Espanha: Seguradores desmentem boato sobre seguros auto

  • ECO Seguros
  • 17 Março 2020

Está esclarecido: As apólices de seguro automóvel continuam válidas e com coberturas iguais, oficinas podem abrir, apenas as inspeções são adiadas sem multas durante este período.

O Estado de Alarme decretado em Espanha a 14 de Março não vai afetar as coberturas de seguro automóvel reiterou a Unespa – Unión Española de Entidades Aseguradoras y Reaseguradoras. A entidade que agrega as maiores companhias espanholas, congénere da portuguesa APS, assegura que as coberturas estão válidas quer na modalidade de responsabilidade civil contra terceiros quer em danos próprios, em qualquer circunstância.

A Unespa foi obrigada a esclarecimentos após boatos que indicavam que os seguros estariam com exceções pela situação de alarme decretada por decreto real. Neste é indicado que a utilização de veículos particulares em vias públicas fica estritamente reservada à realização de atividades necessárias ou para abastecimento de combustível.

Como atividades necessárias são consideradas as mesmas que permitem a um peão andar na rua, ou seja, aquisição de alimentos, produtos farmacêuticos ou bens de primeira necessidade, procura de assistência sanitária, deslocação para o trabalho, assistência a pessoas dependentes, ou outros casos excecionais.

Também a abertura de oficinas de reparação e manutenção automóvel foi alvo de dúvidas, tendo a Confederación Española de Talleres de Reparación de Automóviles y Afines (Cetraa) e a Federación Española de Empresarios Profesionales de Automoción (Conepa), duas maiores associações setoriais, confirmado que se incluem na lista de “serviços essenciais” e podem prosseguir atividade normal.

Os centros de Inspeção automóvel estarão mesmo encerrados. Os condutores dos veículos que não puderem realizar a inspeção periódica ou outra neste período, não serão multados, sendo-lhes entregue uma notificação para que o façam após o fim desta situação.

O Estado de Alarme em Espanha é o nível mais baixo de emergência pública, existindo ainda o Estado de Exceção e o Estado de Sítio, gradualmente mais restritivos dos direitos constitucionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Coronavírus. Patrões querem que Governo facilite acesso a linha de crédito de 200 milhões

O Governo disponibilizou uma linha de crédito de 200 milhões de apoio à tesouraria das empresas, mas os patrões defendem que é preciso facilitar o acesso a esses apoios.

Ainda que aplauda as medidas avançadas pelo Governo face à pandemia de coronavírus, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defende que é preciso reforçar os apoios às empresas, tornando o acesso mais “fácil e rápido”. Os patrões exigem, assim, que o Executivo torne “menos restritivas” as condições de elegibilidade para a linha de crédito de 200 milhões prevista para apoiar a tesouraria das empresas, bem como suspenda temporariamente os prazos de pagamentos de impostos e contribuições.

Para situações excecionais, soluções excecionais. Começamos, por isso, por aplaudir as primeiras medidas avançadas pelo Governo para fazer face à crise em que ameaça mergulhar a economia nacional. No entanto, na reunião [desta segunda-feira] da Concertação Social, a CIP sinalizou ao Executivo a necessidade de reforçar as medidas de apoio às empresas e tornar o seu acesso fácil e rápido”, sublinha a confederação liderada por António Saraiva, em comunicado.

No pacote de contrapropostas apresentado pela CIP ao ministro da Economia e à ministra do Trabalho, é frisada em primeiro lugar a necessidade de facilitar o acesso às linhas de crédito de apoio à tesouraria das empresas, “tornando menos restritivas as condições de elegibilidade, prevendo a bonificação da taxa de juro e adequando o seu volume às necessidades que se forem revelando”.

A linha de crédito em questão foi anunciada por António Costa no Parlamento, no início do mês. Aos deputados, o primeiro-ministro disse que estava a ser preparada uma verba de 100 milhões de euros para apoiar as empresas afetadas pelo surto de coronavírus.

