Coronavírus já causou 14.396 mortes em todo o mundo

  • Lusa e ECO
  • 23 Março 2020

China, onde surgiu a pandemia, voltou a não registar novas infeções locais pelo novo coronavírus, ao mesmo tempo que detetou 39 novos casos oriundos do exterior.

O novo coronavírus já causou pelo menos 14.396 mortes em todo o mundo, depois de ter sido identificado pela primeira vez em dezembro, de acordo com um balanço da agência noticiosa France-Presse.

Segundo os dados da AFP, libertados pelas 20:00 (hora de Lisboa), desde o início da pandemia da Covid-19, foram detetados mais de 324.290 casos de infeção em 171 países e territórios.

Estes dados refletem uma fração do número real de contaminações, já que muitos países só estão a testar os casos que necessitam de internamento hospitalar.

A Itália, que registou a primeira morte no final de fevereiro, conta com 5.476 mortos, de um total de 59.138 casos. Este domingo, foram contabilizadas 651 mortes e 5.560 novos casos. Segundo as autoridades italianas, mais de 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, onde surgiu a pandemia, voltou a não registar novas infeções locais pelo novo coronavírus, ao mesmo tempo que detetou 39 novos casos oriundos do exterior.

Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos relatados pelas autoridades chinesas foram importados, ou seja, pessoas chegadas do exterior, enquanto a transmissão comunitária desapareceu, indicou a Comissão de Saúde da China.

No sábado, o país registou uma nova infeção local, após três dias a diagnosticar apenas casos importados.

 

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📹 Isto é o que a banca está a oferecer aos clientes por causa do vírus

Isenções de comissões nos canais digitais, moratórias e linhas de crédito, extensões de prazos de pagamento são algumas das apostas dos bancos para ajudar a travar efeitos do covid-19.

Vários são os bancos que já anunciaram medidas com vista a apoiar as famílias, comerciantes e empresas na gestão da atual crise imposta pelo novo coronavírus. Vão desde “borlas” em comissões até a linhas de crédito para apoiar empresas, passando ainda por prolongamentos ou suspensões de prazos nos financiamentos. Veja, neste vídeo, algumas das iniciativas neste âmbito que os bancos estão a promover.

http://videos.sapo.pt/FvrIY65LABhhLOQ6uQj6

 

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Catarina Martins diz que “está na altura da banca dar alguma coisa à economia”

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Não se pode “estar a tentar negociar com a banca”, diz Catarina Martins. "É preciso impor-lhes regras, como se impõe a outros setores da economia", defende a líder do Bloco de Esquerda.

A coordenadora bloquista, Catarina Martins, considera que “está na altura da banca também dar alguma coisa à economia” devido à pandemia da Covid-19, defendendo a imposição de regras tal como está a acontecer com outros setores.

Em entrevista à RTP, Catarina Martins considerou que, em termos de respostas no âmbito da economia, “a principal preocupação tem que ser proteger o emprego”.

“É preciso olhar para aqueles setores que têm um grande peso nos custos das empresas, das pequenas empresas e eles têm que ser chamados a contribuir: os custos de energia, as rendas e a banca”, defendeu.

Na perspetiva da líder bloquista, “o sistema financeiro não pode ficar simplesmente na posição do intermediário do crédito” durante a resposta a esta crise, pedindo “moratórias às hipotecas e suspensão das prestações bancárias que as empresas estão a pagar”.

“Toda a economia portuguesa tem pago milhares de milhões à banca, está na altura da banca também dar alguma coisa à economia”, reivindicou.

Garantindo que o BE tem “toda a solidariedade com o Governo” por saber que “este é um momento difícil”, para Catarina Martins é evidente que não se pode “estar a tentar negociar com a banca”.

“É preciso impor-lhes regras, como se impõe a outros setores da economia. Se nós não impusermos regras ao sistema financeiro, então a economia e as empresas não vão ter capacidade de manter o emprego”, justificou.

Catarina Martins enalteceu haver “empresas e empresários que estão a fazer o que podem e o que não podem para manter emprego”, mas lamentou haver “empresas que a primeira coisa que fizeram foi despedir todos os precários que puderam”.

“Quem pense que neste momento é mais fácil despedir, pense duas vezes. Se todas as empresas fizerem o mesmo, quando este surto passar e estivermos em crise económica nenhuma empresa vai conseguir pôr-se de pé outra vez, porque não há ninguém com salário para ser cliente”, advertiu.

A líder do BE deixou assim um apelo à “responsabilidade coletiva”, na qual as empresas também têm “uma responsabilidade solidária para com a economia”.

“Devem ser apoiadas e fortemente apoiadas, mas também devem tomar decisões que permitam a recuperação da economia”, pediu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.396 morreram.

Em Portugal, há 14 mortes e 1.600 infeções confirmadas.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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Papa diz às empresas que despedir “não é a solução”

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Papa Francisco alerta que "mais do que despedir, há que acolher e fazer sentir que há uma sociedade solidária" numa altura de crise como a atual.

O despedimento de trabalhadores “não é a solução” para salvar as empresas das dificuldades causadas a nível mundial pela pandemia do novo coronavírus, advertiu em entrevista à televisão espanhola La Sexta o Papa Francisco.

“Uma empresa que despede para se salvar, não é a solução”, realçou o pontífice, dizendo que não consegue imaginar as dificuldades pelas quais vão passar os empresários, devido à paralisação da atividade comercial provocada pela propagação à escala global do novo coronavírus.

Porém, o Papa disse que sabe “as dificuldades que vão passar o empregado, o operário, a empregada ou a operária” que forem despedidos devido à esperada acentuada quebra da atividade económica em todo o mundo.

O Papa Francisco, que falava por videoconferência, vincou que “mais do que despedir, há que acolher e fazer sentir que há uma sociedade solidária”.

Durante a entrevista, o líder da Igreja Católica fez questão de demonstrar a sua admiração pelos cientistas, e pelos profissionais de saúde que por estes dias trabalham para cuidar das pessoas contagiadas pela covid-19, qualificando-os como “os santos da porta do lado”, dada a sua capacidade de arriscar a vida pelo próximo.

“Admiro-os, ensinam-me como me empenhar”, destacou Francisco, salientando as difíceis condições que muitos destes profissionais enfrentam no dia a dia, em plena pandemia do novo coronavírus, estando muitos impedidos de irem a casa durante muito tempo e havendo já várias mortes entre eles.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

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Yves Saint Laurent e Balenciaga vão fabricar máscaras

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Anúncio surge dias depois de um outro grupo de moda de luxo francês, a LVMH, que detém, entre outras a Louis Vuitton, a Givenchy e a Dior, ter começado a fabricar álcool gel.

As marcas de moda de luxo francesas Yves Saint Laurent e Balenciaga vão fabricar máscaras para proteção contra o novo coronavírus, para aliviar a escassez daquele produto em França, foi hoje anunciado.

