Hotelaria e restauração exigem ao Governo “apoio de 1.000 euros por trabalhador”

A associação que representa os setores da hotelaria e restauração sugeriu 40 medidas ao Ministério da Economia, entre as quais uma linha de apoio à tesouraria de 1.000 euros por trabalhador.

A associação que representa os setores da hotelaria, restauração e similares “exige medidas urgentes ao Governo” para travar o impacto da pandemia no negócio. Num comunicado, a AHRESP informa que, entre outras coisas, pediu ao Ministério da Economia a “disponibilização de uma linha de apoio à tesouraria de 1.000 euros mensais por trabalhador”.

Recordando que estes setores “vivem hoje uma das piores crises de sempre devido à propagação do Covid-19”, a AHRESP considerou “insuficientes as medidas disponibilizadas pelo Executivo” e informa ter apresentado “mais de 40 propostas” ao ministério tutelado por Pedro Siza Vieira, “numa reunião de trabalho que durou perto de duas horas”.

“1.000 euros por trabalhador, adequação do processo de lay-off e período de carência nos pagamentos ao Estado e à banca são algumas medidas”, explica a associação.

Estes dois setores, muito associados ao turismo, estão entre os mais penalizados da economia num contexto de pandemia como o atual. À medida que surgem mais restrições às deslocações como travão ao turismo, assim como o fecho da fronteira com Espanha para viagens de lazer e a recomendação para que as empresas apostem no teletrabalho, a ocupação das unidades de alojamento e a afluência aos restaurantes têm afundado.

A pandemia do coronavírus tem evoluído em território nacional, com o país a entrar na “fase de mitigação” esta segunda-feira, um período em que as autoridades esperam a ocorrência de contágios a nível local e de aumento significativo do número de casos.

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Coronavírus. Contra-análise a Jorge Jesus foi inconclusiva

  • ECO
  • 17 Março 2020

O técnico português Jorge Jesus, que atualmente treina a equipa brasileira Flamengo, terá de repetir os testes para o novo coronavírus, depois de ter dado um resultado inconclusivo.

A contra análise realizada ao Jorge Jesus teve um resultado inconclusivo, noticia a Tribuna Expresso (acesso livre). O técnico português, que atualmente treina a equipa brasileira Flamengo, terá então de repetir os testes, cujos resultados deverão ser conhecidos em 24 a 48 horas.

A equipa técnica e os jogadores do Flamengo tiveram de fazer análises depois de ser conhecido que o vice-presidente do clube brasileiro estava infetado. O resultado do primeiro teste realizado a Jorge Jesus foi inconclusivo, dando um “positivo fraco”. “Por recomendação do laboratório responsável, o treinador fará nova coleta de materiais na manhã desta terça”, adianta o Flamengo, no Twitter.

O treinador partilhou uma mensagem no Instagram onde diz sentir-se bem. O Brasil registou 234 casos positivos, de acordo com o último balanço, sendo que dois deles já estão recuperados. Na cidade do Rio de Janeiro já foi decretado o estado de emergência, nesta segunda-feira.

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Revista de imprensa internacional

Para fazer frente à pandemia, França promete um pacote de ajuda económica de 45 mil milhões. Já a Amazon decidiu contratar mais 100 mil trabalhadores.

O surto do novo coronavírus continua a marcar a atualidade internacional. Os países tentam ajudar a economia e delinear planos para mitigar os efeitos da pandemia, com França a anunciar um pacote de ajuda de 45 mil milhões de euros. Por um lado, várias empresas fecham portas, deixando os trabalhadores na incerteza, como é o caso das fábricas automóveis espanholas. Por outro, há negócios que veem a procura aumentar com o isolamento, algo que aconteceu com a Amazon, que terá mesmo de contratar mais trabalhadores. Veja estas e outras notícias das manchetes internacionais.

Financial Times

França promete pacote de ajuda económica de 45 mil milhões

As medidas francesas para ajudar empresas e funcionários a enfrentar o surto do novo coronavírus valerão cerca de 45 mil milhões de euros, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire. O pacote de ajuda financeira inclui pagamentos a trabalhadores temporariamente redundantes e o diferimento de pagamentos de impostos e Segurança Social. O Governo francês prevê que a economia encolha cerca de 1% este ano, em vez de crescer mais de 1% como previsto anteriormente.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

CNBC

Amazon contrata mais 100 mil trabalhadores e dá aumentos para lidar com procura devido ao coronavírus

A Amazon planeia contratar mais 100 mil funcionários para os armazéns e entregas, numa altura em que regista um aumento no número de encomendas online, devido ao surto de coronavírus. A empresa anunciou também que iria aumentar os salários dos trabalhadores de armazém e entregas em 2 dólares por hora nos EUA, 2 libras por hora no Reino Unido e aproximadamente 2 euros por hora em muitos países da União Europeia, até o final de abril.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

South China Morning Post

Filipinas fecham indefinidamente mercados financeiros no meio da pandemia

As Filipinas interromperam a negociação de ações, títulos e moedas até novo aviso, tornando-se o primeiro país a fechar os mercados financeiros em resposta à expansão da pandemia do novo coronavírus. Isto acontece depois de o Presidente, Rodrigo Duterte, ampliar o bloqueio de Manila por um mês para toda a ilha de Luzon, onde moram 57 milhões de pessoas.