Esse valor acabou, no entanto, por ser duplicado, destinando-se às micro, pequenas e médias empresas que tenham registado uma quebra de, pelo menos, 20% da sua faturação, na comparação homóloga, explicou Pedro Siza Vieira.

Na Resolução de Conselho de Ministros publicada na sexta-feira, o Executivo esclareceu ainda que caberá ao Ministério da Economia operacionalizar, monitorizar e avaliar a eventual necessidade de um reforço desta linha, tal como pedem agora os patrões.

No pacote de prioridades da CIP, aparece ainda a necessidade de acelerar os pagamentos às empresas por parte “de todas entidades públicas e regularizar com particular urgência todos os que se encontrem em atraso“. “O Estado deve dar o exemplo no cumprimento das suas obrigações com terceiros”, enfatiza a confederação.

E depois do Executivo ter alargado os prazos para o pagamento do primeiro pagamento especial por conta e para a entrega do IRC, os patrões exigem que sejam suspensos “temporariamente os prazos para os cumprimentos das” restantes obrigações fiscais e contributivas.

Sobre o novo “regime de lay-off”, a CIP sublinham que é preciso criar uma figura que “não deixe margem para dúvidas” e defende que é necessário ajustar a marcação e gozo das férias dos trabalhadores às necessidades “específicas que a situação requer”. De notar que o referido regime especial de “lay-off” prevê que o empregador só pode renovar o apoio concedido pela Segurança Social, no caso de os trabalhadores terem gozados os 22 dias de férias previstos na lei.

A CIP remata com a necessidade de definir de forma “clara” o que se entende por serviços essenciais, incluindo o setor alimentar e defende que sejam tomadas medidas sobre as greves dos estivadores que decorrem no Porto de Lisboa e de Setúbal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primeiro caso confirmado de Covid-19 na Madeira. Governo regional suspende atividades turísticas

O primeiro caso do novo coronavírus na Madeira é uma turista holandesa, que estava hospedada num hotel no Funchal e que aguarda o resultado da contra análise.

Foi registado o primeiro caso de Covid-19 na Madeira. Trata-se de uma turista holandesa que estava hospedada num hotel no Funchal e que aguarda o resultado da contra análise. O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, determinou o fim das atividades de recriação turística na região, como excursões, visitas guiadas e rent-a-car.

Miguel Albuquerque anunciou também o reforço da restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e outros espaços públicos, em declarações transmitidas pelas televisões. Para além disso, referiu que seria comunicada às embaixadas a necessidade de procederem ao repatriamento dos concidadãos turistas que permanecem na região.

O presidente do Governo Regional da Madeira recomendou aos cidadãos que permaneçam nas residências e que saiam apenas para a aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a idosos e deslocações de e para o trabalho. Apelou também aos cidadãos de quarentena, sobretudo os que vieram do continente, o cumprimento da mesma.

Quanto ao caso de Covid-19, foram tomadas medidas de isolamento e prevenção na unidade hoteleira onde esteve presente a turista, e todos com quem contactou estão a ser acompanhados. Miguel Albuquerque deixou ainda a garantia de que “o Governo irá continuar a tomar todas medidas necessárias”.

(Notícia atualizada às 11h35)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AdC vigia comerciantes que se aproveitem da pandemia combinando preços

  • Lusa
  • 17 Março 2020

A Autoridade da Concorrência está a controlar os comerciantes quem se aproveitem da pandemia de coronavírus, através da combinação de preços ou da repartição de mercados.

A Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou esta terça-feira estar a controlar quem se aproveite da pandemia, explorando pessoas e prejudicando a economia, através de uma combinação de preços ou de repartição de mercados.

“Neste período de grande esforço coletivo que o país atravessa, a AdC quer assegurar que se mantém particularmente vigilante na missão de deteção de eventuais abusos ou práticas anticoncorrenciais que explorem a atual situação, em detrimento das pessoas e da economia“, avisa num anúncio publicado no seu site.

