BCP avança 2% e mantém Lisboa no verde pelo terceiro dia
Bolsa de Lisboa conseguiu escapar ao sentimento negativo que imperou no resto das pares europeias, após o falhanço de um acordo entre os ministros das Finanças da Zona Euro.
Pelo terceiro dia, o verde imperou na bolsa de Lisboa, que conseguiu escapar ao sentimento negativo que imperou entre as restantes pares europeias. O PSI-20 encerrou em alta ligeira, suportado pelo avanço de 2% das ações do BCP e com a Jerónimo Martins a impedir um avanço mais acentuado.
O PSI-20 inverteu de sentido nas últimas negociações da sessão, acabando por terminar com uma subida ligeira de 0,05%, para os 4.071,37 pontos. Dos 18 títulos do índice de referência da praça nacional, dez fecharam em alta, seis em queda e dois ficaram inalterados: a REN nos 2,4 euros por ação e a Pharol nos 6,65 cêntimos.
A praça bolsista nacional escapou ao vermelho que inundou as restantes praças bolsistas do Velho Continente. O Stoxx 600, índice que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas europeias, recuou 0,16%. Já o alemão DAX caiu 0,3%, enquanto o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 perderam 0,35% e 0,37%, respetivamente.
O recuo dos principais índices europeus acontece depois de os ministros das Finanças da Zona Euro não terem conseguido chegar a um acordo sobre a melhor forma de financiar a resposta à crise do coronavírus, revivendo velhas dúvidas sobre a viabilidade a longo prazo do Euro.
Por Lisboa, o BCP foi o o título que mais fôlego deu ao PSI-20. As ações do banco liderado por Miguel Maya valorizaram 1,86%, para os 9,85 cêntimos. Já a liderança dos ganhos coube à Mota-Engil, cujas ações somaram 4,5%, para os 1,3 euros. Seguiu-se os CTT com um avanço de 2,01%, para os 2,285 euros.
Banco liderado por Miguel Maya lidera ganhos no PSI-20
Em contraciclo, e a impedir um ganho mais acentuado para o índice lisboeta estiveram a Jerónimo Martins e a Galp Energia.
As ações da petrolífera caíram 0,55%, para os 9,97 euros, em reação aos dados da atividade no primeiro trimestre. A empresa aumentou a produção de petróleo, mas as margens afundaram perante a queda das cotações da matéria-prima. Anunciou ainda que, para responder à pandemia, está a cortar custos, reduzindo em 500 milhões por ano o plano de investimentos que tinha em marcha.
A Galp Energia não conseguiu, assim, acompanhar a subida das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de brent, referência para as importações nacionais, subia 0,97%, para os 32,18 dólares.
Já as ações da retalhista foram as segundas mais penalizadas nesta sessão, sofrendo um deslize de 2,13%, para os 15,17 euros. Recuo do título acontece no dia em que foi conhecido que a Jerónimo Martins enviou uma carta aos senhorios das lojas Pingo Doce a pedir um perdão parcial no valor das rendas devido aos efeitos sofridos em resultado da crise do coronavírus, tal como o ECO avançou.
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