Mais de 460 mortos e 4.500 infetados em Espanha nas últimas 24 horas

  • Lusa
  • 23 Março 2020

A região mais atingida pela covid-19 é a de Madrid, com 10.575 infetados e 1.263 mortos, seguida pela da Catalunha (5.925 e 245), a do País Basco (2.421 e 120) e a de Castela-Mancha (2.078 e 145).

Espanha registou nas últimas 24 horas 462 mortos com o novo coronavírus e um aumento de 4.517 no número de infetados, de acordo com a atualização diária feita pelas autoridades de saúde do país.

Segundo os números do Ministério da Saúde espanhol, desde o início da pandemia, o país teve um total de 33.089 casos da pandemia da Covid-19, dos quais 2.182 morreram e 3.355 já tiveram alta e são considerados como curados.

A região mais atingida pela Covid-19 é a de Madrid, com 10.575 infetados e 1.263 mortos, seguida pela da Catalunha (5.925 e 245), a do País Basco (2.421 e 120) e a de Castela-Mancha (2.078 e 145).

O Governo espanhol decidiu pedir autorização ao parlamento para prorrogar por mais 15 dias o “estado de emergência” em vigor até ao próximo sábado, comunicou o primeiro-ministro, numa videoconferência este domingo com os presidentes das comunidades autónomas do país.

A imprensa espanhola cita fontes que estão a acompanhar aquela reunião virtual para informar da intenção do executivo espanhol liderado por Pedro Sánchez.

A proposta de prolongar a “estado de emergência” não deverá ter qualquer problema em ser aprovada pelo Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento espanhol), depois de todos os principais partidos de direita espanhóis, na oposição, já terem manifestado que estão ao lado do Governo na luta contra o novo coronavírus.

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Subida do preço das casas abrandou pela primeira vez em três anos. Aumentou 9,6% em 2019

No ano passado transacionaram-se 181.478 habitações, mais 1,6% do que em 2018, refere o INE. Em montante, estas transações ascenderam a 25,6 mil milhões de euros.

As casas ficaram mais caras no ano passado, com os preços a subirem 9,6% face a 2018, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, este desempenho representa a primeira desaceleração nos últimos três anos. Naquele período houve 181.478 transações, o equivalente a uma subida de 1,6% face ao ano anterior, num total de 25,6 mil milhões de euros.

No ano passado, embora o Índice de Preços da Habitação (IPHab) tenha subido 9,6% face a 2018, mostrou uma subida menos acentuada do que a observada em 2018, ano em que os preços das casas tinham aumentado 10,3%. Isto representa o primeiro abrandamento anual do ritmo de crescimento dos preços dos imóveis nos últimos três anos, refere o INE.

“A trajetória de aumento dos preços continuou a ser extensível a ambas as categorias de habitações tendo sido mais pronunciada nas habitações existentes (10,1%) por comparação com as habitações novas (7,6%)“, lê-se na nota.

Evolução dos preços das casas | INE, 2019

Ainda no ano passado, transacionaram-se 181.478 habitações, “o registo mais elevado da série disponível”, que se inicia em 2013, diz o INE. Este número representa uma subida de 1,6% face a 2018, “a mais baixa taxa de variação desde 2013”. As habitações existentes continuaram a representar a maior parte das transações (85,3%).

Falando em valores, as mais de 181.000 transações imobiliárias feitas no ano passado totalizaram 25,6 mil milhões de euros, um aumento de 6,3% face ao período homólogo. Deste montante, 20,7 mil milhões corresponderam a vendas de habitações existentes e 4,9 mil milhões a habitações novas. Nos últimos cinco anos, refere o INE, o “valor das habitações transacionadas mais do que duplicou (105,1%)”.

De todas as transações realizadas no ano passado, 63% aconteceram na zona de Lisboa e no Norte. Contudo, diz o INE, pela primeira vez desde 2013 observou-se uma redução do peso relativo conjunto destas duas regiões. Em termos de crescimento, o Centro e o Alentejo foram as zonas que mais cresceram relativamente a quotas relativas regionais.

