Estímulos de dois biliões de Trump chumbados nos EUA

  • ECO
  • 23 Março 2020

Democratas consideram que acordo proposto pela Casa Branca era excessivamente generoso para as grandes empresas, tinha condições muito limitadas e não previa fundos suficientes para os hospitais.

O plano de estímulos orçamentais nos Estados Unidos, de quase dois biliões de dólares (1,87 biliões de euros), foi chumbado. O pacote tinha sido proposta pelo presidente Donald Trump, mas não teve “luz verde” dos democratas no Congresso norte-americano, segundo o Financial Times (acesso condicionado).

Trump tinha anunciado um plano para ajudar os Estados Unidos a enfrentar o coronavírus, mas as negociações chegaram a um impasse, com os democratas a afirmarem que o acordo proposto pela Casa Branca era excessivamente generoso para as grandes empresas. Em simultâneo, tinha condições muito limitadas e não prevê fundos suficientes para os hospitais.

Apesar do impasse, os dois políticos que estão a liderar as negociações — o secretário do Tesouro Steven Mnuchin e o senador democrata Chuck Schumer — sinalizaram que ainda há espaço para alcançar uma solução conjunta. “Esta lei vai afetar este país e as vidas dos norte-americanos não só nos próximos dias, mas nos próximos meses ou até anos, portanto temos de garantir que é boa. Estamos cada vez mais próximos e tenho esperança que vamos conseguir”, disse Schumer, ao FT.

Com o surto de coronavírus a alastrar nos Estados Unidos, a administração Trump tem estado a trabalhar em estímulos orçamentais e fiscais para travar o impacto da doença, enquanto a Reserva Federal norte-americana já anunciou igualmente uma série de medidas de política monetária.

É cada vez mais certo que a Covid-19 poderá pôr fim ao maior ciclo de crescimento económico dos Estados Unidos. Esta segunda-feira, os analistas do banco de investimento Morgan Stanley atualizaram as projeções para a economia do país e estimam agora um tombo de 30% no PIB no segundo trimestre do ano, acompanhado de uma subida da taxa de desemprego para 12,8%.

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O terramoto do trabalho remoto…

  • BRANDS' ECO
  • 23 Março 2020

Marta Santos, EY Associate Partner, People Advisory Services, explica o que deve ser feito perante a nova realidade de trabalho imposta pela pandemia do coronavírus.

De repente, acordámos para uma nova realidade de trabalho. De um dia para o outro, uma enorme percentagem de pessoas passou a trabalhar remotamente. Não foi, como tão bem sabemos, uma opção pensada, planeada e gerida. Foi uma imposição repentina.

Como conseguiremos, face a esta realidade incontornável, manter a motivação e a produtividade, individual e das equipas? É fundamental estabelecer planos de intervenção que atendam, em primeiro lugar, à segurança das pessoas e ao seu bem-estar – a base da Pirâmide das Necessidades (Maslow).

Conhecer os trabalhadores e identificar os grupos com maiores desafios: situações de comorbilidades, que representam um maior risco face a possíveis complicações em caso de contaminação pelo novo Coronavírus; trabalhadores com filhos menores de 12 anos, que terão maiores dificuldades em conciliar as dinâmicas familiares e de trabalho.

De uma forma transversal, transmitir boas práticas de trabalho remoto aos colaboradores – para muitos, esta é uma primeira vez! Como organizar o espaço de trabalho, mantendo uma diferenciação deste com o espaço-casa? Como definir e manter horários que mantenham uma cadência semelhante de trabalho? Como reconhecer e evitar elementos que constituem distrações que em trabalho presencial não existem?

Conhecer os processos e atividades críticos para o negócio e saber como os adaptar às novas circunstâncias de forma célere. Garantir que as ferramentas de trabalho estão operacionais e que são utilizadas no seu potencial de colaboração. Este potencial só pode ser atingido se transversalmente as pessoas estiverem capacitadas para uma utilização eficaz das ferramentas existentes.