Leia a notícia completa no South China Morning Post (acesso livre, conteúdo em inglês).

Expansión

Paralisação de fábricas de automóveis espanholas deixa 60.000 empregos “no ar”

Todas as fábricas espanholas das multinacionais automóveis cessaram sua atividade. A Espanha é o segundo maior fabricante de veículos da Europa e o nono do mundo, contando com cerca de 17 centros de produção. A paragem deixou mais de 58.300 funcionários na incerteza. Com a decisão de parar, várias empresas decidiram acionar o mecanismo de emprego temporário para os funcionários.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

The Guardian

Primárias em Ohio interrompidas no último minuto devido a batalha judicial sobre coronavírus

Oficiais de saúde do estado norte-americano de Ohio adiaram as eleições primárias, que determinam o candidato às presidenciais, apenas algumas horas antes do início da ida às urnas. A decisão surgiu depois de um juiz negar o pedido do governador de adiar a votação presencial por causa do coronavírus, por medo de expor eleitores e trabalhadores voluntários, muitos deles idosos.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Ordem alerta que 20% dos infetados com Covid-19 são médicos

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Miguel Guimarães diz que têm chegado à Ordem dos Médicos vários relatos de escassez ou inexistência de equipamentos de proteção individual, bem como da falta de orientações claras sobre o que usar.

A Ordem dos Médicos denunciou esta segunda-feira que 20% dos infetados com Covid-19 são médicos e alertou que a falta de equipamentos de proteção individual está a ser o calcanhar de Aquiles do combate ao novo coronavírus.

Do número de casos de infeção pelo novo coronavírus conhecido até ao momento, pelo menos 20% são já em médicos”, revela a Ordem, alertando para a necessidade de serem divulgadas orientações claras sobre que equipamentos usar e em que circunstâncias e de os disponibilizar “a todos os profissionais que estão no terreno a combater esta situação de emergência de saúde pública internacional”.

“Na fase em que nos encontramos não é possível continuarmos a só proporcionar equipamentos de proteção individual em locais de apoio direto ao Covid-19”, defende a Ordem, frisando que, com cadeias de transmissão desconhecidas, “todas as pessoas que estão no terreno, em todas as unidades de saúde, precisam de estar devidamente protegidas”.

Na nota enviada às redações, o bastonário, Miguel Guimarães, diz que têm chegado à Ordem dos Médicos vários relatos de escassez ou inexistência de equipamentos de proteção individual, bem como da falta de orientações claras sobre que equipamentos os médicos devem usar e quando.

Miguel Guimarães insta a que todos os colegas reportem as falhas e exijam trabalhar devidamente protegidos, “por si, pelos doentes e pelos portugueses”.

(Título da notícia corrigido às 9h16)

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Depois do trambolhão, Lisboa recupera. BCP sobe mais de 4%

Na segunda sessão da semana, Lisboa está a valorizar, recuperando das perdas significativas registadas na segunda-feira. Os títulos do BCP e das cotadas do setor da energia puxam pela praça nacional.

Depois de ter caído para mínimos de 27 anos, a praça lisboeta está agora a recuperar. O índice de referência na bolsa nacional, o PSI-20, valoriza 3%, na abertura da segunda sessão da semana. A puxar por Lisboa está o BCP, que já soma mais de 4%, e as cotadas do setor da energia.

Em linha com as demais praças do Velho Continente, o PSI-20 está registar ganhos, esta manhã: avança 3,24% para 3.788,91 pontos. O pan-europeu Stoxx 600 sobe 1,9%, o francês CAC 40 valoriza 3,1%, o alemão DAX soma 4,6% e o espanhol Ibex dispara 5,6%.

As praças europeias recuperam, assim, das perdas significativas registadas na segunda-feira, sessão em que o índice de referência em Portugal fechou na fasquia mais baixa dos seus 27 anos de história. Esta terça-feira, os investidores estão mais otimistas em relação aos estímulos que estão a ser preparadas pelos Governos e pelos bancos centrais, face à pandemia de coronavírus e aos seus efeitos na economia mundial.