O INE nota que os números revelados esta segunda-feira “não refletem ainda a situação atual determinada pela pandemia do novo coronavírus“, sendo de esperar que “as tendências aqui analisadas se alterem substancialmente”.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

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CRS Advogados lança site de dúvidas jurídicas sobre Covid-19

A sociedade de advogados CRS lançou um site, SOS Legal Coronavirus, que pretende dar resposta a todas as dúvidas jurídicas dos cidadãos, em contexto Covid-19.

A sociedade CRS Advogados – Cruz, Roque, Semião & Associados lançou o site SOS Legal Coronavirus para dar resposta a todas as dúvidas jurídicas que se colocam atualmente a cidadãos e empresas em virtude da pandemia. A plataforma agrega as informações necessárias, desde a legislação publicada, assim como, artigos e vídeos informativos que têm realizado com os seus advogados.

“Neste momento de crise, a CRS Advogados assume o seu dever de defender os direitos dos cidadãos e das empresas, contribuindo responsavelmente para o combate a esta pandemia. Como sempre, os nossos clientes, amigos e parceiros podem contar connosco para encontrar as melhores soluções para os seus problemas”, nota Nuno Pereira da Cruz, managing partner da CRS.

O ECO também lançou a semana passada o espaço SOSeconomia que tem respondido às dúvidas laborais dos leitores, em contexto coronavírus.

Se tiver estas e outras dúvidas envie-nos um email para este endereço soseconomia@eco.pt e nós, com base em informação disponibilizada pelo Governo, e em parceria com estas nove sociedades de advogados — PLMJ, CMS Rui Pena & Arnaut, SRS, Abreu Advogados, CRS Advogados, PRA, Miranda, JPAB e Macedo Vitorino– vamos procurar responder.

As informações e esclarecimentos apresentados não dispensam nem substituem a necessidade de aconselhamento jurídico específico. Aos advogados parceiros desta iniciativa são apresentadas situações em que os nomes dos intervenientes não são referidos de forma a que não se consiga identificar empresas ou organizações.

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Transformar os Seguros com o Design Thinking

  • ECOseguros + EY
  • 23 Março 2020

Jorge Teixeira da Silva, Head of Service Design, Advisory Services, EY, explica em que consiste o Design Thinking e como esta metodologia pode ajudar a transformar o sector dos Seguros.

O setor de seguros, desde o seu início, cumpriu sempre a sua promessa de segurança financeira, recorrendo a modelos de canais de distribuição intermediados. No entanto, a sua presença sempre foi pouco notada na relação com os seus clientes.

Os seus produtos complexos, serviços limitados, processos rígidos e interações complicadas com os clientes não prejudicaram necessariamente o sucesso dos seus negócios, mas assistimos nos últimos anos a crescimentos pouco expressivos ou mesmo redução das margens nas suas operações.

Porém, na última década, as regras do jogo mudaram. Os clientes de hoje recompensam a transparência, a rapidez e a flexibilidade, alinhando a sua expectativa de experiência com outras organizações que não estão diretamente relacionadas com a atividade de seguros.

"A essência desta nova perspetiva é ver a experiência do cliente como a principal fonte de vantagem competitiva e agir – e fazer investimentos – em linha com esse pensamento.”

Para algumas empresas de tecnologia da informação, empresas de retalho e fundos de investimentos, os desafios deste setor sugerem novas oportunidades de negócio, acrescentando valor à sua oferta atual. A cadeia de valor dos seguros assiste a uma mudança gradual para estes novos concorrentes, suportados em canais digitais ou em canais de maior proximidade com o cliente.

A estratégia de como estes novos concorrentes pensam na experiência de cliente, é recorrendo ao uso de uma mentalidade de Design Thinking. Pensar primeiro nas pessoas e no desenho de uma experiência que é simples, intuitiva e humana.

