Injeção única no Novo Banco? “Há recetividade no abstrato”, diz Fundo de Resolução

Máximo dos Santos, que preside ao Fundo de Resolução, confirmou que há uma possibilidade de haver uma injeção única e antecipada de capital no Novo Banco.

Luís Máximo dos Santos adiantou esta quarta-feira no Parlamento que há “recetividade no abstrato” em relação a uma eventual injeção única e antecipada de capital no Novo Banco, deixando de haver mais injeções. Para o Fundo de Resolução, esta possibilidade poderia “reduzir a incerteza com um valor que fosse significativamente abaixo do limite máximo” que o banco pode pedir.

“É perfeitamente normal que todos os participantes neste processo, que gera desgaste, pensem em soluções que melhor acautelem o interesse público”, começou por dizer o presidente do Fundo de Resolução.

“Partindo do princípio que antecipação do dinheiro diminuiria a incerteza que é sempre nociva neste setor, e aumentaria a previsibilidade, isso levou a que houvesse uma recetividade em abstrato tanto do Fundo de Resolução, Novo Banco, Lone Star e Governo, com quem houve reuniões. Mas, sublinho, foi uma recetividade em abstrato”, disse Máximo dos Santos aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.

“O limite ficaria razoavelmente abaixo” dos 3,9 mil milhões de euros previstos no mecanismo de capital contingente, referiu ainda o vice-governador do Banco de Portugal.

“Neste momento não há nada mais do que isso. Não há propostas, não há negociações. O que há é documentos de trabalho e o Fundo de Resolução produziu um deles. São meramente exploratórios, que não se podem considerar inseridos num processo negocial”, explicou Máximo dos Santos.

Mais tarde, Máximo dos Santos referiu que as notícias sobre este assunto “foram manifestamente exageradas” tendo em conta o que se passava na realidade. “Não sei se se chegará a uma fase de negociações”, disse ainda.

Perante as questões dos deputados, o vice-governador defendeu por mais do que uma vez as vantagens de haver uma única injeção final no Novo Banco. “Não vejo como esta matéria possa ser objeto de reparos. É um pouco o nosso dever pensar, tendo em conta as circunstâncias, outras soluções que possam ser adotadas”, disse.

“A motivação do Fundo de Resolução é poder reduzir a incerteza com um valor que fosse significativamente abaixo do limite máximo. E que fosse coerente com os dados económicos que foram reportados”, rematou Máximo dos Santos relativamente a esta tema.

(Notícia atualizada às 11h48)

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França regista 2 mortos por coronavírus. Itália já vai em 12

França confirmou a morte de um homem de 60 anos devido ao coronavírus, sendo a segunda no país. Itália continua a ser o caso europeu mais grave com 12 mortes.

As autoridades de saúde francesas confirmaram, esta quarta-feira, a morte de um paciente infetado com o coronavírus, em Paris, subindo para dois mortos em França. No total foram confirmados cinco novos casos do vírus, que se registaram nas últimas 24 horas, segundo avançou o The Local (acesso gratuito).

O paciente que perdeu a luta contra a doença era um homem de 60 anos e faleceu durante a noite no hospital Pitié Salpêtrière, em Paris, revelaram as autoridades francesas. Anteriormente, a primeira morte em França deu-se a 14 de fevereiro, por um turista chinês de 80 anos.

O continente europeu está em alerta face ao Covid-19. Países como Espanha, Áustria, Suíça, Croácia e Grécia começaram a confirmar os primeiros casos. No país vizinho, já foram confirmadas dez pessoas infetadas nas últimas 36 horas. Os casos confirmados encontram-se nas ilhas Canárias, Madrid, Barcelona, Catalunha, Castellón e Sevilha.

Ainda assim, a situação mais grave na Europa continua a residir em Itália. Até ao momento foram confirmadas 12 mortes, sendo a mais recente de um homem de 69 anos da Lombardia que já possui problemas respiratórios anteriores. As regiões da Lombardia e Veneto, no norte do país italiano, continuam a concentrar as maiores preocupações. As autoridades fecharam escolas, universidades, museus, cinemas na última semana, e proibiram ajuntamentos de pessoas em locais públicos, incluindo no famoso carnaval de Veneza.

