Houseparty, Netflix e Zoom. Estas são as apps dos portugueses em quarentena

Houseparty, Netflix e Zoom. Estas são algumas das aplicações que chegaram ao top das mais descarregadas da Play Store e App Store nos últimos dias, marcados pelo isolamento por causa do coronavírus.

A pandemia do coronavírus está a mudar a vida dos portugueses. E com o Governo a recomendar o isolamento em casa, muitos veem no smartphone um “companheiro” para o dia-a-dia, tanto no lazer como no trabalho. Essa mudança de comportamento refletiu-se nos tops de aplicações nas duas principais lojas, App Store e Play Store.

Ferramentas de videoconferência ou de trabalho remoto, como a Zoom, escalaram a lista das mais descarregadas, alcançando posições de relevância, numa altura em que cada vez mais pessoas são incentivadas a completarem a jornada de trabalho a partir das respetivas habitações. Ou, do lado do divertimento, Netflix e TikTok são outros dois exemplos.

No entanto, o grande destaque é a Houseparty, um aplicativo que permite organizar videochamadas com várias pessoas em simultâneo, juntando um catálogo de jogos interativos com questionários e outras diversões para toda a família. Só no Android, esta aplicação, desenvolvida pela Life on Air, regista mais de dez milhões de downloads, mas está tanto no topo da Play Store como no da App Sorte.

Abaixo, o ECO compilou uma breve lista com as principais aplicações que estão a ser descarregadas pelos portugueses, num período em que a recomendação é para ficar em casa. Descubra o que faz cada uma e perceba porque estão a atrair tanta gente em simultâneo.

Google Play Store

  1. Houseparty. Como já indicámos, é uma espécie de rede social que permite a vários utilizadores realizarem videochamadas em grupo. Não é difícil compreender a origem do sucesso deste aplicativo num contexto como o atual: é possível criar grupos de utilizadores, a que a empresa chama de “casa”. Assim, quando um utilizador entra na “casa” — leia-se, fica online –, todos são alertados. É possível pôr a conversa em dia, mas também jogar jogos interativos em grupo. Descarregue aqui.
  2. TikTok. O fenómeno não é novo. Já antes da pandemia que esta rede social era notícia pela quantidade de público que tem atraído em vários países, incluindo em Portugal. Agora, em plena pandemia do coronavírus, cada vez mais portugueses juntam-se ao TikTok para gravarem vídeos potencialmente virais. Descarregue aqui.
  3. Zoom Cloud Meetings. Na vida há tempo para tudo, quer seja para brincar como para trabalhar. Para muitos, o telemóvel é uma mistura dos dois. O Zoom é uma dessas aplicações que tem crescido com a pandemia: por permitir organizar videoconferências, tem sido uma opção usada por muitas empresas que desejam manter reuniões remotas com os trabalhadores. Descarregue aqui.

App Store

  1. Houseparty. Não vamos repetir a explicação, porque esta é também a aplicação mais descarregada para quem usa sistema operativo Android. O facto de estar no topo das duas lojas mostra bem o sucesso emergente desta ferramenta. Descarregue aqui.
  2. Netflix. Ficar em casa, para muitos, é sinónimo de mais tempo disponível para pôr as séries em dia. Por isso, não é de estranhar que esta plataforma de streaming esteja a assistir a um crescimento em tempo de pandemia. Mais portugueses estão a descarregar este catálogo de filmes e séries para fugirem aos canais do cabo que, por estes dias, não só têm cortado nos programas em direto como a atualidade exige uma dedicação maior às notícias sobre o surto. Descarregue aqui.
  3. Continente. Em tempos de açambarcamento de bens nos grandes hipermercados, a aplicação do Continente alcançou o topo. A ferramenta para encomenda de produtos alimentares, e não só, da grande superfície do Grupo Sonae disparou na App Store com cada vez mais portugueses em quarentena a evitarem ir pessoalmente às compras, mas também a tentarem encontrar online o que falta nas prateleiras das lojas. Descarregue aqui.

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Posso decidir trabalhar a partir de casa contra a vontade do empregador?

Com a propagação do coronavírus, a DGS recomenda que os portugueses não saiam de casa. Mas podem os trabalhadores decidir fazer teletrabalho contra a vontade do empregador? Os especialistas respondem.

