Empresa de Felgueiras utiliza bolas de ténis para produzir solas ecológicas

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

A ISI Soles está a utilizar o material de bolas de ténis em fim de vida, proveniente da Holanda, para produzir solas ecológicas de calçado desportivo.

A empresa ISI Soles, sediada em Felgueiras, está a utilizar o material de bolas de ténis em fim de vida, proveniente da Holanda, para produzir solas ecológicas de calçado desportivo.

Fonte da empresa disse esta quarta-feira à Lusa que aquele trabalho começou este ano e partiu do desafio de um cliente holandês, que é proprietário de um campo de ténis.

A ideia era reutilizar as muitas bolas deixadas regularmente pelos praticantes da modalidade, neste caso usando os seus materiais para produzir solas de calçado.

As bolas foram trituradas num moinho da unidade industrial portuguesa e a esse material foram acrescentados resíduos de rolhas de cortiça e termoplástico.

O processo foi testado até se alcançar um “produto homogéneo”, transformado numa sola “confortável, durável e amiga do ambiente”.

A incorporação de resíduos nas solas de sapatos, assinala a empresa, não é nova para aquela unidade industrial de Sendim, Felgueiras, no distrito do Porto, mas a utilização dos materiais das bolas de ténis representa algo completamente inovador.

Graças ao novo composto, foram produzidos milhares de exemplares de solas para o cliente holandês.

A empresa assinala agora estar em condições de continuar a utilizar as bolas de ténis em fim de vida no fabrico de mais solas, num contexto de reciclagem, contribuindo para evitar que aqueles materiais sejam enviados para os aterros, como ocorre na maioria dos casos.

A ISI Soles exporta cerca de 90% da sua produção. Os restantes 10% destinam-se ao mercado nacional.

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Espanha autoriza 1ª insurtech a operar como seguradora

  • ECO Seguros
  • 5 Fevereiro 2020

O regulador espanhol do setor autorizou uma 1ª insurtech a operar como seguradora. Estruturada com tecnologia própria, a Hello Auto tem o apoio de resseguradoras como Munich RE, Mapfre RE e Swiss RE.

O projeto nasceu em 2017 e é, desde a segunda metade de janeiro de 2020, a primeira ‘neo seguradora’ em Espanha, fornecendo seguros 100% digitais e exclusivamente baseados em tecnologia desenvolvida internamente.

“Somos uma companhia seguradora, não uma corretora nem uma agência de subscrição” realça Martín Martínez, diretor geral de Desenvolvimento da Hello Auto.

A marca (Hello Auto) é propriedade do Hello Insurance Group, por sua vez participado por um grupo de empresas de capital espanhol. Depois de cumprir requisitos normativos e outras exigências administrativas obteve a autorização emitida pela Dirección General de Seguros y Fondos de Pensiones (DGSFP) para operar como seguradora no ramo automóvel.

Toda a plataforma da Hello Auto está baseada no conceito ‘pay as you drive’ e em tecnologia própria. Para a atividade que desenvolve e incursão no mercado, a startup tem o respaldo de várias resseguradoras como a Munich RE, Mapfre RE, Swiss RE, Scor e QBE.

A empresa tem sede em Sevilha e conta com 40 colaboradores para garantir aos clientes uma poupança de 50% no gasto anual de seguro. A Hello Auto reconhece que a ideia de transformar a indústria constitui “um desafio” mas, segundo determina Manuel Santiago, CEO e fundador da insurtech, citado no portal profissional Grupoaseguranza, “vamos converter todos os veículos dos nossos clientes em automóveis conectados”.

Para isso, a seguradora está a promover o «Hello Auto Connect», um dispositivo digital baseado em telemetria incluindo diversas funcionalidades (assistência à condução; deteção de acidentes; geolocalização, alcoolímetro, sistema antirroubo, função hotspot, vídeo e eCall, entre outras). Atualmente, a Hello oferece três apólices diferenciadas pelo leque de coberturas englobadas e comercializadas, por venda direta, através de apps da companhia.

Os objetivos de expansão passam por abordar o segmento de veículos partilhados (shared mobility ou carpool) e o mercado de motociclos. Aconselhada pelas resseguradoras suas parceiras, a Hello Auto será prudente na assunção de riscos em outros ramos e geografias, mas não descarta crescer no futuro para fora de Espanha.