Nesta quarta-feira surgiu o primeiro caso na Grécia, segundo avançou o Ministério da Saúde. O paciente infetado pelo coronavírus é uma mulher de 38 anos, que anteriormente tinha viajado para o norte de Itália.

No Reino Unido já existem 13 casos confirmados, entre as 7.132 pessoas testadas. Segundo o ministro da saúde britânico, Matt Hancock, oito pessoas já tiveram alta.

O surto do Covid-19, que começou na China no final do ano, já matou 2.705 pessoas e infetou mais de 80 mil, de acordo as autoridades de saúde de cerca de 30 países afetados, tendo o Brasil registado o primeiro caso de um cidadão italiano que viajou para o país.

*Notícia atualizada às 16h56.

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Comissário europeu do Comércio confiante num “mini-acordo” com os EUA

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2020

"Com boa vontade política de ambos os lados, podemos chegar a um acordo num curto período de tempo", disse Phil Hogan, depois de os EUA terem suspendido por 30 dias as taxas sobre produtos da Airbus.

O comissário europeu do Comércio, principal negociador da União Europeia (UE), acredita que será possível alcançar um “mini-acordo” com os Estados Unidos “num curto período de tempo”. Em declarações ao Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês), Phil Hogan diz que a suspensão das tarifas sobre produtos da Airbus é uma “janela de oportunidade”.

“Eles [Estados Unidos] deram-nos 30 dias de suspensão das tarifas sobre produtos da Airbus, o que nos dará a oportunidade de fazer algum tipo de acordo”, disse o comissário, referindo-se ao facto de Donald Trump ter adiado para 18 de março o início de cobrança dessas tarifas. Para Phil Hogan, isso “é um sinal de que os Estados Unidos estão dispostos a dar uma hipótese” a um acordo.

Assim, o comissário acredita que “com boa vontade política de ambos os lados”, será possível “alcançar um acordo num curto período de tempo”. Nas suas palavras, este acordo poderá envolver esforços para reduzir tarifas sobre produtos industriais, eliminando também obstáculos ao comércio de produtos alimentares. Mas, sublinhou que a UE dá prioridade à “substância em detrimento da velocidade”.

“Não vamos mudar as nossas leis para permitir qualquer redução de padrões”, disse Hogan. “Quero sublinhar que a UE não vai comprometer os padrões alimentares ou ambientais. Digo isto desde o primeiro dia e continuo a repeti-lo”.

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Imposto do Selo no setor segurador: mais um desafio

  • ECOseguros + EY
  • 26 Fevereiro 2020

Luís Pinto, Associate Partner, EY Financial Services, explica os contornos da "nova" Declaração Mensal do Imposto do Selo e de como estamos perante uma verdadeira mudança de paradigma.

Num contexto económico cada vez mais exigente e desafiante, em que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem fortalecido e modernizado os meios, processos e tecnologias ao seu alcance, tendo em vista a desenvolver um controlo mais assertivo sobre as operações realizadas pelos sujeitos passivos, promovendo a alteração e introdução de diversos normativos de cariz fiscal, chegou (agora) a vez do Imposto do Selo.

Até aqui, a liquidação mensal deste imposto era efetuada através das chamadas Declarações de Retenções na Fonte de IRS/IRC e Imposto do Selo, nas quais eram reportados montantes agregados por verba do imposto.

Não obstante, já a partir do próximo mês de abril, uma “nova” obrigação verá a luz do dia: a Declaração Mensal do Imposto do Selo (DMIS), no âmbito da qual passará a ser necessário detalhar informação quanto aos titulares do encargo do Imposto do Selo, valores de imposto compensados, bases tributáveis e isenções aplicadas, entre outros.

Ainda neste novo contexto, um outro fator que vem acrescentar complexidade adicional na adaptação a esta nova obrigação declarativa prende-se com a alteração de elementos declarados anteriormente para efeitos deste imposto.

"Estamos, de facto, perante uma verdadeira mudança de paradigma ao nível do Imposto do Selo, da qual resulta um conjunto de desafios práticos aos sujeitos passivos deste imposto e, em particular, às Companhias de Seguros, que recolhem e entregam valores de imposto decorrentes de milhões de operações.”

Com efeito, até ao final de 2019, era possível efetuar a compensação do Imposto do Selo em entregas seguintes caso fosse anulada a operação ou reduzido o seu valor tributável, em consequência de erro ou de invalidade, dentro de um período temporal estabelecido – dois anos.