O Design Thinking não é apenas a criação de sessões com post-its ou processos de design de soluções digitais. Significa a aplicação de abordagens criativas e não lineares para redefinir a forma como os clientes interagem com as organizações. Deve também abranger todas as funções e áreas da organização, desde o desenvolvimento do produto, desenho da comunicação ao suporte de pessoas e sistemas de informação. A essência desta nova perspetiva é ver a experiência do cliente como a principal fonte de vantagem competitiva e agir – e fazer investimentos – em linha com esse pensamento. A alternativa é pensar como ser competitivo no preço e reduzir as margens.

Se estas organizações estão a utilizar estas novas metodologias, achamos que faz todo o sentido integrar esta linha de pensamento nas empresas de Seguros.

Nos dias de hoje, os clientes não separam produtos ou serviços da experiência. Como resultado, devemos ter um grande cuidado no desenho de toda a experiência, envolvendo sempre os clientes, na criação da experiência.

"Existe um enorme valor ao se adotar uma metodologia de Design Thinking nas empresas de Seguros, mas para se ter sucesso na sua implementação, deverá existir uma mudança na cultura da empresa, de modo a ter um propósito de servir as necessidades das pessoas.”

As empresas de Seguros necessitam de adotar o Design Thinking com uma abordagem ágil e baseada em sprints que permita criar novas experiências aos clientes.

Os processos associados a cada etapa do Design Thinking, podem ser caracterizados por sprints dedicados a responder a cada etapa da metodologia.

As 3 etapas do Design Thinking

Sprint de Investigação – ResearchOps

Recorrendo a um conjunto de entrevistas, métodos de observação e escuta ativa dos clientes, para ter uma perspetiva das suas necessidades, comportamentos e estilos de vida.

É fundamental envolver um amplo conjunto de parceiros e colaboradores nesta fase. Também é importante diferenciar a pesquisa quantitativa (dados), da pesquisa qualitativa (entrevistas) de cliente e orientar as equipas consoante a sua competência. Se os colaboradores começarem a citar os clientes em sessões de trabalho, significa que estão a conseguir transformar a forma de pensar – de produto – para clientes.

O resultado é uma representação visual da jornada do cliente que destaca a curva emocional do cliente e as interações e pontos de contacto que tem no decurso da sua experiência. Nesta fase, não se deverá ter um foco na análise dos processos, dado que os clientes não têm esse nível de detalhe da experiência.

Sprint de Ideação e Design – DesignOps

A ideação começa com o brainstorming em torno da jornada atual, estudando a curva emocional do cliente, assim como as suas necessidades de vida. Os fundamentos desta etapa são os de resolver os problemas atuais, bem como o desenvolvimento de “momentos de proximidade” que possam impulsionar a fidelização do cliente, através da criação de maior empatia entre as duas partes – cliente e colaboradores.

A visão deverá ser traduzida em iniciativas, muitas das quais poderão não ser de natureza digital, como o exemplo de desenvolvimento de novos serviços. As iniciativas devem ser traduzidas em modelos de processos (service blueprint) que permitam a visualização da nova experiência do cliente – visão do cliente versus visão do colaborador. É nesta fase, que se devem criar os processos de medição de resultados da experiência do cliente, para se criar um CX ROI.

É aqui que se deverão fazer os processos de validação da experiência de cliente, recorrendo a um laboratório de cliente, que prototipa os processos e valida os resultados, junto dos clientes.

Sprint de Implementação – BuildOps

A etapa de implementação é muito mais eficiente, porque ao longo do processo de Design Thinking se foi eliminando as soluções e propostas de valor que o cliente não valoriza ou não perceciona o seu valor.

Existe um enorme valor ao se adotar uma metodologia de Design Thinking nas empresas de Seguros, mas para se ter sucesso na sua implementação, deverá existir uma mudança na cultura da empresa, de modo a ter um propósito de servir as necessidades das pessoas e criar soluções que lhes proporcionem uma melhor qualidade de vida – este propósito vai ser visível aos olhos dos clientes e aos olhos dos colaboradores.