Em Portugal, a única startup do vertical seguros licenciada junto do regulador do setor é a Lovys. No entanto, de acordo com os dados disponíveis no website da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a insurtech nascida em Leiria – mas com operação sediada em França – está registada e autorizada a operar no mercado português como entidade de mediação para os ramos Vida, não Vida e resseguro.

O ramo automóvel e os seguros pet são mercados-alvo no foco atual da Lovys.

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Medina espera que decisão “gravíssima” sobre Metro de Lisboa seja revertida

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

A partir de Paris, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa considerou "gravíssima" a decisão do Parlamento de suspender a construção da linha circular no metro.

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, considerou que a decisão do parlamento de suspender a construção da linha circular do Metro da capital é “gravíssima” e vai adiar “durante muitos anos” a sua expansão.

“A decisão que foi tomada, que espero que seja revertida no parlamento, é uma decisão gravíssima para os interesse de todos aqueles que têm de utilizar os transportes públicos em Lisboa, os que vivem na cidade, os que vêm de fora para trabalhar. É uma decisão que, a concretizar-se, adiará por muitos anos a expansão do Metro na cidade de Lisboa”, afirmou Fernando Medina em declarações à Lusa.

O presidente da Câmara de Lisboa está esta quarta-feira em Paris para participar em ações de campanha de Anne Hidalgo, autarca e candidata às próximas eleições municipais na capital francesa. A suspensão do projeto de construção da linha circular foi aprovada esta madrugada no parlamento, durante a votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), na sequência de propostas do PCP e do PAN.

A proposta do PCP, que defende que seja dada prioridade à extensão da rede metropolitana até Loures, bem como para Alcântara e zona ocidental de Lisboa, foi aprovada com votos a favor do PSD, BE, PCP, CDS, PAN e Chega, a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto contra do PS. Já a do PAN obteve os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e Chega, os votos contra do PS e da Iniciativa Liberal e a abstenção do CDS.

O PAN propõe que o Governo realize um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular. O executivo terá ainda de fazer, segundo a proposta, “os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o concelho de Loures” e “uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa”.

O relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado, conhecida em dezembro, referia que as obras de expansão do Metropolitano de Lisboa, orçadas num total de 210 milhões de euros, iriam arrancar no segundo semestre deste ano, quando inicialmente estavam previstas para o primeiro semestre. O projeto prevê a criação de um anel envolvente da zona central da cidade, com a abertura de duas novas estações: Estrela e Santos.

O objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, obtendo-se assim uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas Verde e Amarela, passando as restantes linhas a funcionar como radiais – linha Amarela de Odivelas a Telheiras, linha Azul (Reboleira – Santa Apolónia) e linha Vermelha (S. Sebastião – Aeroporto).

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Apoios para aquicultura registam 26 candidaturas com 35 milhões de investimento

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

O concurso para apoios ao investimento na aquicultura registou 26 candidaturas, a maioria do Algarve, com um investimento previsto superior a 35 milhões de euros.

O concurso, no âmbito do programa Mar 2020, para apoios ao investimento na aquicultura registou 26 candidaturas, a maioria do Algarve, com um investimento previsto superior a 35 milhões de euros, foi anunciado esta quarta-feira.

“Foram submetidas, a nível nacional, 26 candidaturas no âmbito do concurso para candidaturas no domínio da aquicultura, cujo prazo encerrou no final do mês de janeiro. O investimento nelas previsto ultrapassa os 35 milhões de euros”, avançou, em comunicado, a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve.

Do total, 15 candidaturas são provenientes de promotores do Algarve.

Segue-se agora o processo de análise e seleção das candidaturas, “que se prevê difícil pelo facto da dotação disponível a concurso não ser suficiente”.

O período para a submissão de candidaturas a estes apoios terminou em 31 de janeiro e, dado o nível de compromisso, esta foi, “muito provavelmente”, a última oportunidade para os beneficiários usufruírem destas ajudas, conforme apontado numa nota publicada na página da internet do Mar 2020.

Inicialmente, estava agendado o encerramento deste aviso para o final de 2019, no entanto, acabou por ser alargado “para dar mais oportunidades à apresentação de candidaturas às empresas do setor”, promovendo a sua competitividade “num mercado em que o desenvolvimento destes produtos é cada vez mais relevante para a sustentabilidade ambiental e a preservação dos ecossistemas marinhos”.