No domingo, por exemplo, a Reserva Federal dos Estados Unidos anunciou um novo corte surpresa dos juros e alinhou numa ação coordenada dos principais bancos centrais, cujo objetivo é amparar o dólar perante a disrupção provocada pelo surto em questão. As medidas tomadas pela Fed são, de resto, semelhantes às que já tinham sido anunciadas pelo Banco Central Europeu: menos juros, mais compra de ativos e menos requisitos para a banca.

Por cá, na sessão desta terça-feira, destaque para o BCP, cujas ações abriram a valorizar 4,53% para 0,1061 euros. A energia também está a puxar por Lisboa: os títulos da Galp Energia avançam 2,47% para 8,466 euros, os da EDP 1,33% para 3,439 euros e os da EDP Renováveis 1,32% para 10,00 euros.

E depois de ter anunciado um resultado líquido de 29,2 milhões de euros, os CTT estão a ver as suas ações subirem 3,63% para 1,913 euros. No setor das papeleiras, os títulos da Semapa valorizam 1,35% para 8,25 euros, os da Altri 0,21% para 2,8 euros e os da Navigator 1,69% para 1,983 euros.

Do outro lado da linha de água, estão a Sonae — cujos títulos recuam 0,18% para 0,549 euros — e a Sonae Capital — cujas ações perdem 2,28% para 0,451 euros.

(Notícia atualizada às 08h30)

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PCP quer financiamento de campanhas reduzido para metade

  • ECO
  • 17 Março 2020

A bancada comunista no Parlamento propôs também que a subvenção pública que é atribuída aos partidos encolha 40%.

O PCP quer que a subvenção pública que é atribuída aos partidos encolha 40% e defende a redução para metade do financiamento às campanhas eleitorais, noticia o Diário de Notícias (acesso pago). Atualmente, a lei dita que a subvenção atribuída aos partidos equivale a 1/135 do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) por cada voto obtido na eleição de deputados à Assembleia da República.

Já está previsto um corte de 10% a esse valor, mas os comunistas querem agora que, por cada voto obtido, os partidos passem a receber 1/225 do IAS. Esta proposta foi apresentada pela bancada comunista no Parlamento no final da semana e deverá ser discutida a 3 de abril, em plenário.

A proposta contempla ainda as eleições para as autarquias locais. O PCP sugere que a subvenção seja equivalente a 100% do limite de despesas admitido para o município, em vez dos 150% aplicados hoje em dia. Para além disso, a bancada comunista defende que as despesas admissíveis nas campanhas eleitorais às autárquicas sejam um terço daquilo que está previsto atualmente.

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Governo oferece isolamento sonoro a moradores da Moita para ter novo aeroporto

  • ECO
  • 17 Março 2020

Apesar de se congratular as propostas apresentadas pelo Governo, o autarca da Moita reiterou que não eram suficientes para mudar o parecer negativo ao novo aeroporto.

O Governo comprometeu-se a minimizar o impacto sonoro do aeroporto que planeia construir no Montijo, avança o Público (acesso condicionado). Para tal, vai oferecer isolamento sonoro aos moradores da Moita, município cujo parecer sobre o projeto para construir esta infraestrutura é negativo.

A medida foi anunciada pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, depois de uma reunião com o presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia. Comprometeu-se a fazer um “trabalho suplementar” nas intervenções nas janelas, portas e terraços das zonas de residência afetadas pela construção do aeroporto, para minimizar o impacto sonoro da passagem de aviões.

O investimento nesta medida está avaliado entre os 10 a 15 mil euros por fogo. Apesar de se congratular as propostas apresentadas, o autarca reiterou que não eram suficientes para mudar o parecer negativo. O Governo necessita de um parecer positivo de todos os municípios afetados.

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Hoje nas notícias: Montijo, coronavírus e coimas

  • ECO
  • 17 Março 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os efeitos da pandemia de coronavírus na economia portuguesa continuam a marcar o dia: os economistas estimam que o desemprego possa atingir 15% e que, com a paragem das fábricas, a produção automóvel caia até 20% este ano. Destaque ainda para as coimas de 3,5 milhões aplicadas no caso PT e para as promessas deixadas pelo Governo aos moradores da Moita em relação ao aeroporto do Montijo.

