscos sísmicos preocupa presidente da ASF

  • ECO Seguros
  • 10 Dezembro 2020

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, volta a alertar para sub-proteção existente em Portugal para a cobertura dos riscos sísmicos e afirma a neutralidade tecnológica do supervisor de seguros

As empresas de seguros “sabem que já não estão a competir num mercado tradicional e que há um conjunto de novos players com dinâmicas de atuação inovadoras”, cabendo, por seu lado, às autoridades de supervisão “assumir um papel ativo no ecossistema digital, balanceando os benefícios e os riscos para o consumidor e para o mercado”, afirmou a presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), em entrevista publicada na 6.ª edição da revista Seguros & Cidadania, uma publicação da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Paralelamente, considerando que é fundamental reconhecer que há uma nova geração de consumidores com outro tipo de exigências e que procura novas formas de relacionamento com os prestadores de serviços, a transformação tecnológica e dos modelos de negócios acarretam “riscos adicionais e diferentes dos riscos tradicionais. Por exemplo, muita da inovação digital assenta no tratamento de elevada quantidade de dados que origina riscos associados à proteção e segurança de dados e sistemas”, observou Margarida Corrêa de Aguiar.

Neste contexto, as autoridades de supervisão “devem assumir um papel ativo no ecossistema digital, balanceando os benefícios e os riscos para o consumidor e para o mercado”, explicou, acrescentando que a ASF tem defendido que “a regulação deve ser tecnologicamente neutra”, sendo também essencial um quadro normativo equilibrado que permita fornecer um “elevado nível de proteção dos consumidores sem criar obstáculos desnecessários à inovação”.

Reconhecendo que o setor dos seguros “tem sido muito rápido na adoção de inovações decorrentes da aplicação de tecnologia em áreas de gestão, operacionais, de avaliação de risco e de comercialização”, a presidente da ASF considera que (o setor) “tem sido mais lento na oferta de produtos que respondam às necessidades trazidas por fenómenos tão importantes como o envelhecimento da população e o aumento da longevidade ou as alterações climáticas e a digitalização da economia”.

A atividade seguradora “tem aqui um papel muito importante, seja oferecendo poupança e seguros de saúde de longo prazo (long care) ou seguros de vida ligados à “reverse mortgage”, seja reduzindo o protection gap que tem hoje níveis muito preocupantes, como por exemplo na cobertura de riscos sísmicos”. Os riscos em presença “terão que encontrar resposta numa mudança de paradigma que a sociedade assuma como necessária para lhes fazer frente. Esta resposta implica uma “consciencialização da sociedade para os riscos existentes”, realçou Margarida Corrêa de Aguiar (reveja aqui a comunicação da presidente da ASF na sessão de encerramento da 1ª Conferência ECO Seguros).

Sobre a resposta do setor de seguros e fundos de pensões face ao contexto global da crise pandémica, a presidente da ASF disse na entrevista à publicação da APS que, tendo em conta as prioridades definidas no plano governamental de recuperação e resiliência, designadamente a transição climática e a transição digital, que implicam alterações profundas de paradigma, “o setor dos seguros pode ter um papel de relevo, quer na vertente de grande investidor institucional de longo prazo, apoiando o financiamento de projetos de infraestruturas e contribuindo para o sustainable finance, quer na vertente de gestor profissional dos riscos associados”.

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Luso Atlântica, 5ª maior corretora de seguros em Portugal foi comprada pela Verlingue

  • ECO Seguros
  • 10 Dezembro 2020

A aquisição será efetiva logo obtenha luz verde dos reguladores e o conselho de administração e direção da Luso Atlântica continuarão a assegurar gestão executiva da 5ª maior corretora portuguesa.

A Luso Atlântica, quinta entre as maiores corretoras de seguros em Portugal, foi adquirida pela Verlingue, filial de corretagem de seguros do grupo Adelaïde.

A compra da empresa portuguesa enquadra-se na estratégia anunciada pelo grupo Adelaïde, há dois anos, de acelerar a sua expansão internacional com ambição de se tornar um “grande grupo de dimensão europeia no setor de corretagem, mantendo a sua natureza familiar e independente”, explica o grupo presidido por Jacques Verlingue, representante da 3ª geração da família fundadora do grupo bretão.

Num comunicado, a Verlingue, cujo volume de negócios ascende a 2,2 mil milhões de euros, afirma que o conselho de administração e a direção da Luso Atlântica continuarão a assegurar a gestão executiva da corretora portuguesa, em estreita colaboração com as equipas da Verlingue, “mantendo as suas competências junto dos clientes e funcionários”, diz a corretora francesa.