Os apoios revestem a forma de subvenção não reembolsável, sendo o limite máximo de 6,5 milhões de euros por operação.

As taxas de apoio das despesas variam entre os 50% e os 100%.

O Mar 2020, que se insere no Portugal 2020, tem como objetivo a implementação das medidas de apoio enquadradas no Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), estando entre as suas prioridades a promoção da competitividade, a sustentabilidade económica, social e ambiental, bem como o aumento da coesão territorial.

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“Cura” para o coronavírus dá saúde a Wall Street

Os principais índices norte-americanos estão em alta, animados pela notícia de que uma vacina para o combate ao coronavírus poderá estar prestes a ser testada.

Wall Street continua a recuperar das quedas recentes, animada pelos dados económicos do emprego, bem como pelos relatos de que na China foi encontrado um medicamento para tratar as pessoas infetadas pelo coronavírus, enquanto no Reino Unido se registam “avanços significativos” na descoberta de uma vacina de combate ao surto.

O S&P 500 avança 0,95% para 3.328 85 pontos, ao mesmo tempo, o Dow Jones sobe 0,95% para 29.081,59 pontos. Mas o destaque da sessão, vai para o índice Nasdaq que valoriza 1,10% para 9.574,93 pontos, atingindo um novo recorde.

O preço do petróleo recupera, com a noticia de que a China poderá estar perto de um tratamento para o coronavírus. O Brent de referência europeia valoriza, esta terça-feira, cerca de 2,93% para 55,94 dólares por barril. Já o crude WTI negoceia nos EUA a subir 3% para 51,10 dólares.

Esta quarta-feira, a televisão chinesa deu conta de que investigadores da Universidade de Zhejiang encontraram um medicamento para tratar pessoas infetadas com este novo vírus. “Os mercados estão a tentar vislumbrar uma visão mais realista dos dados económicos que precedem esta doença”, aponta Art Hogan, analista de mercados da National Securities, à Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ao mesmo tempo, um cientista que lidera a pesquisa no Reino Unido para encontrar uma vacina conta o coronavírus disse à Sky News que a sua equipa fez um “avanço significativo” ao reduzir uma parte do tempo normal de desenvolvimento de dois para três anos para apenas 14 dias. Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) baixou as expectativas, referindo que ainda “não há tratamento eficaz conhecido contra o virus 2019-nCoV”.

A notícia de que estaremos mais perto da cura do coronavírus, mas também dados positivos mensais do emprego no setor privado norte-americano, puxam pela generalidade das cotadas nos EUA, mas as tecnológicas são a grande estrela desta sessão.

A Apple soma 1,18% para 322,60 dólares, já a Amazon, com ganhos mais ligeiros, valoriza 0,30% para 2.057,02 dólares. Alphabet, dona da Google, continua em queda, a desvalorizar 0,44% para 1.446,44 dólares.

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Carros anteriores a 2005 vão ser proibidos de entrar na Baixa de Lisboa

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2020

Relatório da autarquia que prevê a criação da nova Zona de Emissões Reduzidas Avenida Baixa Chiado aponta para limitações a aplicar por fases entre o verão e abril de 2021.

Carros anteriores a 2005 vão ser proibidos de entrar na Baixa de Lisboa a partir de 2021. A proibição já se aplica a veículos anteriores a 2000, mas o objetivo da Câmara Municipal de Lisboa é alargá-la segundo informações que constam no relatório que prevê a criação da nova Zona de Emissões Reduzidas Avenida Baixa Chiado (ZER ABC) a que o Público (acesso livre) teve acesso.

A concretizar-se, esta medida será aplicada por fases. Primeiro, já no verão, passará a ser autorizada apenas a circulação de automóveis que cumpram a norma Euro 3, ou seja com matrícula posterior a 2000, revela o jornal. Depois de abril de 2021, a circulação só será permitida a veículos que cumpram a norma Euro 4, ou seja, com matrícula posterior a 2005.

O mesmo relatório indica que os residentes estão excluídos dessa nova regra, podendo continuar a aceder à Baixa lisboeta com as suas viaturas desde que sejam posteriores a 2000, acrescenta o Público. A autarquia convocou, para a próxima semana, a primeira reunião com os moradores para debater o assunto.