CMVM aplica coimas de 3,5 milhões no caso PT

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu aplicar coimas no valor de 3,5 milhões de euros, no âmbito do processo de contraordenação que envolve os antigos gestores da Portugal Telecom (PT) e o investimento de 897 milhões de euros da operadora na Rioforte. A CMVM concluiu que não foi cumprido o dever de divulgação de informação adequada ao mercado. Nem a antiga PT SGPS (hoje Pharol) nem a comissão de auditoria da PT escaparam às coimas aplicadas pelo regulador do mercado. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo oferece isolamento sonoro para ter novo aeroporto

O Governo comprometeu-se a minimizar o impacto sonoro do aeroporto que planeia construir no Montijo. Para tal, vai oferecer isolamento sonoro aos moradores da Moita, município cujo parecer sobre o projeto para construir esta infraestrutura é negativo. A medida foi anunciada pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, depois de uma reunião com o presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia. O Executivo comprometeu-se a fazer um “trabalho suplementar” para minimizar o impacto sonoro do aeroporto. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

PCP: Financiamento de campanhas deve ser reduzido para metade

O PCP quer que a subvenção pública que é atribuída aos partidos encolha 40% e defende a redução para metade do financiamento às campanhas eleitorais. Atualmente, a lei diz que a subvenção atribuída aos partidos equivale a 1/135 do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) por cada voto obtido na eleição de deputados à Assembleia da República. Já está previsto um corte de 10% a esse valor, mas o PCP quer agora quer que, por cada voto obtido, os partidos passem a receber 1/225 do IAS. Esta proposta foi apresentada pela bancada comunista no Parlamento no final da semana e deverá ser discutida a 3 de abril, em plenário. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Coronavírus pode levar desemprego a atingir 15%

A crise económica que poderá resultar da atual pandemia de coronavírus poderá levar a taxa de desemprego a atingir os 15%, calculam os economistas. Nesse cenário, até ao final do ano, mais 340 mil pessoas perderiam o trabalho. Daí que os especialistas sublinhem a necessidade de uma “poderosa” ajuda europeia e governamental às empresas e aos trabalhadores. “A crise que pode gerar-se, se não existirem apoios substanciais, pode ser mais grave do que a registada em 2008”, enfatiza Eugénio Rosa. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Com fábricas paradas produção automóvel pode cair até 20%

A pandemia de coronavírus está a obrigar as fábricas de automóveis a pararem os trabalhos, o que poderá ter um impacto até 20% na produção deste ano. Isto de acordo com os cálculos feitos pelos economistas, horas depois da unidade do grupo Peugeot-Citroën (PSA) em Mangualde ter anunciado a suspensão da linha de montagem por um período de dez dias. “A indústria automóvel tem um peso relevante para a economia portuguesa, pelo que o impacto é muito intenso”, sublinha o economista Augusto Mateus. “Os meses de março e abril serão de redução drástica na produção e representam até 20% da atividade económica em Portugal. A mesma percentagem aplica-se à produção automóvel. Estamos à porta de um choque sem precedentes”, estima o mesmo. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

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Pharol multada pela CMVM em um milhão de euros por omissão de informação sobre investimentos no GES

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Em causa está omissão de informação sobre investimentos em dívida do Grupo Espírito Santo. CMVM suspende pagamento de 750 mil euros por dois anos, passando a coima a pagar a ser de 250 mil euros.

A Pharol (antiga PT SGPS) foi multada em um milhão de euros pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) por omissão de informação sobre investimentos em dívida do Grupo Espírito Santo (GES), informou a empresa ao mercado.

Em causa está um processo de contraordenação de 2014 à empresa e ex-administradores por omissão de informação nos relatórios dos anos de 2012, 2013 e primeiro trimestre de 2014 sobre “investimentos realizados em dívida emitida pelo Grupo Espírito Santo, nomeadamente em papel comercial emitido pela ESI e pela Rio Forte”.

Em resultado desse processo, a CMVM condenou a Pharol a uma “pena única de um milhão de euros” por considerar, segundo o comunicado divulgado pela Pharol na segunda-feira à noite, que “se revela proporcional reconhecer um espaço de oportunidade à sociedade emitente e à sua nova administração para persistir no rigoroso cumprimento da lei”.

A Pharol diz ainda que na contraordenação foi decidido que “é justo limitar, em condições apropriadas, o impacto material da sanção sobre a entidade”, tendo a CMVM suspendido 750 mil euros pelo prazo de dois anos, passando a coima a pagar a ser de 250 mil euros.

A Pharol está, contudo, a analisar se recorre da decisão.

No final de junho de 2014, foi tornado público que as aplicações da PT SGPS na Rioforte, datadas de abril de 2014, ascendiam no seu conjunto a 897 milhões de euros. Estes instrumentos de dívida acabariam por vencer a 15 e 17 de julho do mesmo ano, sem serem reembolsados.

A situação culminaria na saída de Henrique Granadeiro, na altura presidente executivo e do Conselho de Administração da PT SGPS (atualmente Pharol) e mais tarde de Zeinal Bava da Oi.

A Pharol entrou, em 2015, com uma ação de responsabilidade contra os seus antigos administradores Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e Luís Pacheco de Melo por “violação dos respetivos deveres legais e contratuais”.