De acordo com o grupo Kering, que detém, entre outras, a Yves Saint Laurent, a Balenciaga e a Gucci, num comunicado citado pela agência Efe, as duas marcas de moda estão preparadas para começar a produzir, “no respeito das mais rigorosas medidas de proteção sanitárias”, aguardando que os procedimentos e materiais sejam homologados pelas autoridades competentes.

O grupo não indicou a quantidade de máscaras que serão fabricadas, mas anunciou que irá entregar nos próximos dias às autoridades de saúde francesas três milhões de máscaras cirúrgicas que importou da China.

Os anúncios da Kering surgem dias depois de um outro grupo de moda de luxo francês, LVMH, que detém, entre outras a Louis Vuitton, a Givenchy e a Dior, ter começado a fabricar álcool gel em grandes quantidades e ter oferecido ao Governo de França dez milhões de máscaras, avaliadas em cinco milhões de euros.

O grupo Kering e as suas diferentes empresas já tinham feito doações em Itália a quatro grandes fundações hospitalares, nas regiões da Lombardia, Veneto, Toscana e Lazio.

Agora irá contribuir financeiramente para o instituto de investigação francês Pasteur, com um valor que não foi divulgado.

Em França, o surto de covid-19 já provocou 674 mortos e 16.018 infetados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Governo reúne com os parceiros sociais para discutir mais medidas relativas ao impacto do Covid-19. Já a DGS atualizará o número de infetados.

O novo coronavírus continua a marcar a atualidade nacional e internacional. Esta segunda-feira, o Governo vai reunir com os parceiros sociais para discutir mais medidas relativas ao impacto do Covid-19. Além disso, perto do meio-dia, a DGS atualizará o número de pessoas que se sabe terem a doença. O INE divulga os dados relativos ao preços das casas em 2019.

Quantos infetados por Covid-19 tem Portugal?

Tal como é habitual, perto do meio-dia, as autoridades atualizarão os números relativos à propagação da pandemia, revelando tanto o número de pessoas infetadas como de mortes, bem como de doentes que recuperaram. Segundo dados da Direção Geral de Saúde, o número de infetados pelo novo coronavírus em Portugal já ultrapassa os mil, superando os 200 mil em todo o mundo.

Governo reúne com parceiros sociais sobre coronavírus

O Governo e os parceiros sociais vão reunir-se esta segunda-feira, em concertação social, para discutir mais medidas relativas ao impacto do Covid-19 — isto após dois adiamentos. António Costa apresentou na semana passada, um pacote de medidas que prevê linhas de crédito para as empresas dos setores mais afetados, flexibilização dos pagamentos ao Fisco e à Segurança Social, bem como, medidas no sistema bancário.

Coronavírus mantém petróleo sob pressão?

O coronavírus deverá continuar a condicionar as negociações do petróleo, que semana passada registou uma forte quebra. Receios em torno do impacto do vírus na economia, mas também a “guerra” entre a Arábia Saudita e a Rússia, levaram as cotações a afundar mais de 20%, com o barril da matéria-prima a cotar já em abaixo dos 30 dólares em Londres e dos 25 dólares em Nova Iorque. Quedas expressivas que têm ditado a queda dos preços dos combustíveis nos postos de abastecimento nacionais.

Juros da dívida após avaliação da DBRS

Portugal voltou à avaliação das agências de rating na semana passada. Face à incerteza sobre o impacto do surto de coronavírus na economia e nas conta públicas, e num dia em que a Comissão Europeia anunciou que deixou cair as regras orçamentais, a DBRS não fez qualquer alteração. Os juros da dívida portuguesa deverão, por isso, continuar a refletir a perspetiva dos investidores quanto ao impacto do vírus na economia nacional, sendo que a atenuar os receios estará a “bazuca” de 750 mil milhões de euros anunciada por Christine Lagarde.

Como vão os preços das casas?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta segunda-feira os dados relativos ao índice de Preços da Habitação, sendo estes referentes ao quarto trimestre de 2019. No terceiro trimestre do ano passado, os preços das casas aumentaram em 10,3%, face ao período homólogo. Com este dado, referente ao último trimestre do ano, será possível perceber a evolução dos valores no total do ano face a 2018.

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“Temos 2.721 colaboradores em teletrabalho” na Fidelidade, diz Magalhães Correia

Numa altura de pandemia global, o ECO foi bater à porta dos gestores que estão em teletrabalho em casa para uma conversa por telefone ou videochamada. O CEO da Fidelidade foi o sétimo.

A Fidelidade, a maior companhia de seguros em Portugal, está com dois terços dos colaboradores, mais de 2.700 pessoas, em situação de teletrabalho desde a semana passada. O presidente executivo Jorge Magalhães Correia não está ainda completamente em modo remoto, continua a coordenar todo o trabalho a partir da companhia. É o sétimo entrevistado de Gestores em teletrabalho, nova rubrica diária do ECO.

“Enquanto CEO da companhia, verifico com muita satisfação que o grande investimento que temos feito na Fidelidade na digitalização e inovação resultou”, afirma Magalhães Correia, “mesmo com dois terços das pessoas a trabalhar a partir de casa, a companhia está preparada para continuar a apoiar os seus clientes de forma exemplar”, garante.

O dia um de reação à pandemia aconteceu no início do surto, quando a companhia disponibilizou uma linha de apoio telefónica. A Medicina On-line, da Multicare, está disponível para apoiar nos casos necessários, 24 horas por dia, sete dias por semana, com um atendimento integralmente feito por médicos. Encaminha para o SNS quando as situações o justificam, seguindo as instruções da Direção Geral de Saúde.

Face ao que se avizinhava, o CEO também considerou que era tempo para experiências insurtech. Existia uma que podia contribuir para o descongestionamento das plataformas de apoio ao despiste do Covid-19. A Fidelidade e a Multicare tinham desenvolvido, com os seus parceiros tecnológicos, uma ferramenta digital online de avaliação de sintomas (symptom checker) e Magalhães Correia considerou ser o momento certo para a disponibilizar na resposta a esta crise. Assim, através de um questionário interativo, a ferramenta digital ajuda os clientes de saúde a identificar as patologias possíveis associadas a um determinado sintoma de saúde, em que se inclui a infeção por Covid-19. No final do questionário, que já foi realizado por 1.300 clientes até ao final da semana passada, é feito o aconselhamento dos passos seguintes, incluindo uma consulta médica através de vídeo-conferência.

Ainda é muito cedo para estimar os impactos económicos e financeiros desta crise sem precedentes, mas todos os investidores têm sofrido com volatilidade e quebra de mercado.