Fernando Medina anunciou, na semana passada, que a circulação rodoviária de parte da Avenida da Liberdade, Baixa e Chiado vai estar limitada aos residentes e transportes públicos já a partir de junho, das 06h30 às 00h00. As Zonas de Emissões Reduzidas de Lisboa implicam uma limitação da circulação de viaturas.

Segundo as declarações do presidente da autarquia a 31 de janeiro, estas alterações têm em vista cumprir “as ambiciosas metas a que Lisboa se propôs”. Na prática, só poderão circular os residentes ou lojistas que tenham um dístico no carro ou pessoas portadoras com cartão de estacionamento de deficientes. No que toca aos residentes, estes poderão receber convidados, num máximo de dez convites por mês.

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Governo dramatiza baixa do IVA na luz. Custa 800 milhões

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

Secretário de Estado do Orçamento, João Leão, interveio por três vezes para comentar a proposta “irresponsável” feita pelo PSD e pelo seu líder, Rui Rio.

O Governo dramatizou os custos com a medida de descida do IVA na luz, estimando-os em 800 milhões de euros por ano, e acusou por cinco vezes o PSD de irresponsabilidade.

Durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado de 2020 (OE2020), no parlamento, o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, interveio por três vezes para comentar a proposta “irresponsável” feita pelo PSD e pelo seu líder, Rui Rio, argumentando que a perda de receitas “são menos 800 milhões de euros para a saúde ou para o investimento público”.

“É de uma irresponsabilidade tremenda”, acusou João Leão que usou por cinco vezes a palavra “irresponsabilidade” durante uma discussão no parlamento em que Duarte Pacheco, do PSD, que acusou o governante: “O senhor secretário de Estado sabe que o que diz não é verdade.”

João Leão acusou ainda o PSD de fazer uma proposta e desconhecer o seu impacto.

Na discussão que se seguiu, a líder parlamentar do CDS, Cecília Meireles, pediu que se usassem números sobre esta proposta e que se evitassem “jogos políticos e bluffs” que “lá fora ninguém entende”.

E pediu ao executivo que dissesse qual o custo estimado para este ano desta medida de redução do IVA na eletricidade, ao que o secretário de Estado avançou com o número de 200 milhões por trimestre.

O presidente do PSD anunciou que o partido substituirá as contrapartidas que propunha para descer o IVA da luz por um corte menor nos gabinetes ministeriais e um ajustamento no excedente orçamental de 0,25% para 0,20%.

Por outro lado, os sociais-democratas alteram a entrada em vigor da medida para 1 de outubro, e não em 1 de julho, como previa a proposta inicial.

Segundo as contas de Rui Rio, a descida do IVA da luz para consumo doméstico custará 31 milhões de euros por mês, perto de 94 milhões para o trimestre.

Tal seria compensado por um corte de 8,5 milhões de euros nos gabinetes ministeriais, repondo a despesa aos níveis de 2019, e por um ajustamento do excedente orçamental, que o líder do PSD diz estar nos 0,25%.

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Google diz que “bug” pode ter permitido acesso indevido a fotografias e vídeos

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

A tecnológica avisou os clientes do serviço Google Takeout que um "bug" informático pode ter permitido a outros utilizadores acesso às suas fotografias e vídeos pessoais.

A Google informou na terça-feira os clientes do seu serviço Google Takeout que um “bug” informático entre 21 e 25 de novembro de 2019 pode ter permitido a outros utilizadores terem acesso às suas fotografias e vídeos pessoais.

A ferramenta Google Takeout permite copiar conteúdos de uma conta Google para guardá-los noutro sítio ou usá-los com outro software, fora do ecossistema do grupo californiano.

“Estamos a informar sobre um “bug” [falha ou erro] que pode ter afetado os utilizadores do Google Takeout que exportaram fotografias e vídeos entre 21 e 25 de novembro”, disse um porta-voz da empresa em resposta a um pedido da AFP.

“Esses utilizadores podem ter recebido arquivos incompletos ou vídeos ou fotografias que não eram as suas. Corrigimos o problema subjacente e analisamos minuciosamente o que aconteceu para impedir que isso acontecesse novamente. Lamentamos que isso tenha acontecido “, adiantou.