Comunicar de forma clara as novas metodologias de trabalho, a estratégia definida e o que se espera de cada um. A comunicação é um elemento imprescindível no trabalho remoto. Deve ser planeada, gerida e monitorizada de forma constante.

É preciso também preparar os líderes e gestores de equipa para uma nova realidade de gestão de equipas remotas. Capacitá-los para uma delegação de tarefas eficaz, para uma monitorização de trabalho à distância, para transmitir a segurança e a confiança que as equipas necessitam para se manterem produtivas, motivadas e com alento!

É aos líderes e gestores de equipas que caberá ainda uma monitorização ao nível do bem-estar físico e mental dos trabalhadores. É uma mudança abrupta de hábitos, a que se adiciona a ansiedade relacionada com a situação de pandemia que vivemos, com potenciais consequências sérias a estes níveis. É preciso estar atento. Alertar.

Aos líderes, que são também trabalhadores com o seu contexto pessoal e familiar próprio, pede-se um papel de resiliência e de exemplo num contexto que para muitos é novo. Gerir equipas remotas e dispersas não é o mesmo que gerir uma equipa presencial – é fundamental que também eles sejam apoiados neste novo desafio.

É preciso tudo isto, para ontem.

Não é um programa de transformação digital preparado e sustentado, com uma gestão de mudança que o suporta e promove a adoção de novos comportamentos… É uma imposição. É a realidade já hoje.

Temos de fazer acontecer, de forma rápida. De forma eficaz. Promovendo a segurança das pessoas e a continuidade do negócio.

#FiqueEmCasa

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Coronavírus: Vice-presidente do BCE defende “rendimento mínimo de emergência”

O ex-ministro da Economia espanhol prevê uma recessão económica devido ao coronavírus. Para Espanha, o vice do BCE defende a criação de um "rendimento mínimo de emergência".

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-ministro da Economia espanhol prevê uma recessão económica na Europa devido ao surto de coronavírus, mas mantém a esperança de uma recuperação até ao final do ano, avança o 20minutos (conteúdo em espanhol). Para Espanha, Luis de Guindos defende a criação de um “rendimento mínimo de emergência” na tentativa de evitar uma crise social.

“Os dados do primeiro semestre serão muito negativos para a Zona Euro. A esperança é que tenhamos uma recuperação na segunda metade do ano”, disse o responsável do BCE, durante uma entrevista ao canal La Sexta, acrescentando que esta crise é diferente da crise de 2008 e que terá um impacto “muito intenso” na economia europeia.

Afirmando que o BCE está a “tentar impedir que se repita uma crise de dívida”, De Guindos disse que a instituição vai, este ano, “comprar ativos no valor de praticamente o PIB espanhol”. E aproveitando para falar de Espanha, o vice-presidente do BCE defendeu a criação de um “rendimento mínimo de emergência” no país vizinho “durante um período de transição” para evitar uma crise social.

“Acredito que o Estado deve agir durante esse período de transição para que não haja uma crise social. Isto vai durar semanas ou meses, mas não mais do que isso. Espero que todos atendamos às necessidades básicas da população espanhola, fundamentalmente a mais vulnerável”, afirmou.

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Conselho de Finanças Públicas defende emissão de Eurobonds para responder ao Covid-19

  • ECO
  • 23 Março 2020

Além de Carlos Costa, também Nazaré da Costa Cabral apoia a emissão de dívida pública conjunta para financiar as políticas orçamentais de resposta à crise pandémica.

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) português apoia a emissão de Eurobonds para responder ao travão na economia causado pelo Covid-19. A hipótese é defendida num artigo de opinião, publicado no Jornal de Negócios (acesso pago), assinado pela presidente presidente Nazaré da Costa Cabral, bem como pelos dois membros do Conselho Superior Miguel St. Aubyn e Carlos Marinheiro.