Em 31 de dezembro de 2019, a Pharol tinha como principais ativos 5,5% do capital social da operadora brasileira Oi (em processo de recuperação desde 2016 para reduzir o passivo) e instrumentos de dívida da Rio Forte Investments com um valor nominal de 897 milhões de euros

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5 coisas que vão marcar o dia

Agenda do dia continuará preenchida por temas relacionados com o surto do coronavírus no país e no mundo.

As autoridades de saúde dão conta da evolução dos casos de infeção pelo novo vírus, isto depois de Portugal ter registado a primeira morte. O imobiliário faz as contas ao impacto que a doença poderá ter no setor através de um conferência online. O Conselho Europeu reúne-se de emergência para discutir a resposta a dar ao surto do Covid-19. A UEFA também se reúne de urgência depois do cancelamento dos vários campeonatos. Fora deste âmbito, Merkel, Macron e Erdogan discutem a crise migratória na fronteira entre a Turquia e a Grécia.

Covid-19: quantos casos em Portugal?

As autoridades de saúde portuguesas apontam para uma subida do número de casos de infeção pelo novo coronavírus até ao final de abril. A Direção-Geral de Saúde elevou o estado do surto em Portugal para a “fase de mitigação” e fará esta terça-feira uma nova atualização da situação do surto do Covid-19 no país: casos confirmados, casos suspeitos, casos que aguardam resultado laboratorial. O último balanço aponta para uma vítima mortal e 331 casos em Portugal.

Reunião de emergência do Conselho Europeu

Os chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da União Europeia reúnem-se, por videoconferência para continuarem a discutir a resposta ao surto de Covid-19. Esta segunda-feira a UE propôs que todos os voos não essenciais para a União Europeia sejam temporariamente suspensos

Imobiliário discute impacto do coronavírus no setor

Numa altura em que o coronavírus está a afetar todos os setores, o imobiliário não fica de fora. Para perceber os impactos que este surto está a ter no mercado, os especialistas vão juntar-se para debater o tema numa conferência online, à qual qualquer pessoa pode assistir, sem sair de casa. O evento arranca às 15h30 e vai contar com representantes de imobiliárias, promotoras e associações do setor.

UEFA prepara medidas devido ao vírus

Em Nyon, na Suíça, decorrerá uma reunião de emergência da UEFA para discutir as medidas a tomar nos campeonatos organizados pelo organismo europeu devido à pandemia Covid-19.

Merkel e Macro discutem crise migratória com Erdogan

A Turquia anunciou, em fevereiro, a abertura das fronteiras para a Europa para permitir a passagem de milhares de migrantes. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e os Presidentes da França e da Turquia, Emmanuel Macron e Recep Tayyip Erdogan, participam numa cimeira por teleconferência para discutir a crise migratória.

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Coronavírus encerra lojas. Estas já fecharam as portas

Do retalho à restauração, até ao segmento de luxo, o coronavírus está, aos poucos, a encerrar as portas de muitas lojas.

Depois de o Governo ter decretado que os serviços públicos passam a atender por via eletrónica e, nos casos em que tal não seja viável, será por pré-marcação e apenas para atos urgentes, foram os bancos a avançar com limitações às operações nos seus balcões. E, aos poucos, todos os negócios que têm “porta aberta” começam a fechá-las. Há cada vez mais lojas a cederem ao vírus, do retalho à restauração, até ao segmento de luxo.

Enquanto nos shoppings só alguns lojistas fecharam, por receios quanto a penalizações por parte das gestores desses espaços — a Sonae Sierra só agora veio dar essa possibilidade às lojas nos seus 13 centros comerciais –, nas ruas, há já muitas que reduziram o horário de forma expressiva, ou encerraram mesmo, procurando proteger funcionários mas também para ajudar no esforço nacional de quarentena voluntária perante a pandemia.

Nas lojas de roupa ou decoração, Sacoor, Salsa, Chicco ou Loja do Gato Preto já têm todos os estabelecimentos encerrados. Na restauração, a Haagen Daz, o Grupo Fullest e o H3 foram pelo mesmo caminho. Num segmento de luxo, a Fashion Clinic e Gucci, em Lisboa, também fecharam portas. Veja as lojas que já fecharam:

  • Bancos condicionam clientes nos balcões. Aconselham app

O coronavírus chegou à banca e, consequência disso, é que as instituições bancárias decidiram condicionar o número de clientes, aconselhando ao uso das aplicações no telemóvel. Ao ECO, uma fonte do setor adiantou que os bancos vão condicionar o número de clientes no interior dos balcões ao número de bancários disponíveis a cada momento na parte do atendimento ao público. Mas há quem tenha mesmo optado por encerrar algumas agências, como o banco BiG, que fechou temporariamente 15 das suas agências.