Aquela autoridade alerta fornecedores, distribuidores, revendedores de qualquer setor da economia, incluindo de bens e serviços necessários à proteção da saúde, ao abastecimento das famílias e empresas ou à vida em comunidade, a adotar “um comportamento comercial responsável, em qualquer nível da cadeia de abastecimento, incluindo no comércio eletrónico”.

Em comunicado, a AdC lembra que a adoção de práticas restritivas da concorrência no atual contexto agravaria a situação das famílias e da economia e que “qualquer pessoa ou empresa pode reportar eletronicamente suspeitas” de práticas anticoncorrenciais, recorrendo ao portal de denúncias da AdC.

Mas, ressalva, o compromisso da AdC em concentrar esforços para detetar práticas anticoncorrenciais “não dispensa o sentido de responsabilidade”, razão pela qual a autoridade implementou um Plano de Contingência específico destinado a mitigar eventuais riscos para a saúde de todos os colaboradores e utilizadores dos serviços da AdC beneficiando também a comunidade em geral.

No comunicado, explica que o plano de contingência prevê várias medidas, nomeadamente teletrabalho “para a maioria” dos trabalhadores, cancelamento de todos os eventos públicos, encerramento do acesso externo à biblioteca, realização de reuniões por meios eletrónicos à distância, restrição de viagens de serviço ao estritamente necessário, prevenção higiénica e distribuição de materiais de proteção.

“Assim, a AdC mantém em funcionamento todas as áreas de defesa e promoção da concorrência e convida os stakeholders a utilizarem os canais eletrónicos disponíveis”, afirma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 já matou 7.182 pessoas e infetou mais de 180 mil em todo o mundo

  • Lusa e ECO
  • 17 Março 2020

Um total de 7.182 pessoas morreram devido a mais de 180 mil casos de contaminação identificados em 145 países e territórios, desde o princípio da pandemia, em dezembro.

O novo coronavírus já infetou desde dezembro 184.136 pessoas e o número de mortes subiu para 7.182, segundo o site world meter. Há ainda 79.927 pessoas recuperadas.

No entanto, segundo um outro balanço da AFP às 09h00 desta terça-feira, foram registadas mais de 180.090 contaminações em 145 países e territórios. Desde o último balanço às 17h00 de segunda-feira, foram registadas 56 novas mortes e 4.569 casos registados em todo o mundo.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, totalizou 80.881 casos, incluindo 3.226 mortes e 68.869 recuperações. Foram anunciados 21 novos casos e 13 novas mortes entre segunda e terça-feira, aponta a AFP.

Em outras partes do mundo, foram registadas até às 09h00 um total de 3.837 mortes (43 novas) para 99.215 casos (4.548 novas). Os países mais afetados depois da China são Itália, com 2.158 mortes para 27.980 casos, o Irão com 853 mortes (14.991 casos), Espanha com 309 mortes (9.191 casos) e França com 148 mortes (6.633 casos).

Desde as 17h00 de segunda-feira, a República Dominicana anunciou a primeira morte relacionada a vírus.

A Ásia totalizou 92.601 casos (3.360 mortes), Europa 63.941 casos (2.738 mortes), Médio Oriente Médio 16.594 casos (869 mortes), Estados Unidos e Canadá 5.085 casos (73 mortes), América Latina e Caraíbas 990 casos (oito mortes), Oceânia 450 casos (cinco mortes) e África 435 casos (10 mortes).

Em Portugal, foi registada na segunda-feira a primeira morte relacionada com o novo coronavírus e 331 casos de infeção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sobe para 235 o número de municípios que vai dar desconto de IMI a quem tem filhos

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Em causa está um desconto de 20 euros para as famílias com um dependente; de 40 euros para as que têm 2 dependentes; e de 70 euros para as que têm 3 ou mais filhos. Chega agora a 235 municípios.