Em termos de seguro de Saúde outra resposta imediata tinha de ser dada. “Declarámos que os nossos clientes Multicare estavam isentos do co-pagamento do teste de Covid-19, tornámos grátis o teste quando feito em prestadores privados”, recordou o responsável. Desta forma os clientes ficavam certos de não ter qualquer custo até um diagnóstico positivo, a partir do qual ficavam obrigatoriamente à responsabilidade do Estado. A Fidelidade pretendeu assim ajudar a uma rápida deteção de infetados, uma das formas mais eficazes de suster a pandemia.

Dilema interno: como proteger os colaboradores sem prejudicar os clientes

A Fidelidade é uma empresa de grandes dimensões. Genericamente, um em cada quatro trabalhadores portugueses estão segurados pela Fidelidade e a proporção é idêntica nos automóveis. Um em cada três dos segurados de saúde no país é da responsabilidade da Fidelidade ou da Multicare, a seguradora especializada do grupo. Com uma faturação de prémios superior a quatro milhões de euros por ano, a Fidelidade é uma das primeiras cinco empresas portuguesas em termos de volume de negócios.

O impacto da Covid-19 nas contas da companhia é assunto que Jorge Magalhães Correia deixa para depois. “Ainda é muito cedo para estimar os impactos económicos e financeiros desta crise sem precedentes, mas todos os investidores têm sofrido com volatilidade e quebra de mercado”. Está tão otimista quanto racional: “O facto de a nossa carteira ser muito diversificada e largamente assente em obrigações pode diminuir o efeito negativo, mas ainda é muito cedo para dizer”.

Para o imediato estava a resposta interna à crise que tinha de ser rápida. A Fidelidade tem 515 lojas de mediação, próprias ou de parceiros, espalhadas pelo continente e ilhas. E tem mais de quatro mil colaboradores diretos, a que se devem adicionar mediadores exclusivos que todos os dias contactam milhares de clientes.

Antes do negócio da saúde já estar na máxima carga “implementámos atempadamente um plano de contingência”, conta, acrescentando que este “tem como objetivo principal proteger os clientes, todas as pessoas que trabalham no grupo e as suas famílias e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção de todos os serviços”.

“A tal aposta na tecnologia permitiu colocar 2.721 colaboradores em teletrabalho, ou seja, dois terços da companhia”, refere o CEO. Para que não existam problemas tecnológicos com as ligações a partir de casa, foram criados dois turnos, das 8h00 às 13h00 e das 13h00 às 18h00. “Encerrámos o atendimento presencial em todas as nossas lojas, mantendo-se o atendimento por telefone ou email, e recomendámos o mesmo procedimento aos nossos parceiros”, acrescenta Magalhães Correia.

Com menos colaboradores ainda nas instalações da companhia baixámos muitíssimo o risco de contágio diminuindo a densidade em termos de números de pessoas por edifício.

“Com menos colaboradores ainda nas instalações da companhia”, cerca de um terço, “baixámos muitíssimo o risco de contágio diminuindo a densidade em termos de números de pessoas por edifício”, explica o CEO. “Distribuímos desinfetantes de mãos e equipamentos de proteção individual por todos os edifícios em abundância e, desde a primeira hora, afixámos informação relativa às regras básicas de higiene respiratória”.

Depois há os detalhes. “Reorganizámos lugares de estacionamento permitindo aos colaboradores, que tenham de ficar na companhia nesta fase, estacionar mais facilmente e comparticipamos o custo de estacionamento privado exterior, se necessário”, conclui.

Total Disponibilidade para ajudar o SNS

O futuro próximo parece traçado mas, por enquanto, Jorge Magalhães Correia mantém o controlo da organização com a maioria dos colaboradores à distância. Estabilizada a mudança interna, revela que o grupo Fidelidade “manifestou oportunamente à Direção Geral de Saúde disponibilidade total para estudar o estabelecimento de protocolos assistenciais com o SNS, colocando à disposição deste e da República Portuguesa todos os recursos e capacidade instalada do grupo, que incluem todas as plataformas de assistência, bem como o conjunto de hospitais do grupo”. Nestes inclui-se a Luz Saúde, grupo de unidades hospitalares detido a 50% pela Fidelidade.

A Fidelidade “está preparada para tomar todas as medidas necessárias, e sempre em conformidade com a Direção Geral de Saúde, e acompanhará e implementará todas as recomendações das Autoridades de Saúde competentes, ajustando continuamente os planos às necessidades”, afirma.

E termina abrindo a porta ao apoio a clientes em dificuldade: “Gostávamos também de garantir às famílias e empresas portuguesas que a Fidelidade está, como sempre esteve, disponível para — caso a caso — estudar as melhores soluções para problemas pontuais que possam surgir”.

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Trabalhadores no novo regime de lay-off deixam de pagar IRS

Os trabalhadores que passem para o lay-off simplificado vão deixar de pagar IRS. Neste novo regime, a Segurança Social garante 70% do salário. Ninguém leva para casa mais do que 1.695,45€ “limpos”.

É uma das armas mais fortes do Governo para evitar que as empresas afetadas pela crise fechem portas. Chama-se lay-off simplificado e permite que a Segurança Social assuma a responsabilidade pelo pagamento de uma percentagem do salário dos trabalhadores que ficarão, além disso, totalmente isentos de pagar qualquer Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS).

Vamos por partes. A este novo regime podem ter acesso empresas que cumpram uma destas duas condições:

  • Tenham registado uma paragem total da atividade resultante de rutura no abastecimento ou da suspensão ou cancelamento das encomendas;
  • Ou, ao invés, tenham tido uma quebra “abrupta e acentuada” de, pelo menos, 40% da faturação nos 60 dias anteriores ao pedido face ao período homólogo (para quem tenha iniciado a atividade há menos de 12 meses, a referência é a média desse período).

Conseguindo o passaporte para o lay-off simplificado, os trabalhadores da empresa abrangidos verão o seu salário encolher, ficando com direito a dois terços da remuneração bruta anterior. Este valor é suportado em 30% pela empresa e em 70% pela Segurança Social, podendo este apoio, que tem a duração de um mês, ser renovado por um período de até seis meses.

Estando neste regime, o trabalhador não poderá levar para casa menos de 635 euros, nem mais do que 1.905 euros (três vezes o valor do salário mínimo nacional). Ao contrário da empresa que fica isenta, o trabalhador tem de continuar a descontar a taxa social única (11%), mas deixa de pagar IRS.

Vamos a um exemplo. Um trabalhador que atualmente ganhe 1.000 euros brutos mensais tem de pagar 11% à Segurança Social e são-lhe retidos 11,6% de IRS (considerando o caso de contribuinte solteiro, sem filhos). Ao final do mês leva para casa 774 euros “limpos”.

Se entrar no novo regime do lay-off simplificado, ficará com direito a apenas dois terços da sua remuneração bruta, ou seja, 666,67 euros, pagos em 70% pela Segurança Social (466,67 euros) e em 30% pela empresa onde trabalha (200 euros). Neste novo regime, a empresa fica isenta da TSU, mas o trabalhador terá de continuar a descontar 11%, o que fará com que leve para casa um ordenado líquido de 593,33 euros. Ou seja, um ordenado bruto de mil euros, terá uma perda de poder de compra de 23% ou 180,67 euros/mês.