A decisão de trabalhar a partir de casa, face à propagação do coronavírus em Portugal e às recomendações de isolamento social que têm sido dadas pela Direção-Geral de Saúde, pode ou não ser tomada pelo trabalhador contra a vontade do empregador? “A lei não é clara”, sublinham os especialistas em Direito do Trabalho ouvidos pelo ECO. Ainda assim, nos esclarecimentos divulgados, o Governo defende que a opção do teletrabalho não pode ser recusada pelos patrões, desde que seja “compatível com as funções exercidas”.

No decreto-lei publicado na sexta-feira, o Executivo estabelece que “o regime de prestação subordinada de teletrabalho pode ser determinado unilateralmente pelo empregador ou requerida pelo trabalhador, sem necessidade de acordo das partes, desde que compatível com as funções exercidas”.

Quem requer é porque não pode impor“, atira André Pestana Nascimento, advogado especialista em Direito Laboral. “Se o trabalhador requer é porque o empregador pode dizer que não“, acrescenta, referindo que a redação “não se percebe”.

Ainda assim, Pestana Nascimento chama a atenção para a expressão que segue a tal possibilidade de “requerimento” do teletrabalho por parte trabalhador: “sem necessidade de acordo entre as partes”. Essa expressão aparece no final da norma, “não fazendo sentido” aplicar-se ao caso dos empregadores (a decisão pode ser imposta unilateralmente, nesse caso), mas também deixa dúvidas no caso dos empregados.

O advogado lembra que, no Código do Trabalho, está claro que o trabalho remoto só pode ser feito “mediante a celebração de contrato” — um acordo escrito — para o efeito, o que o leva a questionar se terá sido essa a intenção do Governo com a expressão em causa. Ou seja, dispensar o acordo escrito durante este período de pandemia.

Pestana Nascimento atira, no entanto, que esta é uma discussão “estéril” e remete para os esclarecimentos que, entretanto, foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

Uma das questões explicadas pelo Ministério de Ana Mendes Godinho é se as empresas podem recusar a opção de teletrabalho, se a função for compatível com a prestação de serviços à distância. A resposta desta vez não deixa dúvidas: “Não”. Isto desde que “compatível com as funções exercidas”.

“O único critério é a compatibilidade com as funções”, frisa Pestana Nascimento, lembrando que, no entanto, há mais camadas envolvidas nesta escolha além desse fator.

É o caso da capacidade do empregador fornecer computadores portáteis, telemóveis e ligações à Internet, critérios que não aparecem destacados pelo Executivo nos esclarecimentos referidos. Aliás, o Código do Trabalho define o teletrabalho como a “prestação laboral realizada com subordinação jurídica, habitualmente fora da empresa e através do recurso a tecnologias de informação e comunicação”.

A propósito, no guia laboral elaborado pela Antas da Cunha ECIJA & Associados, a sociedade defende que o teletrabalho pode ser praticado está condicionado não só há compatibilidade das funções, mas também há capacidade do empregador “assegurar ao trabalhador os instrumentos necessários para o efeito e suportar os custos associados a essa atividade”.

O ECO questionou também a PLMJ sobre esta questão, que defende que o regime “não é inteiramente claro”. A sociedade diz que tal “é natural atendendo à urgência com que o diploma foi preparado” e acrescenta: “parece-nos que o mecanismo é passível de ser interpretado como uma faculdade que assiste quer ao empregador, quer ao trabalhador, através do qual qualquer um pode impor ao outro o teletrabalho”.

Para os trabalhadores que, por prevenção, escolham não se deslocar aos seus locais de trabalho, o teletrabalho permite manter a prestação de serviços e, consequentemente, a remuneração por inteiro. Nesta situação, continua a ser o empregador — quer público, quer privado — a pagar o salário a 100% do trabalhador em questão.

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Salário de Mexia encolheu. Recebeu 2,16 milhões de euros da EDP

António Mexia ganhou menos no ano passado. O "cheque" foi de 2,16 milhões de euros num ano em que mais cinco gestores receberam um salário bruto acima do milhão de euros.

António Mexia recebeu menos, mas não o suficiente para deixar de ser o gestor mais bem pago do país. Somando remuneração fixa com a variável, mas também a variável plurianual, o presidente executivo da EDP arrecadou mais de dois milhões de euros brutos.