A pandemia arrisca atirar a economia europeia para uma crise económica, que é comum a todos os países. “Tal como em muitos combates, são duas as frentes: a frente monetária e a frente orçamental. Provavelmente, ter-se-á de lançar mão de medidas heterodoxas em ambas“, dizem os membros do CFP, que já estão em contacto com outras instituições orçamentais independentes para tomarem uma posição comum.

Do lado da política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou um pacote de emergência de 750 mil milhões de euros. É do lado da política orçamental que o CFP defende uma resposta ao choque comum na forma de financiamento conjunto. O modelo das Eurobonds, que poderão vir a chamar-se Coronabonds, já tinha igualmente sido apoiado pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

“Trata-se de abrir a porta, ainda que momentaneamente, à emissão conjunta pelos países europeus ou da Zona Euro, de dívida pública garantindo a necessária partilha de risco e evitando que o acréscimo de endividamento associado aos gastos (diretos e indiretos) com a pandemia possam levar ao aumento dos prémios de risco nacionais ou a perdas de acesso a financiamento nas economias mais afetadas e, no limite, a uma nova crise da dívida soberana, que ampliaria os já elevados custos e sofrimento da população”, sublinham Costa Cabral, St. Aubyn e Marinheiro.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 23 Março 2020

Nos EUA, Donald Trump viu o seu plano de estímulos orçamentais chumbado pelos democratas. No Reino Unido, o Governo prevê entrar no capital das companhias aéreas do país.

Somam-se os esforços dos países para evitar as consequências do surto de coronavírus nas economias, mas nem todos têm o caminho facilitado. Que o diga Donald Trump, que viu o seu plano de quase dois mil milhões de dólares chumbado pelos democratas este fim de semana. No Reino Unido também se unem esforços, com o Governo a ponderar mesmo entrar no capital de algumas companhias aéreas. Em Espanha, o vice-presidente do BCE defende a criação de um “rendimento mínimo de emergência”, enquanto o Canadá lança um ultimato à organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Financial Times

Coronavírus: Pacote de estímulos de Donald Trump chumbado pelos democratas

Os democratas travaram o plano de estímulos orçamentais de quase dois mil milhões de dólares (1,87 mil milhões de euros) de Donald Trump para ajudar os Estados Unidos a enfrentar o coronavírus. Tudo indicava que as negociações iam correr bem, mas no domingo houve um impasse, com os democratas a afirmarem que o acordo proposto pela Casa Branca era excessivamente generoso para as grandes empresas, para além de ter condições muito limitadas e de não oferecer fundos suficientes para os hospitais. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Expansión

Governo britânico pondera nacionalizar a British Airways

As companhias aéreas estão a sofrer com o coronavírus. No Reino Unido, o Governo já admite vir a adquirir participações significativas no capital de várias empresas do setor para evitar a falência. Uma delas é a British Airways — Iberia, Vueling e Air Lingus –, mas em cima da mesa estão também a Virgin Atlantic e a easyJet. Segundo algumas fontes, O Governo britânico pretende injetar milhões de libras na British Airways em troca de ações que, passado algum tempo, seriam vendidas a investidores privados. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol)

20minutos

Espanha: Guindos defende “rendimento mínimo de emergência”

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-ministro da Economia de Espanha prevê uma recessão económica na União Europeia devido ao coronavírus, com um impacto “muito intenso”. Para o país vizinho, Luis de Guindos defendeu a criação e um “rendimento mínimo de emergência” para evitar uma crise mais profunda. “Acredito que o Estado deve agir durante esse período de transição para que não ocorra uma crise social”, disse em entrevista ao canal La Sexta. Leia a notícia completa no 20minutos (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Canadá desiste dos Jogos Olímpicos se estes não forem adiados

O Canadá anunciou a desistência dos Jogos Olímpicos de Tóquio, caso estes venham mesmo a realizar-se este ano, como está planeado. O anúncio foi feito na madrugada desta segunda-feira, seguindo-se a Austrália a anunciar que aconselhou os seus atletas a preparem-se para uma prova em 2021, numa tentativa de pressionar a organização a adiar o evento desportivo. O Comité Olímpico Internacional vai esperar um mês para decidir se adia o para 2021, 2022 ou os realiza em outubro e novembro deste ano. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