Ou seja, os valores devolvidos a clientes que originavam entradas a débito nas contas de Imposto do Selo a entregar ao Estado não sofriam, em regra, qualquer tratamento, sendo, em termos simplificados, entregues os valores totais de saldo líquido credor ao Estado, por verba de imposto.

Ora, a verdade é que, desde 1 de janeiro de 2020, quaisquer alterações aos elementos declarados anteriormente devem ser efetuadas através da apresentação de declaração de substituição relativamente ao período a que aqueles se reportam.

Na prática, tal significa que os valores devolvidos a clientes que originam entradas a débito nas contas de Imposto do Selo a entregar ao Estado deverão ser imputados à operação original, através da apresentação de declaração de substituição do respetivo período.

Estas alterações, sendo substanciais, irão necessariamente implicar o uso de procedimentos de controlo eficientes e assertivos.

Estamos, de facto, perante uma verdadeira mudança de paradigma ao nível do Imposto do Selo, da qual resulta um conjunto de desafios práticos aos sujeitos passivos deste imposto e, em particular, às Companhias de Seguros, que recolhem e entregam valores de imposto decorrentes de milhões de operações.

Tais desafios são, aliás, reconhecidos pela própria AT, não apenas no adiamento do cumprimento do prazo desta nova obrigação para o próximo mês de abril (o deadline original estava previsto para janeiro deste ano), como também pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que, através de Despacho, veio estabelecer recentemente que, até ao final do segundo semestre de 2020, não serão aplicadas penalidades quanto às DMIS submetidas com meros erros (embora continue ainda em aberto/por determinar o que é que na prática se deverá entender por meros erros…).

Com efeito, se até hoje pouca visibilidade tinham as operações anuladas ou a redução de valor tributável objeto de compensação de Imposto do Selo, bem como a aplicação de diversas isenções (objetivas e subjetivas) previstas na Lei, a verdade é que a, partir de agora, a AT terá acesso a um vasto rol de informação, do qual poderá resultar um cada vez maior escrutínio.

"As Companhias de Seguros (assim como os restantes contribuintes) deverão caminhar (…) tendo em vista uma reanalise dos seus processos, procedimentos e soluções tecnológicas que permitam um maior controlo e validação fiscal das operações que efetuam.”

Veja-se, a título meramente exemplificativo, a comunicação mensal de faturas e o novo Anexo H da IES/DA, os quais se revelam fontes ricas de informação a que a AT poderá recorrer para efetuar cruzamento de dados e levantar questões direcionadas ao tratamento fiscal de determinadas operações e até promover correções / liquidações adicionais de impostos de forma quase automática.

Na prática, e tomando em consideração o trabalho que a AT se encontra a desenvolver na adaptação dos seus procedimentos internos e tecnológicos, as Companhias de Seguros (assim como os restantes contribuintes) deverão caminhar no mesmo sentido, tendo em vista uma reanalise dos seus processos, procedimentos e soluções tecnológicas que permitam um maior controlo e validação fiscal das operações que efetuam.

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Novo Banco vai pedir 1.037 milhões ao Fundo de Resolução

Máximo dos Santos, que preside ao Fundo de Resolução, revelou que o Novo Banco vai pedir 1.037 milhões de euros no âmbito do mecanismo de capital contingente.

Luís Máximo dos Santos, que preside ao Fundo de Resolução, revelou esta quarta-feira que o Novo Banco vai pedir 1.037 milhões de euros no âmbito do mecanismo de capital contingente.

A última estimativa que será certamente apresentada na sexta-feira é de 1.037 milhões de euros. É um valor que fica abaixo do pedido do ano passado, mas é significativo”, disse o responsável.

Máximo dos Santos, que está a ser ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças, adiantou ainda que o Fundo de Resolução pedirá um empréstimo de 850 milhões de euros ao Tesouro para poder financiar este pedido. É o montante máximo que está previsto no acordo de capital contingente.

Os resultados do Novo Banco, detido a 75% pelo Lone Star e a 25% pelo Fundo de Resolução, serão divulgados esta sexta-feira.