O número de municípios que decidiu atribuir desconto no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) às famílias residentes no respetivo concelho com dependentes a cargo totaliza 235, acima dos 220 do ano passado, adiantou à Lusa o Ministério das Finanças.

Criado em 2015, o também chamado IMI Familiar consiste na atribuição de um desconto na fatura do imposto em função do número de dependentes de cada agregado familiar, cabendo às autarquias decidir anualmente se pretendem aplicá-lo, devendo informar a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) desta sua intenção até ao dia 31 de dezembro.

Em causa está um desconto de 20 euros para as famílias com um dependente; de 40 euros para as que têm dois dependentes; e de 70 euros para as que têm três ou mais filhos. A medida abrange apenas o imóvel que está sinalizado como habitação própria e permanente do agregado familiar.

Este benefício fiscal é aplicado de forma automática pela AT com base na informação sobre a composição do agregado familiar que consta no Portal das Finanças e é concedido mesmo que haja dívidas fiscais.

Antes de esgotado o prazo para decidirem se querem ou não aderir ao IMI Familiar, as autarquias recebem da AT informação sobre o “número de agregados com um, dois e três ou mais dependentes que tenham, na sua área territorial, domicílio fiscal em prédio ou parte de prédio destinado a habitação própria e permanente”.

De acordo com as regras do IMI, considera-se o prédio ou parte de prédio urbano afeto à habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar “quando nele estiver fixado o respetivo domicílio fiscal”.

O IMI relativo a 2019 começa a ser pago em maio, havendo apenas um pagamento único caso a totalidade do imposto seja inferior a 100 euros. Superando este montante, e caso o valor seja inferior ou superior a 500 euros, a conta do IMI é desdobrada em mais uma ou duas prestações, respetivamente, para serem pagas em novembro ou em agosto e novembro.

Desde o ano passado que é possível pagar o imposto na totalidade logo aquando da primeira prestação, em maio, sendo fornecidas referências de pagamento com essa finalidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Airbus anuncia suspensão temporária da produção em França e Espanha

  • Lusa
  • 17 Março 2020

Airbus anuncia suspensão temporária da sua produção por quatro dias em Espanha e França. Espanha é o segundo país mais afetado da Europa pelo covid-19.

A Airbus anunciou esta terça-feira a “suspensão temporária” da sua produção por quatro dias em França e em Espanha, com o objetivo de estabelecer “condições estritas” de segurança para garantir a saúde dos funcionários diante da epidemia de Covid-19.

“Isso deixará tempo suficiente para implementar” medidas de higiene, distanciamento e limpeza para garantir a segurança e a saúde dos funcionários”, acrescentou o grupo de aviação num comunicado, acrescentando que o trabalho a partir de casa será maximizado.

Essas medidas fazem parte do programa de contenção decretadas pelos Governos espanhol e francês na tentativa de conter a epidemia do novo coronavírus.

Em França, a transferência de casa para o local de trabalho é autorizada “se o teletrabalho não for possível“. Espanha é o segundo país mais afetado da Europa, com 9.191 casos, incluindo 309 mortos, e o Governo alertou que a contenção da população pode durar.

O fabricante aeronáutico “trabalha com os seus clientes e fornecedores para minimizar o impacto dessa decisão nas operações”, afirmou. A Airbus indica que essas medidas serão “implementadas a nível local em coordenação com os parceiros sociais”.

A Airbus emprega 48.000 pessoas na França, onde o A320 e o A330, A350 e A380 são montados em Toulouse, além de helicópteros em Marignane. O grupo aeronáutico e de defesa também possui fábricas na região de Paris, Saint-Nazaire e Nantes. Em Espanha, emprega 2.700 pessoas em Getafe, Toledo, Albacete e monta aviões de transporte militar, incluindo o A400M, em Sevilha.