Mas se antes pagava uma taxa de IRS de 11,6%, no novo regime do lay-off simplificado pagará zero. Mesmo os trabalhadores com rendimentos mais elevados não pagarão este imposto. Isto porque só a parte do salário pago pela empresa continuará sujeito a IRS e, havendo um teto de 1.905 euros no rendimento bruto, o valor desembolsado pelo empregador nunca é suficiente para atingir o primeiro escalão da tabela de retenção de IRS.

Vamos a outro exemplo. Um trabalhador com um rendimento bruto de 3.500 euros, paga hoje 11% de TSU e 29,4% de IRS, ou seja, o ordenado líquido é de 2.086 euros. Ao passar para o novo regime do lay-off, só ficará com direito a ganhar os 1.905 euros brutos definidos pelo Governo como valor máximo de remuneração. Deste montante, 70% ou 1.333,50 euros é suportado pela Segurança Social e 30% ou 571,50 euros pelo empregador. Mas estes 571,50 euros suportados pela empresa correspondem a uma taxa de retenção de zero e como tal, a Autoridade Tributária que antes arrecadava 1.029 euros/mês, passará a cobrar zero euros de IRS.

A remuneração líquida deste trabalhador será de 1.695,45 euros, o valor líquido máximo que é possível levar para casa neste regime de lay-off simplificado.

“Na componente suportada pela empresa (30%), mesmo num cenário do apoio mais alto, o valor que a empresa paga não chega ao valor mínimo que está sujeito à retenção a fonte”, explica Luís Leon, da Deloitte.

Ao ECO, o fiscalista explica que o mesmo já se passa no regime de lay-off tradicional, “porque os apoios da Segurança Social não estão sequer sujeitos a IRS”. “O IRS não incide sobre apoios sociais. Por isso é que o subsídio de desemprego, a baixa medida ou a licença de paternidade não estão sujeita a IRS”, exemplifica.

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Lagarde disparou a bazuca do BCE, mas a arma é de curto alcance

Pacote do banco central deverá ajudar os países a continuarem a financiar-se com custos limitados para responder à crise pandémica. Dúvida prende-se com a capacidade de chegar a famílias e empresas.

Com atraso e às prestações, o Banco Central Europeu (BCE) acionou um plano de emergência para reagir à crise do coronavírus. Christine Lagarde foi ao arsenal buscar a bazuca do antecessor Mario Draghi e disparou capital em direção ao sistema financeiro, mas o curto alcance da arma deverá dificultar que a liquidez chegue à economia real.

“O novo programa é gigantesco. O BCE poderá comprar 2,5 vezes mais do que já estava previsto, o que é um aumento bastante considerável. O montante total deste pacote de emergência é inclusivamente superior ao pacote similar anunciado pela Reserva Federal nos Estados Unidos ou a qualquer outro programa utilizado pelo BCE durante a última crise financeira. Só há mesmo a lamentar o facto de ter chegado com, pelo menos, uma semana de atraso”, diz João Pisco, analista financeiro do Bankinter.

A bazuca chegou na forma de um Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP, na sigla em inglês) que implica a aquisição de 750 mil milhões de euros em obrigações públicas e privadas e, pela primeira vez, papel comercial. O anúncio foi feito esta quarta-feira à noite, quase uma semana depois da primeira reação do banco central.

"O montante total deste pacote de emergência é inclusivamente superior ao pacote similar anunciado pela Reserva Federal nos Estados Unidos ou a qualquer outro programa utilizado pelo BCE durante a última crise financeira.”

João Pisco

Analista financeiro do Bankinter

Logo à partida o BCE surpreendeu por não responder de imediato, tal como fizeram a Fed ou o Banco de Inglaterra, que começaram a reagir há várias semanas com decisões extraordinárias. Na Zona Euro, o BCE esperou pelo calendário e, na data marcada para a reunião do Conselho de Governadores, anunciou um pacote de medidas: 120 mil milhões em compras de dívida, empréstimos a baixos custos à banca e a flexibilização das regras de supervisão para a banca.

E numa altura em que o stress nos mercados já fazia subir os juros das dívidas públicas dos países periféricos, Christine Lagarde mostrou intransigência: “Não estamos aqui para fechar spreads“. Até houve alguns elogios — especialmente entre analistas na Alemanha — por Lagarde não ter cedido à pressão que poderia gerar ainda mais pânico, mas a reação generalizada dos investidores mostrou desilusão.

Uma semana depois viria um novo pacote de medidas, acompanhado de uma declaração muito diferente: prometia fazer “tudo o que for necessário dentro do seu mandato” para proteger a Zona Euro, numa referência ao famoso discurso de Draghi durante a crise financeira.

“Lagarde encontrou a sua bazuca”, diz Azad Zangana, economista sénior para a Europa da Schroders. “No seguimento da reação desanimadora dos mercados financeiros à anterior reunião, o BCE decidiu ampliar o pacote de estímulos numa tentativa de restaurar a confiança dos mercados. A declaração da presidente do BCE Christine Lagarde sobre os spreads chocou os investidores e espoletou uma profundo selloff nos mercados de ações”.

"Comprar dívida alivia a liquidez, mas o BCE tem de conseguir chegar à economia real porque quem está em dificuldades é que vai bater à porta dos bancos.”

Filipe Silva

Diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa

O pacote de emergência foi recebido com mais ânimo. Apesar de as ações continuarem a negociar com forte volatilidade, os juros das dívida acalmaram as subidas. Após um disparo para o valor mais elevado em mais de ano, acima de 1,5%, a yield das obrigações do Tesouro português a dez anos recuou, ficando ainda assim próxima de 1%. A opinião dos analistas consultados é consensual: as medidas deverão ajudar a limitar a subida das yields, enquanto garante que o mercado não seca.

Comprar dívida alivia a liquidez, mas o BCE tem de conseguir chegar à economia real porque quem está em dificuldades é que vai bater à porta dos bancos. Não são as empresas com rating de investimento [que se qualificam para o programa de compra de ativos]”, lembra Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa. “Pode travar parte do impacto, mas irá depender do tempo que a economia estiver parada”.

É exatamente para estimular essa passagem da liquidez do sistema financeiro para empresas e famílias que o BCE fez acompanhar este programa de regras mais flexíveis na supervisão bancária e empréstimos com custos mais baixos aos bancos.

“Estas medidas estão efetivamente desenhadas para ajudar os bancos a manter ou até aumentar as linhas de créditos e os empréstimos ao setor empresarial, em particular as pequenas e médias empresas”, refere Eric Dor, economista da IESEG School of Management em Lille. “Apesar de serem medidas extremamente úteis, há, no entanto, problemas a resolver. Os mercados estão efetivamente preocupados sobre a solvência de países já sobre-endividados. A crise atual vai causar um grande aumento da dívida pública dos países da Zona Euro”, alerta.