Mantém-se a recomendação de privilegiar os canais digitais homebanking ou aplicações dos bancos — na realização de operações quotidianas, como pagamentos, consultas de extratos bancários ou transferências. Adicionalmente, em vez da deslocação a uma agência, poderá usar a rede de ATM.

  • CTT atendem à porta fechada. E encerram 18 lojas

Os CTT anunciaram esta segunda-feira que vão implementar o atendimento à porta fechada e encerrar 18 lojas devido à ausência de colaboradores. Assim, as lojas CTT vão ter no interior apenas os clientes que estão a ser atendidos, mantendo no exterior os que estão em fila de espera, “de forma a minimizar a permanência de clientes em loja e para garantir o distanciamento entre cada cliente”.

Além disso, as lojas dos CTT vão sofrer reduções de horário e 18 delas serão encerradas: Buarcos (Vila), Boavista (Oaz), Cesar, Espargo, Travessa (São João da Madeira), Arcozelo (Vila Nova de Gaia), Mesão Frio, São Pedro da Cova (Gondomar), Vila Nova Foz Côa, Cantarias (Bragança), Santa Tecla (Braga), Caxinas (Vila do Conde), Parque (Matosinhos), Praia (Póvoa de Varzim), Gil Eanes (Portimão), Olhos de Água, Sines e Santo António dos Cavaleiros.

  • EDP encerra metade das lojas e agentes exclusivos

Este domingo foi a vez de a EDP Comercial anunciar o encerramento de metade das suas lojas (são 41, no total) e agentes exclusivos (25, no total) a partir desta segunda-feira e por tempo indeterminado. Em comunicado, a empresa referiu que as lojas e agentes exclusivos que se mantiverem abertos terão atendimento restrito e limitação de entrada dos clientes. A lista das lojas e agentes exclusivos que se manterão abertos pode ser vista online.

  • Nos fecha salas de cinema em todo o país

A Nos Cinemas, o Cinema Ideal e o Cinema Nimas (Medeia Filmes) estão encerrados por “motivos de saúde e segurança” em resposta à pandemia de coronavírus. A Nos, por sua vez, encerrou “os 31 complexos de cinemas e as 219 salas em todo o país”, que representam cerca de 40% do mercado nacional. A medida entra em vigor esta segunda-feira e “será aplicada pelo tempo que se justificar”.

A Medeia Filmes anunciou igualmente o encerramento do Cinema Nimas, de hoje a 15 de abril, e o Cinema Ideal, um dos primeiros a anunciar planos de contingência, na semana passada, manter-se-á encerrado até 2 de abril. Na passada quinta-feira metade das 535 salas de cinema da rede de exibição comercial estava em funcionamento, com reforço de higienização e regras de distanciamento entre espetadores.

  • Depois da sede, Parfois fecha as lojas de rua

Há cerca de uma semana, a Parfois decidiu encerrar a sede, em Rio Tinto, depois de um trabalhador ter sido confirmado com coronavírus. Mas, esta segunda-feira, a empresa decidiu ir mais longe. A decisão foi mesmo fechar todas as lojas de rua da marca, uma medida que tem como objetivo a prevenção e proteção dos clientes e colaboradores da empresa, explicou a empresa, que diz já estar a adotar procedimentos para, o mais rapidamente possível, “assegurar o fecho das restantes lojas nos centros comerciais”.

  • Sacoor fecha lojas sem data prevista de reabertura

“Caros clientes, dada a situação de emergência, e no pleno respeito por um comportamento social responsável encerrámos as nossas lojas até novo aviso, no intuito de proteger a saúde e o bem-estar de todos os colaboradores e clientes”. Foi esta a mensagem deixada pela Sacoor Brothers aos clientes, numa publicação feita esta segunda-feira no Facebook. Minutos mais tarde, em comunicado enviado às redações, a empresa explicou que não tem data prevista de reabertura, estando ainda a “avaliar a situação caso a caso, e de acordo com a realidade de cada país”.

Face a este encerramento, “a loja online continuará em funcionamento (enquanto estiverem reunidas todas as condições) e os serviços de apoio ao cliente foram reforçados para dar resposta a eventuais dúvidas decorrentes desta situação”.

  • Salsa encerra temporariamente. Equipas em casa

A Salsa também decidiu encerrar as suas lojas. “Decidimos encerrar temporariamente todas as nossas lojas em Portugal”, refere a empresa de vestuário num comunicado partilhado nas redes sociais. Diz que colocou as equipas a trabalhar, mas a partir de casa, enquanto para os clientes da marca a porta continua aberta mas através do site, sendo que pode haver constrangimentos nas entregas. No caso das trocas, o prazo foi prolongado para 30 dias “após a normalização da situação atual”.