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Covid-19: Angola pára por 15 dias a partir de 3.ª feira para prevenir propagação

  • Lusa
  • 23 Março 2020

A partir de terça-feira, escolas, universidades, igrejas e outros espaços que concentram grande número de pessoas suspendem atividades em Angola para tentar travar a pandemia da Covid-19.

Escolas, universidades, igrejas e outros espaços que concentram grande número de pessoas suspendem, a partir de terça-feira, atividades em Angola para tentar travar a pandemia da Covid-19, havendo também novas regras para entidades públicas e privadas.

Com o feriado que marca hoje o Dia da Libertação da África Austral a prolongar o fim de semana, terça-feira foi o dia escolhido para a entrada em vigor das medidas com que Angola espera travar a doença, que incluem o fecho de fronteiras e a proibição de aglomerações públicas com mais de 200 pessoas.

Além da suspensão das aulas, muitas empresas decidiram privilegiar o teletrabalho, incluindo a petrolífera estatal Sonangol, onde trabalham cerca de 2.000 pessoas.

Também vários bancos angolanos implementaram medidas extraordinárias de prevenção passando a fazer o atendimento de clientes à porta fechada.

Ministérios e organismos públicos emitiram também circulares internas definindo novas regras: em muitos casos o atendimento ao público passa a ser feito em função de um agendamento prévio e a prova de vida de pensionistas foi adiada para evitar aglomerações de pessoas.

As visitas a reclusos estarão interditas temporariamente.

As atividades políticas vão igualmente estar condicionadas. A Assembleia Nacional decidiu, no dia 18 de março, adiar as reuniões plenárias e partidos como a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) reviram o seu calendário de atividades, adiando encontros, congressos e festejos.

Concertos cancelados e salas de cinemas e restaurantes encerrados são outras das consequências da epidemia que Angola quer a todo o custo tentar evitar.

Alguns restaurantes passaram a anunciar nas redes sociais alternativas para continuar a funcionar que passarão a disponibilizar entregas ao domicílio ou em regime de “drive in”, entregando as encomendas em parques de estacionamento.

As competições desportivas oficiais, de recreação e atividades juvenis, estão também suspensas por um período de 15 dias, bem como cultos e celebrações religiosas e espetáculos musicais.

Angola regista atualmente dois casos positivos da doença provocada pelo novo coronavírus, dois cidadãos angolanos que reentraram no país em 17 e 18 de março, provenientes de Portugal, sendo um deles um administrador da Sonangol.

O país fechou as suas fronteiras aéreas, terrestres e marítimas à circulação de pessoas a partir das 00:00 de 20 de março por 15 dias, prorrogável por igual período em função do comportamento da pandemia da covid-19.

A medida de suspensão de fronteiras não abrange voos de carga, nem os que sejam indispensáveis por razões humanitárias ou estejam ao serviço da política externa angolana. Também não é aplicável a atracagem e desembarque de navios de carga, sendo permitido também desembarcar tripulações por razões médicas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 1.720 mortos em 28.572 infeções, o Irão, com 1.685 mortes num total de 22.638 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Pandemia destrói mais de 1,8 milhões de empregos na Alemanha

  • Lusa
  • 23 Março 2020

Covid-19 vai destruir 1,8 milhões de postos de trabalho na Alemanha e seis milhões ficarão em regime de horário reduzido. PIB pode cair entre 1,5% e até 6% num cenário mais negativo.

A pandemia do Covid-19 implicará a destruição de 1,8 milhões de postos de trabalho na Alemanha, onde, para além disso, seis milhões ficarão em regime de horário reduzido, segundo estimativas do instituto económico alemão Ifo.

O Produto Interno Bruto (PIB) alemão pode, mesmo assim, cair entre 1,5% e até 6% num cenário mais negativo devido ao impacto da pandemia, adianta o Ifo.

De acordo com estas previsões, a crise gerada pelo Covid-19 acabarão com a atual robustez do mercado laboral alemão, cuja taxa de desemprego estava em 5,3% no princípio do ano.