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Família em casa, faturas a disparar? Siga estas dicas para poupar na água, luz e gás

A pedido do Capital Verde, do ECO, a Deco reuniu algumas medidas que ajudam a baixar os consumos de eletricidade e água, poupar na fatura, e manter a casa confortável e arejada.

Está em casa há vários dias, com a família toda em isolamento social por causa do estado de emergência, e já se apercebeu que o consumo de eletricidade e gás natural não para de aumentar? Teme que as próximas faturas tragam surpresas desagradáveis e valores demasiado elevados para pagar? De acordo com as estimativas da Deco, existe uma grande probabilidade de isso mesmo acontecer.

A associação de defesa do consumidor está a prever que as famílias portuguesas fechadas em casa 24 horas por dia vejam o consumo de energia aumentar, em média, pelo menos 20%. Feitas as contas pelos especialistas da Deco (para um um casal e dois filhos, e uma potência contratada de 6,9 kVA) serão mais 25 euros por mês na conta da luz para quem tem tarifa bi-horária e mais seis euros para quem tem tarifa simples. No gás, seja natural ou de botija, o consumo também irá aumentar, com efeitos imediatos nos gastos: mais quatro euros mensais no gás natural e mais cinco euros no gás de garrafa

“A família toda em casa pôs as faturas a disparar? Numa altura em que as famílias têm de estar confinadas a casa, é natural que o consumo de água, eletricidade e gás aumentem. Para que a fatura não afete demasiado o orçamento, juntámos várias dicas simples de implementar. Explicamos como reduzir o consumo de água e de eletricidade, bem como manter a casa confortável e arejada, sem recurso a equipamentos”, explicou ao Capital Verde fonte da Deco.

Siga as dicas da defesa do consumidor para baixar os consumos de eletricidade, gás e água, e assim poupar nas faturas.

Reduza o consumo de eletricidade

Para não aumentar em demasia a conta de eletricidade quando estão pessoas em casa todo o dia, basta seguir algumas medidas:

  • Faça uma gestão cuidadosa dos aparelhos que estão em funcionamento e evite usar aqueles que podem ser menos necessários: por exemplo, dar primazia ao estendal em vez da máquina de secar roupa, sempre que as condições climatéricas o permitam.
  • Verifique se a temperatura de frigoríficos e arcas congeladoras estão ajustadas: embora dependa do modelo, no frigorífico, deve rondar os 5 a 8°C e, no congelador, -17° a -20°C. Se possível, certifique-se de que as grelhas traseiras estão limpas e desobstruídas. Abra estes aparelhos o menos possível.
  • Evite ligar em simultâneo eletrodomésticos com consumos significativos de eletricidade, como cafeteiras elétricas, fornos elétricos, máquinas da roupa e da loiça e aspiradores, para reduzir os picos de consumo na rede elétrica. Para tal, se as máquinas da roupa e da loiça tiverem a função de arranque diferido, use-a para que funcionem de madrugada.
  • Na altura de lavar roupa e loiça, use as máquinas com a carga completa. Atenção: respeite a dose de detergente indicada na embalagem, pois não é por colocar mais que a loiça ou a roupa ficam mais bem lavadas. Se alguém em sua casa estiver doente, lave a roupa de cama, toalhas, roupa interior e pijamas a temperaturas mais elevadas – em regra, “algodão a 60°C” –, desde que a máquina e a roupa o permitam. Se a máquina da roupa não possuir o programa indicado, use uma máquina de secar, para sujeitar a roupa a temperaturas mais elevadas. Caso não tenha este equipamento, e a roupa branca o permitir, coloque um pouco de lixívia no compartimento do detergente, antes de pôr a roupa a lavar.
  • Como é possível regular a temperatura na máquina da loiça, se houver alguém em casa infetado, prefira o programa automático, normal ou universal em detrimento do eco, porque, em regra, usam uma temperatura entre os 55° e os 65°C.
  • Desligue os equipamentos da corrente, para não ficarem a consumir em stand-by: use extensões com interruptor, por exemplo.
  • Caso seja inadiável comprar um novo eletrodoméstico, como um frigorífico ou uma arca, opte por aparelhos com baixos consumos de eletricidade (veja a etiqueta energética e os nossos testes).
  • Acenda apenas as luzes que são precisas. Ao sair da divisão, apague-as.
  • Sempre que puder, varra a casa e aspire a fundo, pelo menos, uma vez por semana.
  • Caso tenha um sistema fotovoltaico para autoconsumo (ou outro sistema de produção de eletricidade para autoconsumo, como geradores eólicos), procure alinhar o ciclo de utilização dos eletrodomésticos com o de produção do sistema para autoconsumo.

Gaste menos água quente

Ao reduzir o consumo de água quente, baixa também o gasto de gás ou de eletricidade.

  • Regule a temperatura do equipamento de produção de água quente sanitária na posição “Eco” ou num valor próximo do usado na torneira.
  • Prefira sempre tomar duche e evite banhos de imersão.
  • Se tiver um termoacumulador elétrico, procure tomar banho fora de horas de maior consumo (por exemplo, a meio da manhã ou da tarde), para que a resistência do termoacumulador se ative-se em períodos de menor congestionamento da rede elétrica.
  • Nos tempos livres, e caso tenha os materiais em casa porque já pensava instalá-los, aproveite para algumas obras de bricolage e manutenção na sua habitação, que ajudarão a reduzir o consumo de água: instale redutores de caudal nas torneiras e cabeças de chuveiro; repare fugas e torneiras a pingar; isole as tubagens de água quente da habitação, caso estas estejam no exterior das paredes e acessíveis.

Casa confortável, poupada e ventilada

Com a chegada da primavera, o tempo fica mais ameno, mas, caso fique mais frio ou mas calor, aproveite os recursos naturais para aquecer ou arrefecer a casa. Consegue, assim, manter a casa confortável e arejada com algumas medidas simples.