Vários gigantes industriais, especialmente na indústria automóvel, já tomaram medidas para limitar ou suspender sua produção.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se no centro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos. Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quem chega a Portugal vai responder a questionário sobre sintomas de coronavírus

  • ECO
  • 17 Março 2020

Depois de ter fechado as fronteiras com Espanha, o Governo prevê que possam ser aplicados questionários a quem entra em Portugal relacionados com o seu estado de saúde.

O Governo prevê que, à entrada do território nacional, possa ser solicitado o preenchimento de uma declaração com uma série de perguntas sobre o estado de saúde de quem desejar visitar Portugal. Esta medida está incluída na decisão que impõe o controlo das fronteiras face à pandemia de coronavírus, avança a TSF, esta terça-feira.

A partir das 23h00 de segunda-feira, Portugal e Espanha fecharam as fronteiras entre si, passando a haver apenas nove pontos de passagem, que são destinados somente à circulação de mercadorias e dos trabalhadores transfronteiriços. Também as ligações aéreas, ferroviárias e fluviais com o país vizinho foram suspensas, de modo a travar a propagação do novo coronavírus.

Esta terça-feira, a TSF acrescenta que o Governo prevê ainda que possam ser introduzidos controlos sanitários à entrada do território nacional, assim como possam ser aplicados questionários sobre o estado de saúde de quem deseja atravessar a fronteira.

O formulário exige o preenchimento de dados pessoais, dados sobre o alojamento em Portugal, dados sobre o veículo e também inclui questões de saúde relacionadas com os sintomas do covid-19: febre, tosse, dores no corpo e dificuldades respiratórias. Além disso, o visitante tem de dizer quanto tempo pretende ficar em Portugal, se esteve ou não numa área infetada pela doença e se esteve em contacto com alguém com os sintomas referidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depois da PSA, Autoeuropa também suspende produção até 29 de março

A fábrica automóvel de Palmela informou que irá suspender a produção de automóveis até 29 de março e "com efeito imediato". Mantém em funcionamento apenas os "serviços mínimos necessários".

A Volkswagen Autoeuropa, fábrica automóvel de Palmela e a maior exportadora nacional, decidiu suspender a produção até ao dia 29 de março “com efeito imediato”. A decisão está relacionada com a pandemia do coronavírus.

Num comunicado, a empresa “informa todos os colaboradores e parceiros que suspende todos os turnos de produção de veículos até ao dia 29 de março e acrescenta que “vai manter em funcionamento todos os serviços mínimos necessários”. “Qualquer alteração decorrente de novas decisões será atempadamente informada”, sublinha a administração da empresa.

Além da decisão da suspensão, “a Volkswagen Autoeuropa reforça o agradecimento a todos pela confiança e compreensão perante esta situação, a qual tem novos desenvolvimentos a cada momento”, lê-se num breve comunicado divulgado esta terça-feira pela empresa.

Esta notícia surge numa altura em que a empresa tinha a ambição de acelerar a produção do SUV T-Roc para 45 unidades por hora no verão e já produzia 32 destes automóveis a cada 60 minutos. Além disso, na segunda-feira, foi noticiada a suspensão de dois turnos por falta de trabalhadores, que terão optado por ficar em casa para prevenir eventuais contágios e/ou para acompanharem os filhos após o encerramento das escolas decretado pelo Governo.

Também na segunda-feira, a Autoeuropa tinha decidido “reduzir a produção diária de 890 para 744 unidades, contribuindo para ajustar a fábrica às condições exigidas pelas autoridades nacionais”. Além disso, a administração tinha acordado com a Comissão de Trabalhadores o uso da ferramenta de flexibilidade laboral, down days, para agilizar a “assistência à família sem perda de retribuição”.