O impacto da pandemia na maior economia da zona euro vai traduzir-se em milhares de milhões de euros, entre a previsível queda da produção industrial, os custos resultantes do desemprego e também das prestações recebidas por aqueles que ficarem com horário reduzido.

“Os custos ultrapassarão o que conhecemos nas últimas décadas depois de uma crise económica ou catástrofes naturais”, sustenta o presidente do Ifo, Clemens Fuerst, num comunicado difundido esta segunda-feira.

A economia alemã poderia contrair-se “seja qual for o cenário”, adverte, entre 7,2% e 20,6%, o que significa um volume de entre 255.000 e 729.000 milhões de euros.

No que se refere a este ano, isso teria como consequência a queda do PIB entre 1,5% e 6%, declarou Fuest ao explicar os resultados do estudo, sublinhando, contudo, que são previsões sujeitas a revisão em função da evolução da pandemia.

Fuest recomenda investir “todos os recursos imagináveis” em medidas sanitárias para atalhar a pandemia, ou seja, baixar parcialmente o ritmo da economia, sem alterar a luta prioritária contra o novo coronavírus.

O Governo da chanceler Angela Merkel está a preparar um plano de choque para atenuar o impacto do Covid-19 na economia alemã, tanto no que respeita à atividade das empresas como à dos cidadãos.

O plano vai começar a ser articulado esta segunda-feira, com um Conselho de Ministros extraordinário, para que possa dar entrada no Parlamento no final da semana.

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Covid-19 está a afetar o negócio? CIP cria página para ajudar empresários

CIP reúne numa única página toda a informação relevante sobre a pandemia do Covid-19 para que os empresários possam perceber de que forma o seu negócio pode ser afetado.

Com o objetivo de ajudar as empresas nesta altura de pandemia mundial, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) passou a disponibilizar no seu portal uma página com informação útil a todas as empresas, intitulada de “Covid-19 – informação às empresas”.

“Numa única página, a CIP reúne toda a informação relevante sobre a pandemia de Covid-19 com impacto nas empresas, para que empresários, de todas as dimensões e setores, possam perceber de que forma o seu negócio pode ser afetado, permitindo-lhes tomar decisões informadas”, explica a Confederação Empresarial de Portugal, em comunicado.

Através desta página é possível consultar toda a legislação emitida pelo Governo no quadro excecional de combate à pandemia de Covid-19 e de apoio à economia, bem como as orientações e esclarecimentos da Direção-Geral da Saúde, Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho, Segurança Social e Agência Portuguesa do Ambiente.

A informação estará acessível a todos os empresários em canal aberto.

 

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SIRESP admite “praticamente mesmo nível de fragilidades” dos incêndios de 2017

  • ECO
  • 23 Março 2020

Deputado do PSD, Paulo Moniz, diz que a rede de comunicações de emergência não está preparada para o vírus. Alerta que existe, atualmente, o "mesmo nível de fragilidades do que nos incêndios de 2017".

Face à pandemia mundial, Paulo Moniz, especialista em comunicações de emergência, admite que Portugal está “praticamente ao mesmo nível de fragilidades do que nos incêndios de 2017”, isto é, com os “níveis de robustez, fiabilidade e resiliência das redes de comunicações públicas” semelhantes aos daquela altura, conta ao jornal Diário de Notícias.

“A partir do momento em que se entra em estado de emergência deve ser a rede SIRESP que, em última instância, será utilizada para coordenar todas as forças e esforços de auxílio de emergência e segurança do país”, nota o deputado do PSD.

Paulo Moniz fez parte de um grupo de trabalho da Anacom, na sequência dos incêndios de 2017, com o objetivo de propor um conjunto de medidas para aumentar a resiliência das redes de comunicações. O deputado do PSD afirma ainda que das 27 recomendações dadas após os incêndios não foram postas em prática e que essa responsabilidade é do Governo. “Tanto quanto sei, nenhuma das medidas mais importantes foi implementada, efetivamente, no terreno”, conclui.