Em 2019, o banco liderado por António Ramalho pediu ao Fundo de Resolução 1.149 milhões de euros. Em 2018, o pedido ascendeu a 792 milhões de euros. Com este pedido, os pedidos ao Fundo de Resolução ascenderão já 2.978 milhões, mais de 75% da garantia pública.

“Estamos com um valor muito impressivo, mas valor já não está distante daquele que venha a ser o valor final de tudo isto“, adiantou, lembrando as palavras que deixou no Parlamento há um ano: “Muito me espantaria se se atingisse o limite”.

No Parlamento, Máximo dos Santos deixou os detalhes dos resultados anuais do Novo Banco para António Ramalho, que já requereu ao Parlamento uma audição para “explanação das contas anuais”, disse o presidente do Fundo de Resolução.

Em 2017, quando foi decidida a venda do Novo Banco ao Lone Star, estabeleceu-se um mecanismo de capital contingente no valor de 3,9 mil milhões de euros. O banco pediria dinheiro ao Fundo de Resolução até esse montante sempre que registasse perdas num conjunto de ativos problemáticos (como crédito malparado) e estas perdas baixassem os níveis de capital da instituição para níveis abaixo das exigências regulamentares.

Braço-de-ferro com Ramalho

Sobre o pedido deste ano, Máximo dos Santos revelou ainda que o Fundo de Resolução mantém um braço-de-ferro com a administração do Novo Banco por causa de uma questão de contabilidade que pode ter impacto na injeção.

Em causa está o facto de o banco ter pedido para abandonar o regime de transição (de cinco anos) na adoção das normas contabilísticas do IFRS9, para adotar um regime de plena aplicação das regras. Segundo Máximo dos Santos, esta mudança teria “um impacto adicional muito significativo” no pedido ao Fundo de Resolução. O Expresso revelou que se trata de um diferendo no valor de 200 milhões de euros.

“O Fundo de Resolução entendeu que esse impacto não estava coberto pelo acordo de capitalização contingente atenta a natureza da matéria. É um ato que resulta da vontade da administração do banco”, disse o vice-governador.

“Não sendo possível convergir no entendimento, seguiram-se as regras previstas no acordo de capital contingente. Será constituído um tribunal arbitral em 2020 que avaliará a interpretação mais correta desta questão“, acrescentou Máximo dos Santos.

Recusando fazer qualquer dramatização em torno do tema, Máximo dos Santos disse que “num contrato desta complexidade, é natural que surjam divergências, algumas delas insanáveis”.

(Notícia atualizada às 11h29)

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Multimilionários na China superam norte-americanos. Já são quase 800

A região denominada como "Grande China", que inclui Taiwan e Hong Kong, criou 182 novos multimilionários num ano.

O número de novos multimilionários na China cresceu a um nível recorde até 31 de janeiro deste ano, ultrapassando aqueles nos Estados Unidos. Numa altura em que o surto do novo coronavírus afeta a economia chinesa, há empresas, nomeadamente de serviços online e de medicamentos, que valorizam.

A região denominada como “Grande China”, que inclui Taiwan e Hong Kong, criou 182 novos multimilionários num ano, até 31 de janeiro, elevando o total para 799, de acordo com a lista da Hurun, citada pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). Este número compara com os 59 novos multimilionários dos EUA.

Atualmente, a China tem mais multimilionários do que os EUA e a Índia juntos, apontou o presidente da Hurun Report. São 629 nos Estados Unidos e 137 na Índia. Embora o novo coronavírus tenha afetado a segunda maior economia do mundo, também aumentou as avaliações de empresas chinesas em educação e jogos online, bem como aquelas especializadas na área da vacinação.

A tecnologia foi a principal fonte de riqueza no ano passado. Quando se olha para a lista global dos mais ricos, o fundador da Amazon Jeff Bezos continua a liderar, com uma fortuna de 140 mil milhões de dólares. O primeiro multimilionário chinês a aparecer na lista é Jack Ma, cofundador do grupo Alibaba, no 21.º lugar.

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Luanda Leaks: Carlos Costa ouvido no Parlamento no dia 4 de março

Deputados da comissão de Orçamento e Finanças aprovaram a audição do governador do Banco de Portugal no próximo dia 4 de março.

O governador do Banco de Portugal vai ser ouvido no Parlamento, por causa do caso Luanda Leaks, na próxima semana. A audiência de Carlos Costa na Comissão de Orçamento e Finanças está agendada para o próximo dia 4 de março.