Assim, um dia depois, a Autoeuropa terá concluído pela impossibilidade de manter o funcionamento da fábrica nessas condições, optando pela suspensão até 29 de março. A informação foi comunicada pouco depois de Herbert Diess, presidente do grupo Volkswagen, ter anunciado a suspensão da produção em diversas fábricas da marca alemã, nomeadamente em Espanha, Eslováquia, Itália e Portugal.

“Espanha, Portugal, Eslováquia e Itália vão ser afetados a partir desta semana com interrupções na produção e a maioria das outras fábricas alemãs e europeias estão a preparar a suspensão de duas a três semanas. O objetivo principal é diminuir a propagação do coronavírus o máximo possível e, para esse fim, a Volkswagen aprovou inúmeras medidas”, disse o gestor, que falou também numa “clara deterioração nas vendas e incerteza no fornecimento”.

A suspensão da produção da Autoeuropa é uma notícia pouco animadora para a economia portuguesa. No ano passado, a fábrica de Palmela liderou o ranking das exportações em Portugal, o que não acontecia desde 2005, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em 2018, a fábrica foi responsável por 5% das exportações de bens e 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

O coronavírus tem provocado disrupção económica e social também em Portugal, onde os últimos dados apontavam para 331 casos de infeção. Já depois destes números, na segunda-feira, o Ministério da Saúde deu conta da primeira morte de um doente por causa do Covid-19, um homem de 80 anos que estava internado no Hospital Santa Maria. Espera-se que a Direção-Geral da Saúde atualize os números da pandemia nas próximas horas.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h23)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Millennium BCP isenta comissões de comerciantes com transações em multibanco

O BCP lançou um conjunto de medidas para apoiar os comerciantes durante a pandemia do novo coronavírus.

O Millennium BCP vai lançar um conjunto de medidas para “apoiar os comerciantes a superarem esta fase crítica de diminuição da atividade económica, relacionada com a pandemia do coronavírus”. Entre as iniciativas encontra-se a eliminação da comissão mínima aplicada nas transações realizadas em terminal de pagamento automático (TPA) através da Rede Multibanco.

O objetivo desta isenção das comissões é incentivar os comerciantes a aceitarem mais transações multibanco, nomeadamente de baixos montantes, explica o banco, em comunicado. As medidas de apoio “serão aplicadas por um período de três meses, até 30 de junho de 2020”.

Para os comerciantes que encerrem a atividade por dificuldades temporárias, o banco irá suspender a cobrança da mensalidade do TPA. Para além disso, o BCP irá também suspender a taxa de serviço ao comerciante por aceitação de pagamentos por MBWay, de forma a “evitar o manuseamento de moeda física”.

Nos últimos dias, a banca tem avançado com medidas para fazer face à pandemia. O Novo Banco isentou parte das comissões, nomeadamente nas transações através dos canais digitais, enquanto a Caixa Geral de Depósitos e o Santander Totta apostaram em linhas de crédito às empresas.

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro apelou para a ajuda dos bancos nesta situação, fazendo referência à última crise, em que os bancos foram apoiados. António Costa apontou que as instituições “têm que ter consciência que na crise de 2008 a responsabilidade do setor financeiro foi muitíssimo elevada”, sendo que “hoje há uma função de responsabilidade social muito grande que têm e que têm que assumir”, em entrevista à SIC.

(Notícia atualizada às 10h20)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Volatilidade regressa aos mercados. BCP já cai mais de 1%

A pressão vendedora está novamente a condicionar as ações europeias. O BCP chegou a ser a estrela do PSI-20, mas cedeu os ganhos e cai mais de 1%. Investidores vendem as posições em busca de liquidez.

Depois de um arranque de sessão positivo, a volatilidade está novamente instalada nas principais praças europeias. Alguns dos índices europeus negoceiam agora em terreno negativo e com perdas acima de 1,5%, enquanto o PSI-20 está com dificuldade em manter-se acima da linha de água.

