Tem obrigações do Benfica? Saiba quanto pode receber com reembolso antecipado
O clube vai, a partir desta segunda-feira, fazer um reembolso antecipado de parte das obrigações emitidas em 2018. Por cada título a cinco euros, os investidores recebem 2,91 euros.
O Benfica vai reembolsar antecipadamente, a partir desta segunda-feira, parte das obrigações que emitiu em 2018 e que só atingiam a maturidade em 2021. O total que será distribuído por todos os obrigacionistas é de 25,2 milhões de euros, sendo que os investidores vão receber não só o montante do reembolso, mas também o juro semestral e um prémio.
Na prática, o que vai acontecer é uma redução do valor de cada uma das obrigações do Benfica, que pagam aos obrigacionistas uma taxa de juro de 4%, semestralmente até atingirem o prazo em 2021. Há 45 milhões de euros em títulos de dívida desta linha, distribuídos por mais de três mil investidores.
Cada obrigacionista vai receber uma parte do valor investido: 2,78 euros por cada cinco euros (valor de uma obrigação) investidos. O clube oferece um prémio de 1,25% sobre o montante antecipadamente reembolsado (ou seja 0,03475 euros por título) e vai, em simultâneo, pagar o juro semestral de 4% devido (no montante de 0,10 euros).
No total, os obrigacionistas vão receber 2,91 euros por cada obrigação. Na altura da emissão, o investimento mínimo era de 100 euros (equivalente a 20 títulos) e, quem detém este valor, irá receber 58,30 euros. O valor sobe até aos 582,95 euros para quem tem mil euros em obrigações ou para 5.829,50 euros no caso de um investimento inicial de dez mil euros.
Quem fez o investimento mínimo, vai receber 58,30 euros
Ficam 20 milhões vivos, mas podem não chegar a 2021
Após a operação, cada obrigação viva fica a valer 2,22 euros. Ou seja, os obrigacionistas continuam a deter o mesmo número de títulos, mas cada um valerá menos 56%. Quem tinha mil euros, passará a ter 444 euros, por exemplo. Assim, desta linha de obrigações, ficam no mercado cerca de 20 milhões de euros.
Esta não é a primeira vez que o Benfica reembolsa antecipadamente obrigações (já o fez em 2019 e em 2018), sendo que tal como nas últimas vezes vai usar “disponibilidades de tesouraria da própria Benfica SAD”, como explicou o clube ao ECO. E não exclui voltar a fazê-lo para continuar a estratégia de “reduzir, de forma progressiva e sustentável, o seu endividamento”.
"Relativamente ao empréstimo obrigacionista Benfica SAD 2018-2021, poderão ocorrer mais reembolsos antecipados caso existem excedentes de tesouraria.”
Assim, os restantes 20 milhões de euros que ficam no mercado também poderão não chegar ao prazo previsto, em 2021. “Relativamente ao empréstimo obrigacionista Benfica SAD 2018-2021, poderão ocorrer mais reembolsos antecipados caso existem excedentes de tesouraria“, explicou o Benfica.
Depois dessa emissão que aconteceu em julho em 2018, o Benfica colocou outros 40 milhões de euros em dívida em maio de 2019. Quase 5.000 os investidores subscreveram os títulos emitidos nessa operação, em que eram oferecida uma taxa de juro de 3,75%. No entanto, quanto a esta linha de obrigações, não serão possíveis reembolsos antecipados porque “não está previsto nos prospetos”.
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