Esta audição decorre de um requerimento feito pelo Bloco de Esquerda, que considerou ser “imperativo que o Banco de Portugal esclareça o acompanhamento que estará a fazer às atividades financeiras relacionadas com Isabel dos Santos em Portugal”. Os bloquistas querem “apuramento de todas as responsabilidades nas falhas no sistema de prevenção do branqueamento de capitais do EuroBic”.

Segundo a investigação do consórcio internacional de jornalistas, Isabel dos Santos terá transferido mais de 100 milhões de dólares de contas da Sonangol no EuroBic para uma offshore no Dubai.

Na sequência da polémica, a empresária colocou a sua posição de 42,5% do banco à venda. O Abanca está agora a realizar uma due diligence para fechar a aquisição do EuroBic que se espera que venha a acontecer nas próximas semanas.

Carlos Costa também deverá ser chamado ao Parlamento por causa do tema do cartel da banca e das comissões bancárias.

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Quão mortal é o coronavírus? Cientistas ainda não sabem

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

Pessoas idosas, especialmente com doenças crónicas, cardíacas ou pulmonares, têm maior risco de morrer por infeção do Covid-19.

A comunidade científica não conseguiu ainda apurar o quão mortal é o coronavírus Covid-19, que se está a espalhar pelo mundo, sendo que a própria taxa de mortalidade difere dependendo da região na China.

À medida que o número de infeções dispara em outros países, mesmo uma baixa taxa de mortalidade pode resultar em muitas vítimas mortais. Entender por que certos locais apresentam menor taxa de mortalidade do que outros é crítico para compreender a doença, observaram analistas.

“Os resultados podem ser maus numa face inicial do surto até que realmente se compreenda como melhor se deve gerir a situação”, afirmou na terça-feira o enviado da Organização Mundial da Saúde que liderou uma equipa de cientistas recém-chegados da China, Bruce Aylward.

Em Wuhan, a cidade do centro da China de onde o coronavírus é originário, 2% a 4% dos pacientes morreram, segundo a OMS. No entanto, a taxa de mortalidade nas restantes regiões do país fixou-se em 0,7%.

O vírus é o mesmo nas diferentes regiões do país, no entanto, a rápida propagação da doença em Wuhan, mesmo antes que se soubesse da sua existência, sobrecarregou as instalações de saúde locais.

Como é habitual no início de um surto, os primeiros pacientes já estavam gravemente doentes antes de irem consultar um médico, explicou Aylward.

Em outras partes da China, as autoridades conseguiram identificar os sintomas mesmo nos casos mais leves – o que significa que havia mais infeções conhecidas para cada morte contada. E, embora não haja tratamentos específicos para o Covid-19, os cuidados de saúde podem ajudar.

A China passou de uma média de 15 dias entre o início dos sintomas e a hospitalização, no início do surto, para cerca de três dias, mais recentemente.

Até à semana passada, a maioria das pessoas diagnosticadas fora da China tinham visitado recentemente o país asiático.

As pessoas que viajam estão, geralmente, num bom estado de saúde e, portanto, podem recuperar melhor, observou Lauren Sauer, especialista em surtos da Universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Os países começaram, entretanto, a monitorar passageiros vindos da China, permitindo detetar infeções mais cedo, em locais onde o sistema de saúde não estava ainda sobrecarregado.

Mas isso mudou, à medida que novos casos e mortos surgiram rapidamente no Japão, Itália, Irão ou Coreia do Sul.

Aylward alertou que as autoridades devem ter cuidado com taxas de mortalidade “artificialmente altas” no início: alguns destes países provavelmente estão a atender apenas pacientes num estado mais grave, como ocorreu inicialmente em Wuhan, enquanto casos mais leves abdicam de consultar os médicos.

A síndrome respiratória aguda grave, ou pneumonia atípica, um outro coronavírus originário na China, em 2003, revelou-se muito mais mortal em 2003: cerca de 10% dos pacientes morreram.

No caso da gripe, a taxa de mortalidade por gripe sazonal é de cerca de 0,1%, segundo Anthony Fauci, do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, mas milhões de pessoas contraem gripe todos os anos, em todo o mundo, fixando o número anual de mortos em centenas de milhares.