Menos de 0,01% dos utilizadores do “Photos” da Google foram afetados, segundo o ‘site’ 9to5Google.

Contudo, esta percentagem pode representar milhares de pessoas, sabendo que o Google Fotos tem um bilião de utilizadores, de acordo com um artigo da Fast Company publicado em julho passado.

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Renault Trucks vai fornecer 20 camiões elétricos à Carlsberg

Chamam-se D Wide Z.E, pesam 27 toneladas e têm uma autonomia real de 200 quilómetros. Os 20 camiões elétricos da Renault Truck estarão nas estradas dentro de algumas semanas.

A Renault Trucks está a dar um passo decisivo na transformação do transporte urbano. Acaba de assinar um contrato com o grupo Carlsberg para o fornecimento de 20 camiões elétricos. Chamam-se D Wide Z.E, pesam 27 toneladas, têm uma autonomia real de 200 quilómetros e estão prontos a percorrer as estradas europeias dentro de algumas semanas.

“É a primeira encomenda desta dimensão na Europa. Isto prova aos nossos clientes que o setor dos transportes está a sofrer uma grande transformação e reflete uma realidade industrial e comercial: os nossos camiões elétricos Renault Trucks estão a sair da linha de montagem e estarão nas estradas da Europa dentro de algumas semanas”, explica o presidente da Renault Trucks, Bruno Blin.

Estes 20 camiões elétricos da Renault Trucks D Wide Z.E vão fazer as rondas de entregas diárias, uma média entre 100 e 200 quilómetros, para fornecer os clientes suíços da Feldschlösschen a partir das 15 instalações logísticas da cervejeira na Suíça.

A Renault Trucks refere em comunicado que o transporte urbano tem de efetuar rapidamente a transição para a mobilidade elétrica, de modo a melhorar a qualidade de vida dos centros urbanos e resolver o problema das emissões globais de CO2.

Os camiões elétricos Renault Trucks estão a sair da linha de montagem e estarão nas estradas da Europa dentro de algumas semanas.Renault

Estes veículos são compostos por dois motores elétricos com uma classificação total de 370 kW (260 kW de potência contínua) e são adequados para operações de recolha de resíduos e distribuição, permitem a realização de rondas sem ruído a horas pouco convencionais e preservam a qualidade de vida dos residentes locais.

Estes camiões amigos do ambiente são produzidos em França na fábrica de Blainville-sur-Orne, em Calvados e vão ser operados pela cervejeira Feldschlösschen, a subsidiária suíça do grupo.

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Lagarde diz que coronavírus cria maior incerteza para o crescimento económico

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

Declarações assinalam uma mudança no tom moderadamente otimista que o BCE utilizou em janeiro sobre as perspetivas económicas da zona euro, após a primeira reunião liderada por Lagarde.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou esta quarta-feira que a propagação do coronavírus chinês representa “uma nova dose de incerteza” para o crescimento económico. Numa altura em que a ameaça de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China parece ter diminuído, “o coronavírus acrescenta uma nova dose de incerteza”, declarou Lagarde em Paris numa conferência organizada pelo jornal Les Echos.

Estas declarações assinalam uma mudança no tom moderadamente otimista que o BCE utilizou em janeiro sobre as perspetivas económicas da zona euro, após a primeira reunião de política monetária liderada por Christine Lagarde.

No entanto, a antiga diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu que a política seguida pelo BCE, com taxas de juro muito baixas e o recomeço em novembro passado da compra de dívida no mercado, “atua como um estabilizador automático eficaz” para apoiar a zona euro.

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, declarou há uma semana que o banco central norte-americano “está a seguir de perto” a epidemia ligada ao novo vírus, que teve origem na China e já se propagou a mais de 20 países. Na China continental morreram até agora perto de 500 pessoas e mais de 24.000 foram infetadas. “Haverá certamente implicações, pelo menos a curto prazo na produção chinesa”, declarou Powell.

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Estes são os setores que ganharam (e perderam) mais empregos em 2019

Os serviços são o setor que atraiu mais profissionais entre 2018 e 2019. Por outro lado, os serviços financeiros e de seguros foram o que mais perdeu, mais até do que o setor agrícola, revela o INE.