  • Nos dias mais frios, aproveite o sol: abra as cortinas e/ou estores das janelas durante o dia e, à noite, feche-os. Nos dias de calor, feche aqueles durante o dia e, à noite, abra as janelas para arrefecer a habitação.
  • É muito importante renovar o ar interior da habitação todos os dias: basta abrir as janelas, de preferência de direções opostas, para que a casa fique ventilada. Esta operação é ainda mais importante, quando existem várias pessoas dentro de casa e por um período alargado.
  • Se a casa tiver um sistema de ventilação mecânica, assegure-se de que o mesmo está nas melhores condições de funcionamento e programado de modo a que a renovação do ar esteja ajustada ao número de pessoas que permanecem na habitação.
  • Caso precise de recorrer a um aparelho de aquecimento portátil, reduza a sua utilização ao máximo. No caso do termoventilador, ligue-o apenas quando alguém estiver na divisão e desligue-o assim que sair ou for dormir. Regule o termóstato para uma temperatura que permita que vá ligando e desligando. Caso use um radiador a óleo, mantenha-o em funcionamento o menor tempo possível e regule o termóstato para, no máximo, 21°C. Desligue-o se sair por mais tempo.
  • Se usar um aparelho de ar condicionado, regule-o para 20 a 21°C ,no inverno, e 24° a 25°C, no verão. Ligue o equipamento quando estiver na divisão e desligue-o, se sair por um período prolongado.
  • No caso de equipamentos que funcionem com biomassa (como pellets ou lenha), deixe de alimentar a lareira ou a salamandra uma hora antes de se deitar. Lembre-se de ventilar o espaço.
  • Não use aquecedores catalíticos e a parafina ou braseiras sem a existência de uma chaminé que permita a correta exaustão dos gases de combustão. Estes sistemas promovem a queima do oxigénio e a libertação de monóxido e dióxido de carbono para a divisão.
  • Se tiver um sistema de aquecimento central, verifique se o termóstato está no modo de inverno e regule-o segundo as necessidades, mantendo a temperatura da caldeira o mais baixa possível. Feche os radiadores nas divisões que não usar.
  • Aproveite para efetuar algumas operações de manutenção dos equipamentos de climatização: limpe os filtros e as grelhas de ventilação; faça a purga dos radiadores de um sistema de aquecimento central; limpe cinzas de lareiras, salamandras e caldeiras de biomassa e faça a manutenção aos equipamentos e chaminés.

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Economistas pedem gabinete para monitorizar produção e distribuição e garantir acesso a bens essenciais

  • ECO
  • 22 Março 2020

Economistas propõe ao Governo a criação de um gabinete para monitorizar a crise com o objetivo de recolher e usar dados (big data) em tempo real para evitar cortes no fornecimento de bens essenciais.

  • À medida que várias economias fecham, governos e bancos centrais anunciam medidas radicais para evitar o colapso económico. As primeiras projeções são alarmantes: o desemprego mundial poderá sofrer um aumento de dezenas de milhões e em vários países a quebra percentual do produto andará na casa dos dois dígitos.

    Infelizmente, evitar o colapso económico e conter a pandemia são objetivos conflituantes. A decisão em Itália de fechar todas as atividades económicas não essenciais é disso um exemplo dramático. Os outros governos terão de estar atentos à situação italiana, aprender e prevenir.

    Com uma fração significativa de trabalhadores doentes ou de quarentena, as políticas de fique-em-casa e de fecho das fronteiras, a possibilidade de haver disrupções das cadeias de produção e distribuição é real. Com ruturas na oferta e possíveis picos de procura devido a pânicos, preços flexíveis deixam de exercer a sua função de coordenação da atividade produtiva, dado que as empresas poderão não conseguir responder às variações de preços, por exemplo, por falta de bens intermédios ou de força de trabalho.

    Para garantir o acesso aos bens essenciais durante a crise pandémica e manter a economia a funcionar, propomos a criação de um gabinete para monitorizar a crise composto por quadros quer do sector privado quer público, bem como de representantes do governo. O objetivo do gabinete é o de recolher e usar dados (big data) em tempo real para prever e, idealmente, evitar cortes no fornecimento de bens essenciais. Logo que se preveja uma rutura na oferta, o governo pode emitir um comunicado avisando a população de quando estará o produto disponível novamente. Nestas situações, as empresas privadas deverão cooperar para, em conjunto com os governos, garantir a fluidez do fornecimento de bens essenciais quer dentro quer através das fronteiras europeias.

    Perante choques da magnitude da pandemia do covid-19, regimes democráticos com economias descentralizadas têm de conseguir salvaguardar quer o bem-estar material quer a própria democracia. Um Gabinete de Monitorização poderá transmitir confiança e uma sensação de controlo à população durante a crise, evitando pânicos e agitação social. O grande desafio que enfrentamos exige também monitorização a nível europeu em coordenação com os governos nacionais.

 

Nas economias modernas e descentralizadas, a generalidade dos bens e serviços são produzidos por empresas, muitas vezes localizadas em vários países, que reagem a preços. Os fornecedores de um bem avaliam o estado do mercado e decidem quanto produzir. Também escolhem a combinação de capital, trabalho e bens intermédios a usar na produção. A Figura 1 descreve o fluxo de bens e trabalho (Parte A) e de informação (Parte B) nas cadeias de produção e distribuição.

Um impacto imediato do surto viral é alguns trabalhadores faltarem por estarem de baixa. O efeito na força de trabalho é ampliado por causa da quarentena que geralmente é imposta aos colegas de trabalho. Adicionalmente, uma das reações mais comuns ao surto tem sido a exigência de que as pessoas fiquem em casa. Tudo isto impõe uma separação entre trabalhadores; entre capital e trabalho; e também entre fornecedores e clientes, sejam eles de bens intermédios ou finais.

A implicação é que se quebram os fluxos descritos na Figura 1, que ligam as empresas (nacionais ou estrangeiras) entre si e com as famílias. Informação do Sistema Nacional de Saúde (SNS), da Segurança Social e do Instituto de Emprego serão essenciais para avaliar a disponibilidade da força de trabalho. A informação sobre o emprego e absentismo e os seus motivos deverá ser recolhida em tempo real, logo que alguém seja declarado inapto para trabalhar, seja devido a hospitalização ou a quarentenas. Fluxos de trabalhadores entre diferentes estados (empregados ao serviço, doentes, quarentena, desempregados) será mais fluído que em tempos de normalidade.

Monitorização e coordenação

Seja devido à diminuição da procura, à falta de trabalhadores, ou, simplesmente, devido à enorme incerteza que enfrentam, muitas empresas podem parar a produção ou até mesmo fechar. Quando isso acontece, os seus fornecedores verão a procura pelos seus produtos a cair e também poderão parar, dando origem a um círculo vicioso. Enquanto isso, os seus clientes ficam sem fornecedores e também poderão fechar. No final, as famílias poderão ficar privadas de bens essenciais.

Esta cadeia de produção é particularmente importante no contexto do paradigma de gestão just-in-time, que reduz stocks ao mínimo. Havendo falta de um fornecedor, o seu cliente não terá stocks suficientes para continuar a produção. Por outras palavras, se uma empresa parar de produzir, pouco tempo depois também os seus clientes e os clientes dos clientes pararão.