Pessoas idosas, especialmente com doenças crónicas, cardíacas ou pulmonares, têm maior risco de morrer por infeção do Covid-19. Entre os mais jovens, as mortes são raras, ressalvou Aylward.

Além de mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2020

O comissário europeu do Comércio está confiante num "mini-acordo" comercial com os Estados Unidos, enquanto o Grupo PSA vai dar bónus de 4.100 euros aos trabalhadores.

Um acordo comercial, ou “mini-acordo” comercial, entre os Estados Unidos e a União Europeia poderá estar perto de acontecer, pelo menos é essa a convicção do comissário europeu do Comércio. Nas empresas, destaque para a Walt Disney, que finalmente anunciou o nome do futuro CEO, e para o Grupo PSA, que vai dar bónus aos trabalhadores após resultados “recorde”.

Financial Times

Comissário europeu do Comércio confiante num “mini-acordo” com os EUA

O comissário europeu do Comércio, principal negociador da União Europeia, acredita que será possível alcançar um “mini-acordo” com os Estados Unidos. “Eles [Estados Unidos] deram-nos 30 dias de suspensão das tarifas sobre produtos da Airbus, o que nos dará a oportunidade de fazer algum tipo de acordo”, disse Phil Hogan. “Com boa vontade política de ambos os lados, podemos chegar a um acordo num curto período de tempo”.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Le Monde

Com “resultados recorde”, Grupo PSA vai dar bónus de 4.100 euros aos trabalhadores

Depois de ter alcançado um resultado líquido de 3,2 mil milhões de euros em 2019, apesar da quebra no mercado automóvel mundial, o Grupo PSA decidiu compensar os seus trabalhadores. O CEO Carlos Tavares anunciou que vai distribuir aos funcionários com salários mais baixos (menos do dobro do salário mínimo em França) um bónus de 4.100 euros, ou seja, “cerca de dois meses e meio de salário”.

Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre, conteúdo em francês)

Tech Crunch

Amazon abre primeiro supermercado sem caixas registadoras

A Amazon abriu o primeiro supermercado sem caixas registadoras na cidade norte-americana de Seattle. Os clientes fazem a leitura de um QR Code na app da Amazon, colocam as coisas no cesto e saem quando terminarem. A tecnológica já tinha aplicado o conceito em lojas de conveniência mais pequenas, expandindo agora para um estabelecimento de maiores dimensões.

Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Bob Chapek será o novo CEO da Walt Disney. Substitui Robert Iger

Robert Iger vai abandonar a cadeira de CEO da Walt Disney, sendo substituído por Bob Chapek, responsável da Disney Parks, pondo, assim, fim ao mistério à vota de quem seria o seu sucessor. “A empresa ficou maior e mais complexa nos últimos 12 meses”, disse Robert Iger, explicando que, com a compra da 21st Century Fox e o lançamento de serviços como o Disney+ fizeram-no perceber que deveria passar mais tempo “no lado criativo dos negócios” da empresa.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Business Insider

Facebook vai banir publicidades ao coronavírus na rede social

O Facebook está a reforçar o controlo da publicidade na rede social, garantindo que vai banir todo o tipo de publicidade que prometa uma cura ao coronavírus, numa tentativa de reduzir a desinformação. Atualmente, o Facebook, assim como outras plataformas, está a ser alvo de vários tipos de anúncios sobre este surto, que já matou mais de 2.600 pessoas em todo o mundo. Na rede social há até grupos de compra e venda de máscaras.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Carro usado de Joacine ou Ventura? Maioria não comprava

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2020

Mais de metade dos inquiridos numa sondagem da Intercampus não comprariam um carro usado a Joacine Katar Moreira ou ao deputado do Chega. Por outro lado, aceitavam um negócio com Jerónimo de Sousa.

Questionados a quem não comprariam um carro usado, os inquiridos num estudo da Intercampus para o Correio da Manhã (acesso pago) e Jornal de Negócios revelaram menos confiança em Joacine Katar Moreira e André Ventura. Cerca de 66% dos inquiridos não compravam um carro usado à deputada não inscrita, enquanto 57,7% não confiava num negócio com o deputado do Chega.