De acordo com o Relatório e Contas de 2019 enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ano em que a EDP apresentou lucros de 519 milhões de euros, uma quebra de 1% face a 2018, o montante pago pela elétrica ao seu CEO encolheu em 1,5%. De 2.198.992 euros de rendimento bruto, o “salário” passou para 2.166.463 euros.

Só parte deste valor corresponde, contudo, ao ano passado. A remuneração fixa referente a 2019 fixou-se nos 1.015.024 euros, aumentando face aos 970.213 euros auferidos em 2018, tal como aconteceu com a remuneração variável plurianual, que tinha ascendido a 626.928 euros no ano anterior, e aumentou para 826.407 euros.

A grande diferença no rendimento de Mexia, que justifica que o saldo global tenha encolhido, embora muito residualmente, está na remuneração variável anual, que passou de 601.715 euros para quase metade: 325.032 euros.

A redução de rendimento de Mexia está em linha com o que aconteceu na totalidade do conselho de administração executivo da elétrica, que passou de 11.303.658 euros em 2018 para 11.055.006 euros no ano passado.

Se Mexia arrebatou quase um quinto do valor gasto pela EDP com a comissão executiva, houve outro gestor a ficar com uma “fatia” expressiva da remuneração paga ao Conselho Executivo: Manso Neto.

O CEO da EDP Renováveis recebeu um total de 1.476.632 euros no ano passado, um valor bruto muito semelhante ao auferido no ano anterior. A remuneração fixa aproximou-se dos 700 mil euros, com a variável a cifrar-se em 220 mil euros. O grande impulso para o salário do gestor veio da remuneração plurianual — relativa à avaliação de desempenho para o período de 2015-2017 — que ascendeu a 571 mil euros.

Além de Mexia e Manso Neto, houve mais quatro gestores a receberem mais de um milhão de euros, antes de impostos. Miguel Stilwell de Andrade, António Fernando Melo Martins Costa, Rui Manuel Rodrigues Lopes Teixeira e João Manuel Veríssimo Marques da Cruz superaram todos esta fasquia.

Marques da Cruz auferiu 1.022.289 euros, sendo que para superar o milhão de euros contou também com os 240 mil euros através da EDP – Ásia Soluções Energéticas, sociedade em detida pela EDP

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Portugal tem “1.142 ventiladores”, mas “não estão todos disponíveis”

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas António Costa diz que está a ser feito um reforço "na previsão do pior dos cenários", e porque se vive “uma situação anormal”.

António Costa adiantou que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta atualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.

“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista à SIC, no Jornal da Noite.

O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.

Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfeção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.

“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.

Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.

“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.

No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres.

Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infetadas.

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Covid-19: Cerca de 140 mil pessoas descarregaram hoje formulário de justificação de falta

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Formulário para a justificação de falta junto da entidade empregadora foi descarregado por mais de 140 mil pessoas esta segunda-feira, anunciou a ministra do Trabalho.

Cerca de 140 mil pessoas descarregaram esta segunda-feira, do site da Segurança Social, o formulário para a justificação de falta junto da entidade empregadora, um mecanismo disponibilizado perante o impacto do novo coronavírus, anunciou a ministra do Trabalho.

“Durante o dia de hoje tivemos 140 mil pessoas a descarregar formulário disponível no site da segurança social para acesso a justificação de falta junto da entidade empregadora”, indicou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que falava aos jornalistas, em Lisboa, após a reunião extraordinária de Concertação Social.

De acordo com a governante, o executivo procurou que este processo fosse “o mais simples possível”, para que o trabalhador precisasse apenas de preencher o formulário e entregá-lo ao empregador, “sem ter de se deslocar à Segurança Social”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

Portugal registou hoje a primeira morte, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido.

Trata-se de um homem de 80 anos, com “várias patologias associadas” que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a ministra, que transmitiu as condolências à família e amigos.

Há 331 pessoas infetadas até hoje, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Dos casos confirmados, 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

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Costa vê “pancada” do coronavírus na economia. “Provavelmente já não vai haver excedente”

Primeiro-ministro diz que o país está numa batalha contra o vírus. Aplaude a atuação dos portugueses neste estado de alerta, defendendo que antes do estado de emergência há ainda o de calamidade.