A globalização das atividades produtivas acrescentam uma camada de complexidade ao problema, dado que estão ligadas empresas de vários países. A integração económica é ainda mais premente dentro da União Europeia, onde os fluxos comercias entre países é particularmente intensa. Se o fluxo de bens intermédios entre países for quebrado, a produção parará no país de destino. Sendo a crise global, este mecanismo será crítico no desenrolar da crise. O fecho, por motivos sanitários, das fronteiras dentro da UE dificulta a circulação de bens e, portanto, a fluidez das cadeias de produção na Europa. Por isso, garantir fronteiras abertas à circulação de bens é fundamental. O fecho das fronteiras nacionais e a mudança da produção de bens e serviços para empresas nacionais irá resultar em mais perdas e desigualdades na Europa, especialmente nos pequenos países (que são mais dependentes de outras economias).

A natureza da crise também transformou bruscamente a estrutura da procura. A procura por cuidados de saúde e certos bens associados à saúde aumentou drasticamente, tal como a procura por comunicações, serviços de entrega ao domicílio e comida com prazos de validade dilatados.

Por outro lado, a procura por certos bem duráveis (como carros), combustível e muitos serviços (viagens e turismo) quase desapareceu. No lado da oferta, sectores específicos fecharam ou a sua atividade está muito limitada. Os mecanismos de mercado levarão a um aumento dos preços dos produtos com procura elevada e a uma redução dos outros até que se encontre um equilíbrio. As variações dos preços levarão os empresários a deslocar recursos da produção de bens com pouca procura para bens com procura elevada.

Em alguns casos, é fácil adaptar a estrutura produtiva a novos produtos e os trabalhadores a novas tarefas. Noutros pode ser complicado. Um fator crítico é o horizonte temporal da decisão de reorganizar e/ou investir: as empresas podem decidir não alterar a sua produção se considerarem que o atual aumento da procura não é suficientemente duradouro para o investimento ser lucrativo. Uma semana depois do surto, algumas empresas portuguesas já estavam a converter as suas fábricas à produção de produtos com procura elevada. É o caso das fábricas têxteis que estão agora a produzir equipamento de segurança pessoal (como máscaras). Uma fábrica de cerveja está a usar álcool para produzir desinfetante de mãos. Um grupo de empreendedores juntou diversas empresas, universidades e agências públicas para produzir ventiladores. Estas são excelentes notícias.

Infelizmente, na atual crise, os mecanismos de mercado, ou os ‘sentimentos morais’ dos empreendedores, poderão não ser suficientes por si só.

Primeiro, corremos o risco de não nos podermos dar ao luxo de esperar que o mercado ajuste a oferta de bens às necessidades críticas da sociedade. Segundo, o livre funcionamento do mercado pode obrigar a desobedecer às instruções de recolhimento em casa, contribuindo para a disseminação do vírus. Terceiro, dada a excepcionalidade das atuais circunstâncias, os preços podem ser um mecanismo de coordenação ineficaz.

Por exemplo, devido a uma carência de bens intermédios ou falta de trabalhadores, as empresas podem não conseguir aumentar a produção como resposta a um aumento brusco nos preços. Numa situação destas, os preços deixam de ser um mecanismo de coordenação para passarem a ser um mecanismo de racionamento que garante que apenas os mais ricos têm acesso aos bens essenciais. Os preços de equilíbrio podem ser tão elevados que gerem revoltas em partes da sociedade podendo pôr em causa a coesão social. Num caso extremo, até a democracia poderia estar em risco.

Nestas circunstâncias excepcionais, poderá ser possível conseguir um resultado melhor monitorizando e coordenando as decisões de vários agentes. Neste ponto, mudanças repentinas e agressivas nos preços têm de ser monitorizadas de perto pelas autoridades económicas existentes. Algum racionamento preventivo pode ser considerado para evitar que haja uma escassez artificial provocada por açambarcamentos (isto é especialmente verdade relativamente a medicamentos, mas também se pode aplicar a outros bens essenciais ou de elevada procura durante a pandemia).

Com este cenário em mente, propomos que a monotorização e coordenação central seja feita por um gabinete de coordenação (Parte B da Figura 1). Este Gabinete de Monitorização focar-se-ia em detetar problemas (como estrangulamentos ou níveis de produção insuficientes) nas cadeias de produção e distribuição de bens essenciais em tempo real.

O Gabinete de Monitorização deve ser visto como um catalisador de iniciativas do sector privado, com e sem fins lucrativos, que assegurem a sustentabilidade das cadeias de produção e distribuição e dos fluxos de comércio internacional necessárias à disponibilização de bens essenciais.

Quando se detetam problemas de produção e distribuição, a informação deve passar para entidades como agências públicas (por exemplo, centros de emprego regionais), municípios, associações empresariais, sindicatos e bancos para que os obstáculos à produção sejam removidos de forma coordenada. Se o Gabinete de Monitorização conseguir identificar os problemas nas cadeias de produção e distribuição, poderá informar a população da disponibilidade de bens de forma credível e tranquilizadora. Numa democracia com uma economia descentralizada, a monitorização e coordenação pode ser uma forma efetiva de evitar que uma carência pontual de bens degenere em açambarcamento generalizado, ou mesmo em pânico, que apenas agravaria a situação.

Para os atingir seus objetivos, o Gabinete de Monitorização terá provavelmente de dar três passos.

  1. O primeiro passo é identificar os bens e serviços que devem ser priorizados na atual crise. Obviamente, medicamentos, equipamentos médicos, equipamentos de proteção e kits de teste, além de alimentos e outras necessidades básicas, comunicações e serviços de utilidade pública, devem ter prioridade. A rede logística necessária para a distribuição dos bens também é indispensável.
  2. O segundo passo é determinar as cadeias de produção e distribuição que produzem os bens e serviços desejados. Informações detalhadas em tempo real ao nível da empresa e do indivíduo serão essenciais para estimar a procura por região e por tipo de bem, e para monitorizar as cadeias de produção. Essas informações podem vir de institutos nacionais de estatística, sistema de saúde, autoridades tributárias, segurança social, bancos, serviços de utilidade pública, empresas retalhistas e de comunicações, e de gestores de empresas. Além disso, cada agregado familiar pode tornar-se uma fonte de informações sobre a disponibilidade de bens usando o telemóvel. Os institutos nacionais de estatística e os reguladores setoriais agregariam os diferentes conjuntos de dados e partilhariam a informação produzida com os outros países da UE (com total respeito pelo RGPD – regulamentos de privacidade de dados). Esta tarefa colossal pode exigir o esforço conjunto de especialistas de entidades públicas, universidades e empresas privadas. Dados em tempo real e data analytics podem dar um contributo essencial para a análise da informação recolhida e para a definição de medidas adequadas.
  3. O terceiro passo é identificar os recursos que podem ser afetados às indústrias situadas nas cadeias de produção e distribuição de bens essenciais, sejam recursos desempregados ou recursos afetados a atividades não essenciais. Esse esforço de monitorização / coordenação dependerá da resposta a perguntas como as seguintes. Os trabalhadores em atividades não essenciais podem ser treinados, em pouco tempo, para trabalhar em atividades essenciais? Os trabalhadores podem deslocar-se para a região onde a produção essencial ocorre? Podem trabalhar sob as condições sanitárias necessárias? Podem ser isolados para garantir que não são infectados? As pessoas imunes ou de baixo risco (por exemplo, menores de 50 anos sem problemas de saúde) podem ser requisitadas para trabalhar em atividades essenciais? As técnicas de big data / data science serão úteis para estimar a procura e otimizar a afetação dos recursos? É possível definir um pacote de bens essenciais para duas semanas (de acordo, em particular, com as recomendações dietéticas) e distribuído aos que estão isolados? A impressão 3D será útil nestas circunstâncias?