SoftBank avança com venda de ativos de 41 mil milhões de dólares

As ações do SoftBank tiveram a maior subida dos últimos 11 anos, depois o banco anunciar um plano para levantar até 4,5 biliões de ienes (41 mil milhões de dólares) no próximo ano para recomprar ações e reduzir a dívida. Neste plano estão incluídas grandes participações em empresas do Grupo Alibaba e empresas de economia partilhada, como a Uber e a WeWork. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Airbus rasga metas. Anula dividendos por causa do vírus

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Fabricante anulou as nossas previsões para 2020. Vai retirar a proposta de dividendos de 2019, de um valor total de cerca de 1,4 mil milhões de euros.

A Airbus anulou o pagamento aos acionistas de dividendos de 2019 e as previsões de resultados para este ano, numa tentativa de atenuar o efeito da pandemia da Covid-19, anunciou hoje o construtor aeronaútico europeu.

Em comunicado, a Airbus afirmou ter “recebido o aval” do conselho de administração para “retirar a proposta de dividendos de 2019, de 1,80 euros por ação, o que representa um valor total de cerca de 1,4 mil milhões de euros”.

A empresa anunciou também ter obtido uma nova linha de crédito para elevar a liquidez disponível a 30 mil milhões de euros contra 20 anteriormente.

“A nossa prioridade é proteger as pessoas, e ao mesmo tempo, apoiar os esforços mundiais para travar a propagação do coronavírus [SARS-CoV-2]. Queremos também garantir a segurança das nossas atividades para preservar o futuro da Airbus e retomar eficazmente as nossas operações depois da crise”, declarou o presidente-executivo da empresa, Guillaume Faury, citado no comunicado.

Graças a estas decisões, “a empresa dispõe de liquidez suficiente para responder às necessidades de tesouraria suplementares relacionadas com a Covid-19”, precisou a Airbus, ao anunciar igualmente a suspensão do financiamento voluntários das reformas complementares.

“Anulámos as nossas previsões para 2020 devido à volatilidade da situação. Ao mesmo tempo, assumimos o compromisso de garantir a liquidez da empresa em qualquer momento, graças a uma política prudente. Estou convencido que a Airbus e o conjunto do setor aeronáutico e espacial vão ultrapassar este período crítico”, acrescentou Faury.

A assembleia-geral da empresa vai decorrer em 16 de maio, em Amesterdão e a Airbus pediu aos acionistas para não estarem fisicamente presentes.

A empresa pensa poder continuar a assegurar as suas atividades, mesmo “em caso de crise prolongada”, através da manutenção “da produção, com uma gestão do caderno de encomendas, apoio aos clientes e com uma garantia da flexibilidade financeira das operações”, indicou.

No domingo, a Airbus disse prever o reinício parcial da produção em França e na Espanha, na sequência de quatro dias de controlos de saúde e de segurança relacionados com a propagação do coronavírus.

Em 2019, o grupo, que emprega cerca de 135 mil pessoas em todo o mundo, divulgou um volume de negócios de 70 mil milhões de euros.

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Japão admite adiar Jogos Olímpicos. Pode “ser inevitável”

  • Lusa
  • 23 Março 2020

"A anulação não é uma possibilidade", mas Shinzo Abe admitiu, pela primeira vez, que decisão de um adiamento "poderá ser inevitável".

A decisão de adiar Tóquio2020 “poderá ser inevitável” se a pandemia do coronavírus tornar impossível organizar os Jogos Olímpicos com segurança, reconheceu, pela primeira vez, o primeiro-ministro japonês.

Perante o parlamento japonês, Shinzo Abe garantiu que o país continuava empenhado em organizar os Jogos Olímpicos nas melhores condições, mas “se isso se tornar difícil, tendo em conta em primeiro lugar os atletas”, a decisão de um adiamento “poderá ser inevitável”.