O INE revelou, esta quarta-feira, que a taxa de desemprego em Portugal desceu apenas 0,5% em 2019, falhando a meta do Governo. Apesar das discretas melhorias, há setores que continuam a atrair e a perder empregos, e alguns que não têm sofrido grandes alterações ao longo do tempo. O setor primário — da agricultura e pecuária — continua a perder empregos, e o setor dos serviços foi o que gerou mais empregos, entre o último trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019.

No ano passado, a população empregada aumentou 1,0% (+46,4 mil), atingindo as 4.913,1 mil pessoas no conjunto do ano, revelam os mesmos dados do INE.

Setor primário perde empregos e secundário ganha

Entre 2018 e 2019, a percentagem de população empregada no setor da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, caiu 8,2%, passando de 294,2 mil para 270,1 mil trabalhadores no espaço de um ano. De acordo com o INE, continua a haver mais homens do que mulheres a trabalhar neste setor e, em 2019, estavam empregados neste setor 182,6 mil homens e 87,5 mil mulheres.

Por outro lado, o setor da indústria, construção, energia e água, teve uma subida ligeira e ganhou alguns postos de trabalho, com mais 3,2 mil pessoas empregada entre 2018 e 2019. O mesmo aconteceu com as indústrias transformadoras, com exceção do setor da construção, que perdeu 2,4 mil profissionais.

Serviços continuam a gerar mais emprego. Finanças e seguros são quem mais perde

No setor terciário — o setor dos serviços — a curva é ascendente, porque conseguiu gerar 67,3 mil empregos no espaço de um ano, o equivalente a mais 2% no espaço de um ano. Nos serviços, as atividades de informação e de comunicação foram o único setor que ficou acima dos 10%, e que gerou 12,7 mil postos de trabalho entre 2018 e 2019. Por outro lado, as atividades financeiras e de seguros foram o setor que mais perdeu (-12,4%), ou seja, registou menos 14 mil profissionais.

Acima dos 8% de aumento, encontramos ainda as atividades imobiliárias, a gerar mais 3,9 mil empregos; as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares, com mais 17,8 mil empregos; e as atividades administrativas e serviços de apoio, que conseguiram criar mais 14,1 mil postos de trabalho.

O setor do comércio por grosso e a retalho e a reparação de veículos automóveis e motociclos, também cresceu, apesar de se manter perto dos 700 mil empregados desde 2015. Entre 2018 e 2019, este setor gerou 8,5 mil empregos. Nos transportes e armazenagem, foram gerados 12,1 mil empregos e a saúde e apoio social ganhou 23,5 mil pessoas empregadas no setor. Outros tipos de serviços, refere o INE, foram responsáveis pela criação de 17 mil postos de trabalho durante o ano.

Além do financeiro, nos setores do alojamento, restauração e a educação, também se perderam profissionais. No setor mais ligado ao turismo, perderam-se 7,7 mil profissionais no espaço de um ano; e na educação, registou-se uma baixa de 7,6 mil empregos.

As atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas, surgem no fim da lista, e desde 2015 que o número total de pessoas empregadas no setor não consegue ultrapassar os 70 mil profissionais. Com um aumento de 1%, este setor das artes empregou apenas mais 700 profissionais entre os dois trimestres.

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António Costa e presidente do PE “muito em sintonia” sobre orçamento da UE

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

António Costa e o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli estão “muito em sintonia” na defesa de um orçamento da União Europeia “ambicioso” e sem cortes na política de coesão.

O primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, manifestaram-se esta quarta-feira em Bruxelas “muito em sintonia” na defesa de um orçamento da União Europeia “ambicioso” e sem cortes na política de coesão.

Depois de um encontro de trabalho na assembleia europeia, durante o qual Costa entregou a Sassoli a declaração aprovada no passado sábado em Beja pelo conjunto de países “Amigos da Coesão”, ambos reiteraram que a UE deve dotar-se dos recursos financeiros necessários para cumprir a agenda delineada para 2021-2027, tendo o primeiro-ministro comentado que apenas “uma pequena minoria” de Estados-membros não partilha esta visão, mas deve ceder à vontade da maioria, até porque, lembrou, a última palavra cabe ao Parlamento.

“Estamos muto concentrados no debate sobre o orçamento plurianual da União Europeia. Temos um ponto de vista muito comum. Queremos um orçamento ambicioso, que sustente os programas de sucesso da União, que não prejudique políticas fundamentais da UE, como a Política de Coesão e a Política Agrícola Comum, além de grandes apostas desta legislatura, como o pacto ecológico. São necessários recursos importantes”, comentou David Sassoli.