Algumas atividades de monitorização e coordenação podem decorrer ao nível municipal. As entidades municipais podem ter um conhecimento mais detalhado da estrutura da atividade económica na sua região e pode ser inviável fazer rapidamente esse tipo de análise ao nível nacional. As atividades de monitorização e coordenação precisarão do envolvimento de municípios, associações empresariais, sindicatos, bancos, retalhistas, entre outros.

No entanto, as indústrias locais empregam bens vindos de outras regiões e as empresas nacionais usam bens vindos de outros países. Portanto, é necessário que a análise municipal seja coordenada ao nível nacional e que os planos nacionais sejam coordenados entre os países, essencialmente no nível da UE.

O Gabinete de Monitorização deve incluir especialistas em logística, investigação operacional, engenharia, big data / data science e análise input-output, tanto do setor público como do privado, de universidades, das forças armadas e de segurança, de empresas grossistas, retalhistas e transporte, das empresas que produzem bens e serviços identificados como essenciais (ou essenciais para a produção de produtos e serviços essenciais), de instituições financeiras, de empresas de consultoria de gestão, além de funcionários públicos e municipais, entidades de proteção civil e juristas.

Os principais retalhistas estão presentes em todo o território. Essas redes de retalho têm informações completas e em tempo real sobre os fornecedores (nacionais e internacionais) e sobre o risco de escassez de bens. No contexto da crise do Covid-19, a cooperação entre os principais retalhistas é crucial para garantir a distribuição atempada de bens essenciais à população. Por exemplo, numa certa localidade, se nenhum retalhista tiver trabalhadores suficientes para manter a sua loja aberta, talvez seja possível manter uma loja aberta através da passagem de todos os trabalhadores para apenas um desses retalhistas.

O crédito e os pagamentos fluem principalmente através de redes construídas por instituições financeiras. Tal como os retalhistas, as instituições financeiras têm representantes em todo o território e as suas redes de pagamentos são usadas em todos os pontos de venda principais. Portanto, as instituições financeiras também têm informações detalhadas sobre a atividade económica, embora do ponto de vista dos fluxos monetários. Além disso, possuem informações sobre a situação financeira dos seus clientes (particulares e empresas), principalmente daqueles que receberam crédito. É vital monitorizar a saúde financeira dos agentes económicos para evitar problemas de liquidez e uma crise financeira.

O Gabinete de Monitorização deve prestar contas às instituições democráticas. Os gabinetes de monitorização em toda a UE terão de trabalhar em estreita cooperação entre si, em rede, para garantir que os fluxos de comércio internacional não serão interrompidos.

O sucesso desta abordagem dependerá crucialmente da existência de comércio livre. Excepcionalmente, a mobilidade laboral na UE foi severamente restringida. Do ponto de vista económico, tal poderá não ser muito problemático desde que os bens e serviços continuem a ser transaccionados entre países. No entanto, em tempos como este, os governos podem sofrer pressões para impedir as exportações de bens essenciais.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que camiões com medicamentos e outras mercadorias estão bloqueados nas fronteiras. Portanto, a gestão da crise também deve ser feita ao nível europeu – uma coordenação estreita entre os governos nacionais é crucial. Não podemos ser apanhados numa situação de bloqueio em que os países impedem o fornecimento mútuo de bens e serviços estratégicos. A falta de apoio à Itália não pode repetir-se. Os grandes perigos que enfrentamos exigem um gabinete de monitorização e coordenação da UE interagindo com os homólogos nacionais. Se isto não for feito rapidamente, não só a UE corre riscos a médio prazo, mas também, a curto prazo, todos perderão.

Ana Paula Faria (Universidade do Minho)

Anabela Carneiro (Universidade do Porto)

Aurora Teixeira (Universidade do Porto)

Cátia Batista (Nova SBE)

Carla Sá (Universidade do Minho)

Emma Szhao (Bank of Portugal)

Fernando Alexandre (Universidade do Minho)

Fernando Anjos (Nova SBE)

Francisco Veiga (Universidade do Minho)

Hélder Vasconcelos (Universidade do Porto)

Joana Pais (ISEG, Universidade de Lisboa)

João Cerejeira (Universidade do Minho)

João Correia da Silva (Universidade do Porto)

José Tavares (Nova SBE)

Luís Aguiar-Conraria (Universidade do Minho)

Miguel Faria-e-Castro (Federal Reserve Bank of St. Louis)

Miguel Portela (Universidade do Minho)

Odd Straume (Universidade do Minho)

Óscar Afonso (Universidade do Porto)

Pedro Bação (Universidade de Coimbra)

Pedro Brinca (Nova SBE)

Pedro Pita Barros (Nova SBE)

Rita Sousa (Universidade do Minho)

Rosa Branca Esteves (Universidade do Minho)

Sandra Maximiniano (ISEG, Universidade de Lisboa)

Sara Cruz (Universidade do Minho)

Susana Peralta (Nova SBE)

Tiago Sequeira (Universidade de Coimbra)

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Tranquilidade com linha dedicada apenas a acidentes

  • ECO Seguros
  • 22 Março 2020

Objetivo é aliviar as linhas do SNS e orientar as vítimas de acidentes não relacionados com a pandemia. Enfermeiros asseguram triagem. Suspeitos de Covid-19 continuam a ser encaminhados para o SNS24.

Com o objetivo de não sobrecarregar as linhas de atendimento do Serviço Nacional de Saúde e apoiar e proteger clientes em caso de acidentes a Tranquilidade disponibilizou, para os seus clientes, uma linha telefónica dedicada de primeira assistência para acidentes.

É uma linha de triagem e aconselhamento lançada no atual contexto de epidemia e estado de emergência, para dar resposta a acidentes não urgentes que possam ocorrer em contexto laboral, de acidente de viação ou outro tipo de acidente.

Trata-se de uma plataforma de contacto de âmbito nacional – incluindo regiões autónomas – que é suportada por uma equipa de enfermeiros que avaliam a condição da pessoa que sofreu o acidente e a orientam quanto ao tratamento e assistência.

A linha funciona todos os dias úteis entre as 9h00 e as 18h00 através do número 210 192 809 e destina-se a acidentes. Os casos suspeitos de Covid-19 continuam a ser encaminhados para o 112 ou linha Saúde SNS24.

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