Apesar da propagação da pandemia da Covid-19 no mundo e as crescentes interrogações em torno de Tóquio2020, Abe não tinha ainda abordado esta opção oficialmente.

Esta posição do chefe do Governo nipónico surgiu depois de, no domingo, o Comité Olímpico Internacional (COI) ter levantado a possibilidade de adiar o evento, depois de um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão com todos os seus parceiros.

“A anulação não é uma possibilidade”, insistiu Abe, retomando as declarações do presidente do COI Thomas Bach que, na véspera, tinha declarado que anular os Jogos seria “destruir o sonho olímpico”.

Nos últimos dias, o organismo responsável pelos Jogos tem sido pressionado por vários comités e federações, que defendem o adiamento do evento, por considerarem que existe risco para a saúde e bem-estar dos atletas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 1.720 mortos em 28.572 infeções, o Irão, com 1.685 mortes num total de 22.638 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Bolsas europeias afundam. PSI-20 renova mínimo histórico com queda de 3%

Perspetivas de uma recessão global estão a penalizar as ações no início da semana. Europa espelha as quedas na Ásia.

As ações europeias afundam esta segunda-feira, a prolongar o sentimento negativo vivido na Ásia. Enquanto governos e organizações tentam travar a disseminação do coronavírus e o impacto da pandemia na economia, as perspetivas não são positivas e há cada vez mais analistas a anteciparem que o surto irá gerar uma recessão global.

A deterioração adicional do surto de Covid-19 está a prejudicar gravemente a economia global“, alertaram analistas do Morgan Stanley numa nota aos clientes, esta segunda-feira, citada pela Reuters. “Estimamos que o crescimento global caia perto da crise financeira e o crescimento dos EUA para mínimos e 74 anos, em 2020”, referem.

Para o segundo trimestre do ano, os analistas do banco de investimento calculam um tombo de 30% no PIB dos EUA. O presidente do país Donald Trump tinha anunciado um mega plano para impulsionar a economia, mas os democratas travaram o plano de estímulos fiscais de quase dois mil milhões de dólares (1,87 mil milhões de euros) por considerarem que era excessivamente generoso para as grandes empresas.

Neste cenário, as ações europeias negoceiam esta segunda-feira com fortes quedas. O Stoxx cai 2,2%, enquanto o alemão DAX tomba 4,7%, o francês CAC 40 perde 3,2% e o espanhol IBEX 35 cai 3,5%.

O português PSI-20 desvaloriza 3,17% para 3.554,14 pontos, a tocar um novo mínimo histórico. A liderar as perdas está a EDP Renováveis, que afunda 4,61% para 8,90 euros, segundo a casa-mãe EDP perde 2,73%.

A Galp Energia perde 3,76% para 7,934 euros, num dia em que o petróleo voltou a negociar em terreno negativo: o Brent de referência europeia recua 3,71% para 25,98 dólares por barril, enquanto o WTI segue na linha de água, próximo de 22,80 dólares.

No retalho, a Sonae (-4,96%) e a Jerónimo Martins (-2,88%) também acumulam perdas. O BCP perde 2,14% para 0,1008 euros, muito próximo do mínimo histórico tocado a 18 de março (de 0,10 euros).

As cotadas reagem de forma generalizada ao surto de Covid-19, que obrigou ao fecho temporário de empresas e a que os trabalhadores estejam em casa. Em Portugal, um grupo de economistas já pediu ao Governo a criação de um gabinete para monitorizar o impacto em tempo real e evitar eventuais cortes no fornecimento de bens essenciais no país.

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Petróleo continua a cair. Barril está mais perto dos 25 dólares

Por todo o mundo, há fábricas paradas, mas também milhões de consumidores fechados em casa. Procura global pela matéria-prima está a afundar, arrastando os preços nos mercados internacionais.