Agradecendo por diversas vezes ao “presidente Costa” Portugal também partilhar o ponto de vista da assembleia, que defende um orçamento “ambicioso, que permita à Europa crescer e reforçar-se e ser mais presente na cena internacional”, para mais numa altura que representa “o inicio de uma legislatura que pretende apontar um caminho”, o presidente do Parlamento Europeu disse estar “muito em sintonia” com o chefe de Governo português.

“Agradeço ao presidente Costa, porque percebemos que a nossa ambição é a ambição de muitos Estados-membros, em particular de Portugal”, completou.

Por seu lado, António Costa destacou a posição assumida pelos “Amigos da Coesão”, da qual está a dar conta esta quarta-feira em Bruxelas a vários dirigentes europeus, no sentido de defender a política de coesão como uma política “absolutamente fundamental”, em conjunto com a Política Agrícola Comum, e sublinhou que o Parlamento Europeu tem uma palavra decisiva neste processo, pelo que a “minoria” no Conselho Europeu que defende cortes deve ter isso em consideração.

“Convém nunca esquecer que, no fim deste processo, é ao Parlamento que cabe aprovar o orçamento e, portanto, o Conselho tem que trabalhar para poder apresentar um orçamento que possa ser aprovado pelo PE, e que o possa ser sem atrasos, porque a Europa e a economia europeia precisam de decisões rápidas, e não de novos adiamentos”, observou.

Perspetivando a cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE agendada para 20 de fevereiro próximo, para discutir o orçamento plurianual da União pós-2020, o primeiro-ministro reafirmou que é “fundamental que haja avanços”, pois “todo o atraso na aprovação deste quadro criará muitos problemas à economia europeia”.

“A atitude correta do Conselho é procurar evitar crises institucionais, trabalhar com base na proposta da Comissão e procurar aproximar-se da posição do PE, que é quem tem o poder de aprovar no final o orçamento”, disse, apelando a uma “concertação institucional”.

Questionado sobre se Portugal estará disposto a vetar um compromisso que fique aquém das suas posições, atendendo a que neste momento há posições extremadas entre os países contribuintes líquidos, que pretendem cortes no orçamento sobretudo face à saída do Reino Unido do bloco europeu, e os “Amigos da Coesão”, Costa considerou que as posições “não estão extremadas”, porque o Parlamento, a Comissão Europeia e “uma esmagadora maioria de países no Conselho” partilham “uma posição muito clara” contra cortes na política de coesão, na PAC e em defesa de uma “capacidade de investir nas novas ambições”.

“Portanto, eu acho que já uma posição genericamente consensual e uma pequena minoria que se opõe. Portanto, eu espero que essa pequena minoria avance, tendo em conta que não pode ir contra a maioria, porque é assim a vida democrática”, disse, provocando o riso de Sassoli.

Costa mantém esta quarta-feira em Bruxelas uma série de encontros em Bruxelas com altos responsáveis europeus, incluindo o presidente do Conselho, para dar conta das conclusões da cimeira dos “Amigos da Coesão” sobre o orçamento plurianual comunitário, quatro dias depois da reunião de Beja, que juntou representantes de 17 Estados-membros, e a cerca de duas semanas de um Conselho Europeu extraordinário na capital belga.

Antes da reunião com Sassoli, Costa encontrou-se com os presidentes das comissões parlamentares de Desenvolvimento Regional e de Orçamentos, e para esta quarta-feira tem ainda previstos, entre outros, encontros com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que chamou a si a condução das negociações entre os 27 e presidirá aos trabalhos do Conselho Europeu extraordinária de 20 de fevereiro, assim como com os presidentes do Comité das Regiões e do Comité Económico e Social Europeu, estes dois últimos órgãos consultivos da UE.

A todos os dirigentes europeus, o primeiro-ministro dá conta dos resultados da reunião de Beja, na qual os “Amigos da Coesão” reafirmaram a sua firme oposição a cortes nesta política no futuro quadro financeiro da União Europeia para 2021-2027, defendendo que deve ser pelo menos mantido o financiamento do quadro ainda em vigor (2014-2020) em termos reais.

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