Sem acordo com os sindicatos, CTT ponderam lay-off
Os CTT estão a estudar recorrer ao regime de lay-off simplificado, depois de as negociações com os sindicatos não terem produzido um acordo em torno de medidas para fazer face à pandemia.
Os CTT podem vir a recorrer ao regime de lay-off simplificado, depois de as negociações com os sindicatos para a adoção de medidas excecionais para fazer frente ao impacto da pandemia não terem resultado em nenhum acordo. A informação foi avançada pelo Jornal de Negócios (acesso condicionado), mas a empresa postal diz que “não comenta rumores”.
O ECO confirmou que as reuniões com os sindicatos que representam os trabalhadores não produziram um acordo, pelo menos formal, e que as propostas apresentadas pela empresa terão sido rejeitadas. Ao Jornal de Negócios, Victor Narciso, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações, explicou que o desacordo com as propostas prendeu-se “apenas em questões de prazos ou de pormenor”.
Entre as propostas dos CTT estaria a do pagamento do subsídio de alimentação em cartão até maio de 2021, a marcação unilateral e imediata de férias vencidas em anos anteriores e ainda não gozadas e o pagamento de 50% do subsídio de férias em julho e os restantes 50% em agosto. Ora, num comunicado interno da empresa, a que o ECO teve acesso, o grupo liderado por João Bento “lamenta profundamente que não se tenha conseguido chegar a um acordo, apesar dos esforços de aproximação de ambas as partes”.
Nesse comunicado, a empresa admite, contudo, que “vai continuar a cumprir o atual acordo de empresa em vigor” e que “vai tomar decisões sobre eventuais novas medidas, sempre com o mesmo racional de menor impacto possível para o conjunto dos seus colaboradores”. Entre elas estará, então, o recurso ao lay-off, mas excluindo algumas funções, como os carteiros ou os trabalhadores do atendimento nas lojas.
(Notícia atualizada pela última vez às 14h13)
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