O Stoxx 600 oscila entre ganhos e perdas, cotando em cerca de 282,8 pontos. Em simultâneo, o alemão Dax desvaloriza 1,53%, o francês CAC-40 perde 1,45% e o britânico FTSE 100 derrapa 2,02%. O português PSI-20 tem variado entre uma valorização expressiva próxima de 1% ou perdas em torno de 0,40%

Evolução da cotação do PSI-20

Este desempenho registado pelo índice nacional acontece num contexto de ganhos no setor energético, com a Galp Energia a somar 0,46%, para 8,316 euros, num dia em que o preço do Brent avança 0,20% em Londres, para 30,11 dólares. A EDP soma 0,83% e a EDP Renováveis recupera 0,81%. Além disso, os investidores estão a reagir positivamente ao crescimento do lucro dos CTT em 2019, divulgado esta segunda-feira pela empresa postal, e os títulos do grupo estão a valorizar 2,82%, para 1,898 euros.

No entanto, estes desempenhos positivos estão a ser contrabalançados por perdas expressivas noutras ações com “peso” no índice. É o caso da Corticeira Amorim, que prolonga as perdas da sessão anterior com uma queda de 3,32% em bolsa, para 7,57 euros, ou da operadora Nos, cujos títulos derrapam 2,08%, para 2,736 euros. Já o BCP, que chegou a registar uma subida de 4% no começo da sessão, inverteu e chegou a cair 1,28%. Perde agora 0,59%, para 10,09 cêntimos por ação.

Esta sessão de volatilidade acontece na sequência de mais um dia negro nos mercados de capitais, marcado pela queda de cerca de 3.000 pontos do Dow Jones em Wall Street, o segundo maior afundanço do índice industrial em mais de um século de história. Isto reflete o pânico dos investidores, que têm protagonizado um sell-off massivo de ativos de risco perante os receios em torno do impacto económico da pandemia do coronavírus.

Os principais bancos centrais tentaram acalmar os mercados com a Fed a cortar os juros de surpresa pela segunda vez em poucas semanas no domingo e a avançar com compras multimilionárias de ativos. No entanto, esta política monetária não está a dar ânimo aos investidores, que temem que o vírus seja o gatilho de uma recessão sem precedentes, com implicações não só no lado da procura, como também no lado da oferta.

Posto isto, nem mesmo o ouro, ativo de refúgio por natureza, escapa à pressão vendedora. O metal precioso desvaloriza 0,61%, para 1.477,5 euros, muito abaixo dos 1.600 dólares a onça a que chegou a cotar há poucos dias, à medida que o medo dos investidores os leva a procurar a proteção da liquidez.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amazon contrata mais 100 mil trabalhadores para responder à procura devido ao coronavírus

A lidar com uma subida nas compras online, a Amazon anunciou também que irá aumentar os salários dos trabalhadores de armazém e entregas.

Com o surto do novo coronavírus, muita gente começou a trabalhar a partir de casa ou teve mesmo de ficar em quarentena. Para quem quer evitar sair, a alternativa são as compras online. A Amazon está a planear contratar mais 100 mil funcionários para os armazéns e entregas, numa altura em que regista um aumento no número de encomendas.

Para preencher as vagas, a empresa liderada por Jeff Bezos incentivou funcionários de outros setores cujos empregos foram “perdidos ou concedidos” como resultado do coronavírus, nomeadamente trabalhadores das indústrias de hotelaria, restaurantes e viagens, a candidatarem-se, avança a CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

A empresa anunciou também que irá aumentar os salários dos trabalhadores de armazém e entregas da equipa atual em dois dólares por hora nos EUA, duas libras por hora no Reino Unido e aproximadamente dois euros por hora em muitos países da União Europeia, até o final de abril.

Com este aumento na procura, a Amazon alertou que não tinham stock de algumas marcas que ofereciam “artigos básicos”, avisando também que o tempo de entrega das encomendas poderia ser mais longo do que o habitual.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.