A Luso Atlântica tinha um capital disperso com participações qualificadas de António Corrêa Figueira, o maior acionista com 15% do capital, 10% estavam José Félix Morgado, 10,37% era controlado por Joaquim Ferreira de Oliveira e a Braga Holdings detinha 10% do capital. O valor estimado da Luso Atlântica não foi revelado, mas a corretora registou um EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, provisões e amortizações) superior a 3 milhões de euros nos últimos dois exercícios completos e, no final de 2019, tinha um passivo de cerca de 4 milhões de euros para um ativo de cerca de 6 milhões.

Queremos dar resposta sustentável aos novos desafios do mercado em termos de experiência do cliente. Juntarmo-nos a um corretor tão ambicioso como a Verlingue, independente e europeu, é uma excelente oportunidade para os nossos clientes e colaboradores. Estamos entusiasmados por trabalhar com as equipas da Verlingue para continuar o nosso desenvolvimento e construir um corretor líder nos nossos mercados”, afirma José Félix Morgado, presidente da Luso Atlântica, citado no comunicado.

A transação será efetiva após aprovação das autoridades de regulação e coloca o mercado português como o terceiro de implantação mais importante para a Verlingue na Europa, atrás do Reino Unido e da Suíça.

A
Luso Atlântica é a 5ª maior entre as empresas do setor em Portugal, sendo liderada pelos seus quadros. Gerindo uma carteira de seguros de aproximadamente 100 milhões de euros e com três escritórios (Lisboa, Porto e Portimão), a corretora consolida um volume de negócios de 12 milhões de euros, indica a nova proprietária.

A Verlingue, principal subsidiária da Adelaïde, opera no aconselhamento e corretagem de riscos especializados para empresas e em proteção social, tendo reforçado no seguro marítimo e de transporte, após aquisição em 2019 do grupo Eyssautier.

A compra da Luso Atlântica constitui a 5ª operação de expansão internacional por parte da Verlingue nos últimos cinco anos, sendo que a empresa já se encontra presente na Grã-Bretanha, com a marca Verlingue, e na Suíça, com as marcas Advantis, S&P e Meex).

Com origem na Bretanha e uma história de 85 anos, o grupo Adelaïde é a holding que controla a Verlingue, a Coverlife e a Génération (esta última com atividade em Portugal, desde 2015, em produtos de previdência e saúde).

Com mais de 35% do volume de negócios gerado na Europa, o grupo de aconselhamento e corretagem emprega 2 100 colaboradores, metade dos quais ao serviço da Verlingue, e gere 2,6 mil milhões de euros prémios por conta de 3200 empresas clientes, operando também coberturas de saúde e previdência para mais de dois milhões de segurados.

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França impõe novo recolher obrigatório a partir de 15 de dezembro

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

Governo francês anunciou que a partir de 15 de dezembro entra em vigor no país um recolher obrigatório "rigoroso" entre as 20h00 e as 6h00, que vigorará também durante o Ano Novo.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou esta quinta-feira à noite que a partir de 15 de dezembro entra em vigor no país um recolher obrigatório “rigoroso” entre as 20h00 e as 6h00, que vigorará também durante o Ano Novo.

“A melhoria nos números estagnou na última semana. O número de novas contaminações não diminui e tem mesmo aumentado ligeiramente nos últimos dias. O jogo está longe de estar ganho”, afirmou Jean Castex durante uma conferência de imprensa em que fez o ponto de situação do vírus no país.

Assim, ao contrário do que estava previsto, e apesar de deixar de ser necessário apresentar uma justificação durante o dia, a partir de 15 de dezembro será imposto um novo recolher obrigatório com muito poucas exceções.

“A partir de terça-feira, passaremos a uma nova etapa, mas as regras serão mais estritas. […] O recolher obrigatório vai começar às 20:00 até às 06:00, será rigoroso e muito controlado com poucas possibilidades de exceções e vai estar em vigor no 31 de dezembro”, anunciou.

Este recolher obrigatório não vai permitir a deslocação entre regiões durante a noite. As exceções possíveis são o trabalho noturno, auxílio a pessoa em situação frágil e deslocações ao hospital ou farmácia.

O recolher obrigatório apenas vai ser levantado na noite de 24 de dezembro. “O Natal ocupa um lugar à parte nas nossas vidas e nas nossas tradições. Nós autorizamos as deslocações nessa noite, mas tendo em conta a regra das seis pessoas por casa”, disse o primeiro-ministro.

Ainda ao contrário do que estava previsto, cinemas, teatros e museus não vão reabrir até dia 07 de janeiro. Já os restaurantes e bares vão continuar fechados até 20 de janeiro.

A França registou desde o início da pandemia 2.324.216 casos de Covid-19 e já morreram 56.648 devido ao vírus.

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