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“Economia a funcionar é importante para a saúde do país”, diz Mariana Vieira da Silva

  • ECO
  • 23 Março 2020

Ministra de Estado e da Presidência defende, à Renascença, que as medidas anunciadas no âmbito do estado de emergência são, para já, suficientes para manter a economia.

O Governo está a tentar gerir o equilíbrio entre impedir a disseminação do coronavírus e manter a economia portuguesa a funcionar. No primeiro dia útil do estado de emergência a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, defende que as medidas anunciadas são as necessárias para conseguir esse objetivo, em entrevista à Renascença (acesso livre).

“Há um equilíbrio entre controlar o vírus, ao mesmo tempo que a vida deve continuar para existirem coisas nos supermercados e lares a funcionar”, diz Vieira da Silva, à Renascença. O decreto do Governo que concretiza o estado de emergência em Portugal, anunciado pelo Presidente da República, determinou o fecho da maior parte das lojas, mas há empresas que poderão trabalhar.

“É preciso pessoas a trabalhar. Hoje é o primeiro dia útil depois da declaração do estado de emergência. Há um conjunto de cafés e comércio que já estão fechados. É um passo significativo, julgamos que não era preciso outras medidas, para já, porque uma economia a funcionar é importante para a saúde do país“, acrescenta a ministra.

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China anuncia primeiro ensaio clínico de vacina contra o coronavírus. Mais de 100 voluntários receberam as primeiras injeções

  • Lusa
  • 23 Março 2020

A China iniciou o primeiro ensaio clínico para testar uma vacina contra o novo coronavírus, ao injetá-la em 108 voluntários na passada sexta-feira.

A China iniciou o primeiro ensaio clínico para testar uma vacina contra o novo coronavírus, numa altura em que vários países estão numa corrida para encontrar um tratamento eficaz contra o patógeno, noticiou esta segunda-feira a imprensa oficial.

108 voluntários, divididos em três grupos, receberam as primeiras injeções na sexta-feira, de acordo com o jornal oficial Global Times. Os voluntários têm entre 18 e 60 anos e são todos oriundos da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto detetado em dezembro.

As autoridades de saúde chinesas aprovaram o uso de seres humanos em experiências, em 17 de março passado, no dia em que os seus colegas norte-americanos realizaram o primeiro teste de uma vacina para o coronavírus, com 45 voluntários adultos. Os voluntários chineses serão acompanhados ao longo de seis meses. Atualmente, não existe vacina ou tratamento aprovado para o coronavírus SARS-CoV-2.

O anúncio dos testes ocorre numa altura de renovadas tensões entre os Estados Unidos e a China sobre a pandemia, com Donald Trump a acusar Pequim de ser parcialmente responsável pela propagação do “vírus chinês”, um termo recorrentemente usado pelo Presidente norte-americano e fortemente condenado pelo regime do Presidente chinês, Xi Jinping.

Em editorial, o Global Times sublinhou, na semana passada, que “desenvolver uma vacina é uma batalha que a China não pode perder”. Também na passada semana, as empresas farmacêuticas multinacionais comprometeram-se a fornecer uma vacina contra o coronavírus “em qualquer lugar do mundo”, num tempo estimado entre 12 e 18 meses, no mínimo. A Rússia anunciou também que começou a testar uma vacina em animais. Os primeiros resultados serão conhecidos em junho.

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Turismo perde diariamente um milhão de empregos no mundo devido ao coronavírus

  • Lusa
  • 23 Março 2020

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo alerta que 50 milhões de empregos em todo o mundo estão em risco imediato e 320 milhões enfrentam o impacto da perda de negócios.

O setor do turismo perde diariamente um milhão de empregos no mundo devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus, segundo dados revelados esta segunda-feira pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

Em comunicado, o WTTC alerta que as demissões estão a aumentar na medida em que os países estão a fechar-se para combater o vírus. A organização internacional, que representa o setor privado, enfatizou que a crescente perda de empregos afeta todos os níveis da indústria.