O petróleo continua a perder valor nos mercados internacionais. Numa altura em que os países anunciam biliões de dólares de estímulos para conter o impacto do coronavírus na economia, os preços recuam perante a perspetiva de forte quebra na procura mundial pela matéria-prima.

Em Londres, o Brent, que serve de referência para as importações nacionais, segue a cair quase 3% para cotar cada vez mais perto dos 25 dólares. Está nos 26,26 dólares por barril, mantendo-se ainda assim com um ligeiro prémio face ao West Texas Intermediate. O WTI, negociado em Nova Iorque, ganha 0,5% para cotar nos 22,88 dólares.

Brent cada vez mais perto dos 25 dólares

Os preços da matéria-prima têm caído nas últimas quatro semanas, acumulando quedas de cerca de 60% desde o início do ano, pressionados, em grande parte, pelo vírus que surgiu na China.

A pandemia que já infetou mais de 300 mil pessoas em todo o mundo, levando a mais de 14 mil mortes, está a parar praticamente todos os países. Todos os dias são anunciados pacotes de estímulos orçamentais, a que se juntam as ações do bancos centrais, mas os investidores duvidam da capacidade para evitar uma recessão.

A perspetiva de uma forte quebra na economia mundial tem levado a um ajuste em baixa das perspetivas para a procura global de petróleo, bem como de outras matérias-primas, ditando quedas acentuadas nas cotações nos mercados internacionais.

Por todo o mundo, há fábricas paradas, mas também milhões de consumidores fechados em casa, a cumprir o confinamento pedido pelas autoridades, levando a uma quebra expressiva na procura.

“Mesmo que os preços do petróleo consigam recuperar um bocadinho, a tendência continuará a ser de queda tendo em conta que a procura só irá piorar à medida que mais países reforçam o encerramento das atividades não-essenciais”, nota Edward Moya, analista sénior da OANDA.

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Hackers atacam clientes do BCP, Crédito Agrícola e EDP

  • ECO
  • 23 Março 2020

O alerta feito pelo Gabinete Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR) no seu site. Os ataques ocorreram a 13, 16 e 17 de março, de acordo com o Público.

Os clientes do BCP, do Crédito Agrícola e da EDP foram alvo de ataques informáticos. No golpe de phishing, os piratas informáticos pretendiam ter acesso aos dados dos seus clientes, segundo noticia o Público (acesso livre).

O alerta feito pelo Gabinete Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR) no seu site. Os ataques ocorreram a 13, 16 e 17 de março, sendo que nos dois bancos o objetivo era chegar a dados de acesso das contas dos clientes e, na elétrica, conseguir os dados dos cartões de crédito dos clientes.

A informação recolhida pelo Público indica que, para isso, foram enviadas, para múltiplos destinatários, mensagens fraudulentas de correio eletrónico, em que eram anunciados falsos reembolsos (e um link para o cliente aceder a esse alegado montante) ou em que era anunciada uma mensagem no homebanking.

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Hoje nas notícias: Testes, comércio online e Eurobonds

  • ECO
  • 23 Março 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O coronavírus continua a marcar a atualidade, numa altura em que há uma corrida aos laboratórios privados para fazer testes à doença. À conta disso, entram diariamente para os cofres destas empresas 2,6 milhões de euros. E as consequências deste surto fazem sentir-se, levando as empresas a fechar portas por tempo indefinido, e a reagir à forte procura pelo comércio online. Aparte do surto, destaque para o pishing de que foram alvo o BCP, Crédito Agrícola e EDP, num golpe que pretendia ter acesso aos dados dos seus clientes.