Esta é uma pergunta que se coloca para aferir o grau de confiança nos políticos. O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, é o político em quem os inquiridos mais confiavam, sendo que mais de metade aceitaria um negócio. Segue-se a coordenadora bloquista Catarina Martins, e o presidente do PSD, Rui Rio, que não recebem a confiança de cerca de 43% dos inquiridos. Já António Costa apenas convencia metade dos inquiridos.

Na sondagem da Intercampus também foi pedida uma avaliação à ação política dos líderes partidários. Só o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, e a bloquista Catarina Martins é que conseguiram ter uma nota positiva, de três numa escala de um a cinco. Rui Rio obteve 2,9, enquanto Jerónimo de Sousa foi avaliado em 2,8.

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Acusação a Ricardo Salgado “presa” por sigilo profissional

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2020

A última acusação contra Ricardo Salgado continua por fechar pelo facto de um ex-administrador do BES, testemunha-chave no processo, se recusar a levantar sigilo profissional.

A última acusação que o Banco de Portugal (BdP) lançou contra Ricardo Salgado, no âmbito do BES, continua “presa” porque um ex-administrador do banco, testemunha-chave no processo, se recusa a levantar sigilo profissional. A palavra final, diz o Público (acesso pago), está agora nas mãos da Ordem dos Advogados (OA).

O último processo que o BdP abriu no caso BES, relacionado como o caso Eurofin, e em que Ricardo Salgado é o protagonista, já está praticamente fechado, mas ainda não produziu condenação. O BdP arrolou como testemunha Rui Silveira, advogado e ex-administrador do BES, da equipa do banqueiro, mas este acabou por alegar que não podia prestar declarações por estar sujeito ao dever de sigilo profissional, que só poderia deixar cair com autorização da OA.

O BdP solicitou, assim, que Rui Silveira requeresse à OA o levantamento das suas obrigações, mas este respondeu que não estava disponível para o fazer. Isto tudo em julho de 2019. “Não estive, nem estou, disponível para testemunhar, devido à minha condição de jurista”, disse o advogado, em declarações ao Público. Fica, assim, nas mãos da OA a última palavra. Mas, enquanto isso não acontece, a acusação contra Salgado continua por fechar.

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Coronavírus castiga bolsas europeias. Lisboa já cai mais de 2%

Praças europeias voltam a deslizar, com os investidores preocupados com o alastrar do coronavírus. Lisboa segue a tendência negativa, recuando pela quinta sessão consecutiva.

É mais um dia de fortes quedas nos mercados acionistas. As praças europeias recuam pela quinta sessão consecutiva, com os investidores receosos quanto ao alastrar do coronavírus. Lisboa segue a tendência negativa, com a generalidade das cotadas do PSI-20 a negociarem em “terreno” negativo.

Na Europa, o Stoxx 600 cai 1,9%, sendo que os principais índices da Europa apresentam todos quedas acentuadas, com o CAC 40, em França, a ser o mais castigado ao perder 2,4%.

Estas quedas são reflexo dos receios dos investidores quanto ao impacto do vírus que já fez quase 2.800 mortos a nível mundial. Há uma fuga para ativos de refúgio, como é o ouro (que ganha 1,13% para 1.653 dólares por onça), perante a perspetiva de quebra nos resultados empresariais numa altura em que se temem os efeitos do surto na economia global.

Lisboa continua a afundar

Em Lisboa, depois de desaparecerem 3,7 mil milhões de euros em apenas duas sessões, o PSI-20 prossegue o comportamento negativo, registando uma queda de 2,2% para os 4.971 pontos. Das 18 cotadas, nenhuma escapa, com as quedas menos expressivas a serem de cerca de 1%.

Altri, Navigator e Semapa, empresas cuja quase totalidade das vendas são feitas nos mercados internacionais, registam as maiores quedas, perdendo entre 3% e quase 5%.

A pesar no PSI-20 está, contudo, o BCP, que volta a perder valor. As ações do banco liderado por Miguel Maya seguem a perder 2,71% para os 16,86 cêntimos.

Jerónimo Martins e Nos também contribuem para queda do PSI-20, com desvalorizações de 1,7% e 1,8%, respetivamente, assim como a Galp Energia que cai 1,62% num dia de queda para o petróleo. A EDP é a menos castigada, mas desliza 0,95%.

(Notícia atualizada às 9h16 com o acentuar das quedas nas bolsas europeias)

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