“O grande volume de encerramento de hotéis, a suspensão da maioria dos voos, a interrupção de linhas de cruzeiro e o aumento das proibições globais de viagens estão a ter um ‘efeito dominó’ catastrófico que afeta um grande número de prestadores de serviços em todo o mundo“, segundo o WTTC, que lembra que as pequenas e médias empresas (PME) são especialmente vulneráveis”.

Segundo a mesma fonte, o Conselho já está a trabalhar com Governos de mais de 75 países “a documentar e a monitorar as melhores soluções que estão a ser implementadas para reduzir o impacto social”. A organização fez um apelo para que as empresas possam aceder a empréstimos sem juros e isenções fiscais para evitar um “colapso iminente”.

Citada no documento, a presidente do WTTC, Gloria Guevara Manzo, destacou que, embora a prioridade dos Governos seja manter as pessoas seguras, essa catástrofe global de saúde significa que um milhão de pessoas por dia, apenas no setor de viagens e o turismo estão a perder os seus empregos e a enfrentar uma potencial ruína. A implacável cascata de perdas de empregos, acrescentou, “mergulha milhões de famílias em terríveis dificuldades e dívidas” e empresas, grandes e pequenas, são forçadas a abandonar os seus planos de três anos e concentrar-se numa luta pela sobrevivência nos próximos três meses.

“Tememos que esta situação se deteriore, a menos que os Governos tomem medidas mais imediatas”, disse a presidente do WTTC, alertando que 50 milhões de empregos em todo o mundo estão em risco imediato e 320 milhões enfrentam o impacto da dramática perda de negócios. Segundo a última investigação do Conselho, o setor gera 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e um em cada dez dos empregos no mundo.

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Depois da ferrovia, Governo britânico admite entrar nas companhias aéreas

Depois de ter assumido o controlo dos serviços ferroviários, Boris Johnson está a ponderar entrar no capital da British Airways, que inclui a Iberia, Vueling e Air Lingus.

O surto de coronavírus está a mexer com a situação económica de várias empresas no Reino Unido e, face a isso, o Governo britânico está a tomar medidas. Depois de ter assumido o controlo dos serviços ferroviários, Boris Johnson está a ponderar entrar no capital da British Airways, que inclui a Iberia, Vueling e Air Lingus, avança o Expansión (conteúdo em espanhol).

Depois de, nas últimas semanas, os comboios do Reino Unido terem registado uma quebra de 70% devido à pandemia, o Governo decidiu suspender os contratos de concessão de transportes ferroviários e assumir o controlo. “O Ministério dos Transporte vai suspender temporariamente os acordos normais de concessão e transferir todos os riscos de receitas e custos para o Governo por um período limitado, inicialmente seis meses”, indicou.

Ainda de acordo com o Governo de Boris Johnson, as operadoras vão continuar a garantir os serviços, mas por uma taxa predeterminada pelo Governo, garantindo o funcionamento dos transportes para trabalhadores considerados essenciais, como profissionais de saúde ou das forças de segurança.

Mas as medidas estão também a ser tomadas a nível das companhias aéreas, que estão a ser fortemente prejudicadas pelo surto de coronavírus. De acordo com o jornal espanhol, o Governo do Reino Unido está a estudar maneiras de adquirir participações significativas nas maiores companhias de aviação do país, de forma a evitar uma crise no setor. Exemplos são a British Airways, Virgin Atlantic e easyJet.

Segundo o Financial Times, Boris Johnson estará a pensar em injetar milhões de libras na British Airways — que tem, atualmente, 75% dos aviões em terra — em troca de ações que, mais tarde, seriam vendidas a investidores privados. Contudo, entrar no capital desta companhia aérea seria um processo complexo porque, de acordo com o Sunday Times, “a potencial nacionalização parcial da British Airways poderá levar à separação do Grupo IAG”.

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