António Costa defende que, primeiro que tudo, é precisodar tudo por tudo para salvar vidas, preservar a vida” dos portugueses numa altura em que estão a aumentar os casos de infeção pelo coronavírus. Essa é a batalha de um país que está em estado de alerta, preparando-se para o de emergência. Mas “enquanto estamos a fazer batalha contra o vírus, temos de lutar para recomeçar a seguir”, defende o primeiro-ministro, admitindo uma forte “pancada” na economia nacional. Ainda assim, Portugal pode olhar com “relativa tranquilidade para impacto” do Covid-19.

“Neste momento, estamos a olhar para o futuro com preocupação tendo em conta os graus de incerteza” em torno da evolução do coronavírus, numa altura em que se registam já 331 infetados e uma morte — sendo que o expectável é que o pico do Covid-19 se faça sentir no final de abril. Ainda assim, em entrevista ao Jornal da Noite da SIC, Costa lembrou que a gestão orçamental dos últimos quatro anos permite-nos “estar aqui sem estarmos angustiados sobre o impacto” que acabará por ter nas contas públicas.

Excedente? “Excedente orçamental, provavelmente já não vai haver”, admitiu, mas “podemos olhar com relativa tranquilidade para este impacto”, defendeu o primeiro-ministro que, contudo, alerta para a “pancada” na economia. Há uma “pancada” que travará o crescimento do PIB de Portugal, depois de anos a crescer acima da média da Zona Euro, mas também há uma “pancada no emprego, que está agora sob forte pressão”. Costa alerta para o setor da restauração, onde foram criados 90 mil empregos, e agora está a ser fortemente penalizado.

“Temos de dar prioridade a salvar vidas em risco. Mas manter as nossas vidas é essencial”, atirou o primeiro-ministro. E é nesse sentido que as “medidas que temos tomado têm visado a sustentabilidade do rendimento das famílias”. A “quebra do rendimento tem um efeito recessivo de imediato. Quanto fechámos a escolas, não tomámos essa decisão sem a manutenção de parte do rendimento das famílias”, disse.

Emergência? Ainda há a calamidade

António Costa aproveitou para saudar a responsabilidade que os portugueses têm demonstrado perante esta pandemia. “Os portugueses, voluntariamente, têm-se refugiado em casa”, notou o primeiro-ministro, defendendo a boa atuação do Executivo no recurso às medidas excecionais que o contexto exige. Portugal está, atualmente, em estado de alerta, podendo em breve passar para uma situação de estado de emergência, sendo que Costa diz que há ainda mais um nível que pode evitar essa medida grave que não é decretada desde 75.

O “quadro jurídico permite escalar medidas” no combate ao coronavírus.Estamos em alerta, [mas o quadro jurídico] permite a calamidade”, que dá a capacidade ao Governo de “instalar cercas sanitárias” que permitem “confinar determinadas regiões”. São já, diz Costa, “restrições muito fortes à circulação”, isto quando o Presidente da República “está a ponderar se decreta estado de emergência”.

O “estado de emergência não e decretado desde 75. É uma medida grave que implica a suspensão de uma série de direito, liberdades e garantias”. “Olhando a prazo, numa crise que durará alguns meses, podemos ter de ter situações inversas”, em que o Estado pode ter de, por exemplo, obrigar determinadas empresas a trabalhar. “Queremos que as pessoas tenham consciência da gravidade da situação. E elas têm”, disse, acrescentando que tem estado a trabalhar com o Presidente da República para o desenho das medidas que podem justificar” o estado de emergência.

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Covid-19: Governo antecipa impacto de 2 mil milhões por mês com medidas de apoio à família e ao trabalho

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Medidas de apoio às famílias e aos trabalhadores, avançadas pelo Governo perante o desenvolvimento do coronavirus, vão ter impacto de dois mil milhões de euros por mês, estima ministra do Trabalho.

As medidas de apoio às famílias e de manutenção de postos de trabalho, avançadas pelo Governo perante o desenvolvimento do novo coronavirus, vão ter um impacto de dois mil milhões de euros por mês, estimou a ministra do Trabalho.

“Só nas medidas de apoio às famílias e de manutenção dos postos de trabalho que aprovámos, nós temos um impacto previsível de cerca de dois mil milhões de euros por mês”, disse e Ana Mendes Godinho, que falava aos jornalistas, em Lisboa, no final da reunião extraordinária de Concertação Social.

Segundo a ministra, a situação, neste momento, impõe que o executivo tenha de “estar permanentemente a avaliar as medidas que devem ser tomadas com a preocupação de não” se saber “quanto tempo durará esta situação”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

Portugal registou esta segunda-feira a primeira morte, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido.