  • Chicco encerra lojas, mas garante encomendas

A Chicco anunciou esta segunda-feira o encerramento temporário das suas lojas, embora vá manter “algumas lojas-piquete apenas para encomendas por telefone”, anunciou a empresa, em SMS enviado aos clientes. Tal como outras lojas, a marca de roupa para crianças referiu que as compras poderão ser feitas online.

  • Loja do Gato Preto encerra fisicamente… mas mantém-se online

No mundo da decoração, a cadeia Loja do Gato Preto também anunciou o fecho de portas. Este domingo, a empresa revelou nas redes sociais que, “para saúde e segurança da nossa comunidade, clientes, colaboradores e famílias”, todos os espaços físicos ficarão encerrados por tempo indeterminado. Esta é uma medida que também afeta as lojas em Espanha, lê-se na publicação do Facebook. Ainda assim, os produtos poderão ser comprados através dos canais online.

  • Amorim Luxury encerra restaurantes JNcQUOI, Fashion Clinic e Gucci

E os impactos do coronavírus também estão a ser sentidos na restauração. Na semana passada, o Grupo Amorim Luxury decidiu “encerrar temporariamente” os restaurantes JNcQUOI Avenida, JNcQUOI ASIA, Ladurée, o JNcQUOI CLUB, bem como as lojas Fashion Clinic e Gucci, situadas em Lisboa, no Porto e no Algarve. Além disso, a empresa de Paula Amorim anunciou o adiamento da abertura da nova loja Dolce & Gabbana na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

  • Cadeia H3 fecha todos os restaurantes

O anúncio foi feito este sábado no Facebook da cadeia de restauração. “Iremos encerrar, de forma temporária, todos os nossos restaurantes, a partir das 00h00 horas do dia 15/03/2020”, lê-se na publicação, que justifica esta decisão com os recentes desenvolvimentos de coronavírus. “Esta decisão resulta da impossibilidade de assegurar aos nossos colaboradores as condições de segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho”.

A H3 referiu ainda que esta medida foi “devidamente discutida com especialistas em saúde e segurança no trabalho” e foi condicionada pelo facto de muitos dos 1.200 trabalhadores fazerem “parte de grupos de risco” ou terem “contacto direto com familiares pertencentes a esse grupo”.

  • Häagen-Dazs fecha todas as lojas

A marca de gelados também anunciou esta segunda-feira o encerramento de “todas as lojas da marca devido à crescente ameaça” do coronavírus. “O encerramento será por tempo indeterminado, desde o dia de hoje até à data em que for seguro voltar a abrir portas, mediante avaliação diária do estado de evolução do vírus no país”, referiu a Häagen-Dazs, em comunicado. Por enquanto, a marca mantém-se disponível “nas grandes superfícies de retalho, gasolineiras e canais HORECA”.

  • Grupo Fullest encerra temporariamente restaurantes

Os efeitos do coronavírus também chegaram ao Grupo Fullest, uma das maiores cadeias de restaurantes do país, que anunciou o encerramento temporário dos seus espaços a partir desta terça-feira. “De forma organizada e planeada, o Grupo tem vindo a suspender a atividade nas suas unidades para salvaguardar a saúde dos seus colaboradores e clientes”, referiu a empresa, em comunicado, acrescentando que “para já, não existe previsão para o fim da suspensão, esperando-se que seja tão breve quanto possível”. O Grupo Fullest aproveitou ainda para deixar um alerta ao Governo, apelando à “proteção aos trabalhadores e aos auxílios às empresas”.

  • hôma encerra todas as lojas temporariamente

A hôma, antiga DeBORLA, decidiu “encerrar temporariamente, e com efeito imediato”, todas as suas 35 lojas físicas no país, incluindo as ilhas, “como medida de prevenção do novo coronavírus”. A reabertura das mesmas ficará condicionada à reavaliação e acompanhamento permanente da evolução da pandemia. Ainda assim, a loja homa.pt “mantém o seu funcionamento normal”.

  • Bela Vista Hotel & Spa encerra temporariamente operação

E no setor hoteleiro também já se começam a ver portas fechadas. Esta terça-feira, o Bela Vista Hotel & Spa, em Portimão, anunciou que, “tendo em conta a fase mais avançada de propagação do coronavírus, “vai encerrar temporariamente a sua operação, até que seja considerado completo o plano de contenção deste vírus no país”. Esta medida aplica-se a todos os serviços do Bela Vista – Hotel, VISTA Restaurante e SPA L’Occitane.

  • Ikea adota a mesma decisão em Portugal

Esta quarta-feira, foi a vez de a Ikea Portugal anunciar o encerramento temporário de todas as lojas no país, consequência do surto de coronavírus. “No seguimento do surto de coronavírus, a IKEA Portugal decidiu fechar temporariamente todas as Lojas e Estúdios de Planificação no país até nova indicação, a partir de amanhã, 18 de março“, disse a empresa, em comunicado.