Testes ao coronavírus rendem 2,6 milhões diariamente aos privados

Os testes de rastreio ao coronavírus estão a render, por dia, cerca de 2,6 milhões de euros aos laboratórios privados, isto numa altura em que a procura está a aumentar diariamente por parte dos utentes, mas também do Governo, com quem estes já estabeleceram protocolos. A capacidade que estes laboratórios não públicos têm é de 17.000 testes por dia, quase o dobro da reserva diária de 9.000 disponível no Serviço Nacional de Saúde (SNS), como disse a ministra da Saúde. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Empresas reagem à forte procura por comércio online

A procura por plataformas de comércio online disparou nos últimos dias devido ao isolamento social imposto pela Covid-19. “Até ao momento, o Continente tem realizado todos os esforços para conseguir dar resposta a este aumento da procura”, disse fonte oficial da Sonae, onde é preciso esperar semanas para conseguir receber as compras em casa. Mas num país com uma das maiores densidades comerciais por habitante da Europa, as redes de distribuição estão a adaptar-se à nova realidade. Leia a notícia completa no Público

SIRESP admite “praticamente mesmo nível de fragilidades” dos incêndios de 2017

Para o especialista em comunicações de emergência, Paulo Moniz, Portugal está “praticamente ao mesmo nível de fragilidades do que nos incêndios de 2017”, isto é, com os “níveis de robustez, fiabilidade e resiliência das redes de comunicações públicas” semelhantes aos daquela altura, agora devido ao surto de coronavírus. O deputado do PSD afirma ainda que as recomendações dadas após os incêndios não foram postas em prática e que essa responsabilidade é do Governo. Leia a notícia completa no Diário de Notícias

Conselho de Finanças Públicas defende emissão de Eurobons

O Conselho de Finanças Públicas considera que a emissão de Eurobonds para responder ao travão na economia causado pela Covid-19 é a melhor resposta conjunta da Europa. A proposta é defendida num artigo de opinião assinado pela presidente Nazaré da Costa Cabral, bem como pelos dois membros do Conselho Superior Miguel St. Aubyn e Carlos Marinheiro. “A resposta ao choque comum exige um financiamento conjunto recuperando-se o modelo das Eurobonds agora com a denominação coronabonds ou outra”, dizem. Leia o artigo de opinião completo no Jornal de Negócios (link indisponível)

Piratas informáticos atacam clientes do BCP, Crédito Agrícola e EDP­­­­­­­­­

BCP, Crédito Agrícola e EDP foram alvo de ataques de phishing, num golpe que pretendia ter acesso aos dados dos seus clientes, segundo o alerta feito pelo Gabinete Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os ataques ocorreram a 13, 16 e 17 de março, sendo que nos dois bancos o objetivo era chegar a dados de acesso das contas dos clientes e, na elétrica, conseguir os dados dos cartões de crédito dos clientes. Para isso, foram enviados para múltiplos destinatários emails fraudulentos, em que eram anunciados falsos reembolsos. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

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Laboratórios privados lucram 2,6 milhões por dia com testes ao coronavírus

  • ECO
  • 23 Março 2020

Está a aumentar a procura por laboratórios privados para fazer testes ao coronavírus. E não apenas por parte dos utentes, mas também do Governo. Médicos desconfiam da capacidade do SNS.

O aumento da procura pelos laboratórios privados para fazer testes ao coronavírus está a fazer engordar os cofres destas empresas, avança o Correio da Manhã (acesso pago). Estão a render cerca de 2,6 milhões de euros por dia, numa altura em que a capacidades destas empresas é bastante superior à do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Não são apenas os utentes que procuram os laboratórios privados. O próprio Governo também o faz e até já estabeleceu protocolos de cooperação com várias entidades. Isto justifica-se com o facto de estas empresas terem uma capacidade superior — 17.000 testes por dia — à do SNS — 9.000 testes, referiu a ministra da Saúde.

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) desconfia destes números do SNS. “Se existissem efetivamente 9 mil testes por dia, a linha SNS 24 não demorava quatro dias a dar autorização a casos suspeitos, que estiveram em contacto com infetados e que tinham sintomas, para fazer o rastreio”, disse Roque da Cunha, ao CM, acrescentando que “já deu para perceber que se forem 1.200 os testes feitos pelo conjunto de hospitais públicos, é muito”.

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