Trata-se de um homem de 80 anos, com “várias patologias associadas” que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a ministra, que transmitiu as condolências à família e amigos.

Há 331 pessoas infetadas até hoje, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Dos casos confirmados, 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

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Covid-19: Amazon quer contratar cem mil pessoas para fazer face às encomendas

  • Lusa
  • 16 Março 2020

A retalhista online informou ainda que vai aumentar em dois dólares o pagamento à hora dos trabalhadores de armazéns, centros de entrega e distribuição.

A multinacional Amazon informou que precisa de contratar cem mil pessoas em todo o território dos Estados Unidos para enfrentar o aumento das encomendas, na sequência da propagação do novo coronavírus (Covid-19).

A retalhista online informou que vai aumentar em dois dólares o pagamento à hora dos trabalhadores de armazéns, centros de entrega e distribuição e mercearias Whole Foods (que recebem cerca de 15 dólares à hora).

Os trabalhadores nas filiais do Reino Unido e de outros países europeus vão ter um aumento semelhante, segundo a empresa, acrescentando que as vagas se destinam tanto a trabalhadores a tempo parcial como a tempo total.

“Estamos a verificar um aumento significativo da procura, o que quer dizer que as nossas necessidades laborais não têm precedentes para esta altura do ano”, reconheceu Dave Clark, responsável pela rede de armazéns e entregas da Amazon, citado pela agência americana AP.

A Amazon já avisou os clientes de que o tempo de entrega pode ser maior do que o habitual, dado que o número de encomendas está a pressionar a operação.

Tal como muitos outros locais, a Amazon também já não tem produtos de higiene e limpeza disponíveis.

Sedeada em Seattle, a Amazon é o segundo maior empregador nos Estados Unidos, apenas atrás da cadeia Walmart, com cerca de 800 mil trabalhadores em todo o mundo.

Por outro lado, e em consequência igualmente da propagação de Covid-19, a Amazon suspendeu todos os projetos que tinha em desenvolvimento, incluindo a série sobre “O senhor dos anéis”, orçada em 896 milhões de euros, noticiou a agência espanhola Efe.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 já infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

Itália, Espanha e França são os países mais afetados na Europa. Em Portugal, onde se registou hoje a primeira morte por Covid-19, há 331 pessoas infetadas, 18 das quais nos cuidados intensivos.

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Parlamento vai funcionar com quórum “flutuante” de 116 deputados nas votações

  • Lusa
  • 16 Março 2020

O Parlamento vai continuar a funcionar, com um quórum flutuante de 116 deputados, que podem não estar todos no plenário no momento de votar, devido à pandemia da Covid-19.

O parlamento vai continuar a funcionar, com um quórum flutuante de 116 deputados, que podem não estar todos no plenário no momento de votar, devido à pandemia da Covid-19.

Esta foi a conclusão saída da reunião de hoje da conferência de líderes, em que, por maioria, foi adotada a proposta de reorganização dos trabalhos parlamentares feita pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, excetuando a parte em que sugeria que as votações se fizessem com o quórum de funcionamento, ou seja um quinto dos deputados.

Essa parte foi adaptada, segundo disse a porta-voz da conferência de líderes, a deputada do PS Maria da Luz Rosinha, dado que se permite que, para não estarem tantos deputados no hemiciclo ao mesmo tempo, confirmem a presença na reunião na hora anterior à votação, não estando obrigados a estar na sala no momento de votar.

Todas as bancadas deram a sua anuência à proposta, à exceção das bancadas do PSD e do CDS, que defendiam o funcionamento do parlamento com a Comissão Permanente, órgão que substitui o plenário em férias, e que poderia convocar reuniões com todos os deputados caso tivesse de ser aprovada uma lei importante.

O plenário da Assembleia da República conta com 230 deputados.

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Parceiros sociais apresentam até terça-feira propostas de medidas contra Covid-19

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Ministra do Trabalho anunciou que os parceiros sociais têm até ao final desta terça-feira para apresentar ao Governo dúvidas ou propostas de medidas para fazer face ao impacto do novo coronavírus.