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Covid-19 é bom para a crise climática? Ambientalistas dizem que não

Quercus e Zero não estão otimistas. As associações ambientais avisam que a redução das emissões de gases poluentes é uma “situação transitória”. Bruxelas diz que "emergência climática não desapareceu”

Com a pandemia de Covid-19 a agravar-se, o consumo de combustíveis fósseis está a cair a pique e as emissões poluentes seguem o mesmo caminho. Apesar de parecer que o novo coronavírus até tem um efeito positivo a curto prazo nas alterações climáticas, os ambientalistas e ativistas climáticos não estão nada contentes. Porquê? Em Portugal, a Quercus explica que, para começar, se trata de uma “situação transitória”.

O mesmo alerta tinha já sido lançado na semana passada por Greta Thumberg e António Guterres: com todas as atenções desviadas das alterações climáticas para o coronavírus, a ativista sueca apelou aos jovens de todo o mundo para continuarem a manifestar-se online, enquanto o secretário-geral da ONU alertou que a luta contra a pandemia não pode invalidar nem fazer esquecer a luta pelo ambiente.

“A crise climática e ecológica global é a maior que a Humanidade já enfrentou”, avisou Greta.

Por seu lado, Guterres frisou que, apesar da queda momentânea nas emissões de gases poluentes, devido ao surto mundial de coronavírus, esta não deve ser sobrestimada porque “a magnitude de uma crise climática não tem comparação com o impacto temporário de uma pandemia”. “Não vamos combater as alterações climáticas com um vírus”, atirou.

Com a Comissão Europeia completamente focada em mitigar o impacto económico do surto do novo vírus, tendo já anunciado um plano de 37 mil milhões de euros, a presidente Ursula Von der Leyen garantiu no entanto que o seu Executivo comunitário continua empenhado no Green Deal e em tornar a Europa no primeiro continente neutro em carbono até 2050.

“Não podemos ignorar o se passa a nível global. A emergência climática não desapareceu”, disse o comissário europeu para o Ambiente, Virginijus Sinkevicius, em declarações à Bloomberg TV.

Por cá, os ambientalistas da Zero e da Quercus não estão otimistas. Apesar da quebra na procura mundial de petróleo, o presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, disse à Lusa que “ainda é muito baixa” e lembrou que “é preciso uma redução de 7,6%” em cada ano.

Francisco Ferreira salientou que, para que sejam atingidos os números de redução de emissões para este ano, era preciso que o cenário se mantivesse. “Somando a redução mundial do consumo de petróleo e o cenário na quebra de produção na China e quebras à escala mundial ficamos efetivamente próximos da meta da ONU para a temperatura não ultrapassar 1,5 graus”, notou o responsável, acrescentando que “estas são mudanças conjunturais e não estruturais e com impactes que em áreas como o emprego não são também as desejáveis”.

Em comunicado, a Quercus sublinha que “é preciso não esquecer que uma queda de 25% das emissões na China, durante duas ou três semanas, representa uma redução mundial de apenas 1%. O que quer dizer que este eventual impacte positivo não é a longo prazo. Ou se aproveita esta crise para mudar comportamentos, ou mais tarde a recuperação económica poderá, provavelmente, ser ainda mais prejudicial”.

A associação ambientalista portuguesa reconhece que “as restrições nas viagens aéreas e as limitações de contacto, que envolvem naturalmente uma redução das deslocações automóveis, resultarão num declínio substancial no consumo de combustíveis fósseis e na redução de gases com efeito de estufa, que contribuem negativamente para a qualidade do ar e que influenciam as alterações climáticas”.

Qual o reverso da medalha? Diz a Quercus que “se por um lado esta pandemia mostra sinais positivos para o ambiente, por tempo limitado, a necessidade de proteção individual com máscaras e luvas levou ao consumo exponencial de materiais em plástico descartável, que após utilização (em meio hospitalar) terão necessariamente como destino final a deposição em aterro, por se tratar de um resíduo com risco biológico”. Para os doentes tratados em casa, nem sequer existem canais de recolha para estes resíduos, sendo o lixo indiferenciado o destino a ser dado aos mesmos, por falta de outra alternativa, sublinha Associação Nacional de Conservação da Natureza.

Outro problema poderá ser a corrida aos hipermercados e a aquisição exagerada de bem perecíveis, seguida de um aumento do desperdício alimentar.

“Esta pandemia que está a parar o mundo irá inevitavelmente servir para repensarmos os nossos comportamentos, e até que ponto conseguimos mudar alguns hábitos na nossa vida, para além de poder contribuir para promover a discussão das políticas ambientais e governamentais adotadas por cada um dos países em matéria ambiental”, remata a Quercus.

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