Em 2019 abriram 24 novos hotéis. Mercado esperava 65

Em 2019, o número de hotéis a serem inaugurados ficou abaixo das estimativas feitas no início do ano. Para 2020 esperam-se 51 novas aberturas e nove remodelações.

O número de hotéis a abrir no ano passado ficou quase três vezes abaixo do previsto. De acordo com os dados da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), observaram-se apenas 24 aberturas, a maioria na região do Porto e de Lisboa. Já para 2020, a associação estima 51 novas unidades hoteleiras, com a zona norte a superar a zona da capital.

Os números do inquérito “Hotelaria: Balanço 2019 & Perspetivas 2020” mostram que, em janeiro de 2019, o mercado contava com a abertura de 65 hotéis, mas apenas 24 cumpriram essa meta. O maior desfasamento observou-se na zona de Lisboa, onde se esperavam 25 novos hotéis, mas apenas nove acabaram por abrir portas. Um cenário praticamente semelhante aconteceu no Porto, onde se esperavam 20 aberturas, mas apenas oito aconteceram.

Para 2020, são esperados 51 novos hotéis e nove remodelações, com destaque para a zona norte, que canaliza 18 novas unidades e cinco remodelações, à frente da zona de Lisboa, com 14 novas unidades e uma reabilitação. Este desempenho do norte traduz o receito do setor hoteleiro relativamente aos receios sobre o crescimento do número de camas.

Já nas restantes zonas do país, as principais preocupações dos profissionais do setor inquiridos pela AHP têm a ver com as incertezas trazidas pelo Brexit, o abrandamento da economia europeia a falta de profissionais qualificados, um problema apontado pela secretária de Estado do Turismo, que esteve presente durante este encontro.

Fazendo um balanço do ano passado, em termos de taxa de ocupação, mais de metade dos inquiridos (52%) do Algarve considerou que a taxa de ocupação em 2019 foi pior do que em 2018, enquanto no Centro apenas 21% considerou que houve uma quebra. Em Lisboa essa “fatia” foi de 38% e no norte do país foi de 11%. O destaque foram os inquiridos da Madeira, com 88% a considerarem que a taxa de ocupação piorou.

No que diz respeito às melhores alturas, setembro foi considerado por todos os inquiridos como um dos melhores meses, à frente de agosto e maio. Já no lado oposto, janeiro, fevereiro e dezembro aparecem como os piores meses para o setor turístico, embora no último mês do ano se tenham observado “balões de oxigénio”.

Os estrangeiros continuam a liderar a procura — com um peso de 62% face aos 38% dos hóspedes nacionais –, com destaque para os britânicos que são os que mais procuram o país para turismo. Atrás aparecem os espanhóis e os franceses (em hóspedes) e os alemães (em dormidas).

Taxa de ocupação hoteleira em Lisboa durante Web Summit foi de 94%

A taxa de ocupação hoteleira no concelho de Lisboa durante os quatro dias da Web Summit, em novembro de 2019, fixou-se nos 94%. Considerando a Área Metropolitana de Lisboa (AML), os dados apontam para um crescimento de 4,5 pontos percentuais na taxa de ocupação para 90%, relativamente ao registado durante a edição de 2018 da cimeira.

Já o preço médio por quarto na AML sofreu uma queda de 10%, para 142 euros, durante a Web Summit 2019, em relação à edição anterior, e, no concelho de Lisboa, registou-se uma descida de 9%, para 155 euros. A Área Metropolitana de Lisboa engloba 18 municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal.

Em relação às receitas, a AHP estima que a ocupação hoteleira por hóspedes que tinham como propósito a participação na Web Summit 2019 tenha gerado 4.775.321 euros por dia.

(Notícia atualizada às 22h02 com informação sobre Web Summit)

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