Os parceiros sociais têm até ao final desta terça-feira para apresentar ao Governo dúvidas ou propostas de medidas para fazer face ao impacto do novo coronavírus, anunciou esta segunda-feira a ministra do Trabalho, no final da reunião extraordinária de Concertação Social.

“Reunimos hoje com os parceiros […] para analisarmos a situação que vivemos e também para a identificação e sinalização de algumas medidas de urgência que aprovámos, e também pedimos aos parceiros, até ao final de amanhã [terça-feira], que nos apresentem propostas concretas de medidas para clarificar ou para os próximos tempos”, afirmou Ana Mendes Godinho, que falava aos jornalistas, em Lisboa.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

Portugal registou hoje a primeira morte, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido.

Há 331 pessoas infetadas até hoje, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

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Covid-19: Jorge Jesus com resultado “positivo fraco ou inconclusivo”

  • Lusa
  • 16 Março 2020

Treinador do Flamengo obteve um resultado "positivo fraco ou inconclusivo” ao teste da pandemia covid-19, e vai realizar uma outra prova para despiste.

O treinador do Flamengo, Jorge Jesus, obteve um resultado “positivo fraco ou inconclusivo” ao teste da pandemia covid-19, e vai realizar uma outra prova para despiste, revelou esta segunda-feira o campeão brasileiro de futebol.

“O treinador Jorge Jesus realizou um primeiro teste para a Covid-19 e o resultado foi um positivo fraco ou inconclusivo. A contraprova do resultado está a ser realizada”, informou hoje o clube do Rio de Janeiro, em comunicado, no mesmo dia em que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) suspendeu o ‘Carioca’ durante 15 dias.

O também campeão da Taça dos Libertadores refere que treinador português “está sob os cuidados do departamento médico do Flamengo e apresenta quadro estável de saúde”.

Na mesma nota, o clube brasileiro indica que os atletas, equipa técnica e funcionários ligados ao futebol foram igualmente submetidos a testes, mas tiveram um resultado “negativo”.

“Atletas, integrantes do departamento de futebol e equipa técnica testaram negativo para a Covid-19. O departamento de futebol seguirá as orientações do Ministério da Saúde durante a pandemia do coronavírus”, pode ler-se.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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Macron anuncia fecho das fronteiras externas da UE a viagens não essenciais

  • Lusa
  • 16 Março 2020

São permitidas entradas de trabalhadores dos sistemas de saúde e cientistas que estão a trabalhar numa solução para esta crise –, e ainda para residentes e trabalhadores fronteiriços.

Emmanuel Macron, Presidente francês, anunciou que a partir de amanhã ao meio-dia, todas as fronteiras externas da União Europeia (UE) e do espaço Schengen serão fechadas a viagens não essenciais, por 30 dias, devido à propagação do Covid-19.

“A partir de amanhã ao meio-dia, as fronteiras à entrada da União Europeia do Espaço Schengen serão fechadas […] Todas as viagens entre países não-europeus e a União Europeia serão suspensas durante 30 dias”, precisou o Presidente francês esta segunda-feira numa mensagem televisiva ao país.

O Presidente explicou ainda que os franceses que estão fora da União Europeia poderão voltar, caso assim desejem.

A Comissão Europeia tinha já anunciado esta segunda-feira a intenção de restringir, por 30 dias, as viagens não essenciais para a União Europeia para tentar conter a propagação do novo coronavírus e evitar pressionar mais os sistemas de saúde no espaço comunitário.

“Informámos os nossos parceiros do G7 que propusemos introduzir uma restrição temporária a viagens não essenciais para a UE”, declarou em conferência de imprensa, em Bruxelas, a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

“Claro que haverá exceções, por exemplo para os cidadãos da UE que queiram regressar a casa, para os trabalhadores dos sistemas de saúde – como médicos, enfermeiros e também cientistas que estão a trabalhar numa solução para esta crise –, e ainda para residentes e trabalhadores fronteiriços”, precisou Ursula von der Leyen.

O fecho ou controlo de fronteiras entre países da União Europeia já começou. Entre Portugal e Espanha, o controlo da fronteira vai ser feito a partir das 23:00 de hoje, sendo também a esta hora que vão ser suspensas as ligações aéreas, ferroviárias e fluviais.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais de 55 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

A Itália com 2.158 mortos (em 27.980 casos), a Espanha com 297 mortos (8.794 casos) e a França com 148 mortos (6.633 casos) são os países mais afetados na Europa.

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